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@antonio_ruas. Ecossocialismo: por que? para quem? A luta ecológica e o ecossocialismo. Antônio Ruas: Professor Universitário – UERGS, Gestão Ambiental Sanitarista - Escola de Saúde Pública Ativista ecossocialista. O capitalismo e o meio ambiente.
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@antonio_ruas Ecossocialismo: por que? para quem? A luta ecológica e o ecossocialismo. Antônio Ruas: Professor Universitário – UERGS, Gestão Ambiental Sanitarista - Escola de Saúde Pública Ativista ecossocialista
O capitalismo e o meio ambiente • Capitalismo é o sistema econômico atual, onde os meios para produzir são de alguém, privados. O poder acumulado é econômico, o capital. • Os processos para acumulação deste capital, suprimento, demanda, preço, distribuição, investimento, são deteminados pelo mercado, não por qualquer coletividade de produtores. • O capital corresponde muito mais a reservas de bens de troca, ao dinheiro. Nada tem de natural, nada tem de adequação à preservação, é antiecológico por essência.
O capitalismo e o meio ambiente • O capital degrada as condições da sua própria produção; é expansivo e sem controle; depende de corte de custos de produção baixos e preços altos; • O superprodução conduz a crise de consumo. Segue-se uma degradação dos recursos naturais e humanos, dos trabalhadores;
O capitalismo e o meio ambiente • Gera uma degradação dos próprios bens produzidos, gerando lixo; • Para o capital a saída é lucrar com o comércio do lixo, viabilizar novos recursos via robotização e investir em cultivos agrícolas concentrados. • Conduz a uma polarização entre ricos e pobres; • Empurra inexoravelmente a crise ecológica;
O capitalismo e o meio ambiente: preocupações crescentes • "Primavera Silenciosa" de Rachel Carson, 1962: os efeitos danosos do DDT e dos pesticidas. • 1972, conferências sobre o meio ambiente, como de Estocolmo e do Clube de Roma, com o relatório livro "Os limites do crescimento" (de Meadows). • Small is beautiful, de Schumacher, 1973. • A Eco 92 no Rio de Janeiro; Agenda 21; Carta da Terra; Carta da Biodiversidade; • Em 1997, o Protocolo de Kyoto.
O capitalismo e o meio ambiente: preocupações crescentes • Anos 2000, aceleração dos problemas com o neoliberalismo. Assume-se que não há limites ao crescimento. • Agrava-se a situação ambiental com: • População mundial chegando aos 7 bilhões; • Dependência industrial dos combustíveis fósseis; • Incremento do transporte motorizado, incluindo aéreo; aumento vertiginoso das emissões de carbono. • O sistema cria uma nova concepção do desenvolvimento sustentável: crescer com medidas mitigatórias, lucrar com os resíduos, lucrar com o mercado de carbono;
Expressões da degradação sob o capitalismo. • Agricultura industrial, mecanizada, dependência de transgênicos, concentração da terra, incremento da silvicultura desenfreada desequilibradora; • Uso de agrotóxicos em larga escala, procura de países sem regulamentação; • Privatizações dos recursos naturais para uso lucrativo; mercado de carbono; • Alteração sumária de qualquer legislação protetora, como no caso do Código Florestal Brasileiro; • Supressão de direitos fundamentais dos povos tradicionais indígenas e quilombolas no Brasil; aborígenes, maoris, etc.
Expressões da degradação sob o capitalismo. • Matriz energética altamente desequilibrante e concentradora; • Bilhões de toneladas de poluentes na atmosfera nos países desenvolvidos. • Compra de florestas; negócios futuros.
Expressões da degradação sob o capitalismo. • Fast food, culto à eterna juventude, desprezo aos idosos; • Consumo desenfreado; a pegada ecológica equivale a 2,5 planetas. • Discriminação, inferiorização por gênero, crença, orientação sexual.
Consequências • Os desastre ambientais; • Redução da biodiversidade; Extinções em massa; desequilíbrio; • Aquecimento global: • Redução das grandes florestas, dos principais biomas, dos fragamentos de florestas como no morro Santa Tereza (FASE) ou fazenda Guajuviras (Canoas); • Grandes hidrelétricas: Belo Monte, Jirau, Santo Antônio, rio Tapajós, Barra Grande, Pai Querê, transposição do São Francisco.
Consequências • Ameaça nuclear pelo uso de suposta energia nuclear em larga escala; projetadas 10-50 usinas no Brasil; o PAC. • Intoxicações em massa como em Bhopal; • Problemas crescentes com saneamento em colapso; mortandades massivas de vida aquática como no Rio dos Sinos; contaminação por pesticidas e metais pesados; • Ciclo ininterrupto de antigas e novas doenças, como dengue, febre amarela, gripe A H1N1, etc.;
Correntes políticas • Origens do ambientalismo: a preservação no início do século XX: das reserfas de caça aos parques nacionais, a tradição de Rooseveld e da Sociedade Audubon; preocupação com espécies animais raras ou ameaçadas. • Correntes no maiores do movimento ecológico segundo Eduardo Viola: ecologistas fundamentalistas, realistas, ecossocialistas e ecocapitalistas. • O ambientalismo e seus desaguadouros: o ambientalismo urbano, denuncista e majoritariamente urbano; rejeição inicial á política, depois aos partidos.
Correntes políticas • As comunidades rurais alternativas, algumas com inspiração budista, naturistas, vegetariana, religiosa sincrética; apolítica; alguns retornam ao mercado. • Divisão do ambientalismo urbano na questão dos Partidos Verdes; organizações ambientalistas aderem, afastam-se do PV, ou fazem um entrismo em outros partidos; • Os primeiros PVs, NZ, Alemanha Ocidental, Bélgica, Brasil (1986);
Correntes políticas • O ambientalismo majoritário afasta-se da crítica ao capitalismo, assumindo o perfil do ecologismo realista. • Novas concepções na arena do ambientalismo: • Ambientalismo empresarial, novo desenvolvimento sustentável; nova leitura do ecocapitalismo;
Correntes políticas • O ecologismo profundo: politização aprofundada, anti-capitalista; influência anarquista na ação direta; influência da teoria do especismo; tende ao foquismo ecologista e não disputa o poder; periódico Earth First! • Ecossocialismo, ecologismo popular, ecologismo dos pobres: a luta política e os aliados. • Manifesto ecossocialista: combate anticapitalista pela organização política e partidária; o novo socialismo;
Correntes políticas • Teóricos: Michael Löwy; Joel Kovel; Alier; João Alfredo e outros.
Espiritualidade e natureza • Porta vozes do ecocapitalismo acusam o ecologismo militante anticapitalista de fanatismo religioso; • Palestra famosa de Michael Crichton: não há fundamentos científicos no catastrofismo! • Seguidores desta crítica inplicam que o "ecologismo esconde o marxismo".
Espiritualidade e natureza • Ecologismo é religião? • Base em dogmas ou evidências? • A religiosidade e espiritualidade bem vindas: o homem é parte da natureza; • O legado de Francisco de Assis: respeito aos seres vivos; • A cosmologia indígena; • O socialismo moderno não é contra as religiões, é contra o capitalismo.
@antonio_ruas Leituras, informações e contatos 84069336 ruas@cpovo.net http://blogecossocialistas.blogspot.com/ http://Documentosecossocialistas.yolasite.com/ Bibliografia: Esta palestra e textos referidos no site documentos ecossocialistas; Kovel, J. The enemy of nature: the end of capitalism or the end of the world? Zed Books. London, New York, 2007. Alier, J. M. O ecologismo dos pobres. Editora Contexto, 2007