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Espermocitologia.. . ... continuação. Características das células da espermatogênese. Espermátide : São células redondas, ovaladas ou afiladas. Medem de 5 a 13 µ. O núcleo pode ser central ou na periferia, medindo +- 5 µ. Intensamente basofílico e com a cromatina bem condensada.
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Espermocitologia... ... continuação
Características das células da espermatogênese Espermátide: São células redondas, ovaladas ou afiladas. Medem de 5 a 13 µ. O núcleo pode ser central ou na periferia, medindo +- 5 µ. Intensamente basofílico e com a cromatina bem condensada. Geralmente ele é único, mas pode haver bi ou multinucleação. Citoplasma denso, bem corado, basofílico com vacúolos pequenos. Raramente possui uma pequena cauda.
Espermatócitos: São células redondas, maiores que as espermátides, medindo cerca de +- 20 µ. Núcleos grandes, discretamente basofílicos, com cromatina filamentosa, citoplasma basofílico com vacúolos . Junto ao núcleo observa-se uma zona mais clara, que acredita-se ser o complexo de Golgi.
Espermatogônias: São células raras, com tamanho bem variável, mas estima-se que medem em geral +- 25µ. Núcleo grande, central e basofílico, cromatina condensada. Citoplasma denso cianófilo e vacuolizado.
Realização do exame: passo a passo Após a coleta...
... Encaminhar ao laboratório (1º passo) 2º passo: retração do coágulo • Analisa-se o tempo de coagulação, desde o minuto da coleta conta-se o tempo. • Quando o paciente entregar a amostra, deve-se coloca-la dentro de uma estufa a 37º e assim, devemos esperar que ocorra a esperada liquefação. • A mesma deve ocorrer em até 60 minutos. • ... Se não acontecer???
1ª hipótese: se não houver retração deste coágulo, não deixando a amostra liquefeita, em até uma hora, sugere-se um problema prostático. 2ª hipótese: a amostra já chega liquefeita no laboratório(liquefação primária), sugere-se um problema de vesícula seminal. normal: Liquefação secundária, ocorre dentro dos primeiros 30 minutos.
3º passo: pH • É a primeira análise feita depois de retirar a amostra da estufa, quando ela já esta liquefeita. • Valores normais entre 7,2 a 8,5 • pH básico: deficiência prostática: geralmente processo infeccioso grave. • pH ácido: insuficiência da vesícula seminal: geralmente processo obstrutivo.
4º Passo: volume • O volume deve ser medido com uma pipeta, ou utilizando tubo cônico graduado. • VR: de 2 a 5 ml (com o tempo de abstinência correta) • < 2 ml = hipoespermia • > 5 ml = hiperespermia
5º Passo= Cor • Normalmente se apresenta em uma cor branco-opalescente, mas varia em uma escala de branco a cinza. • Normal: branco acinzentado ou branco perolado. • ... Mas pode ocorrer: • avermelhado: Hemorragia (recente ou crônica) • Amarelado: medicamentoso ou ictérico. • Esverdeado: infecção bacteriana.
6º Passo: Aspecto • O aspecto após a liquefação deve ser homogênio. • A presença de grumos pode ser devida a alterações no processo de coagulação-liquefação, ou a presença de pus. • Chama-se heterogênio quando existe a aglutinação espermatozóides.
7º Passo: Viscosidade • O liquido espermático é normalmente viscoso e sua viscosidade pode ser medida através de um livre gotejar do líquido contido em uma pipeta. • Normal: (3 gotas) de 4,5 a 5,2 segundos • > 5,2 (aumentada) • < 4,5 (diminuída) • Essa técnica chamamos de gotejamento.
A outra técnica para se medir a viscosidade, chamamos de filância. • Basta medir em cm, com uma régua milimétrica, transparente, colocada externamente à frente do frasco de boca larga , onde esta o esperma. • Com uma lâmina histológica, observa-se a máxima distância que tolera um fio de esperma sem se romper, isso quando molha-se a ponta da lâmina no sêmen e tenta-se afastá-lo do todo. • Fazer esse movimento várias vezes até se chegar a uma média de seu maior afastamento em centímetros.
Viscosidade normal: até 2 cm de filância seminal. • Viscosidade levemente aumentada: de 2,1 a 3 com de filância seminal • Viscosidade muito aumentada: acima de 3 cm de filância seminal.
8º Passo: odor • O odor é “sui generis” (suco de castanha, hipoclorito) • A ausência de odor é rara. • A ausência de odor pode ser uma patologia prostática, por deficiência de 3 enzimas: putrecina, espermina e espermidina. • Odor putrido: infecções bacterianas.
Vitalidade espermática • A prova de vitalidade espermática deve ser feita imediatamente após a liquefação do sêmen. • Avalia a quantidade de espermatozóides vivos e mortos, através da coloração eosina-nigrosina. • Espermatozóides vivos = brancos • Espermatozóides mortos = vermelhos
Técnica: - 2 gotas do esperma - 2 gotas de eosina a 3% - Misturar bem - Acrescentar 4 gotas de nigrosina - Misturar bem e confeccionar esfregaços imediatamente - Esperar secar, assim como a lâmina hematológica. • conta-se 200 espermatozóides em vários campos. • VR > 70% dos espermatozóides devem estar vivos.
Motilidade • É utilizada para se observar a capacidade de locomoção dos espermatozóides . • É uma das considerações mais importantes na avaliação da fertilidade masculina. • A motilidade espermática é representada pelo tipo de movimento progressivo direcional que mostra a célula germinal masculina ,em determinadas condições, tais como o tempo após a ejaculação e os outros aspectos.
O movimento celular progressivo normal dos espermatozóides indica sempre que essas células possuem uma integridade morfofuncional bastante satisfatória. • Assim como a morfologia, a motilidade também tem diversas classificações. • As principais são:
Classificação de MacLand: • Descreveu quatro tipos de movimentos: • IV – atividade excelente, deslocamento rápido dos espermatozóides, difícil visualização da cauda. • III – atividade boa, deslocamento retilíneo, com cauda visível. • II – atividade de moderada a pobre, com movimentos escassos, as vezes em forma de zig-zag. • I – movimentos lentos, progressão muito difícil, sem deslocamento.
Classificação de Eliasson • Descreveu um estudo da motilidade progressiva, criando uma escala de 0 a 4. • Onde 0 = á ausência de motilidade. • Onde 4 = á excelente motilidade. Mas neste caso, a classificação feita pela OMS (em 2000) é a mais importante. ---------------
Classificação OMS Belsey e cols Classifica-se em graus: Grau A = movimento direcional, rápido e progressivo. Grau B= se subdivide em 2: B1 = movimento progressivo, direcional, mas lento. B2 = movimento progressivo, lento, mas não direcional. Grau C = móvel, mas sem progreção Grau D = imóvel
Coloca-se uma gota de esperma entre Lâmina e lamínula. Assim observa-se a motilidade. • Existem alguns métodos sofisticados para a aferição da motilidade: • Aferição da motilidade em meios especiais, como no muco cervical da esposa, em glicose, em frutose ou em Ringer. • Alguns métodos usam fotomicrografias, entre outros.
Contagem espermática Quantidade celular Estimativa grosseira: Entre lâmina e lamínula (em material úmido) com um aumento de 400X, bastando multiplicar o número de espermatozóides no campo por 106. ou simplismente adicionar seis zeros. Ex: se forem encontrados 4 espermatozóides, estima-se que terá cerca de 4.000.000 por ml.
Estimativas mais fidedignas: Hemocitômetro de Neubauer • É necessário se ter uma Câmara de Neubauer • Líquido diluidor de Macomber (pode ser substituído por água morna) • Formol • Bicarbonato de sódio • Eosina • Água destilada
Ex: Se forem contados 50 espermatozóides nos 400 quadradinhos, tem-se no total 0,1mm3 = 50, o que corresponderá num total de 1mm3 = 50x10= 500. Com uma diluição de 1:100 = 500x100 = 50.000 mm3, ou transformar em ml ou cm (x1000) = 50.000.000 por mm.
... Conclusões sobre quantidade: Normozoospermia: 20-250 Milhões / mL Oligozoospermia: < 20 Milhões / mL Polizoospermia: > 250 Milhões / mL Azoospermia: 0
Oligozoospermia: • A oligozoospermia representa um estado andrológico que apresenta uma diminuição da quantidade e da qualidade dos espermatozóides em relação aos seus valores aceitos e estabelecidos em uma fertilização natural. • Sua causa é a mais variada, na maioria das vezes diagnosticável através de uma bem orientada investigação clínica e laboratorial, mas as vezes as suas causas podem ser hormonais, efeitos colaterais de medicamentos, fatores ambientais, infecções (DST´s), hábitos inadequados varicocele e outros.
Azoospermia: Azoospermia é o termo escolhido para a ausência total de espermatozóides (temporária ou definitiva), com frequência de outras células no liquido seminal. Na maioria das vezes este problema pode ser resolvido pelas técnicas de reprodução assistida . Pode ser em decorrência de insuficiência testicular, chamada azoospermia não obstrutivas: (os espermatozóides não são produzidos) Azoospermia por obstrução , chamada azoospermia obstrutiva (os espermatozóides são produzidas mas existe uma obstrução que impede a saída no material ejaculado).
Principais causas obstrutivas e não obstrutivas... As causas não obstrutivas são os processos infecciosos, DSTs, caxumba, irradiação, drogas, problemas hormonais, alterações anatômicas e doenças congênitas como a microdeleção do cromossomo Y e a Síndrome de Klinenfelter. As causas obstrutivas mais comuns são a ausência do ducto deferente (uma das causas mais comuns é a doença genética que tem o nome de Fibrose Cística), a vasectomia, as infecções, e os traumatismos. Todos podem obstruir o trajeto.
Polizoospermia: Mais de 250 milhões de espermatozóides/ml. Número muito acima do normal. Não é considerado um estado patológico, mas esta relacionada a abortos e disfunção erétil. Normozoosperimia: Concentração espermática normal, entre 20 e 160 milhões de espermatozóides/ml.
Astenospermia: É quando a motilidade dos espermatozóides está diminuída e, segundo alguns autores, é a alteração mais freqüente no espermograma. As causas mais comuns são as infecções, imunológicas, varicocele, tabagismo, alcoolismo, medicamentos, problemas psíquicos, endócrinos, estresse e doenças profissionais. Menos de 25% dos espermatozóides do grau A
Teratospermia: São alterações do formato do espermatozóide. Os principais responsáveis por estas alterações são: as inflamações, algumas drogas, origem congênita e varicocele. Os espermatozóides capazes de fertilização devem ter formato perfeito. + de 60% de espermatozóides atípico s morfologicamente.
Criptozoospermia /Criptospermia: menos de 1 milhão de espermatozóides por ml. • Discenesia: mais de 50% de espermatozóides com movimento errático. • Necrozoospermia/Necrospermia: mais de 50% dos espermatozóides mortos. • Teratozoospermia/teratospermia: mais de 60% de espermatozóides atípicos.
Aspermia: ausência total de espermatozóides e líquido seminal. • Azoocitospermia: ausência total de espermatozódes e de células germinativas. • Hematospermia: mais que 12 milhões de hemáceas por ml de ejaculado. • Piospermia: mais que 1 milhão de leucócitos por ml • Hiperespermia: volume de ejaculado maior que 5ml. • Hipoespermia: volume de ejaculado menor que 2ml.
Exame Bioquímicos para avaliação da vesícula seminal e da próstata: Frutose É um carboidrato produzido pelas vesículas seminais, cuja principal função biológica é servir como fonte de energia para o metabolismo e para a motilidade espermática. A frutose pode ter sua produção diminuída por processos inflamatórios e ou infecciosos.
Há uma relação direta entre os casos de astenozoospermia e oligozoospermia e níveis baixos de frutose. Valores aumentados geralmente, não são clinicamente significativos e podem estar relacionados a uma alimentação rica em carboidratos. Valor de referência: 150 a 300 mg/dl
Ácido cítrico O ácido cítrico é secretado pela próstata. Tem sua produção dependente da atividade hormonal e está ligado à capacidade de coagulação e de liquefação do sêmen. Níveis baixos de ácido cítrico correlacionam-se com a liquefação parcial ou incompleta e podem estar associados a prostatites em geral. Valor de referência: Ácido cítrico: 350 a 450 mg/dl
Fósforo Inorgânico Essencial para o metabolismo dos espermatozóides, sua concentração esta diminuída nas prostatites. VR: 370 a 700 microgramas/ml. Zinco: Faz a proteção da cromatina do núcleo dos espermatozóides, sua concentração também esta diminuída nas prostatites. VR: 90-250 microgramas/ml
Fosfatase Ácida prostática: Dosada somente para a avaliação das prostatites, não tem relação com infertilidade, é dosada com extrema utilidade no diagnóstico do carcinoma de próstata. VR: 135-1119 unidades/ml.
Sistemática da infertilidade A varicocele é causada pela dilatação das veias que drenam o sangue dos testículos. Podemos dizer que são varizes das veias testiculares. É um problema tão comum que acomete até 15% da população adulta jovem. O pico de incidência ocorre entre os 15 e 25 anos. Na maioria das vezes a varicocele ocorre no lado esquerdo da bolsa escrotal, acometendo o testículo esquerdo. Portanto, a varicocele é uma insuficiência na drenagem de sangue do testículo, que leva ao represamento sanguíneo e ao aumento do volume das veias. Como já foi dito, é nada mais do que uma variz.