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A filosofia. Prof. Everton da Silva Correa. Filosofia para todos. http://www.youtube.com/watch?v=ncTTkksPBm4. A palavra filosofia.
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A filosofia Prof. Everton da Silva Correa
Filosofia para todos... http://www.youtube.com/watch?v=ncTTkksPBm4
A palavra filosofia “Filosofia”, de origem grega, é composta de duas palavras: philo e sophia. Philo que dizer “aquele ou aquela que tem um sentimento amigável”, pois deriva de philía, que significa “amizade e amor fraterno”. Sophia quer dizer “sabedoria” e dela vem a palavra sophós, sábio. Filosofia significa, portanto, “amizade pela sabedoria” ou “amor e respeito pelo saber”. Filósofo: o que ama ser sábio, que é amigo do sábio ou tem amizade pelo saber, deseja ser sábio. Assim, filosofia indica a disposição interior de quem estima o saber, ou o estado de espírito da pessoa que deseja o conhecimento, o procura e o respeita.
Pitágoras de Samos Atribui-se a esse filósofo a invenção da palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
Explicando... Segundo Pitágoras, três tipos de pessoas compareciam aos Jogos Olímpicos (a festa pública mais importante da Grécia): • As que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para satisfazer a própria cobiça, sem se interessar pelos torneios; • As que iam para competir e brilhar, isto é, os atletas e artistas (pois durante os jogos também haviam competições artísticas de dança, poesia, música e teatro); • E as que iam para assistir aos jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo. Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, as pessoas, os acontecimentos, a vida; em resumo, é movido pelo desejo de saber.
A saber... A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos naturais e as coisas da natureza, os acontecimentos humanos e as ações dos seres humanos podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma.
Discóbolo Réplica romana do Discóbolo esculpida pelo grego Míron no século V a.C.
O legado da filosofia grega para o Ocidente europeu Quando se diz que a filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, a razão, a linguagem, a ação, as técnicas, completamente diferentes das de outros povos e outras culturas.
Principais traços da atividade filosófica grega: • Tendência à racionalidade. • Recusa de explicações preestabelecidas. • Tendência à argumentação. • Capacidade de generalização. • Capacidade de diferenciação
Tendência à racionalidade Os gregos foram os primeiros a definir o homem como um animal racional, a considerar que o pensamento e a linguagem definem a razão, que o homem é um ser dotado de razão e que a racionalidade é seu traço distintivo em relação a todos os outros seres. Mesmo que a razão humana não possa conhecer tudo, tudo o que pode conhecer ela conhece plena e verdadeiramente
Recusa de explicações preestabelecidas Por isso mesmo, exigência de que para cada fato seja encontrada uma explicação racional e que para cada problema ou dificuldade sejam investigadas e encontradas as soluções próprias exigidas por eles.
Tendência à argumentação e ao debate Para oferecer respostas conclusivas para questões, dificuldades e problemas de maneira que nenhuma solução seja aceita se não houver sido demonstrada, isto é, provada racionalmente em conformidade com os princípios e as regras do pensamento verdadeiro.
Capacidade de generalização Mostrar que uma explicação tem validade para muitas coisas diferentes ou para muitos fatos diversos porque, sob a aparência da diversidade e da variação percebidas pelos órgãos dos sentidos, o pensamento descobre semelhanças e identidades. Essa capacidade racional é a síntese, palavra grega que significa “reunião ou fusão de várias coisas numa união íntima para formar um todo”.
Capacidade de diferenciação Mostrar que fatos ou coisas que aparecem como iguais ou semelhantes são, na verdade, diferentes quando examinados pelo pensamento ou pela razão. Essa capacidade racional para compreender diferenças onde parece haver identidade ou semelhança é a análise, palavra grega que significa “ação de desligar e separar, resolução de um todo em suas partes”.
Acrópole de Atenas É a mais conhecida e famosa das acrópoles da Grécia. Seu significado é tal na arte e cultura do ocidente que muitas vezes é referida simplesmente como a acrópole.
Com a filosofia, os gregos instituíram para o ocidente europeu as bases e os princípios fundamentais do que chamamos razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. Aliás, basta observarmos que são gregas palavras como lógica, técnica, ética, política, monarquia, anarquia, democracia, física, diálogo, biologia, semântica, sintaxe, símbolo, alegoria, mito, tragédia, cronologia, gênese, genealogia, cirurgia, ortopedia, pedagogia, farmácia, psicologia, ortodoxia, análise, síntese, entre muitas outras, para percebermos a influência decisiva e predominante da filosofia grega sobre a formação do pensamento e das instituições das sociedades ocidentais.
Principais contribuições do legado filosófico grego • A ideia de que o conhecimento verdadeiro deve encontrar as leis e os princípios universais e necessários do objeto conhecido e deve demonstrar sua verdade por meio de provas ou argumentos racionais. • A ideia de que a natureza segue uma ordem necessária e casual ou acidental. Ou seja, a ideia de que ela opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais.
A ideia de que as leis necessárias e universais da natureza podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento, isto é, não são conhecimentos misteriosos e secretos, que precisariam ser revelados por divindades, mas são conhecimentos que o pensamento humano, por sua própria força e capacidade, pode alcançar. • A ideia de que a razão ou o nosso pensamento também opera a princípios, leis, regras e normas universais e necessários, com os quais podemos distinguir o verdadeiro do falso.
A ideia de que as práticas humanas, isto é, a ação moral, a política, as técnicas e as artes dependem da vontade livre, da deliberação e da discussão, de uma escolha passional ou racional, de nossas preferências e opiniões, realizando-se segundo certos valores e padrões que foram estabelecidos seja pela natureza, seja pelos próprios seres humanos e não por imposições misteriosas e incompreensíveis que lhe teriam sido feitas por forças secretas, invisíveis, divinas e impossíveis de serem conhecidas. • A ideia de que os acontecimentos naturais e humanos são necessários, porque obedecem a leis, não exclui a compreensão de que esses acontecimentos, em certas circunstancias e sob certas condições, também podem ser acidentais.
A ideia de que os seres humanos naturalmente aspiram ao conhecimento verdadeiro (pois são seres racionais), à justiça (pois são seres dotados de vontade livre) e à felicidade (pois são seres dotados de emoções e desejos), isto é, que os seres humanos não vivem nem agem cegamente, nem são comandados por forças extranaturais secretas e misteriosas, mas instituem por si mesmos valores pelos quais dão sentido às suas vidas e às suas ações.
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