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Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão.

Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão. Por que atualidades?. Prova Roleta-Russa?.

sammy
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Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão.

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Presentation Transcript


  1. Atualidade 2012/13 – Prof. Flávio Ferrão. Por que atualidades? Prova Roleta-Russa? Os concursos públicos cada vez mais exigem profissionais que estejam conectados e interessados pelas grandes questões que assolam o século XXI. A amplitude que a Internet tomou nesse inicio de milênio, fez com que pessoas de todo mundo e uma significativa parcela de brasileiros tivesse acesso a um turbilhão de informações, agenciadas através do Google, impulsionadas pelo Facebook, que em determinados países geraram até revoluções. Esse novo mundo virtual (que se mistura ao próprio mundo real) foi capaz de ampliar a globalização da informação. Hoje você pode, da sua casa, escutar rádios on-lines do mundo todo em tempo real enquanto pesquisa sobre o que quiser. Mas esse mesmo mundo novo, é feito e é fruto de um mundo distorcido pelas questões do capitalismo especulativo-finaceiro-tecnológico, que tornam o mundo um lugar bastante difícil de se viver e de se entender de tantos contrastes. A prova de Atualidades – ou Conhecimentos Gerais é portanto um artifício dos órgãos públicos para tentar selecionar um perfil que se interessa por todo tipo de mídia, que faz um bom uso da internet, e que domine minimamente as questões políticas, econômicas e sociais do mundo e de seu país. Alunos sempre perguntam à professores de Atualidades, quais são os temas “quentes”, quais tem maior chance de cair na prova. Mas todos os editais sempre pedem “questões relacionadas a fatos políticos econômicos e sociais, ocorridos a partir de tal data...” Fatos econômicos, políticos e sociais... Genérico, eu diria... É complicado pensar na quantidade de fatos políticos, econômicos e sociais que acontecem a cada ano ou período estipulado pelos editais. O mundo está cada vez mais agitado, mais multipolar, com muitas nações desenvolvendo primazias ou sofrendo transformações. Mesmo no Brasil, passamos por um período conturbado e contradório, com uma intensa violência e desrespeito aos direitos humanos, escândalos de corrupção, crescimento econômico, discussões de cunho social e comportamental. Portanto, é preciso ter em mente que é preciso sempre buscar notícias e se atualizar, e esta presente apresentação de slides se mostra apenas como um lampejo que busca da melhor forma possível ensinar caminhos de estudo para uma prova que de tão vasta, é sempre um “tiro no escuro, uma roleta russa.”

  2. A Polêmica é o combustível para o reconhecimento de um assunto atual “Atualidades” é um aspecto dos processos seletivos que procuram avaliar a capacidade dos candidatos de acompanhar as mudanças mundiais e nacionais – em suas diferentes facetas – economia, política, cultura, mídia. Geralmente seus temas envolvem temas polêmicos, que foram temas da mídia em geral. É importante estar atento à esses temas, e procurar aprofundar as informações, que muitas vezes são retratadas de forma superficial pelos meios de comunicação.

  3. Farcs libertam reféns na Colômbia. Para entender as Farc... Os 10 militares colombianos libertados hoje pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a Bogotá nesta segunda-feira, onde passarão por exames médicos. Eles eram os últimos reféns militares da guerrilha e foram resgatados por uma missão humanitária da qual o Brasil participou. As Farc me notificaram em 11 de novembro (de 2011) que iriam me libertar disse o sargento da polícia José LibardoForero, sequestrado em 1999, à Rádio Caracol. Ao desembarcar, alguns deles traziam animais da selva. Um dos resgatados correu alguns metros envolto em uma bandeira da Colômbia. Essa operação em um único dia permitiu que dez famílias voltassem a estar juntas depois de estarem separadas por tantos anos. A agonia dessas famílias termina hoje. Isso nos dá grande satisfação — disse JordiRaich, chefe do Comitê Internacional da delegação da Cruz Vermelha. Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os reféns foram libertados “numa zona rural entre os limites dos departamentos de Meta e Guaviare”. “Estas pessoas foram entregues a uma missão humanitária formada por membros da (ONG) Colombianas e Colombianos pela Paz e delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, acrescentou o comunicado da organização. Libertação é novo gesto das Farc A libertação dos reféns é entendida como uma nova sinalização das Farc, considerada a insurgência mais antiga da América Latina. Em fevereiro, os rebeldes haviam se comprometido a não mais realizar sequestros. A guerrilha divulgou hoje um comunicado reiterando essa decisão. Esse gesto não pode ser subestimado. O governo realmente deveria entender isso (a promessa de fim dos sequestros) como um sinal de que as Farc realmente estão interessadas no diálogo e em avançar no processo para acabar com os conflitos — diz o analista de conflito Juan Carlos Palou. Mas muitos colombianos ainda se mantêm céticos quanto à possibilidade de a guerrilha, que supostamente ainda tem 700 reféns civis, abandonar as armas após ter se aproveitado de diálogos anteriores para se fortalecer. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, exige que as Farc liberte todos os prisioneiros e deixe de fazer ataques a alvos civis e militares antes de qualquer diálogo. Ao comunicado de hoje, Santos respondeu que a medida não é suficiente. A luta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) iniciada da mobilização de camponeses comunistas liderados por Manuel Marulanda, o Tiro Certo, estende-se até os dias de hoje. Esse grupo inconformado com a penosa situação econômica e social da Colômbia decidiu, ao longo de 40 anos de luta, controlar o território sul do país, criando esferas de poder paralelo. No entanto, é importante lembrar que a Colômbia não abriga somente esse grupo guerrilheiro. Outros grupos de orientação diversa também se instalaram no território colombiano. Atualmente, muitos criticam as FARC como sendo um grupo de ação terrorista e sustentado pelo tráfico de drogas. A natureza combatente das FARC e a disputa entre os outros grupos paramilitares e guerrilheiros do país impedem algum tipo de julgamento preciso sobre os “verdadeiros” objetivos e práticas do grupo. No entanto ficam em evidência os seqüestros, mortes e pressões diplomáticas associadas ao grupo. De fato, as diferenças dos grupos armados presentes na Colômbia demonstram a fraqueza das instituições políticas dentro do país. As FARC são desdobramentos de uma história política latino-americana onde há a falta de representatividade de suas instituições incitam certas parcelas da população, independente de sua orientação progressista ou conservadora, a pegarem em aramas e garantirem seus interesses. Nos anos 80, a guerrilha tentou as vias representativas oficias com a criação da União Patriótica. Não obtendo grandes conquistas retornaram ao uso da guerrilha para sustentarem seu projeto revolucionário. No fim dos anos 90, durante o governo do presidente Pastrana, tentou-se uma negociação pacífica capaz de dar fim ao problema causado pelas mortes e o desgaste militar entre o Estado e os grupos armados. Em 2000, os Estados Unidos decidiram interferir na questão criando um plano de cooperação com a Colômbia. O Plano Colômbia instituiu fundo de ajuda através do qual os Estados Unidos enviaria recursos e tecnologia militar contra os guerrilheiros. Ainda assim, as FARC sobrevivem hoje às pressões que rondam o seu projeto de tomada do poder na Colômbia.

  4. A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma obra faraônica a ser construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará – em plena floresta amazônica – o lago da usina terá uma área de 516 km² (1/10.000 da área da Amazônia Legal). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW). Seu custo é estimado em R$ 19 bilhões (2010), ou seja R$ 1,7 milhões por MW instalado e R$ 4,3 milhões por MW efetivo. A usina está prevista para entrar em funcionamento em 2015. A construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. Impactos sociais O transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas. De resto, as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que reúne pesquisadores e pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam que a construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos, segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população atingida e pela subestimação da área diretamente afetada. Usina de Belo Monte. Operários da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram nesta segunda-feira (23) uma paralisação por melhores condições de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o principal acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da Rodovia Transamazônica. O estado de greve dos trabalhadores começou na última quinta-feira. Eles querem aumento do valor da cesta básica, que hoje é de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os periodos de folga. Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família de seis em seis meses.O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que todas as atividades dos canteiros foram suspensas, mas 850 trabalhadores foram liberados da greve para garantir a manutenção de serviços essenciais como segurança, atendimento médico e alimentação aos operários alojados. A paralisação em Altamira começou por volta de cinco horas da manhã. Os operários líderes da manifestação bloquearam o acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes de trabalho de Belo Monte. 

  5. Trinta anos após guerra, argentinos e britânicos ainda disputam Malvinas A campanha da presidente argentina, Cristina Kirchner, para obrigar a Grã-Bretanha a entregar as Malvinas talvez alcance nesta segunda-feira (2) seu ponto máximo durante os 30 anos de aniversário da falida ocupação argentina ao arquipélago do Atlântico Sul. Cristina estava disposta a encabeçar manifestações patrióticas que ocorrerão nesta segunda e a discursar novamente exigindo que os britânicos reconheçam a soberania argentina das Ilhas Malvinas, que eles chamam de Ilhas Falkland. Os esquerdistas convocaram uma marcha até a embaixada britânica em Buenos Aires. Ganhadores do Prêmio Nobel da Paz acusaram a Grã-Bretanha de militarizar as ilhas, e dirigentes sindicais celebraram seu boicote a barcos de carga e cruzeiros britânicos. No entanto, nenhuma dessas ações parecem aproximar o país latino-americano da recuperação do local onde, afirmam, foram expulsos em 1833 por forças britânicas - que o administra há 150 anos como sua colônia e assegura que não há nada para negociar, já que as ilhas são um território autônomo britânico ultramar e determinam seu próprio destino. Grande parte dos moradores da ilha desejam continuar sob comando britânico. Sem um avanço verdadeiro, as partes têm intensificado seu discurso e endurecido suas posturas. Em emails e redes sociais, os argentinos chamam os moradores locais de "piratas" e se referem aos habitantes com o termo "kelpers".  A Argentina tenta diversas formas de cortejar, ocupar, negociar, ameaçar com seu regresso às ilhas nas últimas quatro décadas. Em 1930, o país estabeleceu um elo direto com Bueno Aires: os abasteciam de gasolina, pagavam a educação das crianças e tentava construir vínculos. A Grã Bretanha negociava com os moradores para que aceitassem uma entrega das ilhas ao estilo de Hong Kong antes que a junta militar argentina decidisse lançar a invasão em 2 de abril de 1982. Acreditava-se que os soldados argentinos seriam recebidos como libertadores, mas em pouco tempo advertiram que os locais queriam continuar sendo britânicos e que uma frota naval havia zarpado da Inglaterra para recuperar as ilhas. A junta enviou milhares de novos recrutas sem apoio logístico nem sequer com roupa suficiente para se proteger do frio. Os soldados argentinos combateram com força, mas não tiveram oportunidade de vencer. As forças argentinas se renderam em 14 de junho, ao fim de uma luta em que morreram 649 argentinos e 255 britânicos. Três habitantes locais perderam a vida devido ao fogo cruzado. Na década de 1990 houve outras tentativas de construir vínculos: vários acordos para dividir os direitos de pesca e exploração petrolífera, vínculos marítimos e aéreos, entre outros. mas quase todos os acordos foram abandonados em 2003, depois que o marido falecido de Cristina, Néstor Kirchner, foi presidente e empreendera o isolamento das ilhas. Ações deste tipo se intensificaram desde então. "Trinta anos e estamos igual, nos preocupa voltar a viver o mesmo, outra invasão. Não queremos que se repita.", disse a moradora Mary Lou Agman à agência de notícias AssociatedPress. Centenas entre os 3 mil residentes das ilhas participaram de manifestações neste domingo com bandeiras britânicas e das Malvinas, enquanto observavam um desfile da Força de Defesa local que marchou na rua principal.

  6. Eles julgaram uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas na UnB (Universidade de Brasília), adotado em 2004. A instituição reserva 20% das vagas para candidatos que se declarem negros ou pardos. O partido sustentou que a medida viola o princípio constitucional de igualdade e é discriminatória.As cotas raciais fazem parte de um modelo de ação afirmativa criado nos anos 1960, nos Estados Unidos. A proposta era de amenizar o impacto da desigualdade social e econômica entre negros e brancos. Hoje, apesar da reserva de vagas ser considerada ilegal nos Estados Unidos, as universidades americanas usam as ações afirmativas para selecionar alunos negros e hispânicos com potencial.No Brasil, o sistema de cotas raciais não beneficia apenas negros, mas pardos e índios. Há ainda as chamadas cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e deficientes físicos, e cotas mistas, para estudantes negros que estudaram na rede pública de ensino, por exemplo.Para concorreram a essas vagas, os candidatos devem assinar um termo autodeclarando a raça e, em algumas instituições, passar por entrevistas.O problema é que, em uma sociedade mestiça como a brasileira, há o risco de distorções no processo de seleção. O caso mais conhecido ocorreu em 2007. Dois irmãos gêmeos univitelinos (idênticos), filhos de pai negro e mãe branca, inscreveram-se como candidatos no sistema de cotas da UnB. Após uma entrevista, somente um deles foi considerado negro e conseguiu a vaga. Houve repercussão na imprensa e a pressão fez a universidade rever a decisão. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de abril, que o sistema de cotas raciais em universidades não contraria a Constituição brasileira. O resultado do julgamento sanciona a prática, adotada por instituições públicas de ensino superior, de manter reservas de vagas para estudantes negros, pardos e índios. O objetivo é corrigir injustiças históricas provocadas pela escravidão na sociedade brasileira. Um dos efeitos desse passado escravocrata é o fato de negros e índios terem menos oportunidades de acesso à educação superior e ao mercado de trabalho. Brasileiros brancos têm, em média, dois anos a mais de escolaridade do que negros e pardos, de acordo com dados de 2008. Foi esse argumento – de que o sistema de cotas é uma forma de combater a herança escravagista do século 19 – que prevaleceu entre os ministros do Supremo, cuja decisão foi unânime. Aprovação das Cotas Universitárias

  7. Portal daTransparência. O "Portal da Transparência" passou a publicar nesta quarta-feira (27) os salários dos servidores do Executivo federal. A publicidade da remuneração de funcionários públicos foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff por meio de decreto de regulamentação da Lei de Acesso à Informação, editado em 16 de maio . A nova legislação tem como objetivo ampliar o acesso da população a informações públicas. Os salários dos militares das Forças Armadas ainda não foram incluídos no portal. De acordo com o portal, a presidenta Dilma recebeu um salário bruto de R$ 26.723,13 no mês de maio. Com as deduções por conta dos impostos, o valor líquido chegou a R$ 19.818,49. Presidenta Dilma Rousseff determinou a divulgação dos salários dos servidores federais quando assinou o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), o prazo para incluir essas informações expira em 30 de julho. A consulta deve ser feita pelo site www.portaldatransparencia.gov.br, na seção "Servidores". O cidadão pode consultar os salários pelo nome ou CPF do servidor, por órgão ou função. Além do vencimento básico, serão divulgadas remunerações eventuais, como férias e gratificação natalina e deduções obrigatórias. Além disso, o portal vai mostrar se o servidor devolve dinheiro à União por ter ultrapassado o teto do funcionalismo, bem como se possui jetons (gratificações extraordinárias). O site não vai divulgar descontos de caráter pessoal, como pensões e empréstimos consignados. Por enquanto, não serão exibidas informações sobre verbas indenizatórias, tais como auxílios alimentação, transporte e creche, ajudas de custo ou diárias de viagens. De acordo com a CGU, essas informações têm até 30 de agosto para serem publicadas.

  8. Outras Notícias – Abril de 2012 • 2 de Abril • Atirador mata 7 e deixa 3 feridos em universidade nos Estados Unidos. • 4 de Abril • Na Somália, atentado à bomba mata 10 pessoas, entre as vítimas o Presidente da Federação de Futebol Said Mohamed e o Presidente do Comitê Olímpico da Somália Aden Yabarow. • 11 de Abril • Terremoto de magnitude 7.0 na escala richter atinge a costa oeste do México. • No Peru, operários de uma mina presos a 6 dias, são resgastados. • Terremoto de magnitude 8.6 na escala richter atinge a costa de Sumatra na Indonésia.[ • 12 de Abril • Na Coreia do Norte, lançamento de foguete que levaria satélite meteorológico ao espaço sofre falha e cai no Mar Amarelo um minuto após o lançamento. • 14 de Abril • Centenário do Santos Futebol Clube. • 17 de Abril • Terremoto de magnitude 6.5 na escala Richter atinge região central do Chile. • 19 de Abril • Índia testa seu primeiro míssil nuclear de longo alcance, o Agni V, cujo o lançamento foi realizado a partir da Ilha Wheeler na costa leste do país.[48] • 20 de Abril • No Paquistão, avião com pelo menos 126 pessoas cai antes de pousar no aeroporto internacional BenazirBhuttoemRawalpindi.

  9. França elege socialista François Hollande Maio de 2012   O socialista François Hollandefoi eleito presidente da França neste domingo ao derrotar o atual chefe de Estado, o conservador Nicolas Sarkozy, no segundo turno das eleições francesas. Hollande se converte assim no segundo presidente socialista da V República Francesa, fundada pelo general Charles De Gaulle em 1958, depois de François Mitterrand, chefe de Estado de 1981 a 1995. Esquerda volta ao poder na França O socialista François Hollandefoi eleito presidente da França neste domingo ao derrotar o atual chefe de Estado, o conservador Nicolas Sarkozy, no segundo turno das eleições francesas. Esquerda toma as ruas da França para celebrar vitória de Hollande Os simpatizantes da esquerda na Françatomaram as ruas do país neste domingo para comemorar a vitória do socialista François Hollandenas eleições presidenciais contra o conservador Nicolas Sarkozy em uma demonstração de júbilo que teve seu auge na simbólica Praça da Bastilha de Paris. Pesquisa aponta vitória da esquerda francesa também nas legislativasA esquerda francesa alcançará a vitória na primeira rodada das eleições legislativas de junho com 46% das intenções de voto, oito pontos a mais que em 2007, aponta uma pesquisa do Instituto BVA divulgada neste domingo. Hollande afirmou que sua vitória marca o início de "um movimento que se ergue em toda a Europa" e pelo mundo em busca dos valores de esquerda. "Vamos nos lembrar, pelo resto de nossas vidas, deste grande encontro aqui na Bastilha, que irá inspirar outros povos, de toda a Europa, para a mudança que se anuncia". "Em todas as capitais, além dos chefes de Estado e de Governo, há pessoas que graças a nós têm esperança, nos olham e querem terminar com a austeridade“.Há 31 anos, a esquerda ocupou a Bastilha para celebrar a vitória de Mitterrand, presidente da França de 1981 a 1995. Em seu primeiro discurso como presidente eleito, na cidade de Tulle(centro), Hollande disse que está "ciente de que toda a Europa nos observa (...) e de que em diversos países europeus há um sentimento de alívio e de esperança, de que, por fim, a austeridade não deve ser mais uma fatalidade“."Neste 6 de maio, os franceses escolheram a mudança para me levar à presidência da República" e estou "orgulhoso por ter sido capaz de devolver esta esperança". "Prometo ser o presidente de todos".

  10. Crise Econômica no Capitalismo Central – A Crise Americana e a Crise do Euro. Após uma crise iniciada no setor bancário e imobiliário Norte-Americano em 2008 (a crise dos sub-primes), vários bancos quebraram, gerando um sequência em massa de fechamento de grandes empresas e bancos. A Europa, com a zona do Euro instituída também foi afetada pela Crise, e os Estados deixam de lado a teoria Neo-liberal e passam a socorrer os banqueiros e outros grandes investidores do setor financeiro e industrial. Tal dinheiro estatal injetado na iniciativa privada, viria por diminuir a capacidade de investimento estatais no setor público europeu e americano, afetando principalmente países menos industrializados da zona do Euro como Irlanda, Grécia, Portugal, que possuem um grande endividamento público e pouca capacidade de inovação produtiva. Todo esse contexto vem criando um ciclo recessivo que ameaça a zona do Euro, bem como a organização do Capitalismo Financeiro atual.

  11. Para entender melhor... Veja a seguir alguns pontos para entender a crise que afeta a Europa e os “Piigs” – Portugal, Irlanda, Itália, Grécia + Espanha. Portugal  enfrenta uma taxa de desemprego superior a 12% e uma economia em contração . O recém empossado primeiro-ministro Pedro Passos Coelho terá que implantar reformas fiscais e sociais amplas e urgentes, incluindo mais medidas de austeridade para restaurar a saúde fiscal do país e encorajar o crescimento econômico. Os termos do acordo de ajuda financeira acertado com a União Europeia e credores incluem aumento dos impostos, congelamento de aposentadorias e cortes nos benefícios dos funcionários. O novo governo terá que implementar o pacote econômico que prevê uma ajuda financeira de 78 bilhões de euros ao país. Diferentemente de outros países, não houve qualquer estouro de bolha em Portugal. O que houve foi um processo gradual de perda de competitividade, com o aumento dos salários e redução das tarifas de exportações de baixo valor da Ásia para a Europa. Com o baixo crescimento econômico, o governo tem tido dificuldade para obter a arrecadação necessária para arcar com os gastos públicos crescentes, em parte por causa de uma sucessão de projetos, incluindo melhorias no setor de transportes, com o objetivo de aumentar a competitividade portuguesa. Quando estourou a crise financeira global, em setembro de 2008, Portugal passou a enfrentar problemas com sua dívida pública, que ficou cada vez mais difícil de ser financiada. Crise do Euro – Origens e Consequências.  UE (União Europeia) aprovou, no dia 9 de maio de 2010, um fundo emergencial de 750 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão) para salvar a Grécia de uma crise fiscal que ameaçava colocar a Europa em nova crise econômica. A Grécia gastou muito além do que seu orçamento permitia nos últimos anos. Para pagar as contas, o Estado contraiu empréstimos com instituições bancárias. E, para piorar a situação, a crise de 2008 provocou desemprego e queda de receitas. Com o objetivo de equilibrar as contas, o governo anunciou um pacote que congela salários e aumenta impostos. Foi o que causou violentas manifestações em Atenas, que deixaram três mortos no dia 5 de maio. O que tornou inevitável a ajuda para resgatar a economia grega foi o risco de que a crise se espalhasse pela Europa, afetando, principalmente, países em situações fiscais semelhantes, como Irlanda, Espanha e Portugal.

  12. Itália O agravamento da situação da economia italiana tem colocado em dúvida as soluções propostas até agora pela União Europeia para a crise. A Itália possui uma dívida de 1,9 trilhão de euros, muito maior que a de Grécia, Irlanda e Portugal juntos. A quebra da Itália , terceira maior economia do bloco, que representa cerca de 20% da União Europeia, poderia abalar seriamente a estrutura do euro. Para blindar a Itália, os líderes europeus decidiram em outubro ampliar o Fundo de Estabilidade Financeira (FEEF) para 1 trilhão de euros, mediante um mecanismo que estimule a compra da dívida dos países mais frágeis, oferecendo uma garantia de 20% sobre perdas eventuais. Diante da gravidade da situação, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou em 13 de novembro o economista e ex-comissário da União Europeia Mario Monti como primeiro-ministro do país, em substituição a Silvio Berlusconi , que ocupou o cargo por cerca de dez anos, e passava por uma crise de credibilidade após se envolver em sucessivos escândalos, além de ter seu nome associado em denúncias de corrupção. Monti te como função principal implementar o plano de austeridade aprovado em 12 de novembro pelo parlamento italiano. O pacote contém medidas duras para cortar 59,8 bilhões de euros e equilibrar o orçamento do país até 2014. Entre as medidas estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20% para 21%, congelamento dos salários de servidores até 2014, aumento da idade mínima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026, maior rigidez na aplicação das leis contra evasão fiscal, além de um imposto especial para o setor de energia. Italia e Irlanda – crise do Euro. Irlanda A República da Irlanda foi uma das maiores casos de sucesso recente na Europa, nos anos pré-crise. Tanto que devido a esse fato o país foi apelidado de "Tigre Celta". Mas esse crescimento econômico era dependente de uma frágil bolha imobiliária que ruiu em 2008. O país foi do boom ao desastre financeiro em um período de apenas três anos. O preço dos imóveis caiu rapidamente cerca de 60% e os empréstimos de risco, concedidos principalmente para as construtoras, se acumularam nas carteiras dos principais bancos. Para ajudar as principais instituições financeiras e evitar um colapso em todo o sistema foi necessário um aporte emergencial de 45 bilhões de euros, mais de R$ 100 bilhões, o que aprofundou ainda mais o já elevado déficit no orçamento do governo irlandês.As finanças do país também estão sendo afetadas pela queda na arrecadação de impostos. À medida que a economia se retrai, cresce o desemprego e aumentam os temores de que o país esteja à beira de uma volta à recessão. O país já adotou uma série de programas de austeridade desde o início da crise da dívida, mas o governo terá de fazer muito mais nos próximos anos para cumprir as difíceis metas estabelecidas pela União Europeia (UE), pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), que são credores do país.Em 7 de novembro, a União Europeia fez uma emissão de bônus dez anos no valor de 3 bilhões de euros destinados ao programa de assistência financeira à Irlanda. A operação foi realizada por meio do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), com vencimento dos títulos em 4 de fevereiro de 2022 e rentabilidade de 3,6%.

  13. Pessoas procurando vagas em agência de empregos na Espanha: desemprego recorde. Com a taxa de desemprego mais alta entre os países industrializadas (22% da população ativa), ameaça de resgate financeiro e risco crescente de recessão, a Espanha vive sua pior crise em mais de quatro décadas. A fragilidade econômica vem causando umarápida mudança social na Espanha, empurrando de volta para a pobreza pessoas que vinham ascendendo economicamente. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de um em cada cinco espanhóis, (21% da população), ou cerca de 10 milhões de pessoas, era classificado como pobre em julho, e analistas estimam que este índice chegue a 22% até o fim do ano. Em 1991, o índice era de 14%. Uma em cada quatro famílias no país não tem dinheiro suficiente para saldar as dívidas no fim de cada mês. Essas estatísticas recentes contrastam com o perfil de um país que até seis anos atrás criava cerca de 500 mil empregos por ano e que em uma década de crescimento contínuo importou 5 milhões de imigrantes. Algumas medidas para tentar ajustar o país ao momento de baixo crescimento como congelamento de pensões, aumento na idade de aposentadoria, que passou dos 65 para 67 anos, corte de 5% nos salários do funcionalismo, aumento de impostos, entre outras, foram decretadas nos últimos meses. Mas essas decisões acabaram com a popularidade dos políticos socialistas, que chegaram ao poder em 2004, num momento de expansão econômica impulsionada pelo que, no futuro, se transformaria em uma bolha imobiliária. A forte expansão do setor da construção na Espanha fez com que o PIB do país crescesse mais de 60% nos últimos 15 anos. Entre 1994 e 2007, os imóveis tiveram uma valorização de mais 170%. Após a realização de eleições parlamentares em 20 de novembro e sob o comando do novo primeiro-ministro Mariano Rajoy , de perfil conservador, a Espanha deve ter pela frente períodos de mais ajustes fiscais, com cortes de gastos do governo e crescimento mais lento. Grécia e Espanha – Crise do Euro. A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial. 1 - Por que a Grécia está nessa situação? A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008. 2 - O que a Grécia está fazendo para reverter a crise? O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.Pretende também aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado. 3 - Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas? Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida. 4 - A crise na Grécia pode se espalhar? Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal.

  14. Outras Notícias de abril/maio de 2012 Abril • Aprovação pessoal de Dilma sobe e atinge 77%, aponta Ibope: Margem de erro é dois pontos percentuais; CNI encomendou pesquisa. Ficou estável em 56% o índice dos que consideram governo ótimo ou bom. • Brasil não possui novas vagas para internação de jovens infratores: Dado foi divulgado nesta terça-feira (10) pelo CNJ. Ceará tem maior taxa de ocupação de estabelecimentos no país, com 221%. • Supremo decide por 8 a 2 que aborto de feto sem cérebro não é crime: Com a decisão, STF libera a interrupção de gravidez de feto anencéfalo. Lei criminaliza aborto, com exceção dos casos de estupro e risco para mãe. • Morre aos 66 anos, o antropólogo Gilberto Velho: Ele era membro da Academia Brasileira de Ciências. • Brasileiros fazem protestos contra a corrupção pelo país: Manifestantes marcham contra supersalários, foro privilegiado e ficha suja. Em São Paulo, polícia entrou em confronto com os participantes do protesto. • Cachoeira e Delta são depoimentos mais pedidos por membros da CPI: Bicheiro e ex-dirigentes da empresa lideram requerimentos de convocação. CPI se reúne e deve votar 168 requerimentos protocolados. Maio • Dilma sanciona lei que cria novo fundo de previdência do servidor: Mudança no sistema de aposentadoria vale apenas para novos servidores. Congresso Nacional concluiu votação do Funpresp no fim de março. • Para baixar juros, governo muda rendimento da poupança: Desde 1861, a poupança rende, pelo menos, 6% ao ano, segundo Caixa. Com alteração da regra, esse 'piso' pode ser rompido nos próximos meses. • Marcha da Maconha termina em confusão com PMs em Ipanema: Segundo polícia, manifestantes quebraram vidro de viatura do Choque. Agentes revidaram com gás de efeito moral. • Governo reduz IPI de carros e tributo sobre operações de crédito: Objetivo é reduzir preço dos carros em aproximadamente 10%, diz Mantega. Segundo ele, custo total das desonerações é de R$ 2,1 bilhões em 3 meses.

  15. Outras notícias – Maio de 2012 • 15 de Maio • O Ex-Ministro do Interior da Colômbia, Fernando Londoño, sofre um atentado a bomba que deixa 2 pessoas mortas em Bogotá. • 20 de Maio • Terremoto de magnitude 6.2 na escala Richter atinge o nordeste do Japão. • Terremoto de magnitude 5.9 na escala Richter atinge o norte da Itália. • Abdelbaset Ali Mohmed Al Megrahi, o único condenado pelo atentando terrorista de Lockerbie na Escócia que matou 270 pessoas, morre aos 59 anos. • 21 de Maio • Terremoto de magnitude 5.8 na escala Richter atinge a Bulgária. • 23 e 24 de Maio • Eleições presidenciais no Egito. • 25 de Maio • Início Rock in Rio Lisboa V. • 28 de Maio • Terremoto de magnitude 6.7 na escala richter atinge o norte da Argentina. • 30 de Maio • Ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, é condenado a 50 anos de prisão por ter cometido crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a 1° guerra civil do país que durou de 1989 a 1996. • Asteroide '2012 KT42' passa a 14 mil quilômetros da Terra. • 31 de Maio • Egito suspende estado de emergência instaurado em 1981 após o assassinato do ex-presidente Anwar al-Sadat por radicais islâmicos. • Bolívia nacionaliza empresa de eletricidade com capital espanhol Morales determinou ocupação da Transportadora de Eletricidade. Empresa é gerida por filial do grupo Rede Elétrica Espanhola.

  16. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começou no último dia 13 de junho no Rio de Janeiro. O evento, que acontece até o dia 22 de junho, reúne líderes mundiais para discutir medidas que promovam o progresso aliado à preservação do meio ambiente nas próximas décadas.O evento marca os 20 anos da realização da Rio-92 (ou Eco-92). Os dois principais temas em debate são: economia verde e cooperação global. Economia verde é um modelo de crescimento econômico baseado na baixa emissão de carbono e no uso inteligente dos recursos naturais. Isso depende, por sua vez, de uma organização entre os países para garantir que os protocolos sejam seguidos por todos os governos. O desafio da conferência é fazer com que países como Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, convirjam em seus interesses para assumir os compromissos estabelecidos pela cúpula. Um documento com as metas a serem atingidas nas próximas décadas deve ser divulgado ao final do evento Rio+20 e a Cúpula dos Povos. Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida. Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas. A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos

  17. A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva criticou nesta quarta-feira (20) o acordo firmado entre os 193 países que participam da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Segundo ela, o documento proposto pelo Brasil e aceito pelos outros países privilegiou apenas a economia, e não a sustentabilidade. "A crise econômica está sendo privilegiada [na negociação]. O documento é uma pá de cal na Rio+20", disse, em rápida entrevista concedida no fim da tarde, no Riocentro, onde ocorre o Segmento de Alto Nível da conferência, com chefes de Estado e governo dos países participantes. Em entrevistas anteriores, a ex-ministra havia usado a mesma expressão para dizer que a Rio+20 era uma "pá de cal na Rio92“."O erro não é colocar 100 bilhões no FMI, é não colocar 100 bi em um fundo ambiental. Venceu a tese norte-americana. Prevaleceu a tese de que esforços são bilaterais. Que cada país tem que fazer as suas ações. Há um consenso de que o documento não é satisfatório", disse. Reação das ONGsAssim como Marina, organizações não-governamentais (ONGs), descontentes com os resultados da Rio+20 até agora, querem que a expressão "com plena participação da sociedade civil" seja removida do parágrafo introdutório do documento-base da conferência. "As ONGs não apoiam esse texto de maneira nenhuma", disse WaelHmaidan, da ClimateAction Network International, que discursou em nome do chamado "major group" de organizações sociais na abertura da sessão de alto nível da conferência, na manhã desta quarta. Segundo Hmaidan, o documento aprovado pela diplomacia, intitulado "O Futuro que Queremos", está "totalmente fora de contato com a realidade". "Exigimos que as palavras 'com plena participação da sociedade civil' sejam removidas do texto", disse Hmaidan, para uma audiência que incluía vários ministros, presidentes e outros chefes de Estado. Uma petição online, até agora assinada por mais de 35 ONGs (incluindo duas brasileiras: VitaeCivilis e Idec), critica o processo de negociação da ONU e pede mais participação da sociedade civil nas decisões. A frase que as ONGs querem alterar é o primeiro parágrafo do documento que descreverá os resultados da Rio+20, se aprovado formalmente pelos chefes de Estado ao final da conferência, nesta sexta-feira. O trecho diz: "Nós, chefes de Estado e de governos e representantes de alto escalão, tendo nos reunido no Rio de Janeiro, Brasil, de 20 a 22 de junho de 2012, com plena participação da sociedade civil, renovamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com assegurar a promoção de um futuro economicamente, socialmente e ambientalmente sustentável para o nosso planeta e para as gerações presentes e futuras". Manifestação nas ruasMilhares de pessoas ocuparam a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta, em protesto coletivo realizado em função da Rio+20. Segundo estimativa da Polícia Militar divulgada às 18h30, cerca de 20 mil pessoas acompanhavam a passeata.Carros de som, bandeiras, faixas, artistas e até uma escola de samba apoiavam as mais variadas causas, em um clima pacífico. Segundo o Centro de Operações Rio, devido aos protestos, a pista lateral da Avenida Presidente Vargas chegou a ter duas faixas interditadas, mas, às 16h35, foi liberada.Ativistas de meio ambiente, trabalhadores rurais e urbanos, estudantes, professores e índios desfilavam pela avenida separados por espécies de alas, um grupo na frente do outro, lembrando, do alto, os desfiles carnavalescos na Marquês de Sapucaí.Alguns cantavam em coro (com direito a coreografia), outros apitavam de cara pintada e líderes de movimentos comandavam os seus companheiros de ideais ao microfone.

  18. Família real britânica comemora 60 anos do reinado de Elizabeth II Procissão pelo rio Tâmisa custou mais de R$ 30 milhões; ingleses protestam Junho de 2012 A procissão de mil barcos que atravessaram o rio Tâmisa, neste domingo, emocionou ingleses que acompanham as comemorações dos 60 anos do reinado da rainha Elizabeth II. O jubileu de diamantes só havia sido comemorado antes pela rainha Victoria - que reinou de 1837 até sua morte, em 1901.  Milhões de britânicos acompanham pela TV as comemorações, enquanto outros preferem organizar festas de rua em comemoração ao jubileu  Vestindo trajes claros, Elizabeth II participa das comemorações deste domingo acompanhada de seu marido, o duque de Edimburgo, além dos príncipes Harry, William e Kate Midletton. A família  viajará da Ponte Albert, no oeste do rio, até a TowerBridge, no leste, a bordo de uma luxuosa embarcação real decorada com 10 mil flores. Desde a época dos romanos, o rio Tâmisa é parte crucial da história britânica. Na época, era comum procissões por suas águas serem usadas em demonstrações de poder de monarcas. Despesas e impostos Apesar da maioria da população inglesa respeitar e admirar a família britânica, o momento da travessia deve receber um grupo de manifestantes que protesta contra as despesas contraídas na comemoração do jubileu. A cifra de custo da procissão deve chegar a R$ 30 milhões. O valor é financiado por doações privadas, no entanto, os custos com segurança recaem sobre impostos pagos pelos britânicos.

  19. A Comissão da Verdade, grupo federal criado para investigar, durante dois anos, as violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, incluindo o período da ditadura militar, enfrenta obstáculos para realizar, com êxito, a apuração dos casos. Atualmente, recebe críticas ferrenhas acerca da quantidade de membros que formará o grupo. O projeto, aprovado pela Câmara no último mês e que, atualmente, aguarda votação no Senado, autoriza apenas sete pessoas para a comissão, indicados pela presidente da república, além de 14 assessores. No entanto, para alguns especialistas, 21 membros, compondo o que eles chamam de “comissão da Meia-Verdade” serão insuficientes para o volume de tarefas e responsabilidade previstas para essa comissão, visto que o trabalho consiste no acesso a documentos sigilosos, convocação de pessoas para prestar depoimentos e a determinação de perícias e diligências. Como argumento, eles afirmam que, no Uruguai, por exemplo, comissão formada para a execução de um trabalho semelhante, contava com a cerca de 200 membros. Além disso, afirmam o quanto será difícil que essas 21 pessoas consigam investigar as minúcias de todas as violações do período estabelecido. Diante disso, o governo lançou, também no último mês, uma medida cujo objetivo é agregar acadêmicos e pesquisadores à Comissão da Verdade, visando, assim, suprir o déficit humano do projeto. A medida busca a inclusão de universidades, movimentos sociais e ONGs que sejam ligadas à área dos direitos humanos. A intenção do trabalho da Comissão da Verdade é formidável, mas, para obter resultados justos e conclusivos, de fato, precisa contar com uma equipe de alto padrão, na quantidade e, principalmente, na qualidade. O orçamento destinado à execução desse trabalho deve estar, portanto, à altura da importância dessas investigações para a história brasileira. Deve ser realizada uma apuração impecável e, para isso, é necessário que receba o devido investimento do governo e reconhecimento da sociedade.  Comissão da Verdade

  20. Diminuição das Taxas de Juros e Plano BrasilMaior. Como parte da nova política industrial do governo Dilma, chamada de "Plano Brasil Maior", que está sendo lançada nesta terça-feira em Brasília, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma série de medidas "que permitirão maior agilidade na concessão de financiamentos e redução de custos do investimento", segundo divulgação no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Indústria, sindicatos e comércio consideram redução da taxa de juros positiva São Paulo – Sindicatos e entidades que representam a indústria e o comércio aprovaram a redução da taxa básica de juros para 7,5% ao ano, anunciada hoje (29) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), porém, apontaram medidas que poderiam ajudar a impulsionar a economia. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que a redução da taxa de juros é uma medida correta, mas insuficiente para garantir a retomada mais forte do crescimento econômico. Ele defende a redução do custo do gás e energia elétrica, a diminuição e simplificação da carga tributária e burocracia, manutenção do câmbio em patamares acima de R$ 2 e melhoria das condições de infraestrutura do país. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo declarou que o barateamento do crédito torna mais fácil a entrada do Brasil em um novo ciclo de recuperação econômica, gera mais empregos e torna mais fácil a negociação por melhores condições de trabalho e salários. “O governo deve continuar a praticar esta política de redução da Taxa Selic”, informou o sindicato. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a redução dos juros precisa também se refletir nos juros dos bancos. “Essa tendência consistente de queda nos últimos meses precisa ser acompanhada por drástico corte dos juros praticados pelos bancos no crédito a pessoas físicas e jurídicas”. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) considerou acertada a decisão do Banco Central. A entidade acredita que os juros mais baixos possibilitam que mais pessoas físicas e jurídicas adquiram financiamento, estimulando a produção e o consumo interno.

  21. Outras Notícias de Junho de 2012 • Caixa reduz juros e amplia prazo de financiamento de imóveis: Prazo passa de 30 para 35 anos em operações com recursos de poupança. Anúncio foi feito nesta terça-feira (5) em Brasília. • Percentual de cheques sem fundos é o maior desde 2009, diz SCPC: Em maio, 2,15% dos cheques emitidos foram devolvidos por falta de fundos. Indicador vem seguindo tendência de alta desde outubro de 2010. • Morre aos 67 anos o cineasta Carlos Reichenbach: Segundo assessoria de imprensa, diretor morreu nesta quinta (14) à tarde. Ele foi um dos principais expoentes do cinema da Boca do Lixo, em SP. • Sem sinal de câncer, Lula recebe alta de hospital em São Paulo: Ex-presidente da República havia se internado na tarde desta quarta (13). Exame revelou 'ausência de neoplasia (câncer)', diz comunicado. • Governo anuncia programa de compras de R$ 8,4 bilhões: Objetivo, novamente, é tentar estimular o crescimento da economia. Mercado financeiro já acredita que expansão será de 2,18% neste ano. • Supremo Tribunal Federal divulga salário de seus magistrados: Os onze ministros da Corte têm subsídio de R$ 26.723,13. • Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE: Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e 2010, segundo o Censo. Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas

  22. Outras notícias – Junho de 2012 • 2 de junho • HosniMubarak, ex-presidente e ditador do Egito por 29 anos, é condenado a prisão perpétua pela morte de manisfestantes durante o protesto que resultou em sua renúncia. • Terremoto de magnitude 5.8 na escala Richter atinge a região de Salta no noroeste da Argentina. • Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II que marca o 60.º aniversário da sua ascensão ao trono do Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia • 6 de junho • Terremoto de magnitude 5.9 na escala richter atinge Taiwan. • 24 de Junho • Mohamed Morsi é eleito presidente do Egito e é o primeiro chefe de estado eleito democraticamente na história do país. • Morre o último exemplar conhecido de tartaruga gigante de galápagos.

  23. Julho de 2012 Cúpula do Mercosulaceita Venezuela comomembro. A reuniãodaCúpula do Mercosul se reuniuem Brasília (sem a presença do Paraguai, suspensodesde o golpesobre Fernando Lugo) e oficializou a entradada Venezuela no blocosulamericano. A produçãopetrolíferavenezuelana, o governo de esquerda e o crescimentodaeconomiavenezuelanasãoosprincipaismotivosdaentrada do país no bloco. Com a adesão da Venezuela, o PIB do Mercosul será responsável por 83,2% de toda a América do Sul e sua população atingirá 270 milhões de pessoas (70% do continente).A alta demanda por alimentos e bens da Venezuela, que importa muito mais do que produz, aumenta as opções de comércio com o Brasil e a Argentina, principais fornecedores mundiais de alimentos.Em 2011, o comércio entre Venezuela, Brasil e Argentina foi favorável para os dois últimos países com excedentes de 3,325 milhões dólares e 1,847 milhão, respectivamente. O Uruguai e o Paraguai registraram um déficit da balança comercial, principalmente devido à importação de petróleo.Caracas vai se tornar oficialmente membro permanente do Mercosul em 12 de agosto. O país terá até 2016 para cumprir com as regras comerciais do Mercosul, incluindo as normas, a nomenclatura e a Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco, além do reajuste tarifário para o comércio entre os parceiros e os acordos internacionais.No entanto, o Brasil espera que até janeiro de 2013 a Venezuela inicie este reajuste tarifário para o comércio interbloco.

  24. Golpe de Estado no Paraguai Partidos de esquerda, movimentos sociais, campesinos, agrários e indígenas, além de centrais sindicais e de trabalhadores rurais formaram neste sábado (24) a Frente pela Defesa da Democracia no Paraguai, segundo a representante da Coordenadoria de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (Conamuri) MaguiValbuena. “A frente foi formada em uma reunião nesta manhã na sede da Central Nacional dos Trabalhadores, em Assunção. Estamos unindo todos os movimentos sindicais e de esquerda para lutar contra o novo governo. Fizemos uma reflexão sobre a situação de intensa agitação política e instabilidade que ocorreu no nosso país nos últimos dias e decidimos tomar uma posição pela defesa da democracia”, disse Magui. “O novo governo é golpista e não o reconhecemos. Estamos declarando nossa resistência e nos articulando em todos os departamentos para realizar ações contra o que ocorreu”, explicou. Segundo Magui, o processo que derrubou Lugoifoi “inconstitucional”. “Cremos que teremos repressões aos grupos socais pela frente e que perderemos todas as garantias de direitos humanos que o Lugo nos dava”, afirmou.'Ditadura de ricos'A mesma opinião tem Pablo Ojeda, diretor do Movimento Campesino Paraguaio (MCP). “Houve um golpe de estado que atenta contra um espaço democrático que vínhamos conquistando”, disse Ojeda.“Aqui no Paraguai há uma ditadura dos ricos. Sempre os ricos. E o que aconteceu agora é um retrocesso da democracia.” Para a frente, o governo de Federico Franco é ligado aos ruralistas e não irá realizar as reformas agrárias e socais prometidas por Lugo. “Sabemos que ele (Federico) é identificado claramente com as empresas multinacionais e os grandes produtores no país. Ele vai sufocar o desenvolvimento da consciência social que temos. Há muito perigo pela frente”, acredita Magui. Ojeda complementa: “A família Franco não tem muitas terras, mas seus aliados, seus camaradas, por exemplos os milionários que estão no parlamento, têm muito. Eles que promoveram golpe de estado a Lugo”. A liderança da Conamuri disse que o período ainda é de articulação e que vários tipos de manifestações serão feitas pela Frente pela Defesa da Democracia, mas não soube dizer quando começariam os protestos. Para o diretor do MCP, o novo presidente “vai enfrentar uma dura batalha contra os companheiros do campo”.

  25. Brasiguaios CriseFederico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra ele foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável". O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista. A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo. Na tarde de sexta-feira, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo. Em discurso, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado. Ele pediu que seus partidários façam manifestações pacíficas e que "o sangue dos justos" não seja mais uma vez derramado no país. Na estrada de terra que cruza as prósperas plantações de soja e milho de fazendeiros brasileiros em Ñacunday, no sudeste doParaguai, a monotonia da paisagem é bruscamente alterada por um gigantesco acampamento no alto de um morro, de onde emanam torres de fumaça. Lá, numa área reclamada pelo catarinense Tranquilo Favero, conhecido no país como 'o rei da soja', 5.000 famílias de trabalhadores sem-terra se instalaram em barracas há oito meses para pressionar o governo a lhes conceder porções de terra na região. À entrada do acampamento, um sinal de que a convivência entre o grupo e o produtor de soja não anda muito boa: preso a uma forca, um boneco teve o nome Favero estampado em seu peito. Abaixo da inscrição, um recado ao fazendeiro: 'vai morrer assim‘. A tensão entre sem-terra e 'brasiguaios' (como são chamados os cerca de 350 mil brasileiros e seus descendentes que começaram a migrar para o Paraguai em busca de terras baratas nos anos 60) alcança seu ápice em Ñacunday e explica por que a maioria da comunidade apoiou o impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo, na última sexta-feira. No Paraguai, 80% das terras cultiváveis estão nas mãos de apenas 2% dos proprietários, segundo dados oficiais. "A história relata que, após a Grande Guerra (como o conflito é conhecido no Paraguai), a ruína foi tal que governos posteriores, como o de Bernardino Caballero, venderam terras para financiar o Estado", explicou à AFP MagdalenaFleytas, responsável pela gestão de um assentamento rural do Estado em San Pedro, cerca de 350 km ao nordeste de Assunção.No entanto, Fleytas afirmou que essas vendas de terra foram, na realidade, distorcidas em favor dos grandes fazendeiros que começaram a crescer na região."Muitas dessas grandes extensões ainda hoje estão nas mãos das mesmas famílias“. O Paraguai está suspenso do Mercosul. A decisão foi anunciada neste domingo (24) à noite pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A medida é um protesto por parte do Brasil, da Argentina e do Uruguai, que compõem o bloco, e também dos países parceiros – o Equador, a Bolívia, Venezuela, o Chile, a Colômbia e o Peru. Os nove governos condenam de forma veemente a maneira como ocorreu o impeachment do presidente Fernando Lugo no último dia 22.

  26. Julho de 2012 CrisenaSíria. O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição, pediu uma reunião "urgente" do Conselho de Segurança da ONU para impedir o massacre de civis que o regime pretende cometer, segundo a organização, em Aleppo. Em um comunicado, o CNS afirma que "o regime sírio se prepara para cometer massacres" em Aleppo e pediu ao Conselho de Segurança que adote "as medidas necessárias para proteger os civis". Os combates foram retomados neste domingo (29) em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, onde os rebeldes que lutam contra o regime de Bashar al-Assad permanecem entrincheirados em alguns bairros, em uma tentativa de resistir à ofensiva do exército. Pelo menos quatro pessoas morreram na Síria neste domingo, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No sábado (28), 168 pessoas morreram: 94 civis, 33 rebeldes e 41 soldados. Os opositores tentaram tomar o controle de uma delegacia no bairro de Salhin, localizada em um cruzamento estratégico, que teria permitido unir Salahedin ao bairro de Sahur, também sob controle insurgente, para unir suas forças. Os combates pararam por alguns momentos na tarde de sábado após o ataque das tropas sírias contra os bairros rebeldes desta cidade de 2,5 milhões de habitantes e considerada vital para as duas partes no conflito. As tropas oficiais bombardearam e metralharam, com o uso de helicópteros, as áreas insurgentes. A frente de Aleppo foi aberta em 20 de julho e o Exército iniciou a ofensiva depois de receber reforços. Resto do paísOs confrontos prosseguem em outros pontos do país. Na cidade de Homs, perto do quartel-general da polícia, um rebelde morreu, segundo o OSDH. Na localidade de Irbin, na região de Damasco, um civil foi morto a tiros. Dois civis morreram em confrontos em Idleb (noroeste). Segundo o OSDH, pelo menos 20 mil pessoas, incluindo 14 mil civis, morreram na Síria desde o início dos protestos contra o regime de Assad, em março de 2011. No sábado, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição, pediu aos países "irmãos" e "amigos" que forneçam armas aos membros do Exército Sírio Livre (ESL), formado por desertores e civis.

  27. Desde o início dos protestos antigoverno, em março de 2011, o regime sírio vem lançando uma ofensiva contra opositores que, segundo a ONU, já deixou mais de 9 mil mortos no país.Já o governo sírio divulgou em fevereiro sua própria estimativa de vítimas: 3.838, das quais 2.493 eram civis e 1.345 membros das forças de segurança. O que os opositores querem? Os protestos começaram pedindo mais democracia e liberdades individuais. Porém, quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes desarmados, a oposição passou a exigir a queda de Assad.O presidente se recusou a renunciar, mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Entre elas estão o fim do estado de emergência, que durou 48 anos, e uma nova constituição, que prevê a realização de eleições multipartidárias. Há uma oposição organizada? Depois que as manifestações se espalharam por todo o país, opositores e partidos políticos clandestinos formaram a frente antigoverno Conselho Nacional Sírio (CNS), de maioria sunita e apoiada pela Irmandade Muçulmana e que opera fora da Síria. Um segundo grupo, o Comitê de Coordenação Nacional, que age de dentro do país, foi formado por opositores que temem a orientação islâmica do CNS. Já a oposição armada ao regime é composta por militares desertores que se organizaram no Exército Livre da Síria, que coordena ataques contra as forças de segurança do regime a partir da Turquia. O que a comunidade internacional está fazendo? A Liga Árabe inicialmente se manteve em silêncio sobre a crise, mas em novembro de 2011 impôs sanções econômicas à Síria após o país não permitir a entrada de observadores no país. Os observadores foram autorizados um mês depois, mas não conseguiram frear a violência.Duas tentativas da comunidade internacional de aprovar resoluções contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU foram vetadas pela Rússia, que tem fortes laços econômicos e militares com o regime de Assad. No último mês de março, a Liga Árabe e a ONU nomearam o ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan como enviado para negociar um cessar-fogo entre o governo e os rebeldes. É um conflito sectário? O regime de Assad concentrou poder econômico, político e militar nas mãos da comunidade alauíta (10% da população). A maioria sunita (74%) se viu excluída e passou a acusar o governo de corrupção e nepotismo. Os protestos antiregime mais intensos vêm ocorrendo sistematicamente em cidades e áreas totalmente sunitas, onde praticamente não há alauítas ou cristãos.

  28. Rio de Janeiro é eleito Patrimônio Cultural da Humanidade Este domingo (1º) é um dia histórico para o Brasil. Esta é a data em que a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em São Petersburgo, na Rússia. As informações são do Iphan. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na inclusão de mais um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial. A votação estava prevista para acontecer no sábado (30), mas foi adiada para este domingo (1º). O secretário municipal de Turismo, Pedro Guimarães, se pronunciou logo após o anúncio da Unesco. Para ele, o título foi merecido: "A cidade que é um orgulho para seu povo e uma paixão para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa", comemorou ele. Para a ministra, o resultado vem “coroar um belíssimo trabalho que evidencia a cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha e, com criatividade e talento criou paisagens - hoje mundialmente conhecidas - que a tornaram excepcional e maravilhosa”. Já o presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é resultado da utilização intencional da natureza que, atendendo aos interesses econômicos dos colonizadores portugueses, formou espaços únicos no mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela troca entre diferentes culturas associadas a um sítio natural”. A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua paisagem cultural. São eles: Pão de Açúcar, Corcovado, Floresta da Tijuca, Aterro do Flamengo, Jardim Botânico e a Praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara. As belezas cariocas incluem, ainda, o forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.O Rio como Patrimônio da HumanidadeO Iphan trabalha na candidatura do Rio como Paisagem Cultural da Humanidade há alguns anos, em parceria com a Associação de Empreendedores Amigos da Unesco, da Fundação Roberto Marinho, do governo e da prefeitura do Rio. Em setembro de 2009 o Iphan entregou à Unesco o dossiê completo da candidatura, justificando sua importância e seu valor universal que está principalmente na soma da beleza natural da cidade com a intervenção de humana.Em janeiro de 2011, o Centro do Patrimônio Mundial da Unescp, sediado em Paris, decidiu pela inclusão da candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36ª WHC.Candidata por inteiroO Rio foi a primeira cidade a se candidatar inteira a Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. O reconhecimento do Rio de Janeiro culminará uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais inscritos na Lista do Patrimônio Mundial.Locais como Corcovado serão alvo de ações integradas visando a preservação. O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco 1992. Até o momento, os sítios reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, a sistemas agrícolas tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. Há cerca de dois anos, o Rio se candidatou ao título de Sítio Urbano Misto, que acabou não sendo aceito pela Unesco. O Iphan foi orientado então a valorizar as paisagens culturais. O Brasil conta atualmente com 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.

  29. Demóstenes Torres é cassado. O Senador Demóstenes Torres teve seu mandato cassado na tarde desta quarta-feira (11) e ficará inelegível até 2027. Dos 80 senadores presentes, 56 votaram pela cassação, 19 foram contra e houve cinco abstenções. O processo durou quase três meses. Demóstenes foi acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com o resultado, ele se tornou o segundo senador cassado na história do Brasil; o outro foi Luiz Estevão, em 2000. As ligações de Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira apareceram nas operações Delta e Monte Carlo, da Polícia Federal. Primeiro, no plenário do Senado, Torres confirmou que era amigo e tinha recebido um presente de casamento de Cachoeira. As gravações da polícia, porém, mostraram muito mais. Em 22 de abril de 2009, Cachoeira pediu que Demóstenes acompanhasse um projeto de lei que permitia aos estados decidir sobre o funcionamento de bingos As relações do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, servidores públicos e empresários serão investigadas por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso Nacional. O empresário foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás.O contraventor, apontado pela PF como chefe do grupo, ficou conhecido com o caso Waldomiro Diniz, o ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, considerado o primeiro escândalo do governo Lula, em 2004.Cachoeira é suspeito de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e contrabando.Entre as relações do empresário que serão investigadas está sua ligação com o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM). Interceptações telefônicas feitas com autorização judicial indicam que o parlamentar atuava no Congresso em favor de Cachoeira. Outras gravações revelaram o envolvimento de servidores públicos do Incra e de funcionários dos governos estaduais de Goiás e do Distrito Federal. O Caso Carlos Cachoeira

  30. Outras notícias de Julho de 2012 • Cientistas anunciam novas descobertas que comprovam o Bóson de Higgs • O candidato do PRI, Enrique Peña Nieto, vence as eleições presidenciais no México com 38,21% • O estudante de neurociência James Holmes de 24 anos, entra em uma sala de cinema na cidade de Aurora no estado americano do Colorado e mata 12 pessoas e fere outras 50 durante a exibição de estreia do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge. • Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Londres, no Reino Unido. • Morre o cardeal dom Eugenio Sales: Arcebispo emérito do Rio tinha 91 anos e sofreu um infarto em casa. Ele foi uma referência na defesa de perseguidos por regimes militares. • Senador Demóstenes Torres é cassado e fica inelegível até 2027: Foram 56 votos pela cassação, 19 contra e 5 abstenções. Voto foi secreto. Ele foi acusado de usar mandato para favorecer bicheiro Carlos Cachoeira. • Oito morrem durante ataques em bairros de Osasco, diz polícia: Crimes aconteceram na região norte da cidade na Grande São Paulo. PM diz que criminosos aproveitaram salva de fogos por título do Palmeiras • Marcha para Jesus reúne multidão de evangélicos em São Paulo: Segundo a PM, mais de 1 milhão de pessoas participaram do evento. Vias da Zona Norte da capital paulista ficaram com trânsito lento. • Dilma diz esperar que Paraguai 'normalize situação institucional: Segundo ela, depois disso, país poderá 'reaver seus direitos no Mercosul. Presidente falou após cúpula do bloco que aprovou ingresso da Venezuela.

  31. Agosto 2012 Kofi Annan abandona mediação do conflito na Síria, diz chefe da ONU O mediador da Liga Árabe e da ONU para a crise síria, Kofi Annan, está deixando a missão, informou nesta quinta-feira (2) o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Ele sai no final do mês, segundo Ban, que disse sentir "profundo pesar" pela decisão, em meio ao aumento da violência no país em crise. "O senhor Annan me informou e ao secretário-geral da Liga Árabe, senhor Nabil Elaraby, de sua intenção de não renovar seu mandato quando ele expirar em 31 de agosto de 2012", disse o comunicado. saiba mais Ele e Elaraby estão discutindo um sucessor, segundo o texto. Annan, que ocupava o cargo especial desde 23 de fevereiro, havia proposto um cessar-fogo entre o regime do presidente Bashar al Assad e rebeldes que tentam derrubar o governo, mas os atos de violência, de lado a lado, continuaram apesar de seus esforços. O plano de paz de Annan, de seis pontos, previa, sobretudo, o fim dos combates entre governo e oposição armada e uma transição política. 'Falta de apoio'Annan afirmou que apresentou sua renúncia porque não recebeu todo o apoio que a causa merecia. "Não recebi todo o apoio que a causa merecia. Há divisões na comunidade internacional. Tudo isso complicou minha tarefa", afirmou Annan em entrevista logo após o anúncio de sua saída. RússiaO embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse lamentar a decisão. "Entendemos que essa é a decisão dele", disse Churkin a jornalistas. "Lamentamos que ele tenha escolhido fazer isso. Apoiamos muito fortemente os esforços de Kofi Annan. Ele ainda tem mais um mês de trabalho e espero que esse mês seja usado o mais efetivamente possível diante de tão difíceis circunstâncias." A Rússia tem bloqueado as tentativas do Conselho de Segurança da ONU de impor sanções ao governo sírio. EUAA Casa Branca responsabilizou Assad, a China e a Rússia pela saída de Annan e disse que ainda acredita que o presidente sírio deve deixar o poder. SíriaO governo sírio lamentou a saída e responsabilizou Estados que tentam "desestabilizar" o país.

  32. Presidente do Egito cancela declaração que limitava seus poderes Agosto 2012 O presidente do Egito, Mohamed Mursi, ordenou a aposentadoria de dois importantes generais, entre eles o Minisro da Defesa Hussein Tantawi, que comandou o país depois da queda de Hosni Mubarak, e cancelou uma declaração constitucional que limitava os poderes presidenciais, editada em junho pelo antigo governo militar. O presidente decidiu anular a declaração constitucional adotada em 17 de junho pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirigia então o país e no qual se apropriava do poder legislativo", afirmou o porta-voz Yaser Ali em um discurso exibido pela televisão pública. • No caso dos generais aposentados, outros dois homens foram indicados para os lugares vagos. • O ministro da Defesa Tantawi, que serviu como ministro de Mubarak por 20 anos e o chefe de equipe Sami Enam eram indicados como conselheiros de Mursi. O porta-voz disse que as mudanças têm efeito imediatamente. • Também neste domingo, Mursi nomeou um vice-presidente, o juiz Mahmud Mekki, segundo a agência oficial Mena. • Este é apenas o segundo vice-presidente egípcio em 30 anos. O ex-presidente Hosni Mubarak nunca havia nomeado um vice-presidente até a revolta popular que o derrubou em fevereiro de 2011, durante a qual ele nomeou o chefe dos serviços de inteligência Omar Suleiman para o posto. • Mohamed Mursi tornou-se oficialmente o primeiro presidente islamita e civil do Egito em junho deste ano, sucedendo Hosni Mubarak, derrubado no início de 2011 por uma revolta popular sem precedentes. • A chegada ao poder de Mursi marcou uma virada na história da Irmandade Muçulmana, fundada em 1928, oficialmente proibida em 1954 e, depois, relativamente tolerada no governo Mubarak, do qual foi o principal alvo. O próprio Mursi foi preso nesse período.

  33. Em novembro de 2011, o presidente equatoriano Rafael Correa foi um dos únicos líderes mundiais - ao lado do então presidente Lula - a criticar os Estados Unidos pelas ações contrárias ao Wikileaks depois da crise iniciada com o vazamento de mais de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos.  Julian Assange é o criador do Wikileaks e seu principal porta-voz, Assange perdeu o seu último recurso na semana passada e, ao que tudo indica, será mesmo extraditado para Suécia para responder por dois supostos crimes sexuais que teria cometido. Os crimes supostamente cometidos por Assange com duas mulheres são tão polêmicos por causa de uma brecha na lei sueca, que equivale o sexo consensual sem camisinha ao estupro. Ele nega ter cometido os crimes.Defensores do Wikileaks em todo o mundo acusam a decisão da corte de ser politicamente motivada, pois poderia facilitar uma futura extradição para os Estados Unidos, onde Assange poderia responder por crimes contra a segurança nacional norte-americana por ter revelado segredos das guerras do Iraque e Afeganistão. O WikiLeaks é um órgão formado por jornalistas de diversos países, que tem como objetivo divulgar documentos que mostrem principalmente aquilo que o governo Americano não quer que o mundo saiba. Foi fundado em 2006 pelo jornalista australiano Julian Assange, porém o site só atraiu atenção do mundo em abril desse ano, quando foi divulgado um video onde um helicóptero Americano assasinava diversos civis no Iraque, dentre eles estavam dois jornalistas da REUTERS. Equador dá asilo político a Julian Assange e desafia Reino Unido O governo do Equador concedeu nesta quinta-feira, 16, asilo político ao fundador doWikiLeaks, o jornalista australiano Julian Assange. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño. Desde a noite de quarta, a Embaixada do Equador em Londres está cercada pela polícia. Em meio aos rumores de que Quito poderia conceder asilo político, Correa se reuniu na quarta com Patiño para discutir o tema. Assange está refugiado na embaixada desde 19 de junho.  Agosto 2012

  34. O Mensalão passou a ser escancarado pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho de 2005. Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processos de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão. Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30 mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os “mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas. José Dirceu, Ministro da Casa Civil na época, foi apontado como o chefe do esquema. O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 1° de agosto o início do julgamento do mensalão, maior escândalo de corrupção do governo Lula que resultou em ação penal contra 38 pessoas.O caso estourou em 2005, com a revelação de suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base governista. A denúncia abalou o primeiro mandato de Lula, e fez com que José Dirceu, então ministro da Casa Civil, deixasse o cargo.O petista foi apontado como o chefe do suposto esquema de mesada. O pagamento garantiria que o governo tivesse maioria para aprovar projetos de seu interesse na Câmara. Uma semana depois que o caso estourou, Dirceu pediu para sair da Casa Civil e foi substituído por Dilma Rousseff. Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com o dinheiro em mãos, o grupo também teria saldado dívidas do PT e gastos com as campanhas eleitorais. Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário e dono das agências que mais detinham contrato de trabalho com órgãos do governo, seria o operador do Mensalão. Valério arrecadava o dinheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, através de empréstimos que nunca foram pagos. Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do publicitário, foi uma das testemunhas que confirmou o esquema, apelidado de “valerioduto”. O Caso do Mensalão.

  35. Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu, Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os quais responderão por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros. Mensalão mineiro, também chamado de mensalão tucano, ou ainda valerioduto tucano, é o escândalo de corrupção que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por"peculato e lavagem de dinheiro“ O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” teve início em 26 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Belo Horizonte e Brasília, incluindo a residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). No inquérito da PF consta a transcrição de um diálogo no qual Arruda e um assessor conversam sobre o repasse de dinheiro a políticos aliados. É daí que vem o nome “mensalão”, em referência ao escândalo de 2005, no qual integrantes do PT, segundo o Ministério Público Federal, pagavam propina a parlamentares em troca de apoio. O caso está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O pivô do “mensalão do DEM” é Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF. A gravação na qual Arruda pede o repasse de dinheiro a políticos foi feita por ele, com equipamentos da PF. Investigado em mais de 30 processos, a maior parte por desvio de dinheiro, Barbosa aceitou cooperar com a polícia e com o Ministério Público em troca de uma redução de pena em um julgamento futuro.  

  36. OutrasNotícias de Agosto de 2012 • Dilma é capa da revista Forbes e fica em 3º no ranking de mais poderosas • Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua • Atirador que matou 77 na Noruega é condenado a 21 anos de prisão • Cientistas descobrem animais mais antigos já preservados em âmbar

  37. Hollande anuncia crescimento quase nulo e plano de recuperação Segundo presidente francês, crescimento do país será 'apenas superior a zero'.François Hollande anunciou agenda de recuperação econômica de 2 anos. • Em sua primeira entrevista na TV desde 14 de julho, o presidente admitiu que há uma "inquietude" na França pelo aumento do desemprego, mas se defendeu ao dizer que não é possível fazer todos os ajustes necessários em pouco mais de quatro meses no cargo. • Hollande confirmou o que já se sabia: o país necessita de cortes massivos de despesas e contribuições tributárias para encontrar um pacote de 30 bilhões de euros que lhe permita cumprir seu compromisso de reduzir sua dívida para 3% do PIB. O presidente francês anunciou que seu governo aplicará cortes no valor de 10 bilhões de euros em despesas em educação, segurança e justiça, como parte de um pacote global de contingência. Hollande acrescentou que outros 10 bilhões de euros devem ser obtidos com o pagamento de impostos pelos franceses, enquanto os 10 bilhões restantes virão de tributações suplementares das empresas do país. O presidente francês acrescentou, referindo-se a uma das principais medidas da campanha eleitoral que o levou à chefia do Estado, a cobrança de altos impostos das maiores rendas, as superiores a 1 milhão de euros, que será aplicada. "A medida de 75% (de tributação máxima sobre as rendas acima de 1 milhão) não está suspensa, os que quiseram segui-la farão isso por conta própria", disse o presidente depois que circularam na imprensa nos últimos dias informações em que se mencionava uma marcha à ré do governo socialista nesta medida. O chefe de Estado afirmou ainda que não haverá exceções à aplicação dessa medida e que afetará em torno de 2 mil, 3 mil pessoas. • Prazo para recuperaçãoO presidente também fixou em dois anos o prazo para a recuperação econômica do país. "Tenho como missão a recuperação do país. Vou estabelecer uma agenda de recuperação, de dois anos, para [recuperar] os empregos e contas públicas", disse Hollande, que vem recebendo críticas pela demora nas reformas econômicas do país.

  38. Atos anti-EUA após filme ofensivo ao Islã deixam ao menos 5 mortos Manifestações em protesto ao longa ofensivo a Maomé se espalham.Protestos violentos ocorreram durante visita do papa Bento XVI ao Líbano. Milhares de muçulmanos protestaram em vários países, para denunciar o filme produzido nos Estados Unidos que ofende o Islã e o profeta Maomé, o que desencadeou novos atos de violência. Houve três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, e uma no Sudão.No Líbano, um manifestante morreu em confronto e 300 muçulmanos incendiaram um restaurante da rede de fast food KFC em Trípoli, no norte do país. Em Cartum, no Sudão, cerca de 10 mil manifestantes atacaram as embaixadas britânica e alemã, que foi incendiada e teve sua bandeira nacional substituída por um símbolo islamita. Um manifestante morreu na dispersão pela policia. Papa Bento XVI pede a judeus, cristãos e muçulmanos o fim do fundamentalismoEm Túnis, capital da Tunísia, a polícia não conseguiu conter os manifestantes e muitos invadiram as dependências da embaixada americana, onde era possível ver uma densa fumaça preta em seu estacionamento. Três pessoas morreram e 28 ficaram feridas, segundo balanço do Ministério da Saúde.Em Sanaa, no Iêmen, a polícia disparou para o ar para dispersar centenas de manifestantes que se aproximavam da embaixada americana, informou um correspondente. Também foram utilizados jatos d'água para dispersar os manifestantes reunidos a 500 metros da missão diplomática, onde a bandeira americana foi queimada. Em Bangladesh, cerca de 10 mil manifestantes queimaram em Daca bandeiras americanas e israelenses e cercaram a embaixada dos Estados Unidos. Após a oração semanal, os manifestantes se reuniram em frente à mesquita de Baitul Mokaram, a mais importante do país. Na Indonésia, aproximadamente 350 islamitas radicais protestaram em Jacarta contra a "declaração de guerra" representada pelo filme. Na capital iraniana, Teerã, centenas de pessoas se reuniram, sob os gritos "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel", segundo imagens da televisão estatal. Na Nigéria, a polícia precisou disparar para dispersar a multidão que se manifestava.No Cairo, Egito, onde são registradas manifestações em frente à embaixada americana desde terça-feira, confrontos esporádicos continuaram nesta manhã com as forças de ordem enviadas para os arredores da missão diplomática.

  39. Manifestantes e polícia se enfrentam em dia de greve geral na Grécia Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26) em Atenas, capital da Grécia, durante um dia de greve geral contra as medidas de austeridade exigidas pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como condição para seguir apoiando o país. Os confrontos ocorreram na Praça Syntagma, no centro da capital. A polícia usou bombas de gás contra os manifestantes, que atiraram coquetéis molotov e pedras contra os policiais. Os confrontos prosseguiram na praça e próximo ao ministério das Finanças, onde um caminhão dos bombeiros estava estacionado, enquanto a maioria protestava pacificamente, antes de um reforço policial chegar e expulsar alguns jovens. Alguns jovens também atearam fogo a um quiosque de uma empresa de telefonia e em lixeiras, além de quebrarem janelas, enquanto os hotéis de luxo ao longo da praça foram protegidos por um cordão policial. Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles gritavam: "Não vamos nos submeter à troika (credores)" e "Fora UE e FMI!” O dia de ação nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizão do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras assumiu o poder, afeta consideravelmente o funcionamento da administração e os serviços públicos, com escolas fechadas e hospitais funcionando em ritmo lento. As férias de verão deram ao governo de coalizão liderado pelos conservadores uma calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao poder com uma plataforma pró-euro e pró-resgate, mas os sindicatos preveem mais protestos com o fim do descanso. "Ontem os espanhóis tomaram as ruas, hoje somos nós, amanhã serão os italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse Yiorgos Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores públicos Adedy. Cerca de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram às ruas para proteger o centro de Atenas. O último grande caso de violência nas ruas de Atenas havia ocorrido em fevereiro, quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agências bancárias depois que o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.

  40. Planalto anuncia troca de Ana de Hollanda por Marta Suplicy na Cultura O Palácio do Planalto anunciou na tarde desta terça (11) que a ministra da Cultura,Ana de Hollanda, deixou o cargo e será substituída pela senadora Marta Suplicy (PT-SP). A informação foi dada pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. A demissão de Ana de Hollanda foi consumada após uma audiência da ministra com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A posse de Marta Suplicy está marcada para a próxima quinta (13), às 11h. A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda (esq.) e a substituta Marta Suplicy (Fotos: Agência Brasil) De acordo com a ministra Helena Chagas, Dilma conversou com Marta por telefone nesta terça, na hora do almoço, para “sacramentar” o convite. Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, o vazamento de uma carta enviada em 27 de agosto por Ana de Hollanda para a ministra Miriam Belchior (Planejamento), reivindicando verbas para a Cultura, incomodou o governo e em especial a presidente, o que teria motivado a demissão. A senadora Marta Suplicy reuniu-se pelo menos duas vezes com Dilma Rousseff no final do mês passado.No dia 22 de agosto, ela esteve às 17h no Palácio do Planalto, segundo agenda oficial da presidente. Já em 30 de agosto, Marta passou a tarde com Dilma no Palácio da Alvorada, encontro que não constou da agenda presidencial.Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência a respeito da troca das ministras. Nota à imprensa A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou a senadora Marta Suplicy para ocupar o Ministério da Cultura. Ela substituirá a artista e compositora Ana de Hollanda, a quem a presidenta agradeceu hoje o empenho e os relevantes serviços prestados ao país à frente da pasta desde janeiro de 2011. Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos.

  41. Outrasnotíciassetembro de 2012 • Sede do Estado-Maior da Síria é palco de combates em Damasco • Dilma critica na assembleia da ONU políticas dos países ricos contra crise • Irã bloqueia Google e prepara rede doméstica de internet • Ministro paquistanês oferece prêmio por morte de diretor de vídeo anti-Islã • Hit de sul-coreano Psy tem crítica social por trás de refrão viciante • Sindicato nacional decide pelo fim da greve nas universidades federais • Participação da mulher no emprego sobe, mas diferença salarial não muda

  42. Após causar estragos em Cuba, furacão Sandy ameaça os EUA O furacão Sandy se tornou uma grande ameaça para a Costa Leste dos Estados Unidos, depois de causar estragos na segunda maior cidade de Cuba e se dirigir para as Bahamas, segundo meteorologistas norte-americanos. O sistema ganhou força rapidamente depois de atravessar a Jamaica, passando sobre as águas quentes do Caribe e em seguida atingindo o sudeste de Cuba com ventos de 169 quilômetros por hora, que provocaram um apagão e derrubaram árvores na importante cidade de Santiago de Cuba nesta quinta-feira. Relatos vindos da cidade, que tem 500 mil habitantes e fica 750 quilômetros a sudeste de Havana, dão conta de danos significativos, com muitas casas danificadas ou destruídas. Uma rádio cubana disse que pelo menos uma pessoa morreu. Jamaica e Haiti também haviam registrado uma morte cada. Nas Bahamas, Sandy provocou o fechamento de escolas, escritórios públicos e aeroportos. "Estamos pedindo aos estabelecimentos, inclusive aos bancos, que permaneçam fechados nesta quinta e na sexta-feira", disse o premier das Bahamas Perry Christie, em declarações concedidas ao jornal local "Guardian Nassau". Meteorologistas do governo norte-americano alertaram que grande parte da Costa Leste dos Estados Unidos deve ser varrida pelo Sandy, com inundações, temporais e ventos fortes nos próximos dias. Ao contrário do Irene, que causou bilhões de dólares em prejuízos no nordeste em agosto do ano passado, o Sandy deve chegar à costa norte-americana já com força inferior à de um furacão. Mas ele deve se deslocar mais lentamente do que o Irene, o que aumenta o potencial para causar danos, segundo meteorologistas. Em Cuba, as comunicações ficaram prejudicadas depois da passagem do olho do perigoso furacão da categoria 2, logo a oeste de Santiago, causando ondas de até 9 metros, provocando apagões e inundações num amplo trecho de litoral, segundo o serviço meteorológico cubano. A tempestade também causou inundações generalizadas no sudoeste do Haiti, com relatos de perigosos deslizamentos em algumas áreas.

  43. Massacre que matou 111 presos no Carandiru completa 20 anos O massacre do Carandiru completa 20 anos sem nenhum réu condenado à prisão pelo crime de assassinato. O caso ficou conhecido internacionalmente por causa da morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo, para pôr fim a uma rebelião. Para lembrar a data, parentes das vítimas ligados a movimentos sociais e entidades de direitos humanos prometem protestos na capital paulista. Há duas décadas os familiares cobram da Justiça a condenação dos policiais militares acusados de assassinar os detentos. Nenhum agente das forças de segurança ficou ferido na ação. Todos os réus respondem ao processo em liberdade. Alguns se aposentaram e outros faleceram antes mesmo de serem julgados. A unidade prisional foi demolida e, no lugar, foi erguido um parque. Na última sexta-feira (28), um grupo de entidades sociais, reunido sob o nome “Rede 02 de outubro”, divulgou um manifesto pelo fim dos massacres e contra a “reprodução e aprofundamento das desigualdades que demarcam nossa sociedade”. O manifesto marca o dia 2 de outubro como "dia pelo fim dos massacres" e cobra, do governo do estado e do governo federal, o cumprimento das recomendações feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, além de exigir a abolição dos registros de "resistência seguida de morte" e "auto de resistência“. Entre os movimentos que compõem a rede estão a Pastoral Carcerária e o Mães de Maio. Eles programaram, para esta terça-feira (2,) um ato ecumênico na Catedral da Sé, seguido de um "ato político" na praça em frente. Em 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a incursão ao Carandiru, somente um acusado foi julgado: o coronel Ubiratan Guimarães. Comandante do Policiamento Metropolitano e gerente daquela operação, ele foi condenado, em 2001, a 632 anos de prisão pelos assassinatos a tiros de 102 presos e por cinco tentativas de homicídios, em um julgamento popular em 1ª instância. A condenação do coronel não incluiu nove presos que morreram esfaqueados: a acusação alega que essas mortes foram provocadas pelos próprios presidiários. Em 2006, no entanto, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O oficial da reserva da PM se tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado pelos magistrados, Ubiratan foi absolvido. O TJ-SP considerou a ação estritamente legítima. “Os presos que se renderam e não foram para cima [dos PMs] foram salvos e socorridos. Todo mundo fala no número de mortos. Ninguém fala do número de poupados, quase 2 mil”, disse o advogado Vicente Cascione, que defendeu o coronel. Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins, região nobre de São Paulo. A namorada dele na época, Carla Cepollina, é acusada de matá-lo por ciúmes e será julgada em novembro deste ano. Ela nega o crime e responde ao processo em liberdade. 103 acusados e 117 vítimasÀ época, a reviravolta jurídica que absolveu Ubiratan gerou criticas e repercutiu no exterior. Recentemente, as atenções se voltaram novamente para o caso. Na quinta-feira (27), o juiz José Augusto Nardy Marzagão, do Fórum de Santana, marcou para a partir de 2013 o julgamento dos demais 103 réus no processo.

  44. Nova classe média inclui ao menos 50% das famílias em favelas do país Pelo menos metade das famílias que moram em favelas e ocupações no Brasil pertence à nova classe média, segundo levantamento do G1 com base em dados sobre renda do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam ainda que quase 5% dessa fatia da população estaria na classe alta. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita (por pessoa) entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês Quem vive com mais de R$ 1.019 por mês pertence à classe alta. Nesse critério, uma família de cinco pessoas que ganhe, por exemplo, acima de R$ 5,1 mil, somada toda a renda, está na classe A. A secretaria estima que o Brasil tenha 104 milhões de pessoas na classe média, o que representa 53% da população brasileira. Parte dessa população, no entanto, estaria em favelas do país. sEm 2010, de acordo com o IBGE, cerca de 11,4 milhões de brasileiros (6% da população) moravam em aproximadamente 3,2 milhões de domicílios nos chamados aglomerados subnormais – favelas, invasões, grotas, comunidades, baixadas ou vilas. Dados sobre renda per capita no Censo 2010 (atualizados para 2012 com base na inflação) mostram que, em 51,2% dos domicílios em favelas e ocupações, vivem famílias de classe média. Outros 4,57% das famílias residentes nessas áreas estariam na classe alta. Conforme os critérios da SAE, vivem na linha da pobreza as família brasileiras que possuem renda per capita inferior a R$ 162. Na faixa entre R$ 162 e R$ 291 está a classe intermediária entre pobres e classe média, grupo chamado de vulnerável. Rio de Janeiro e São PauloA Rocinha, maior favela do país, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, possui quase 23,4 mil domicílios. O levantamento mostra que cerca de 65% das famílias que moram na região pertenceriam à classe média. Outros 5,24% das moradias seriam de classe alta. Em Heliópolis, segunda maior favela de São Paulo, localizada na Zona Sul da cidade, famílias de classe média vivem realidades opostas. O promotor de vendas Valdeci Gasparino, de 41 anos, mora com conforto em uma casa com dois andares, TV de LCD, carro zero. Mas precisa lutar contra as dívidas que acumulou no cartão de crédito. Já sua vizinha, a aposentada Maria José Marques, de 72 anos, paga as contas com dificuldade e não tem luxos. O promotor conta que passou a infância num barraco. "A luz era puxada do poste, água era buscada num lugar com tambor. Nem tinha esgoto", relata. Anos depois, beneficiada por programas habitacionais, sua família passou a viver numa casa que, após diversas reformas, tem 2 andares com 5 cômodos cada. Nela estão eletrodomésticos e eletrônicos como netbook, TV de LCD de 42 polegadas e sistema de som. Na garagem, um carro zero km. Rico não mora em favela, mora nos prédios de luxo em frente à Rocinha“ Ao contrário do vizinho, a aposentada não tem plano de saúde e depende do SUS para cuidar de um problema que tem no coração. O único luxo é um computador, que é de um modelo mais antigo. A renda da casa gira em cerca de R$ 2,4 mil, o suficiente para manter, com dificuldade, a idosa, seu marido, dois filhos e dois netos. Em termos per capita, seria de R$ 400, um pouco acima dos R$ 291 que delimitam a classe média. Já a filha de Gasparino está prestes a se formar em administração em uma faculdade particular e o filho mais novo deve virar universitário no ano que vem. A melhoria de vida, no entanto, fez com que ele estourasse o limite de três cartões de crédito. "Você começa com uma coisa pequenininha, vai crescendo e acaba perdendo o controle, não tendo condições de pagar", diz o morador. Ou você come ou paga a conta“ Apesar da renda de sua família girar em torno de R$ 4 mil mensais, a dívida parece estar longe de acabar, principalmente por conta dos juros. "Não que a gente não queira pagar, é que as condições chegam num limite que ou você come ou paga a conta.” Ainda assim, o promotor de vendas diz ver vantagens em manter, na comunidade, um padrão de vida típico de bairros mais abastados. "Acredito que é mais perigoso hoje em dia morar no Morumbi ou em bairros mais nobres do que viver aqui. Bandidagem está em todos os lugares, mas não vai mexer com quem está aqui dentro.“de Já a aposentada diz que seu sonho é ver a sala com piso de ladrilho e o telhado mais firme. "O que mais quero é renovar minha casinha. Eu penso: 'Será que vou morrer deixando minha casinha desse jeito?'" Economista defende critériosDiana Grosner, da Secretaria de Ações Estratégicas (SAE) da Presidência da República, fez parte da comissão que definiu o critério da nova classe média e diz que os dados divulgados até o momento são preliminares. "Vale dizer que essa classe média que nós definimos, tudo que divulgamos, são projeções, porque o ano ainda não acabou“. A economista rebate as críticas ao conceito aplicado pelo governo. Segundo ela, o conceito é relativo e serve para que o estado brasileiro atenda às necessidades dessa população. "É uma classe média do Brasil. A classe alta não é rica em relação às pessoas que estão abaixo. Mas nós achamos o mais adequado, que reflete melhor a condição da família. O conceito per capita traduz melhor a situação. O que nós estamos fazendo não é um exercício sociológico. É para ter um recorte, para olhar a evolução", explica.

  45. Eleições 2012 - PT vai comandar maior nº de cidades grandes; PMDB lidera nas pequenas O Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou, nas eleições municipais encerradas neste domingo (28), o maior número de prefeituras em cidades grandes, mas a sigla perdeu eleitos em comparação com a última eleição. Dos 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, a sigla venceu a disputa em 16, incluindo a maior delas, São Paulo, onde o candidato Fernando Haddad derrotou José Serra (PSDB). em 2008, haviam sido 20 prefeituras nas cidades grandes. O segundo partido que mais conquistou cidades com mais de 200 mil eleitores foi o PSDB (15). A legenda avançou em comparação com a última eleição, quando obteve 13 eleitos. A seguir aparecem PSB, com 11, e o PMDB, com 9. Este último foi o que mais perdeu entre as grandes cidades. Em 2008, a sigla elegeu 17 prefeitos. O PMDB foi vitorioso, porém, nas cidades pequenas, com eleitorado abaixo de 200 mil, e vai comandar 1.022 prefeituras, contra 687 do PSDB, 620 do PT, 493 do PSD e 464 do PP. Nestas cidades, o PMDB avançou, e o PSDB perdeu prefeitos. Em 2008, as legendas elegeram, respectivamente, 1.192 e 782 prefeitos. PSB lidera nas capitaisO Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu o maior número de prefeitos de capitais nas eleições municipais de 2012. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho. O PSDB foi vitorioso em quatro capitais: Maceió, Manaus, Belém e Teresina. Também quatro eleitos teve o PT, que venceu a disputa em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país. Pela primeira vez na disputa eleitoral nos municípios, o Partido Social Democrático (PSD) elegeu o prefeito de uma capital do país. Cesar Souza Júnior venceu o segundo turno em Florianópolis (SC). Sete anos após ser registrado pela Justiça Eleitoral, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu neste domingo (28) seu primeiro prefeito em uma capital do país. Clécio Luís (PSOL) é o novo prefeito de Macapá (AP)com 101.261 votos, o equivalente a 50,59% dos votos válidos. PMDB e PSDB encolhem; PT e PSB avançamNo país, PMDB e o PSDB lideram o ranking de prefeituras conquistadas pelos partidos em 2012, embora tenham tido menos prefeitos eleitos nas eleições municipais deste ano em comparação com o pleito de 2008 O PT, que ocupa o 3º lugar do ranking, conseguiu conquistar mais prefeituras do que em 2008. Já o PSD sai de sua primeira eleição municipal na 4ª posição, com 497 prefeitos eleitos.

  46. Governo publica lei que regulamenta as cotas nas universidades federais O governo federal publicou nesta segunda-feira (15), no "Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O decreto é assinado pela presidente Dilma Rousseff. As universidades e institutos federais terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo que já estejam adotando algum tipo de sistema de cotas na seleção. Atualmente, não existe cota social em 27 das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25 delas possuem reserva de vagas ou sistema de bonificação para estudantes pretos, pardos e indígenas. De acordo com a lei, 12,5% das vagas de cada curso e turno já deverão ser reservadas aos cotistas nos processos seletivos para ingressantes em 2013. As universidades terão 30 dias para adaptarem seus editais ao que diz a lei.

  47. Outrasnotíciasoutubro de 2012. • Dilma diz que governo vai prorrogar IPI menor para carros até o fim do ano • Estados Unidos emitem 1 milhão de vistos para brasileiros em um ano • Comissão da Câmara aprova meta de investir 10% do PIB na educação - Plano ainda prevê 50% da renda de tributos do pré-sal para o setor.

  48. Reeleito, Obama diz que volta à Casa Branca mais determinado e inspirado O presidente dos EUA, Barack Obama, reeleito após vencer o republicano Mitt Romney na eleição da véspera, disse nesta quarta-feira (7) que, para os Estados Unidos, "o melhor ainda está por vir" e que ele volta à Casa Branca "mais determinado e inspirado" para o segundo mandato. Obama, que ganhou mais quatro anos para continuar implantando seu programa de mudanças, teve dificuldades para iniciar seu discurso. A plateia gritava para o presidente: "Mais quatro anos! Mais quatro anos!".  Obama disse que parabenizou o candidato republicano, Mitt Romney, e seu candidato a vice, Paul Ryan, pela campanha. O democrata, falando a uma multidão, fez uma declaração de amor à primeira-dama, Michelle, e às filhas, Sasha e Malia, citou o "primeiro cachorro", Bo, e também agradeceu a sua equipe de campanha. Obama afirmou que nunca teve tantas esperanças sobre o futuro do país. "Apesar de todas as nossas diferenças, muitos compartilham esperanças para o futuro dos Estados Unidos", disse. O presidente celebrou o processo democrático no país e disse que quer "trabalhar com líderes dos dois partidos", pois há muito trabalho a fazer. Ele citou a necessidade de reduzir o déficit, reformar o código tributário, aprovar a reforma da imigração e diminuir a dependência do país do petróleo estrangeiro. O presidente reeleito também disse que quer conversar com o derrotado Romney. "Podemos trabalhar juntos para levar o país adiante", disse.

  49. Milhões fazem greve contra medidas de austeridade anticrise na Europa Policiais e manifestantes entraram em confronto nesta quarta-feira (14) na Espanha, em Portugal e na Itália, num dia em que milhões de pessoas faziam greve para protestar contra as medidas de austeridade dos governos europeus contra a crise econômica na região. Centenas de voos foram cancelados, fábricas e portos foram fechados, e o movimento de trens quase parou na Espanha e em Portugal, onde sindicatos fizeram sua primeira greve geral coordenada, de 24 horas, para protestar contra cortes nos gastos públicos. As lideranças sindicais dos dois países argumentam que as medidas de austeridade que os governos adotaram para tentar superar a crise apenas provocaram mais pobreza e aprofundaram os problemas da região. Milhões de pessoas aderiram às greves nos dois países. Na espanha, pelo menos 60 pessoas foram detidas e 34 ficaram feridas em confrontos, segundo o Ministério do Interior. Sindicatos de Grécia, Itália, França e Bélgica também planejaram paralisações ou manifestações como parte do "Dia Europeu de Ação e Solidariedade". Na Itália, policiais ficaram feridos em protestos em Milão, em Torino e na capital, Roma.

  50. Xi Jinping é eleito novo líder do Partido Comunista da China O Comitê Central do Partido Comunista da China designou nesta quinta-feira (15), como era esperado, Xi Jinping como o secretário-geral da formação e o "número um" da nova lista de sete membros do Comitê Permanente, principal órgão da agremiação, anunciou a agência Xinhua. Desta forma, Xi, de 59 anos, vai assumir a presidência da China em março de 2013, sucedendo a Hu Jintao, que deixa nesta quinta seu posto no Comitê Permanente e também a Secretaria Geral do Partido. Essas mudanças são o primeiro passo na transição da quarta para a quinta geração de líderes comunistas. Ele também foi alçado à condição de presidente da Comissão Militar Central, o órgão que controla as Forças Armadas da potência asiática. Em seu primeiro discurso como chefe do partido, Xi louvou "o caráter e a vontade do povo chinês durante seus 5.000 anos de história" e demonstrou a intenção de dar continuidade ao processo de reformas e abertura vivido pela China nas últimas décadas. Ele disse que assume "enormes responsabilidades" diante da segunda economia do mundo, e admitiu que o Partido Comunista enfrenta "graves desafios", incluindo a corrupção. . Personalidade enigmáticaPrimeiro dirigente nascido após a fundação do regime comunista por Mao Tsé-Tung, em 1949, a personalidade de Xi Jinping é um grande enigma, e sua carreira é própria de um integrante do partido que foi subindo à sombra de seu antecessor. Filho de um "herói revolucionário", Xi Jinping é um dos "pequenos príncipes" da aristocracia que governa um país em plena mutação. Sua esposa, Peng Liyuan, uma famosa cantora que tem a patente de general do exército, é mais popular que ele na China, e o casal tem uma filha que estuda nos Estados Unidos, na Universidade de Harvard, com nome falso. Ele seguiu uma carreira clássica de dirigente comunista, primeiro provincial, depois em Xangai, antes de integrar o "santa santorum" do PCC em 2007 e assumir a vice-presidência da república em 2008. Na política externa, não são esperadas mudanças espetaculares na questão diplomática. Em relação aos direitos humanos, Xi deverá decidir se manda colocar em liberdade o prêmio Nobel da Paz 2010, o intelectual dissidente Liu Xiaobo. Xi é apresentado, em geral, como um homem de compromisso aceitável pelas facções reformistas e conservadoras. Será apoiado por Li Keqiang, que em março substituirá Wen Jiabao no cargo de primeiro-ministro. Hu Jintao, por sua vez, passará aos bastidores do poder, como ocorreu com ex-dignitários do regime, entre eles o ex-presidente Jiang Zemin (1992-2002), o mais poderoso de todos.

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