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CAXIUANÃ’S FOREST CANOPY INFLUENCE ON THE HEAT FLUXES BETWEEN THE SOIL AND THE ATMOSPHERE INFLUÊNCIA DO DOSSEL DA FLORESTA DE CAXIUANÃ NOS FLUXOS DE CALOR ENTRE O SOLO E A ATMOSFERA. Glauber Guimarães Cirino José Ricardo Santos de Souza Simone N. Rodrigues da Silva. 1. INTRODUÇÃO.
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CAXIUANÃ’S FOREST CANOPY INFLUENCE ON THE HEAT FLUXES BETWEEN THE SOIL AND THE ATMOSPHERE INFLUÊNCIA DO DOSSEL DA FLORESTA DE CAXIUANÃ NOS FLUXOS DE CALOR ENTRE O SOLO E A ATMOSFERA Glauber Guimarães Cirino José Ricardo Santos de SouzaSimone N. Rodrigues da Silva
1. INTRODUÇÃO Um problema climatológico da mais alta importância, associado a processos de transporte turbulento na atmosfera, consiste na avaliação da influência que as florestas exercem sobre o clima. Estas influências, originam-se da relativa obstrução oferecida pelas copas das árvores aos fluxos verticais de energia entre a atmosfera e a superfície da terra, Smith (1975).
2. OBJETIVOS • O efeito da superfície rugosa de floresta no comportamento dos fluxos de calor, abaixo e acima do dossel médio; • A existência ou não de acoplamento dos fluxos de calor entre as 2 (duas) camadas estudadas – 8 a 30 e 30 a 52 metros de altura, em meses representativos dos períodos seco e chuvoso, separados anualmente pela chegada da - ZCIT - sobre a floresta de Caxiuanã. • Desenvolver metodologia que possa preencher as lacunas de dados deixado pelo método de vórtices turbulentos, quando utilizado por um longo período de tempo.
3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. localização e clima • Caxiuanã - (latitude 01° 42’ e 30” S e longitude 51° 31’ e 45” W); • Essa reserva é constituída, em 80 % de sua área por floresta densa de terra firme, com dossel médio de 30 m de altura, porém algumas árvores chegam a 50 m. • O clima segundo o modelo climático de Köppen é do tiopo Am, ou seja, clima tropical de monção, com breve estação seca e chuvas intensas durante o resto do ano.
Figura 2.1 – Mapa de localização da reserva florestal de Caxiuanã Fonte: Milênio LBA
3.2. Instrumentação e coleta de dados • Os dados utilizados foram obtidos através de uma estação automática, a qual foi instalada no topo de uma torre micrometeorológica de 57 metros de altura sobre a floresta. • A temperatura do ar foi medida nos níveis de 1, 8, 16, 30, 40, 43 e 52 metros de altura acima do solo.
Figura 2.3 - Torre micrometeorológica • Edisol - 52 m • Radiação Solar + Precipitação Pluviométrica - 52 m • Temperatura do Ar nos níveis - 1, 8, 16, 30, 40, 43 and 52 m
Sistema III de coleta de dados • Imagem 7 • Anemômetro sônico R3 (Gill) no nível de 52 m. • LICOR – LI 7500 - Dióxido de Carbono (CO2) e Vapor d’água (H2O) - 52m
3.3 Estimativa de fluxos de calor 3.3.1. Método das Covariâncias (medida direta) • Vantagem – • Calcula “diretamente” os fluxos de energia (calor latente, sensível, fluxo de momento e fluxo de carbono (CO2); • Opera com anemômetro sônico (alta precisão) e um analisador de gás infravermelho; • Registra micro flutuações turbulentas. • Desvantagem – • Exige sofisticados sensores de resposta rápida; • As medições, são mais exatas quando o vento, a temperatura, a umidade e o CO2 não variam muito abruptamente; • A Vegetação subjacente deve ser homogênea, situada em terreno plano de grande extensão.
O método das covariâncias (Correlação Turbulenta), o qual oferece medição direta dos fluxos turbulentos, ainda traz a possibilidade de sua ampla utilização, discutível, com defensores como McNEIL e Shuttleworth (1975) e opositores moderados como Spittlehouse e Black (1979). • Apesar de calcular diretamente os fluxos, o método exige sofisticados sensores de resposta rápida para registrar flutuações turbulentas, o que vem dificultando sua larga aplicação.
3.3.1. Método do Gradiente (medida indireta) • Vantagem – • Calcula fluxos de energia sem a necessidade de sensores de resposta rápida; • Podem ser utilizados para preencher lacunas de dados deixados pelo método das covariâncias; • Os fluxos de energia podem ser estimados em mais de uma camada. • Desvantagem – • Não é muito indicado para estimar fluxos turbulentos em condições muito estáveis na camada superficial; • A interação de ondas de gravidade com a turbulência tornam o método do gradiente inadequado para estimativa de fluxos de momento.
Table 2.1 – Average bi hourly values of the sensible heat and specific humidity conductances. Dry and Rainy periods, Caxiuanã forest-PA-Brazil.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO4.1. Temperatura do ar (período chuvoso e menos chuvoso) • Na comparação entre as duas estações estudadas,os perfis verticais de temperatura do ar se conservam bem semelhantes, com gradientes térmicos menores na estação chuvosa. Isso ocorre basicamente durante os dias e as noites. • Porém, ao longo dos dias da estação chuvosa, na camada de 16 a 30 m, quase não houve gradiente térmico, ou seja, os níveis de 16 e 30 m apresentaram temperatura praticamente iguais, entretanto, na estação seca o nível de 16 m se mostrou bem mais aquecido que o nível de 30 m, com gradiente térmico aproximado de 2 °C, nessa camada.
Figura 3.1 c – Médias horárias das temperaturas do ar em 7 níveis de altura acima do solo, na floresta de Caxiuanã. Agosto de 2005.
Figura 3.1 c – Médias horárias das temperaturas do ar em 7 níveis de altura acima do solo, na floresta de Caxiuanã. Agosto de 2005.
Figura 3.1 c – Médias horárias das temperaturas do ar em 7 níveis de altura acima do solo, na floresta de Caxiuanã. Agosto de 2005.
Figura 3.2 - Gradientes médios de temperatura do ar na floresta de Caxiuanã. Períodos: diurno (06 – 18h) e noturno de (19 – 06h), chuvoso (abril de 2005) e menos chuvoso (agosto de 2005).
4.2 Fluxos de calor estimado (método do gradiente) Os fluxos de calor nos dois períodos e nas duas camadas analisadas se mostraram relativamente próximos dos valores obtidos pelo edisol.
Figura 3.4 c - fluxos de calor latente médios horários estimados pelo método do gradiente em 2 camadas e medido pelo edisol em 52 m de altura. Abril de 2005.
Figura 3.4 d - fluxos de calor latente médios horários estimados pelo método do gradiente em 2 camadas e medido pelo edisol em 52 m de altura. Agosto de 2005.
Figura (3.4a) - fluxos de calor sensível médios horários estimados pelo método do gradiente em 2 camadas e medido pelo edisol em 52 m de altura. Abril de 2005.
Figura (3.4b) - fluxos de calor sensível médios horários estimados pelo método do gradiente em 2 camadas e medido pelo edisol em 52 m de altura. Agosto de 2005.
4.3. Saldo de Radiação incidente – Rn (ondas curtas) • Conforme a Figura 4a e 4b, observou-se através da média do saldo de radiação incidente e média dos fluxos de calor, que o saldo de radiação foi superior a soma dos fluxos (calor latente e sensível) das camadas nos dois períodos (seco e chuvoso). Na comparação desses fluxos com o saldo de radiação, a soma de FH e FLE nos períodos estudados chega a 90% de todo o saldo de radiação incidente.
Figura (3.5a) – Saldo da radiação incidente em (ondas curtas) e soma dos fluxos de calor medido pelo edisol e estimado pelo método do gradiente na floresta de Caxiuanã. Estação chuvosa (abril de 2005).
Figura (3.5b) – Saldo da radiação incidente em (ondas curtas) e soma dos fluxos de calor medido pelo edisol e estimado pelo método do gradiente na floresta de Caxiuanã. Estação menos chuvosa (agosto de 2005).
Figura (3.6a) - Distribuição percentual da energia em Caxiuanã. Abril /2005.
Figura (3.6b) - Distribuição percentual da energia em Caxiuanã. Agosto /2005.
5. CONCLUSÕES • Gradientes verticais de temperatura e fluxos de calor (sensível e latente), tem comportamento distintos e freqüentemente divergente; • Durante as hora de radiação solar diária o dossel da floresta comporta-se como uma superfície conversora da radiação incidente em calor
5. CONCLUSÕEScont... • Durante a noite o dossel se resfria e passa a receber calor tanto do solo como do ar, acima do mesmo. Esse efeito é menos notável nas horas de dia claro no período chuvoso. • Os resultados sugerem que se deva dar mais atenção nos processos de trocas energéticas por fluxos de calor, em vegetação de alto porte (floresta), entre o solo e atmosfera.
AGRADECIMENTOS • Esta pesquisa esta sendo financiada pelo CNPq / Instituto Milênio (Processo 420199/2005-5) e pela SECTAM / PRONEX. • Os autores agradecem a todos os participantes do Experimento CiMeLa, em particular ao Dr. Leonardo Deane de Abreu Sá, e ao MPEG que proporcionou todas as facilidades para o bom andamento deste Experimento.
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