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UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA Profª M.Sc. ADREA CANTO

Universidade Federal do Pará - UFPA Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA Faculdade de Serviço Social - FASS Programa Infância e Adolescência - PIA. UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA Profª M.Sc. ADREA CANTO. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA. Infância

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UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA Profª M.Sc. ADREA CANTO

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  1. Universidade Federal do Pará - UFPAInstituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSAFaculdade de Serviço Social - FASSPrograma Infância e Adolescência - PIA UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA Profª M.Sc. ADREA CANTO

  2. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • Infância • Infante (origem latina) ausência de fala • “Por não falar, a infância não se fala e não se falando, não ocupa a primeira pessoa nos discursos que dela se ocupam. [...] Por isso é sempre definida por fora” (LAJOLO, 1997,P. 226).

  3. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA INFÂNCIA : Categoria histórica que possui vários significados, os quais dependem das relações sociais, econômicas, políticas, históricas, culturais entre outras. CRIANÇAS: Nas leis brasileiras são consideradas crianças os indivíduos com até 12 anos de idade incompletos.

  4. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • Visitado alguns autores: • SANTOS, 1996 • Período do ciclo da vida que têm dimensões biológicas e culturais. • Idade cronológica não constitui critério valido de manutenção física. • Vai do nascimento até a puberdade (0 a 12anos ECA).

  5. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • SANTOS, 1996 • Desenvolvimento biológico é universal, mas o recorte desse continuum obedece às diferenças do ritmo fisiológico e varia de indivíduo para indivíduo de acordo com o sexo. • Mais apropriado “infâncias”

  6. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • FARIAS, 2005 • Infância como Categoria Social • Final do Século XVIII e começo do Século XIX • Sociedade burguesa começa a perceber a criança como ser coletivo. • “Ainda não se poderá falar em um reconhecimento generalizado da sua identidade e de sua importância, já que esse processo de autonomização não ocorre da mesma maneira em todos os Países [...] (FARIAS, 2005, p. 56).

  7. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • COLIN HEYWOOD (2004) • Ao estudar as mudanças nas concepções de infância da Idade Média à época Contemporânea ele o faz de uma perspectiva multiculturalistaconsiderando as diferentes formas de pensar essa etapa da vida. • Criança construto social

  8. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • COLIN HEYWOOD (2004) • A criança se transforma com o passar do tempo e, não menos importante, varia entre grupos sociais e étnicos existente no interior de uma mesma sociedade. • Obra, Uma História da Infância (2001).

  9. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • PHILIPPE ARIÈS (1973) • Historiador francês, nasceu em 1914, em Blois, na região central da França, e viveu a maior parte de sua vida em Paris. Morreu em 1984. • História Social da Criança e da Família • Este livro custou dez anos de pesquisas, entre 1950 e 1960.

  10. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA • PHILIPPE ARIÈS (1973) • O autor foi inspirado nas observações e nas “transformações contemporâneas dos modelos familiares”. Ariès (1994, p. 133). • Documentos iconográficos e a literatura. • Apresenta um quadro da criança/família em lenta transformação.

  11. Pintura de Bruegel

  12. INFÂNCIA NO SÉCULO XI • PHILIPPE ARIÈS • Crianças são adultos em miniatura (roupas, expressões faciais), • A arte medieval “desconhecia” a infância • O sentimento de infância surge entre os séculos XIII e XVIII (temas religiosos. A infância se introduz na iconografia medieval). • Século XIII não existem crianças caracterizadas por expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido.

  13. INFÂNCIA NO SÉCULO XI • PHILIPPE ARIÈS • As crianças foram tratadas como adultos em miniatura: na sua maneira de vestir-se, na participação ativa em reuniões, festas e danças. Os adultos se relacionavam com as crianças sem discriminação, falavam vulgaridades, realizavam brincadeiras grosseiras, todos os tipos de assuntos eram discutidos.

  14. SURGIMENTO DE ALGUMAS FIGURAÇÕES DE CRIANÇAS • Menino Jesus ou Nossa Senhora • Anjo • A criança morta

  15. DA ICONOGRAFIA RELIGIOSA DA INFÂNCIA, SURGIU UMA ICONOGRAFIA LEIGA NOS SÉCULOS XV E XVI

  16. SÉCULOS XV E XVI • A Cena de gênero se desenvolveu • A criança se torna uma personagem mais frequentes nas pinturas: crianças com seus companheiros, com sua família... • Na vida quotidiana as crianças estavam misturadas com os adultos, para o trabalho, o passeio, o jogo.

  17. SÉCULOS XV E XVI • Os pintores gostavam de representar a criança por sua graça ou por seu pitoresco e se compraziam em representar a presença da criança dentro do grupo ou da multidão. • Século XV – o retrato e o Putto • Século XVI- retrato da criança morta (aparece nas sepulturas de seus mestres) • Durante esse Século- surge o retrato da criança morta.

  18. SÉCULO XVII • Multiplicam os retratos de crianças vivas; • Nasce o sentimento da infância • Início do interesse pela criança • Retratos de crianças sozinhas e retrato de crianças em família em que a criança era o centro • Registro da linguagem infantil.

  19. TESE DE ARIÉS A civilização medieval não percebia um período transitório entre a infância e a idade adulta. As crianças eram percebidas como adultos em miniatura. A infância era apenas uma fase sem importância e não fazia sentido fixar lembranças. Ausência do sentimento de Infância na Idade Média.

  20. CRÍTICAS A ARIÉS • Tese da inexistência de uma consciência da natureza particular da infância nas sociedades medievais. • Olhando o mundo da infância medieval com os olhos da contemporaneidade e que não havia uma ausência do sentimento da infância, mas uma compreensão própria.

  21. A construção das infâncias • O que é natural é considerado normal. O normal correspondia à ideia de que a norma é o que há de comum, aceitável. O anormal é entendido como inaceitável. • Existem muitas infâncias distintas entre si por condição social, por idade, sexo, pelo lugar onde a criança vive, pela cultura, pela época, pelas relações com os adultos. A construção das infâncias

  22. POEMA DE TERNURA Na roda da vida Lá vai o menino Trazendo contente Um canto no peito Na fronte uma estrela. Um canto que faça o mundo mais manso, Cantigas que tornem a vida mais limpa Um canto que faça os homens mais crianças. TIAGO DE MELO

  23. REFERÊNCIAS • ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: LTC, 1981. • HEYWOOD, Colin. UmaHistória da Infância: da IdadeMédia à Época Contemporânea no Ocidente, trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artemed, 2004. • FARIAS, G; DERMATINI, Zelia de Brito Fabri; PRADO, Patricia Dias (orgs) Por uma cultura da infância : metodologia de pesquisa com criança. Campinas São Paulo : Autores Associados, 2005.

  24. REFERÊNCIAS • BRUEGEL, Pieter, o Velho. Jogos Infantis. 1560. Óleo sobre madeira. 118 x 161 cm. • KunsthistorischesMuseum, Viena; • ________. O Banquete de casamento camponês. 1568. Óleo sobre madeira. 114 x • 164 cm. Kunsthistorisches Museum, Viena;

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