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Hipotireoidismo. Tireóide. 2 lobos + ístmo Abaixo e anterior à laringe Lóbulos separados por septos Folículos cobertos por epitélio colunar. Produção hormonal. Liberação de hormônios. TRH estimula liberação de TSH pela hipófise TSH se liga ao receptor no epitélio folicular
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Tireóide • 2 lobos + ístmo • Abaixo e anterior à laringe • Lóbulos separados por septos • Folículos cobertos por epitélio colunar
Liberação de hormônios • TRH estimula liberação de TSH pela hipófise • TSH se liga ao receptor no epitélio folicular • Alteração estrutural – se associa à proteína G • Aumento de CAMP • Crescimento da glândula, síntese do hormônio e liberação
Hipotireoidismo • Definição: síndrome clínica resultante da produção ou ação deficientes dos hormônios tireoidianos, com consequente lentificação generalizada dos processos metabólicos • Pode ser: primário – falência tireoidiana secundário – causa hipofisária terciário – causa hipotalâmica Obs* pode ser devido à resistência periférica à ação dos hormônios tireóideos
Tireoidite de Hashimoto • Causa mais comum de hipotireoidismo primário em países desenvolvidos • Existe nas formas: - atrófica ou sem bócio (conhecida como hipotireoidismo idiopático) - com bócio
Tireoidite de Hashimoto • Doença característica de mulheres mais velhas,porém pode ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos • Está comprovado aumento significativo do riso de linfoma da tireóide em pacientes com Hashimoto (suspeita: aumento súbito do bócio ou localizado do bócio e/ou sintomas compressivos)
Tireoidite de Hashimoto • Presença de anticorpos antitireoidianos circulantes dirigidos contra a peroxidase e a tireoglobulina tireoidianas (há também anticorpos contra os receptores de TSH e contra transportadores de iodo) • Existe uma predisposição genética para a doença • Maior risco de desenvolver outras doenças autoimunes
Tireoidite de Hashimoto • Aumento indolor da tireoide, geralmente simétrico, de forma gradual ( exceção forma atrófica,que não cursa com bócio) • Pode ser precedido por uma tireotoxicose transitória causada pela destruição dos folículos tireoidianos e liberação dos hormônios. Nesta fase, os níveis de T3 e T4 estão elevados e o TSH diminuído. Com o desenvolvimento do hipotireoidismo, os níveis de T3 e T4 caem progressivamente e há um aumento compensatório dos níveis de TSH
Tireoidite de Hashimoto • 3 fases: -elevação transitória dos hormônios -hipotioreoidismosubclínico -hipotireoidismoclínicamente manifesto **Cuidado** risco de Hashimoto assintomático vir a descompensar durante a gravidez ou pós parto: acompanhamento de mulheres grávidas (dosar o TSH peridiodicamente: se subir,tratar)
Deficiência de iodo • Provoca o aparecimento de bócio, hipotireoidismo e ,nos recém-nascidos provoca cretinismo(quando a carência de iodo é extrema)
Drogas • Amiodarona: medicamento rico em iodo leva ao hipotireoidismo, principalmente na presença de Acantitireoidianos.
Efeito de Wolff-Chaikoff • Diminuição transitória da produção dos hormônios tireóideos pela glândula, devido ao excesso de íons de iodo intratireóideo. • O excesso de íon provoca inibição da tireoperoxidase , conseqüentemente, bloqueio da oxidação do íon iodeto e da iodação dos resíduos de tirosina. Desta forma há uma produção diminuída das hormônios da tiróide. • Nas pessoas saudáveis há reversão deste efeito e os níveis dos hormônios retornam aos valores normais, fenômeno designado de escape do efeito Wolff-Chaickoff • O escape do efeito de Wolff-Chaickoff parece ser consequência da baixa regulação do transportador Na+/I-simporte, da qual resulta a diminuição do iodo intratireóideo, favorecendo a organificação do iodo e permitindo o recomeço de uma síntese normal dos hormônios.
Hipotireoidismo após tratamento • Hipotireoidismo após dose terapêutica de radioiodo ou radioterapia externa: cerca de 12- 90% dos pacientes desenvolvem hipo durante o 1º ano após tratamento para Graves com I131. A irradiação usada no tratamento para linfoma, CA nasofarínge e CA da laringe causa hipotiroidismo em até 50% dos pacientes após 5 anos • A incidência após tireoidectomia subtotal, realizada para o tratamento de Graves varia de 25- 75% durante o 1º ano (na tireoidectomia total o hipo pode se instalar em menos de 30 dias)
Hipotireoidismo congênito • Resulta de uma produção inadequada de hormônio tireoidiano decorrente de diversas causas: - Deficiência de iodo (cretinismo endêmico) - Disgenesia tireoidiana (agenesia, ectopia, hipoplasia). - Dishormonogênese. - Distúrbios hipotálamo-hipofisários: * Resistência ao TSH * Resistência ao hormônio tireoidiano
Cretinismo • Hipotireoidismo congênito associado a retardo mental, baixa estatura e uma característica de inchação da face e das mãos. • Geralmente acompanha-se de surdo-mudez e sinais neurológicos de anormalidades dos tratos piramidal e extrapiramidal.
Hipotireoidismo congênito • O hipotireoidismo pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo "Teste do Pezinho“. Em caso de resposta positiva ao hipotireoidismo congênito, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente
Resistência periférica à ação dos horm. tiróideos • Pacientes exibem bócio,graus variáveis de hipotireoidismo clínico ou eutireoidismo, níveis séricos elevados de T3 e T4 conjugado e livre, TSH e resposta ao TRH normais ou discretamente elevados • Esta síndrome é causada por mutações do gene THRB que codifica os receptores beta dos hormônios tireóides nas células alvo
Quadro clínico • Manifestações resultam da redução da atividade metabólica e depósito de glicosaminoglicanos e ácido hialurônico na região intersticial. • Nos estágios iniciais da doença sintomas podem ser inespecíficos: mialgia, artralgia, cãimbras, pele seca, dores de cabeça e menorragia. • Também: unhas quebradiças, cabelos mais finos, palidez e sintomas do túnel do carpo. • Hipotiroidismo mais acentuado: edema periférico, constipação, dispnéia e ganho de peso( apesar da redução do apetite).
Coma Mixedematoso • É uma condição clínica rara, que se manifesta em pacientes com hipotireoidismo primário ou secundário, de longa duração, e não tratados. O termo “coma”, a rigor, é impróprio, pois, na maioria das vezes, o paciente não se apresenta comatoso • Trata-se de emergência metabólica e cardiovascular que, quando não prontamente diagnosticada e tratada, está associada à mortalidade superior a 50% • O quadro pode ser precipitado por condições diversas, tais como: exposição ao frio, infecção, trauma, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca (ICC), hemorragias gastrointestinais, hipoglicemia ou drogas (tranqüilizantes, sedativos, anestésicos, analgésicos, narcóticos, amiodarona, lítio, fenitoína)
Coma Mixedematoso • Aspectos clínicos: 1. hipotermia está usualmente presente 2. alteração da consciência 3. delírio 4. hipoventilação (resultante de insuficiência respiratória e hipercapnia) 5. disfunção cardíaca: a. bradicardia b. baixo débito cardíaco c. hipotensão 6. obstipação 7. retenção urinária 8. pulso: freqüência e amplitude reduzidos
HashimotoGraves tratado com 131ITiroidectomiaAgenesia tiroidianaDoenças infiltrativasRadioterapia do pescoço Destrutivo(captação 131I ↓) Primário TSH ↑ Bócio endêmicoDefeito de síntese Não destrutivo(captação 131I ↑) T4 livre ↓e/ouT3 livre ↓ Central TSH ↓ (captação 131I ↓) T3 e T4 elevadosTSH aumentadoCaptação 131I elevada Resistência total Aos hormônios tiroidianos
Tratamento • Levotiroxina: • Meia-vida de 7 dias • Dose única diária pela manhã • Em adultos,iniciar com dose pequena( 25-50 ug/dia,eleva-se a dose a cada 7 dias,até atingir 100 ug/dia) • Monitorar após 6 semanas – dosagem de TSH e T4 livre • 1,6 - 1,8 µ/Kg/dia
Tratamento • Atenção: • Idosos (fibrilação atrial) • Coronariopatas (angina, infarto, arritmias, IC) • Insuficiência adrenal (reposição de glicocorticóide para evitar crise adrenal)
Tratamento • Ablação com radioiodo • Cirurgia: bócio muito grande (>150g), casos refratário à terápia supressiva e quando há sintomas compressivos
Tratamento • Hipotireoidismosubclínico: quando tratar? • TSH alto • Acantitiroperoxidase + • Dislipidemia • Alterações neuropsiquiátricas relacionadas ao hipotireodismo • Bócio ( estética ou devido à sintomas compressivos)
Síndrome do eutiróideo doente • Resultante de doenças sistêmicas graves ou cirurgias de grande porte • Redução de T3 sérico por da conversão periférica de T4 em T3 (inibição da 5’-monodeiodinase), com aumento de T3 reverso • Limitar a atividade metabólica durante a doença (catabolismo)
Bibliografia • Tratado de Fisiologia Médica – Guyton e Hall • Patologia – Robbins e Cotran • Endocrinologia Clínica – Lucio Vilar • Endocrinologia Básica e Clínica – Lange