160 likes | 681 Views
TERCEIRA IDADE E SEXUALIDADE: UM ENCONTRO POSSÍVEL?. Professora: Teresa Cristina Barbo Siqueira Estagiária:. MITO DA ETERNA JUVENTUDE.
E N D
TERCEIRA IDADE E SEXUALIDADE:UM ENCONTRO POSSÍVEL? Professora: Teresa Cristina Barbo Siqueira Estagiária:
MITO DA ETERNA JUVENTUDE O novo mito de ideal social que está se construindo é de que todos devem ter aparência sexy, jovem, ágil, sem limites para correr riscos, ou seja, todos devem ter uma personalidade flexível. Tudo é fluido, superficial, momentâneo e imediato. Os seres humanos excepcionais passam a ser aqueles que correm riscos, sabem trabalhar sua ansiedade e se desenvolvem, vivendo no limite.
Essa representação é de tal ordem incorporada pelos sujeitos que o risco vai se tornar uma realidade diária, não mais enfrentada pelos capitalistas, pelo estado, pelas bolsas de valores e pelos banqueiros, mas vivenciada pela massa. • A ideologia naturaliza a deturpação da eterna juventude e o risco e, assim, transforma o enfrentamento dos riscos diários em fato corriqueiro, normal e comum e cria um outro personagem, “o herói do risco”.
Ideal publicitário Jovem Belo Livre Sensual Valorização narcísica Hedonista
Nesse processo, a sociedade passa a valorizar a juventude do mesmo modo que desvaloriza a velhice. Envelhecer em um mundo permeado pelo imperativo do novo tornou-se uma nova forma de mal-estar na cultura. A pessoa idosa não atendendo as expectativas e exigências da sociedade de consumo, sofre as conseqüências de ser mercadoria que tem seu tempo de uso vencido e que, por isso, deve ser tirada de circulação.
Quando o passado é descartado em nome de uma eterna juventude, produz-se um vazio difícil de suportar. • Pode-se esperar dificuldades e problemas ligados à expressão da afetividade e da sexualidade. • A medida que a idade avança, os preconceitos em todos os setores da vida também se fazem presentes, particularmente os sexuais (mitos e tabus).
Mitos • Diz-se que o velho não tem interesse sexual, que não precisa de sexo e, além de tudo, é feio pensar e/ou fazer sexo quando se está numa idade mais avançada. • Se olharmos para o aspecto biológico e psicológico das pessoas, elas apresentariam ampla capacidade de realização sexual e afetiva. • Noções errôneas sobre sexualidade avolumam-se: • Sexualidade iguala-se a reprodução e só está presente na juventude. • Figura materna é assexuada e pura
Importante: • A atividade sexual regular funciona como estímulo a novas relações sexuais. • Dessa forma, a sexualidade (não apenas a genitalidade) desenvolve-se à medida que o sujeito a vivencia. • O homem, em qualquer idade, tem capacidade de ereção peniana como a mulher tem para atingir uma lubrificação vaginal adequada e o orgasmo, a não ser quando estiver presente um bloqueio físico ou psicossocial(Lopes,1993).
O climatério é um divisor de águas para os maiores de quarenta anos, pois, mesmo com toda a tecnologia, ainda é marcado por muitos como somente o período que marca o fim da fertilidade biológica. Fim da fertilidade • As mulheres que constituíram a sua auto imagem em torno da função materna deparam-se com a ‘impossibilidade’ de procriar, e, além disso, por ter filhos crescidos e saindo de casa, podem sentir a síndrome do ninho vazio, num clima depressivo de finitude.
Algumas mulheres conseguiram compreender a sexualidade numa visão mais ampliada que a esfera biológica;
No caso dos homens haverá modificações do padrão das ereções: intensidade, duração, com aumento do período refratário. Para muitos homens, grande parte de sua auto-estima centra-se no poder do órgão genital.
Possibilidades... • As limitações podem-se transformar em novas possibilidades por meio dos jogos sexuais, do refinamento do erotismo, novos ritmos de prazer, com mais espaço para a ternura, carinho, carícias e sensualidade. • Os envolvimentos amorosos e a intimidade não podem ser limitados pela idade. • Tanto o corpo do homem como o da mulher são eróticos e erotizáveis durante toda a vida. • É possível viver prazerosamente aos cinqüenta, setenta anos...
O envelhecimento faz parte do processo da vida. Biologicamente, teremos um declínio de várias funções e possíveis limitações. • Muitas dessas funções poderão ser trabalhadas no sentido de desfrutar uma melhor qualidade de vida. • Se perdermos o medo da velhice e formos à busca, desde cedo, do conhecimento do processo de envelhecimento, que ocorre paulatinamente, poderemos nos preparar para um futuro melhor... • Com mais qualidade de vida, não só em termos de saúde, mas também produzindo e desfrutando de bons relacionamentos sociais, afetivos e amorosos.
Referências Bibliográficas • Bruns, M. A. de T.; Almeida, M. G. (1994) O êxtase do tempo vivo: um estudo da sexualidade feminina na terceira idade. Revista brasileira de Sexualidade Humana: São Paulo, v.5, n.1, jan./jun. • Chumpeter, J. S. (1982) A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril. • Debert, G. G. (1994)Antropologia e velhice. Campinas: Ed. Do IFCH/Unicamp. • Fucs, G. B. A educação sexual na idade adulta e na velhice. (1999) In: Ribeiro, M. (Org.). O prazer e o pensar: orientação sexual para educadores e profissionais de saúde. São Paulo: Gente-Cores. • Kehl, M. R. Sobre ética e psicanálise. (2002) São Paulo: Cia. das Letras. • Lopes, G. Sexualidade humana. (1993) Rio de Janeiro: Medsi • Maldonado, M. T. Amor, sexualidade e erotismo nos maiores de 40. (1994) Revista Brasileira de Sexualidade Humana, v.5, n.2, jul./dez. • Pelegrini júnior, O. Alterações na sexualidade da mulher no climatério. (1999) Revista Brasileira de Sexualidade Humana, São Paulo, v.10, n.1, jan./jun.
Contatos: Teresa Cristina Barbo Siqueira teresabr@terra.com.br