570 likes | 775 Views
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LEPTOSPIROSE EUGENIA MÁRCIA DE DEUS OLIVEIRA. SEMANA DE MEDICINA VETERINÁRIA. LEPTOSPIROSE
E N D
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA: DOENÇAS INFECCIOSAS AULA: LEPTOSPIROSE EUGENIA MÁRCIA DE DEUS OLIVEIRA
SEMANA DE MEDICINA VETERINÁRIA LEPTOSPIROSE PROFª. EUGENIA MÁRCIA DE DEUS OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
DEFINIÇÃO • A leptospirose é uma zoonose, doença ou infecção naturalmente transmissível entre animais vertebrados e o homem, amplamente difundida e caracterizada como doença febril aguda, causada por microrganismos do gênero Leptospira; suas manifestações clínicas são muito variadas, podendo inclusive passar desapercebida, ou não ser diagnosticada com precisão através do exame clínico, baseado nos sinais e sintomas.
ETIOLOGIA Gênero Leptospira
ETIOLOGIA • Espiroquetas • - Ordem: Spirochaetales • - Família: Leptospiraceae • - Gênero: Leptospira • 6 espécies patogênicas: • L. interrogans, L. borgpertersenii, L. weilli, L. noguchii, L. santarosai e L.kirchneri • 23 sorogupos e 202 sorovares • 5 espécies saprófitas: • L. biflexa, L. wolbachii, L. inadai, L. fainei e L. mayeri • 06 sorogrupos e 38 sorovares
ETIOLOGIA Gênero Leptospira Microrganismo helicoidal Móvel Aerobiose Sensíveis à luz solar e desinfetantes comuns Multiplicação ótima em pH entre 7,2 e 7,4 Crescimento exigente
IMPORTÂNCIA PRODUÇÃO ANIMAL Prejuízos econômicos Problemas reprodutivos Morte de animais Condenação de vísceras Redução produção de carne e leite SAÚDE PÚBLICA
EPIDEMIOLOGIA Fatores condicionantes Densidade populacional Abundância de diferentes espécies animais Contato com regiões alagadas, lagoas
EPIDEMIOLOGIA Fatores condicionantes Contato com roedores: região urbana
EPIDEMIOLOGIA Fatores condicionantes Condições climáticas Clima quente Alta umidade pH próximo de 7,0 Sazonalidade
EPIDEMIOLOGIA Fatores condicionantes Atividade profissional
EPIDEMIOLOGIA Reservatórios Animais silvestres e domésticos L. icterohaemorrhagiae – rato (cão, bovino, suíno) L. canicola – cão (bovino, suíno) L. pomona – suíno, bovino (cão) L. hardjo – bovino (ovino) L. grippotyphosa – animais silvestres (bovino, suíno)
EPIDEMIOLOGIA Fontes de infecção Animais domésticos Bovinos Suínos Equinos Ovinos Caprinos Caninos
EPIDEMIOLOGIA Fontes de infecção Animais silvestres Roedores Rattus norvegicus Rattus rattus Mus musculus leptospirúria prolongada
EPIDEMIOLOGIA Porta de entrada Pele lesada Pele íntegra Mucosas Conjuntiva Oral Nasal Genital
EPIDEMIOLOGIA Vias de eliminação Urina Sêmen Descarga vaginal pós-abortamento Fetos abortados Placenta Saliva Leite
EPIDEMIOLOGIA Transmissão Contato direto Contato oronasal com animais infectados Via genital Via intra-uterina Contato indireto Alimentos, água, solo contaminados Inseminação artificial
Imunidade anticorpos circulantes Início: 2 semanas duração: meses / anos Leptospirúria Início: 2 semanas duração: meses PATOGENIA Infecção Incubação duração: 2 a 20 dias Leptospiremia duração: 1 semana diversos órgãos
DIAGNÓSTICO Incubação 2 a 20 dias semana 2 semana 1 semana 3 semana 4 meses / anos leptospiremia imunidade: anticorpos leptospirúria
PATOGENIA ÓRGÃOS DE PERSISTÊNCIA Túbulos renais Eliminação urinária Tecidos reprodutivos Sorovares hardjo e bratislava
SINAIS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS DEPENDENTES DE Espécie animal infectada Faixa etária do hospedeiro Sorovar infectante
SINAIS CLÍNICOS BOVINOS Hemoglobinúria Anorexia Febre Diarréia Icterícia
SINAIS CLÍNICOS BOVINOS Mastite Agalaxia Bezerros fracos
Abortamento: 5 e 6 meses de gestação SINAIS CLÍNICOS
SINAIS CLÍNICOS BOVINOS sorovar hardjo problemas reprodutivos persistência
SINAIS CLÍNICOS SUÍNOS Distúrbios reprodutivos Abortamento: fase final da gestação
SINAIS CLÍNICOS SUÍNOS Distúrbios reprodutivos Retorno ao cio: primeiras 6 semanas Descargas vulvares Natimortos Leitões fracos
SINAIS CLÍNICOS SUÍNOS Leitões Hemoglobinúria Icterícia Convulsões Diarréia
SINAIS CLÍNICOS SUÍNOS Distúrbios reprodutivos Sorovares: pomona tarassovi canicola bratislava: persistência em órgãos reprodutivos
SINAIS CLÍNICOS CANINOS Forma aguda icterohaemorrhagiae Febre Anorexia Insuficiência renal Hepatite Icterícia Vasculite generalizada Lesão entérica sinais severos
SINAIS CLÍNICOS CANINOS
SINAIS CLÍNICOS EQUINOS Mialgia Fraqueza Febre Abortamento Uveíte
DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico Diagnóstico epidemiológico Diagnóstico laboratorial Detecção de anticorpos Detecção do agente etiológico
DIAGNÓSTICO Diagnóstico laboratorial Detecção de anticorpos Diagnóstico sorológico ou sorodiagnóstico Detecção do agente etiológico Pesquisa direta do agente Isolamento e identificação do agente: bacteriológico Métodos de biologia molecular
DIAGNÓSTICO INDIRETO Soroaglutinação microscópica (SAM) Teste de eleição: padrão no Brasil Antígeno: leptospiras vivas Representante dos sorogrupos prevalentes Sorogrupo-específico Prova sensível Detecção de IgM e IgG
DIAGNÓSTICO INDIRETO Soroaglutinação microscópica (SAM) 2 horas temperatura ambiente Leitura Grau de aglutinação + Soro Coleção de antígenos Ausência de aglutinação = negativo 1+ agltuinação com 75% de leptospiras livres = negativo 2+ aglutinação com 50% de leptospiras livres 3+ aglutinação com 25% de leptospiras livres 4+ aglutinação com menos de 25 % de leptospiras livres Titulação
DIAGNÓSTICO INDIRETO Soroaglutinação microscópica (SAM) Titulação + 1:100 1:200 1:400 1:800 1:51200 Coleção de antígenos Ponto final da reação: maior diluição do soro em que ocorre aglutinação de 50% ou mais das leptospiras
DIAGNÓSTICO INDIRETO Soroaglutinação microscópica (SAM) Infecção passada X infecção ativa Amostras pareadas: confirmação do diagnóstico Aumento de título de anticorpos (pelo menos 4 vezes) entre as amostras pareadas: intervalo de 2 a 4 semanas Títulos constantes ou decrescentes: infecção passada ou vacinação Reações heterólogas
DIAGNÓSTICO DIRETO Pesquisa direta de leptospira Materiais utilizados Sangue Líquor Urina
DIAGNÓSTICO DIRETO Pesquisa direta de leptospira Microscopia de campo escuro Microscopia de campo claro Coloração pela prata (Fontana-Tribodeau, Levaditi) Coloração com Vermelho do Congo
DIAGNÓSTICO DIRETO Coloração de Levaditi emovário de hamster Pesquisa direta de leptospira
DIAGNÓSTICO DIRETO Pesquisa direta de leptospira Imunofluorescência direta
DIAGNÓSTICO DIRETO Diagnóstico bacteriológico Materiais utilizados para isolamento Sangue Líquor Urina Fetos Tecidos: rins e fígado Sêmen
sangue líquor urina tecidos DIAGNÓSTICO DIRETO Diagnóstico bacteriológico Inoculação em modelo biológico Observação – sinais clínicos Colheita sangue Necrópsia SAM Isolamento Hamster aos 21 dias de vida
DIAGNÓSTICO DIRETO Diagnóstico bacteriológico Inoculação em meio de cultura Fletcher ou EMJH Incubar: 28 a 30oC 60 a 90 dias Aerobiose
DIAGNÓSTICO DIRETO Diagnóstico bacteriológico Identificação bacteriana Soro-padrão de cada grupo (microaglutinação)
DIAGNÓSTICO DIRETO Diagnóstico bacteriológico Amostra adequada Assepsia durante a colheita Contaminação bacteriana Diagnóstico lento Sensibilidade Especificidade
CONTROLE Medidas aplicadas às fontes de infecção Combate aos roedores Construções à prova de roedores Raticidas Educação Tratamento dos animais infectados Antibióticos: eliminação da transmissão
CONTROLE Medidas aplicadas às vias de transmissão Fatores de risco associados à leptospirose Tratamento de excretas Controle doadores de sêmen