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Centro Regional de Profesores del Norte. II Jornadas Binacionales de Educación Rivera e Santana do Livramento. Formação Docente: desafios e perspectivas Profª Drª Elena Maria Billig Mello. 06 de setembro 2013. Imaginário. Escola de Atenas. Escola dos anos 20 a 60.
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Centro Regional de Profesores del Norte II Jornadas Binacionales de Educación Rivera e Santana do Livramento Formação Docente: desafios e perspectivas Profª Drª Elena Maria Billig Mello 06 de setembro 2013
Imaginário... Escola de Atenas
Filme Tempos Modernos, 1936 Charles Chaplin
Escola dos anos 70, 80... Com olhos de criança Francesco Tonucci, 1997
E a escola de hoje? El Sul es nuestro Norte Ilustró el gran artista uruguayo Torres García
Primeira escola do mundo, dos escribas, três mil anos atrás, escavação arqueológica na Suméria A lógica que estrutura as salas de aula e como ensinar é a mesma! Gustavo Fischmann - 2013
“Como professores, estamos convencidos de que a maioria de nós sabe que não pode transformar o mundo através da educação, mas, de qualquer forma, alguns de nós sentimos o comprometimento de intervir, provavelmente não de forma heroica, mas de maneira simples e menos intimidadora, para preservar em nós mesmos as possibilidades de transformar o mundo educativo.” • (FISCHMAN, Gustavo E. e SALES, Sandra R. Formação de professores e pedagogias críticas. É possível ir além das narrativas redentoras? Revista Brasileira de Educação v. 15 n. 43 jan./abr. 2010, p. 16)
Direito à educação para todos: crianças, jovens, adultos... • Direito especialmente aos excluídos da escolarização com qualidade. • Educação como direito público subjetivo. • Educação com qualidade social. • Democratização da escola pública, com compromisso com as aprendizagens de todos. • “A escola pública amplia sua qualidade ao aprender com os movimentos da educação popular ao incorporar, no seu cotidiano, o trabalho coletivo, as relações solidárias, os diferentes saberes e a participação das diferentes pessoas.” • (ESTEBAN, Maria Teresa. “Educação popular: desafio à democratização da escola pública”. In: Cadernos CEDES. Campinas: v.27, n.71 – jan./abr. 2007.)
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) • O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. • O Brasil está na posição 85º, com valor do IDH 2012 de 0,730, atrás de quatro países da América do Sul, como Chile (40º lugar), Argentina (45º), Uruguai (51º) e Peru (77º). O indicador subiu de 0,728 em 2011 para 0,73 em 2012, mas manteve a 85ª posição. A nação, porém, fica na frente de outros vizinhos como Equador (89º) e Colômbia (91º). • O Uruguai está em uma posição mais confortável, na 51º lugar, com valor do IDH 2012 de 0,792. • http://www.projetolatinoamerica.com.br/idh-2012-america-latina/
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil: • No indicador educação, um dos que compõem o índice geral, o salto foi de 128% (de 0,279 para 0,637). O índice é medido pela escolaridade da população adulta e pelo fluxo escolar da população jovem. • O alto desempenho foi puxado pelo aumento do fluxo escolar de crianças e jovens, de acordo com a divulgação. A população adulta com ensino fundamental concluído passou de 30,1% em 2000 para 54,9% em 2010. A quantidade de crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola saltou de 37,3% para 91,1% no mesmo período e os jovens com 11 a 13 anos que estão nos anos finais do fundamental cresceu de 20% para 57,2%.
Adequação Idade-Anos de escolaridade Taxa de frequência à escola da população de 6 anos de idade – Brasil 2011
Adequação Idade-Anos de escolaridade Proporção da população de 12 anos de idade com ao menos os anos iniciais do ensino fundamental concluído – Brasil 2011
Adequação Idade-Anos de escolaridade Proporção da população de 16 anos de idade com ao menos o ensino fundamental concluído – Brasil 2011
Adequação Idade-Anos de escolaridade Proporção da população de 19 anos de idade com ao menos o ensino médio concluído – Brasil 2011
Cooperação Internacional na Educação Básica Edital Feiras de Ciências e Mostras Científicas Edital Olimpíadas Científicas Programas CAPES para a Educação Básica
Brasil • Lei 12.796, de 4 de abril de 2013, no Art. 62, §§ 4º e 5º: • § 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. • § 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação superior. (Grifos meus)
Nóvoa (1995) propõe um triplo movimento na formação que envolve três dimensões que possibilitam a construção da identidade docente: • o desenvolvimento pessoal(produzir a vida do professor, com pensamento autônomo, autoformação participada e investimento pessoal); • o desenvolvimento profissional(produzir a profissão docente em uma dimensão coletiva, valorizando os saberes, com autonomia contextualizada e participação na implementação de políticas públicas); • o desenvolvimento organizacional(produzir a escola como um verdadeiro ambiente educativo, em que trabalhar e formar adquirem uma só dimensão, percebendo-a como um espaço não só de trabalho, mas de estudo e (re)construção do conhecimento docente e discente).
Veiga (2002) mapeou duas perspectivas de análise da formação de professores: • tecnólogo do ensino e • agente social.
Espaços iniciais de formação • No Brasil e no Uruguai, a formação inicial ainda pode acontecer em nível médio, no Curso Normal. Na maioria dos países da América Latina, segundo Vaillant (2007), as antigas escolas normais se transformaram em Institutos Superiores ou Universidades com carreiras de 2 a 6 anos de duração, cujo requisito para ingresso é que o candidato tenha completado o ensino médio.
Para Diniz-Pereira (2008), a formação acadêmico-profissional reafirma-se na necessidade de formação em um local de nível superior em que se tenha a pesquisa como um núcleo básico. • O autor considera que a formação é uma das etapas do processo da profissionalização, como o meio pelo qual uma ocupação adquire um número significativo de atributos do modelo profissional. Deixa de ser uma ocupação e passa a ser uma profissão.
Lüdke e Boing (2004, p. 3): • “De que profissão estamos falando quando tratamos do magistério? Hoje, sua preparação pode ser feita em diferentes instituições formadoras, até mesmo de níveis de ensino diferentes”. • Consideram que a falta de uma identidade do espaço formador é apenas uma das dificuldades para o entendimento do magistério como uma profissão.
Alguns aspectos críticos à valorização docente • baixa atratividade/prestígio da carreira; • ausência de planos de carreira (remuneração inadequada/falta de definição de rotas claras na progressão funcional/política de incentivos – remuneratórios/não remuneratórios); • ambiente escolar não motivador; • condições de segurança e saúde no trabalho; • conservadorismo/inadequação dos cursos de formação inicial; • formação dos formadores; • fragmentação/fragilidade das ações de desenvolvimento profissional permanente; • percepção, pelo professor, de seu espaço de autonomia e de seu papel como força humana, social, política; • Outros...
Aspectos da e para a valorização do/a professor/a da Educação Básica • Qualidade da formação Inicial e Continuada • (formação acadêmico-profissional) • Carreira Docente • Remuneração • Condições de trabalho • Infraestrutura das escolas • Cultura do valor da profissão PROFESSORES NO BRASIL:IMPASSES E DESAFIOS Gatti e Barretto, 2009.
Professores/as no Quadro Geral de Empregos no Brasil • 83% dos empregos do magistério estão na esfera pública. • 77% constituem postos de trabalho ocupados por mulheres. PROFESSORES NO BRASIL:IMPASSES E DESAFIOS Gatti e Barretto, 2009.
A profissionalização docente, como política estratégica nacional/estadual/regional, complementa-se com a política de formação, de condições de trabalho, de carreira e de remuneração. A política de valorização e constituição da profissão docente somente será efetivada realmente quando for política de Estado e não apenas de governo.
Ampliação da relação entre comunidade, universidade e escola básica • Relação entre ensino-pesquisa-extensão-gestão • Democratização da permanência dos estudantes em toda a sua trajetória acadêmica, desde a Educação Básica até a Educação Superior • Mais espaços-tempos para a formação e qualificação dos docentes • Valorização da profissão docente; • Escola ser um espaço de estudo e de trabalho • Não apenas DENUNCIAR, mas também ANUNCIAR • Não perder a UTOPIA por uma educação de qualidade social...
Reflexões Finais • A política de valorização e profissionalização do magistério se inclui na política de formação docente. A política de valorização profissional deve ser efetivada realmente como uma política de Estado e não apenas de governo. • Em que a política pública não sirva apenas como um conjunto de estratégias organizacionais, mas que permita a participação política dos atores sociais e educacionais, incluindo aqui os próprios cidadãos e suas entidades representativas, em todos os seus processos de formulação, implantação e avaliação.
Reflexões Finais • Entre os desafios atuais para a efetivação da valorização e da formação acadêmico-profissional dos/as professores/as está a sua prioridade nas agendas governamentais como política de Estado, em que a universidade e a escola pública também sejam convidadas a dialogarem sobre decisões e ações políticas referentes à temática. • Fica, então, a reflexão sobre a produção das políticas públicas de educação desafiada a dialogar com os/as pesquisadores/as, os/as educadores/as e os/as cidadãos/ãs: a política de valorização do magistério público no Brasil e no Uruguai teve avanços, mas suficientes?
A VerdadeCarlos Drummond de Andrade • A porta da verdade estava aberta,Mas só deixava passarMeia pessoa de cada vez.Assim não era possível atingir toda a verdade,Porque a meia pessoa que entravaSó trazia o perfil de meia verdade,E a sua segunda metadeVoltava igualmente com meios perfisE os meios perfis não coincidiam verdade…Arrebentaram a porta.Derrubaram a porta,Chegaram ao lugar luminosoOnde a verdade esplendia seus fogos.Era dividida em metadesDiferentes uma da outra.Chegou-se a discutir quala metade mais bela.Nenhuma das duas era totalmente belaE carecia optar.Cada um optou conformeSeu capricho,sua ilusão,sua miopia. http://kavorka.wordpress.com/2007/02/page/2