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De onde provem a ATUALIDADE da Mística Inaciana?

De onde provem a ATUALIDADE da Mística Inaciana?. Percurso de hoje. A necessidade de “ retirar-se ” (EE 20) A espiritualidade do DESERTO A espiritualidade do CAMINHO A espiritualidade da PEREGRINAÇÃO O retiro espiritual ao longo da história A originalidade do Retiro Inaciano

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De onde provem a ATUALIDADE da Mística Inaciana?

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Presentation Transcript


  1. De onde provem a ATUALIDADEda Mística Inaciana?

  2. Percurso de hoje • A necessidade de “retirar-se” (EE 20) • A espiritualidade do DESERTO • A espiritualidade do CAMINHO • A espiritualidade da PEREGRINAÇÃO • O retiroespiritualaolongo da história • A originalidade do Retiro Inaciano • A atualidade da Mística Inaciana

  3. 1. A necessidade de retirar-se(EE 20)

  4. “… tanto mais se aproveitará, quando mais se afastar de todososamigos e conhecidos e de todapreocupação terrena, mudando-se da casa onde mora, passando a outra casa ou quarto para ali habitar o mais retiradopossível; de modo quefiquelivre para irdiariamente a Missa e Vésperas, sem temer queseusconhecidos o impeçam” (EE 20)

  5. Inácio explica que deste isolar-se derivam 3 vantagens principais: • “A primeira: a pessoa se afastando de muitosamigos e conhecidos, e também de muitosnegóciosnãobem-ordenados, para servir e louvar a Deus N. S., não pouco merece diante de sua divina majestade.

  6. A segunda, estando assim afastada e não tendo sua inteligência dividida acerca de muitas coisas, pondo todo o pondo todo o cuidado em uma só, isto é, em servir a seu Criador e tirar proveito para sua vida espiritual, usa mais livremente de sua potências naturais, para procurar com diligência o que tanto deseja;

  7. A terceira, quanto mais se acha a pessoa a sós e afastada, mais apta se torna para se aproximar e chegar a seu Criador e Senhor e quanto mais assim se achega, tanto mais se dispõe para receber graças e dons de sua divina e suma bondade”

  8. 2. Espiritualidade do DESERTO

  9. Lugar de renovação espiritual: (Ex 3,1-4; 17) (1 Re 19); • Via escolhidaexplicitamente por Deus; • Terra de passagem “onde ninguém mora” (Jer 2,6); • Uma experiência da fragilidade humana (Sal 103, 15-16); • Lugar da prova por excelência (Gn 22,1; Sb 3,5-6); • Lugar de intimidadeúnicacom Deus(Jó 42,5). • O Povo de Deus no Deserto (Jer 31, 2-3)

  10. O deserto, escola de Absoluto • “O deserto é muito mais do que um simples lugar para onde nos retiramos, porque na sua extensão e no seu vazio leva o homem ao limite da sua fraqueza e da sua impotência e o obriga a buscar forças somente em Deus. Leva consigo o sinal da pobreza, da austeridade, da extrema simplicidade, da total impotência do homem que descobre a sua fraqueza, porque o homem não é capaz de sobreviver sozinho diante do deserto ...”

  11. .... é uma tentativa de avançar nus, fracos, privados de qualquer apoio humano, no jejum do alimento terrestre e também espiritual, rumo ao encontro com Deus... O que é essencial no deserto é o despojamento total e a espera serena e silenciosa de Deus em uma certa inatividade das nossas capacidades” (R. Voillaume)

  12. 3. Espiritualidade do CAMINHO

  13. ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguémvemao Pai senão por meio de mim” (Jo 14,5-6). • Por esse motivo oscristãossãovistospelosoutroscomoAquelesquepertencemaoCaminho(At 9,2). • Todo o caminhoespiritualnaTradiçãoseráentendidocomouma “tríplice via”: purgativa, iluminativa e unitiva • Falar-se-á de “caminho de perfeição”.

  14. CAMINHO DE SABEDORIA E DA RETA VIA CAMINHO ESCATOLÓGICO CAMINHO DA VIDA CAMINHO QUE APONTA PARA UMA DIREÇÃO CAMINHO DE INTEGRIDADE E SANTIDADE

  15. 4. Espiritualidade da PEREGRINAÇÃO

  16. Etimologia • O adjetivo “peregrinus”deriva de “peragare”, que significa “percorrer”, com o sentido intensivo de “ir para longe” (“per egre”, isto é “per agros”, fora da cidade, no campo). “Peregrinus” designa portanto “aquelequefazumaviagem para umpaís longínquo e estrangeiro para aí permancer”; por extensão, temtambém o valor de “estrangeiro”. A peregrinação será essencialmenteumpartir.

  17. O peregrinar natradiçãobíblica • AT: Abraão: arameu errante, paidosperegrinos: Crer = “caminharcom Deus” Êxodo: Deus quecaminhacom o seupovo pelo deserto rumo à Terra Prometida. • NT: Cristonãotemponderepousar a cabeça; percorre asvilas e aldeias

  18. Inácio, o peregrino • O “Relato do Peregrino”= tentativa de reinterpretar e reler a própria vida a partir destairrupção de Deus que o põeemmovimento • Características : empobreza; finalidadeapostólica; seguimento de Cristo

  19. A Companhia de Jesus, umcaminhoqueconduz a Deus • “Devemossempre nos recordar de sermos peregrinos a caminho da nossapátria celeste’” (MI Epp. VI, 523). • Toda a vida se converteemumaperegrinação a partir de Deus e para Deus, movidos pela graça de Deus • Inácioconcebe o seucaminhar como um ir de um lugar a outro, considerando o mundo inteiro como a suaprópriapátria (Mon. Nadal V, 773-774).

  20. 5. OsRetirosespirituaisaolongo da História

  21. Orígenes apresentou a alma que busca a Deus, como se elapercorresse espiritualmente as etapas dos hebreus no deserto, com o alternar-se de provas e de consolações. • As primeirastestemunhasda vida solitária: Moisés e Elias. • A figura do Batista (Mc 1, 2-8; Lc 3, 3-17):“No deserto preparai o caminho do Senhor” (Is 40,3). • Jesuse o deserto: (Mc 1,35) (Lc 5,16) (Mc 6,31). • Literaturapatrística: A vida de Moisés (Gregório de Nissa)

  22. Século III: eremitismo e esichya: “Foge (do mundo), permaneceemsilêncio e repousenapaz” • Século IV: A criação da Quaresma. • Exortações a retirosindividuais: S. Jerônimo, S. Pedro Crisólogo, S. Leão • Retiroscomopreparações para vestições (monges) ouprimeira missa (S. Inácio).

  23. Pontos de continuidadecomoutrastentativas de renovaçãoespiritual do seu tempo • Desejo de umavida mais retirada, desejo da solidão. • Volta à interioridade: oração • Método da oração • Preferência por umaoraçãoafetiva • Conteúdo da Oração = vida de Jesus (Paixão). • Ideal= A conformidadecom Cristo crucificado • Novo interesse pelo exame de consciência.

  24. 6. A originalidadedo Retiroinaciano

  25. A novidade • Ordenar a atividade do retirosegundoumafinalidadebem precisa. • Osmeios para obter tal objetivosãoaconselhadoscomconcretude; • As atividades de cada dia sãoindicadascomprecisão e adaptãção; • Pedagogia espiritual: ritmo próprio • Papel da eleição = coração do processo

  26. A novidade • A renovação interior é vista em função de um melhor trabalho apostólico, isto é, o que Inácio chamará de «a maior glória de Deus» • EE : Livro do Mestre • Relação Mestre-discípulo

  27. 7. Atualidade da Mística Inaciana

  28. Testemunho do próprio Inácio: Carta ao P. Miona • “De minha parte eu não vejo nesta vida outro meio para satisfazer o meu débito para com o senhor do que fazê-lo fazer por um mês os Exercícios Espirituais debaixo da guia de quem eu lhe indiqueis. De fato, os Exercícios são todo o melhor que nesta vida eu possa pensar, sentir e compreender seja para o progresso espiritual de um homem seja para o fruto, a ajuda e o progresso com respeito a muitos outros. MHSI, Epp.I, 112.

  29. Convicção dos primeiros jesuítas (Nadal): EE = arma espiritual • O “ministério primário da Companhia e o mais eficaz diante de todos” • “Se olhamos a fundo todas as coisas, nada é mais útil ou mais eficaz para empreender o caminho do Senhor íntegra e sinceramente do que os EE” • “ Deve-se ter uma grande devoção nos EE e no deixar-se guiar por eles, porque foi por meio deles que Nosso Padre Mestre Inácio chegou a tão alta contemplação e oração” • “Os EE têm a eficácia que têm por vontade de Deus”.

  30. O testemunho do “Diretório Oficial” dos EE • N.7: “ Muitos dos nossos, especialmente nos primeiros tempos, por meio destes atingiram o espírito da Vocação, assim que se pode dizer com verdade que a nossa Companhia nasceu e cresceu por meio deles....Também vários seculares, imersos no vício tanto que não podiam se corrigir nem com exortações nem pregações, somente com este meio se converteram e perseveraram em uma vida melhor. Enfim, não se pode negar que se alcançou um fruto grandíssimo em todas as categorias de pessoas, em todos os estados e condições de vida e, onde foi mais difundida a prática dos Exercícios, ali se nota uma maior reforma dos costumes”.

  31. Confirmação por parte do Magistério da Igreja: Pio XI ( Enc. Mens Nostra) • “A grande enfermidade da era moderna, fonte precípua dos males que todos deploramos, é a falta de reflexão, aquela correria contínua e verdadeiramente febril rumo às coisas externas, aquela desequilibrada cobiça pelas riquezas e prazeres .... Ora, a um mal tão profundo da família humana, que remédio melhor podemos propor do que convidar todas estas almas dissipadas e cansadas ao recolhimento dos Exercícios?”

  32. Mens nostra • “Ora, não existe nenhuma dúvida que entre todos os métodos de exercícios espirituais que com louvor se referem aos princípios da sã ascese católica, um deles recebeu plenas e repetidas aprovações desta Sé Apostólica, mereceu amplos elogios de santos e mestres da vida spiritual, recolheu incalculáveis frutos de santidade através de já quatro séculos: queremos aludir aqui ao método de Santo Inácio de Loyola,mestre especializado dos exercícios, cujo “admirável livro dos exercícios”, o mais sábio e universal código de governo espiritual das almas, fonte inexaurível da piedade mais profunda e a mais sólida, estímulo irresistível e guia seguro à conversão e à mais alta espiritualidade e perfeição ”

  33. Que pontos, dimensões dos Exercícios Espirituais colaboram para a sua atualidade?

  34. Os EE suscitam uma EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL

  35. Os EE levam a uma AUTONOMIA PESSOAL

  36. Os EE são uma BUSCA da Vontade de Deus pessoalmente assumida

  37. A DIGNIDADE DAS COISAS CRIADAS

  38. CAPACIDADE DE MANTER EM TENSÃO POLOS OPOSTOS

  39. Levam a uma HUMANIZAÇÃO

  40. Despertam os DESEJOS GENUÍNOS

  41. PERSONALIZAÇÃO e ADAPTAÇÃO

  42. CUIDAR DO MUNDO FERIDO

  43. ACOMPANHAMENTO

  44. ESCOLA DE LIBERDADE

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