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SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA

SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA. PROFA. CRISTINA GARCIA LOPES. GRUPO MATERNO-INFANTIL. População: mulheres em idade fértil, gestantes, nutrizes e crianças (2/3 da população dos países em desenvolvimento) Prioridade em programas de alimentação e nutrição e de ações básicas de saúde (OMS/UNICEF).

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SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA

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  1. SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA PROFA. CRISTINA GARCIA LOPES

  2. GRUPO MATERNO-INFANTIL • População: mulheres em idade fértil, gestantes, nutrizes e crianças (2/3 da população dos países em desenvolvimento) • Prioridade em programas de alimentação e nutrição e de ações básicas de saúde (OMS/UNICEF)

  3. GRUPO MATERNO-INFANTIL • VULNERABILIDADE: elevadas necessidades fisiológicas devido aos processos de reprodução e desenvolvimento • Os primeiros 5 anos de vida: maior parte do desenvolvimento físico e mental

  4. AÇÕES BÁSICAS NA ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA (MS, Brasil) • Aleitamento materno e práticas corretas para o desmame. • Acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento. • Terapia da reidratação oral. • Controle das infecções respiratórias agudas e imunização.

  5. AÇÕES BÁSICAS NA ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (MS, Brasil) • Controle das doenças sexualmente transmissíveis. • Prevenção do câncer cervico-uterino e de mama. • Assistência ao planejamento familiar. • Assistência a adolescentes e à mulher no climatério. • Assistência ao parto e ao puerpério. • Assistência à gestante de alto risco. • Assistência pré-natal.

  6. INDICADORES MORTALIDADE MATERNA: • Indicador de grande importância em saúde materno-infantil • Reflete condições de assistência pré-natal e ao parto e condições biológicas da reprodução humana • Presença de doenças provocadas ou agravadas pelo ciclo gravídico-puerperal.

  7. INDICADORES Morte Materna(OMS): • morte de uma mulher durante a gestação ou parto ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devidas a causas acidentais ou incidentais.

  8. CAUSAS DA MORTALIDADE MATERNA • Obstétricas diretas: toxemia gravídica, complicações do aborto, alterações placentárias, hemorragias uterinas. • Podem ser prevenidas por uma boa assistência pré-natal, ao parto e ao puerpério. • Obstétricas indiretas: doenças pré-existentes ou que surgem durante o ciclo gravídico-puerperal e são agravadas por ele (cardiopatias, diabetes, nefropatias e doenças infecciosas). • Países subdesenvolvidos: predomínio das causas obstétricas diretas

  9. MORTALIDADE MATERNA • Brasil: 160/100.00 (1980 a 1999); redução significativa nas últimas décadas • Indicador mais atual (2006): aproximadamente 53 óbitos por 100 mil nascidos vivos • As perspectivas de evolução da mortalidade materna estão relacionadas ao desempenho do desenvolvimento econômico e social do país (como outros indicadores de saúde).

  10. SAÚDE DA MULHER • Ministério da Saúde, 1984: Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), • Marcou uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo (Brasil, 1984).

  11. SAÚDE DA MULHER • PAISM: incorporou como princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a eqüidade da atenção. • Incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência  à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST,  câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.

  12. SAÚDE DA MULHER • Em 2003 teve início a construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes, quando a equipe técnica de saúde da mulher avaliou os avanços e retrocessos alcançados na gestão anterior. • Em maio de 2004 o Ministério da Saúde lançou a - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes, construída a partir da proposição do SUS, respeitando as características da nova política de saúde.

  13. Objetivos Gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher • Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro. • Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.

  14. Objetivos Específicos e Estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher • Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras DST • Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde: • Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes: • Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual: • Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na população feminina:

  15. Objetivos Específicos e Estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher • Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero • Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério • Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade • Promover a atenção à saúde da mulher negra • Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina

  16. Objetivos Específicos e Estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher • Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade • Promover a atenção à saúde da mulher indígena • Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids nessa população • Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres

  17. SAÚDE DA CRIANÇA SITUAÇÃO MUNDIAL DA INFÂNCIA: • A desnutrição ainda é responsável por mais de 50% das mortes de menores de 5 anos nos países em desenvolvimento • No mundo, 150 milhões de crianças menores de 5 anos têm baixo peso para a idade e 182 milhões (32,5%) tem baixa estatura (OMS – 2000).

  18. INDICADORES • MORTALIDADE INFANTIL: Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Interpretação: • Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida • Reflete de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infra-estrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. • Expressa um conjunto de causas de morte cuja composição é diferenciada entre os subgrupos de idade (componentes da mortalidade infantil).

  19. MORTALIDADE INFANTIL • De 1990 a 2007 a taxa de mortalidade infantil (TMI) no Brasil apresentou tendência de queda, passando de 47,1/1000 nascidos vivos em 1990 para 19,3/1000 em 2007 (Figura 1), com uma redução média de 59,0%. • Diversos fatores têm contribuído para a mudança no perfil de mortalidade infantil, entre as quais se destacam: o aumento do acesso ao saneamento básico, a queda da taxa de fecundidade, a melhoria geral das condições de vida, da segurança alimentar e nutricional e do grau de instrução das mulheres, maior acesso aos serviços de saúde e ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família, o avanço das tecnologias médicas, em especial a imunização e a terapia de reidratação oral, o aumento da prevalência do aleitamento materno, entre outros (Lansky et al, 2009; Frias et al, 2009).

  20. MORTALIDADE INFANTIL • Diferenças regionais: A maior queda da TMI nas últimas décadas ocorreu na região Nordeste, cerca de 5,5% ao ano entre 1990 e 2007. • No entanto, as regiões Nordeste e Norte permanecem com os níveis mais elevados de mortalidade infantil no país. A TMI no Nordeste em 2007 (27,2/1000) é 40% maior do que a taxa nacional e 2,1 vezes maior do que a taxa da região Sul. • Diferenças entre grupos populacionais: as crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer do que as ricas e, a mortalidade infantil entre as crianças negras e indígenas é, respectivamente, cerca de 40% e 138% maior, quando comparadas com as taxas na população de crianças brancas (Unicef, 2008)

  21. SAÚDE DA CRIANÇA • Mortalidade dos menores de 5 anos no Brasil: • redução significativa nas últimas décadas • persistem grandes desigualdades regionais (exemplos: Norte e Nordeste) • fatores mais importantes: educação da mãe, renda e saneamento básico • (à medida que aumenta a escolaridade materna, diminui de forma intensa a mortalidade dos menores de 5 anos)

  22. SAÚDE DA CRIANÇA • SITUAÇÃO DA INFÂNCIA NO BRASIL • Desnutrição X Obesidade • redução dos índices de desnutrição (ainda elevado em algumas regiões) e aumento da prevalência da obesidade.

  23. SAÚDE DA CRIANÇA • Desnutrição no Brasil: • Redução de cerca de 70% do déficit de peso em relação à altura em menores de cinco anos entre 1975-1999. • resultado de políticas de saúde, saneamento e distribuição de alimentos implementadas no período. • Desnutrição infantil crônica no Brasil atual: 10% (acima da prevalência esperada para populações saudáveis: 2,3%) • Permanece a desigualdade entre as regiões e entre a população rural e urbana.

  24. SAÚDE DA CRIANÇA • Obesidade no Brasil: • Brasil (PNSN, 1989): cerca de um milhão e meio de crianças obesas. • Prevalência de 5% para os meninos e de 4,8% para as meninas. • Obesidade na Infância: 1/3 dos adultos obesos foram crianças obesas • Monteiro et alli (1995) – obesidade em menores de 5 anos: varia de 2,5% entre crianças de baixa renda a 10,6% no grupo de renda mais alta.

  25. AÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL • A Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (MS) tem como objetivos elaborar as diretrizes políticas e técnicas para a atenção integral à saúde da criança de zero a nove anos e apoiar a sua implementação nos estados e municípios. 

  26. Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, MS • As ações de promoção à saúde, prevenção de agravos e de assistência à criança pressupõem o compromisso de prover qualidade de vida para que a criança possa crescer e desenvolver todo o seu potencial. As linhas de cuidado prioritárias da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno vêm ao encontro dos compromissos do Brasil com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com o Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, com o Pacto pela Saúde e com o Programa Mais Saúde.

  27. Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, MS, Brasil

  28. Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, MS, Brasil

  29. Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, MS, Brasil Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar sobre: • aleitamento materno; • alimentação complementar; • peso, comprimento ou altura, perímetro cefálico (até 2 anos); • vacinas; • desenvolvimento; • cuidados de saúde; • prevenção de acidentes; • identificação de alterações na saúde.

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