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Os cinco paradigmas da psicanálise

Os cinco paradigmas da psicanálise. Rio de Janeiro - FIOCRUZ. Os cinco paradigmas. Os cinco paradigmas.

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Os cinco paradigmas da psicanálise

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Presentation Transcript


  1. Os cinco paradigmas da psicanálise Rio de Janeiro - FIOCRUZ

  2. Os cinco paradigmas

  3. Os cinco paradigmas • Pode-se operar em psicanálise a partir de cinco paradigmas. O paradigma um é o paradigma do Complexo de Édipo, que joga com o gozo fálico, com [J]. Pode-se explicar toda a formação do sintoma e toda a operação psicanalítica a partir do gozo fálico, a partir do que ocorre na vizinhança entre o Real e o Simbólico [RS]; é, aliás, o mais habitual, buscar a significação fálica do sintoma.

  4. Os cinco paradigmas • Pode-se operar a partir do paradigma dois, do paradigma que se enuncia com o aforismo “Não há relação sexual”, paradigma da Impossibilidade da Relação Sexual, que escrevo dessa maneira [IRS], pois me permite equivocar com o próprio RSI e é sustentado pelo gozo do Outro barrado, matema [J ]. Pode-se explicar a formação do sintoma e sua dissolução, quer dizer, a operação analítica, a partir do gozo do Outro, isto é, da junção do Real e do Imaginário [RI]. É o que fez Lacan desde o Seminário 17 (1992, p. 79), onde anuncia o Além do Édipo; mais precisamente, desde o Seminário 20 (1982, p. 105), onde apresenta a fórmula da sexuação, ou ainda, o Seminário 22 (1975, p. 2-5), onde explora até as últimas consequências o real, o simbólico e o imaginário e, conseqüentemente, a impossibilidade da relação sexual. Com este segundo paradigma, já estamos além do Édipo. Os termos empíricos pai, mãe e criança do paradigma um são aqui substituidos pelos significantes homem e mulher. Esta é, aliás, a única precariedade da fórmula, porque confunde os gêneros com os significantes.

  5. Os cinco paradigmas • Também podemos operar com outro paradigma, o paradigma três, que em francês escreve-se jouissens, gozo do sentido, e equivocar com jouissance, gozo. É verdade que no nó borromeano do RSI só aparece sens, sentido, nessa vizinhança entre Simbólico e Imaginário [SI], mas sabemos que Lacan propôs este equívoco, do gozo do sentido (jouissens) com o gozo (jouissance). Este paradigma trabalha com [JS], embora não apareça assim no desenho do nó.

  6. Os cinco paradigmas • Também poderíamos continuar dizendo que a formação do sintoma e sua dissolução sustentam-se em um quarto paradigma, que conhecemos como mais-de-gozar e que escrevemos com a letra a minúscula, com o objeto a minúsculo. Este paradigma, de algum modo, foi o que nos levou a escolher os dois sintomas com os quais trabalhamos em livro anterior (GERBASE, 2007), a angústia e a alucinação, quer dizer, a incidência do objeto [a], olhar, na angústia, e a incidência do objeto [a], voz, na alucinação. Ao escolhermos esses dois sintomas, intuímos que eram os sintomas fundamentais, efeitos da queda do objeto a, do seu desvelamento; o olhar e a voz são os objetos que mais receberam elaboração por Lacan.

  7. Os cinco paradigmas • E, por fim, há mais um paradigma que poderia explicar a formação e a dissolução do sintoma, que é sigma, [∑], o sintoma, e que vai aparecer no nó borromeano de quatro elos, no nó borromeano do sintoma do Seminário 23 (LACAN, 2007, p. 91).

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