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As Cinco Alternativas da Humanidade

As Cinco Alternativas da Humanidade. I. Doutrina materialista II. Doutrina panteísta III. Doutrina deísta IV. Doutrina dogmática V. Doutrina espírita. Bem poucos são aqueles que não cuidam do dia de amanhã.

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As Cinco Alternativas da Humanidade

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Presentation Transcript


  1. As Cinco Alternativas da Humanidade I. Doutrina materialista II. Doutrina panteísta III. Doutrina deísta IV. Doutrina dogmática V. Doutrina espírita

  2. Bem poucos são aqueles que não cuidam do dia de amanhã. • Se inquieta o que possa vir depois de um dia de vinte e quatro horas, com sobrada razão deve preocupar o que será depois do grande dia da vida, porque não se trata de alguns instantes, mas da eternidade.

  3. Viveremos ou não depois daquele dia? Não há que fugir; é questão de vida ou de morte, é a suprema alternativa!...(61) • (61) Apesar de todas as inovações culturais e avanços científicos verificados depois de Kardec até os nossos dias, a tese das cinco alternativas não foi alterada. Mudaram-se alguns rótulos, mas as posições continuam as mesmas: materialismo, panteísmo, deísmo, dogmatismo ou espiritismo. Nesta última incluem-se as grandes doutrinas reencarnacionistas já existentes no tempo de Kardec e escolas que surgiram posteriormente, inspiradas nos princípios espíritas, como os vários ramos teosóficos. (N. do Rev.)

  4. 1.° Doutrina Materialista • A inteligência do homem é uma propriedade da matéria; nasce e morre com o organismo. O homem é tão nada antes, como é nada depois da vida corporal. • Conseqüências: não sendo senão matéria, o homem não tem de reais e de invejáveis senão os gozos materiais; as afeições morais são efêmeras, os laços morais a morte os rompe para sempre; as misérias da vida não têm compensação; o suicídio deve ser o fim racional e lógico da existência, quando não há esperança de melhoria para os sofrimentos. É inútil qualquer constrangimento para vencer ruins inclinações; deve viver para si, o melhor possível, enquanto dura a vida terrestre; é estupidez contrariar-se e sacrificar comodidades e bem-estar por amor de alguém, isto é, por quem há de ser aniquilado também; os deveres sociais ficam sem fundamento, o bem e o mal são coisas inventadas e a contenção social fica reduzida à ação material da lei civil.

  5. 2.° Doutrina Panteísta • O princípio inteligente (alma), independente da matéria, está espalhado por todo o universo, mas individualiza-se em cada ser durante a vida, e volta, pela morte, à massa comum, como voltam ao oceano as águas da chuva. • Conseqüências. Sem individualidade e sem consciência de si mesmo, o ser é como se não existisse. As conseqüências morais desta doutrina são exatamente as mesmas do materialismo

  6. Observação. • Um determinado número de panteístas admite que a alma, aspirada, ao nascer, do todo universal, conserva a sua individualidade por tempo indefinido, não voltando à massa geral senão depois de ter alcançado o último grau da perfeição. As conseqüências desta variedade de crenças são absolutamente as mesmas que as da doutrina panteísta, propriamente dita, porque é completamente inútil todo o trabalho para adquirir conhecimentos, dos quais se perderá a consciência, aniquilando-se a alma depois de um tempo relativamente curto.

  7. 3.° Doutrina Deísta • O deísmo compreende duas ordens bem distintas de crentes: os deístas independentes e os providenciais. • Os primeiros crêem em Deus e admitem todos os seus atributos como criador. • Deus, dizem, estabeleceu as leis gerais, que regem o universo; mas essas leis, uma vez estabelecidas, funcionam por si sós, sem que o seu autor cuide delas. As criaturas fazem o que querem ou o que podem, sem que Ele com isso se importe.

  8. Não há providência, e desde que Deus não se ocupa conosco, nada temos que lhe pedir e menos que lhe agradecer. • Quem nega a intervenção da providência na vida do homem, faz como a criança, que se julga com bastante capacidade para dispensar a tutela, os conselhos e a proteção dos pais; ou pensa que estes não se devem mais ocupar com ela, desde que lhe deram o ser. • Sob pretexto de glorificar o Senhor, muito grande, dizem, para se abaixar até às criaturas, fazem dele um grande egoísta, rebaixando-o ao nível dos animais, que abandonam os filhos aos azares da vida.

  9. Esta crença é filha do orgulho e encerra o pensamento de libertar-se de um poder superior, que fere o amor próprio de cada um. • Ao passo que uns recusam reconhecer aquele poder, outros aceitam a sua existência, condenando-o porém à nulidade. • Há uma diferença essencial entre o deísta independente, de que nos temos ocupado, e o deísta providencial; este crê não somente na existência e no poder criador de Deus, como também em sua intervenção incessante na criação; não admite, porém, o culto externo, nem o dogmatismo atual.

  10. 4.° Doutrina Dogmática • A alma, independente da matéria, é criada para cada ser, mas sobrevive à morte e conserva a sua individualidade depois dela. • O seu destino é, desde aquele momento, irrevogavelmente fixado; os seus progressos ulteriores são nulos, sendo, por conseguinte, intelectual e moralmente, e para sempre, o que era quando acabou na vida. A do mau, sendo condenada a castigos eternos e irremissíveis, no inferno, nada colhe pelo arrependimento; Deus recusa-lhe a possibilidade de reparar o mal que fez. A do bom é recompensada com a vista de Deus e com a perpétua contemplação no céu. Os casos de condenação ou de salvação ficam à decisão ou juízo de homens falíveis, a quem foi dado o poder de condenar e absolver.

  11. Nota. Se a esta última proposição se objetar, que Deus julga em última instância, responder-se-á, perguntando: qual é, então, o valor da decisão pronunciada pelos homens, pois que pode ser anulada? • Separação definitiva e absoluta dos condenados e dos eleitos. Inutilidade de socorros morais e de consolações aos condenados. Criação de anjos ou almas privilegiadas, isentas de todo o trabalho para chegarem à perfeição, etc., etc.

  12. Conseqüências: Esta doutrina deixa sem solução os seguintes graves problemas: • 1.° — Donde vêm as disposições inatas, intelectivas e morais que fazem os homens nascer bons ou maus, inteligentes ou idiotas? • 2.° — Qual o destino dos que morrem na infância? Por que hão de alcançar a bem-aventurança, sem o trabalho a que estão sujeitos os outros por longos anos? Por que hão de ser recompensados, sem nenhum bem terem feito, ou hão de ser privados da felicidade perfeita, sem terem feito o mal? • 3.° — Qual o destino dos loucos e idiotas, que não têm consciência dos seus atos? • 4.° — Onde o cunho da justiça nas misérias e enfermidades de nascença, quando não são resultantes de nenhum ato da vida presente?

  13. 5.° — Qual o destino dos selvagens e de todos os que morrem, por força maior, no estado de inferioridade moral, em que os colocou a natureza, se não lhes é permitido progredir ulteriormente? • 6.° — Por que criou Deus uns mais favorecidos que outros? • 7.° — Por que chamar da vida, prematuramente, os que poderiam progredir, se vivessem mais tempo, uma vez que não lhes é dado fazê-lo depois da morte?

  14. 8.° — Por que a criação de anjos, sem nenhum trabalho elevados à perfeição, quando o homem é submetido às mais rudes provas, em que tem mais provas, em que tem mais probabilidades de sucumbir do que sair vitorioso, etc., etc.?

  15. 5.° Doutrina Espírita • O princípio inteligente é independente da matéria. A alma individual preexiste e sobrevive ao corpo. • O ponto de partida é o mesmo para todas as almas, sem exceção; todas são criadas simples e ignorantes e estão submetidas à lei do progresso indefinido. • Nada de criaturas privilegiadas ou mais favorecidas que outras; os anjos são almas elevadas à perfeição, depois de terem passado, como as outras, por todos os graus da inferioridade.

  16. As almas ou Espíritos progridem, mais ou menos rapidamente, em virtude do seu livre-arbítrio e na medida do seu trabalho e boa vontade. • A vida espiritual é a normal; a corpórea não passa de uma fase transitória da vida do Espírito, enquanto este reveste o invólucro material de que se despoja pela morte. • O Espírito progride no estado corporal e no espiritual; aquele, porém, lhe é necessário até que tenha alcançado determinado grau de perfeição.

  17. Desenvolve-se pelo trabalho a que é sujeito pelas próprias necessidades e adquire, por esse trabalho, conhecimentos práticos especiais. • Sendo insuficiente uma única existência corpórea para adquirir todas as perfeições, toma um corpo tantas vezes quanta lhe é necessário, trazendo, quando se reencarna, o adiantamento adquirido nas anteriores existências e na vida espiritual. • Quando adquiriu no mundo tudo o que se pode aí adquirir, deixa-o, para subir a outros mais adiantados intelectual e moralmente, e menos materiais. Assim chega a criatura à perfeição de que é susceptível.

  18. O estado feliz ou desgraçado dos Espíritos é inerente ao seu adiantamento moral; a punição é a conseqüência do seu endurecimento no mal, de maneira que são eles próprios que se castigam; nunca, porém, lhes é fechada a porta do arrependimento, por onde podem, quando quiserem, voltar ao caminho do bem e alcançar, com o tempo, todos os progressos. • Os que morrem ainda crianças podem ser mais ou menos adiantados, porque já têm tido outras existências, nas quais puderam praticar o bem ou fazer más obras.

  19. A morte não os isenta das provas pelas quais devem passar, porque, a seu tempo, recomeçarão nova existência, na Terra ou em mundos superiores, segundo o grau de elevação de cada um. • A alma dos loucos e idiotas é da mesma natureza das outras e a sua inteligência é muitas vezes superior, sofrendo pela insuficiência de meios para entrar em relação com as suas companheiras de existência, como os mundos sofrem por não poderem falar, senão como expiação ou prova. Abusaram da inteligência em anteriores existências e aceitaram, voluntariamente, a pena que os reduziu à impotência, para expurgo do mal que fizeram.

  20. Bibliografia: • "Obras Póstumas "

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