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UCRÂNIA: NOVA FACE DA GUERRA FRIA ??. A Ucrânia é um país que só existe há 23 anos e resultou do esfacelamento da União Soviética.
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A Ucrâniaé um país que só existe há 23 anos e resultou do esfacelamento da União Soviética. • Possui 46 milhões de habitantes, com uma fronteira de um lado colada à Rússia e do outro ao extremo leste europeu. Mais da metade da população do leste, onde estão concentradas as riquezas e o parque industrial do país, são russos e a outra metade, cerca de 46%, sofre uma nostalgia da Europa.
Durante quase todo o século 20, a Ucrânia fez parte da União Soviética, até sua independência em 1991.
Desde então, o país passou a olhar em uma outra direção, do Oriente para o Ocidente, da Rússia para a União Européia, tendo os exemplos de Polônia, Eslováquia e Hungria - todos membros da União Européia – em seu horizonte.
Mas a Ucrânia não completa esse movimento porque duas forças contrárias o paralisam.
De cada um desses lados, existem os interesses e pressões de grandes potências mundiais:gás
As principais rotas de fornecimento de gás natural da Rússia para a Europa
Atualmente o país vive uma crise econômica e política e precisa de empréstimos urgentes para evitar uma falência estatal.
Datas importantes: • 21 de novembro de 2013: o presidente Viktor Yanukovych suspende as preparações de um acordo comercial com a União Européia; Começam os protestos. • 30 de novembro de 2013: a polícia de choque age contra os manifestantes, deixando dezenas de pessoas feridas e intensificando a tensão no país. • 17 de dezembro de 2013: a Rússia concorda em comprar títulos do governo da Ucrânia e em baixar os preços do gás vendido ao país. • 19 de janeiro de 2014: os protestos ficam mais violentos; Manifestantes colocam fogo em ônibus da polícia e lançam coquetéis molotov, enquanto os policiais respondem com balas de borracha, gás lacrimogênio e canhões d’água; Vários morrem nos dias seguintes. • 18 de fevereiro de 2014: o dia mais sangrento dos protestos, com a morte de vários manifestantes e policiais. • Renuncia de Viktor Yanukovych.
No meio da tensão, o foco se voltou para a Criméia, um território ucraniano autônomo, onde a maioria da população é de origem russa. • A região fez parte da Rússia desde1774. Em 1954, Nikita Kruchev transferiu Crimeia para a República Socialista Soviética da Ucrânia. • O parlamento local foi dominado por um comando pró-Rússia, que aprovou a adesão à Federação Russa.
Importância estratégica: A região representa uma saída importante para o Mar Negro, que é o único porto de águas quentes da Rússia. Isso significa que essa zona possui relevância tanto em nível comercial quanto no plano militar para os russos, por facilitar a movimentação de cargas e por garantir o controle do canal que liga esse mar ao Mar de Arzov, conforme podemos observar no mapa a seguir:
Os portos da Criméia também são responsáveis por boa parte do escoamento da produção agrícola ucraniana que segue em direção à Europa e à própria Rússia, além de ser o ponto onde o país realiza uma considerável parte de suas importações, incluindo o gás russo.
A maioria russa da Criméia tem saído à rua para protestar contra o governo recém instalado em Kiev, que consideram ilegítimo. Exigem um referendo onde possam decidir se a Crimeia: a) continua a fazer parte da Ucrânia, b) integra-se na Rússia c) declara a sua independência. • Contrariamente, as minorias ucraniana e o novo governo de Kiev exigem continuar integrados na Ucrânia.
A Criméia obedecendo a dois princípios da democracia liberal: referendo e a autodeterminação realiza um referendo no dia 17/03 e aprova com 96,8% dos votos a adesão da região à Federação Russa. • Resultado não é reconhecido pela Ucrânia, União Européia e USA, que ameaçaram a Rússia com sanções caso ela siga com a anexação da Criméia.
Esse movimento desagradou profundamente os governos ocidentais, notadamente a União Européia e os Estados Unidos, que não veem com bons olhos um eventual crescimento do imperialismo russo na região. Por esse motivo, o presidente estadunidense Barack Obama vem articulando uma série de sanções diplomáticas e comerciais contra a Rússia para enfraquecer Moscou e pressionar Putin a recuar, o que vem contribuindo para elevar a tensão tanto em nível local quanto em escala mundial.
Em retaliação ao plebiscito, a Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra". Segundo o país, mais de 30 mil soldados russos já foram enviados à região.
A pergunta-chave é: • Onde os russos vão parar? • Será que eles vão se satisfazer em anexar a Criméia ou ajudar sua independência, ou vão partir para outras partes da Ucrânia, principalmente o leste, que está muito mais aliado à Rússia? • Putim, irá conseguir reerguer “a Grande Rússia” e fazer o país se recolocar nas altas esferas de poder no Mundo ?
A Rússia recuperou sua força, prestígio e está procurando mostrar isso na sua fronteira, que não vai aceitar de forma alguma que o Ocidente se meta naquilo que ela acha que é área de influência dela ? • Até onde a Europa e os EUA vão permitir que a Rússia ganhe espaço ?