310 likes | 489 Views
SEMINÃRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO. Processo histórico e polÃtico da Educação do Campo no Brasil e no Paraná Educação Rural : educação distanciada dos valores culturais , do trabalho e da vida do campo. Campones visto como objeto de tal educação e não como protagonista .
E N D
Processohistórico e políticodaEducação do Campo no Brasil e no Paraná Educação Rural: educaçãodistanciada dos valoresculturais, do trabalho e davida do campo. Camponesvistocomoobjeto de taleducação e nãocomoprotagonista. Educação do e no Campo: Umaproposta de educaçãoespecíficapara a realidade das populaçõesquevivem no campo.
O conceito de povos do campo: Diversidade de sujeitos e de processos produtivos e culturais formadores do movimento da Educação do Campo. • Ribeirinhos, povos da florestas, Cipozeiros, rezadeiras,quilombolas; • Sem Terra e Assentados; • Indígenas; • Faxinalenses
A educação do Campo é maior que a escola: Envolve todos os processos e relações educativas que ocorrem na comunidade. • Produção; • Relação com comunidade; • Cultura camponesa; • Movimentos sociais.
A educaçãonaLegislação CF 1988 - Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. LDB 9394/96 artigo 1º :a educação é o conjunto de processosformadoresquepassapelotrabalho, pelafamília, pelaescola, pelomovimento social. Toda educaçãoescolarteráquevincular-se aomundo do trabalho e à prática social. • A partir dos anos 90, ospovosorganizados do campo colocamnapautanacionalnaesferapública a realidadedaeducação do campo comoumaquestão de interessenacionalou, pelomenos, se fazemouvircomosujeitos de direito.
Historicamentefoinegadoaospovos do Campo o Direito a Educação • 1995 - Dados do IBGE 32,7% acima de 15 anos era analfabeto no campo. • 2011 - Dados do IBGE - A taxa de analfabetismo no campo chega a 23,3%, três vezes maior do que a das áreas urbanas, que é de 7,6%.
A lutaporEducação do e no Campo • 1997 - I EncontroNacional de Educadoras e EducadoresdaReformaAgrária(promovidopelo MST com apoioda UNESCO, UNICEF, CNBB e UnB) Conceito de Povos do Campo: culturacomomodo de vida, relação com a produção, tempo e espaço, meioambiente, organizaçãodafamília e do trabalho.
1998 - I Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo Articulação Nacional Por uma Educação do Campo, composta pelos membros da Secretaria Executiva da Conferência UNICEF, UNESCO, CNBB (CPT, CIMI, MEB), MST (ITERRA) e UnB. • Paraná também faz sua pré-conferência e participa com 45 educadores/as e lideranças camponesas.
OBJETIVOS • Mobilizarospovos do campo para a construção de políticaspúblicas de educação e contribuirnareflexãopolítico-pedagógica. • Sensibilizar as autoridadesparaumaeducação no campo a partirdarealidade e ponto de vista dos camponeses e datrajetória de lutas de suasorganizações.
Pontos Centrais: • Campo e a situação social objetiva das famílias trabalhadoras; • Ausência de políticas públicas que garanta ao direito a educação aos camponeses e aos trabalhadores/as do campo; • Emergência de lutas sociais do período pela terra e pela reforma agrária; • O debate de uma concepção de campo e projeto desenvolvimento que sustente uma nova qualidade de vida para que vive e trabalha no campo
Pontos importantes para a construção das políticas de Educação do Campo: Construção de uma base científica para a superação da dicotomia campo-cidade e a articulação entre educação e desenvolvimento sustentável. Construção da esfera pública na interação democrática e anti-corporativa entre o poder público e as organizações da sociedade civil Eficiência administrativa da máquina do Estado para realizar os encaminhamentos gerados nos espaços de participação social
Presençasignificativa de experiênciaseducativasqueexpressam a resistência cultural e política do povocampones. • É umapedagogia e organizaçãoescolarquerespeitaàsidentidadesculturaisos tempos e espaços do modo de vida do campo. • Vinculada com a discussãopolíticasobre o lugar do campo naconstrução de um projeto de nação.
Vinculada a políticaspúblicassobreeducação com outrasquestões do desenvolvimento social do campo, taiscomo: estradas, serviços de comunicação, cultura, assistênciatécnica, saúde, transporte e lazer. CONQUISTAS • 1998 - ProgramaNacional de EducaçãonaReformaAgrária – PRONERA / INCRA / MDA Escolarização formal paratrabalhadoresruraisassentadosRede de universidadespúblicas e escolastécnicas, movimentossociais e sindicais, Secretarias de Educação, emtodososestadosdafederação.
2002 - DiretrizesOperacionaispara a EducaçãoBásicanasEscolas do Campo (Resolução nº 1/2002 do CNE/CEB) “Processoinovador de construção de políticapúblicanarelação do Governo Federal com osgovernosestaduais e municipais, com a sociedade civil organizada e com ospovosorganizados do campo”. • 2006 – Estado do Paraná sanciona e publica as DiretrezesOperacionais .
2003 – No Paraná conquistamos o núcleo de Educação do Campo dentroda SEED. Garantiu: • EscolasItinerantesnosacampamentos, • as escolas das ilhas, melhoria das escolasindígenas, • e a crianças das escolasanosfinais e médio no campo de 318 estabelecimentospara 423 aumento de 33%.
2004 - Criação da SECAD/MEC Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Quatro Departamentos: Educação de Jovens e Adultos Desenvolvimento e Articulação Institucional Avaliação e Informações Educacionais Educação para a Diversidade e Cidadania.
2007 - PROCAMPO – SECAD/MEC LicenciaturaemEducação do Campo CursosregularesAnosfinaisensino fundamental e ensinomédioProfessoresemexercício e educadoresemexperiênciasalternativasemEdoCFormaçãoporáreas de conhecimentoFormaçãoemalternânciaConsonância com a realidade social e cultural específica das populações do campo . • 2012 – No Paraná devido a organização dos MovimentosSociaisestaemfuncionamentodesde 2010 trêscursos com MEC e UNIOESTE, UNICENTRO e UFFS.
2012 – PRONACAMPO – Lançamento em março de 2012. Prevê políticas para campo, inclusive construção de escolas no campo.
“As políticas de educação e de formação de educadoresnascem com duastarefas:de um lado, superarosvelhosestilos e as velhaslógicasaindadominantesnavisão e no trato dos povos do campo e, • de outrolado, criarnovosestilos de formaçãoembasadosnosdireitos dos povos do campo. Políticasatreladas a um novo Projeto de Campo e de Nação”.
Elementosparadiscussão do conceito de educação do campo realizado no III Seminário do ProgramaNacional de EducaçãonaReformaAgrária (PRONERA) 2007. • Necessidade de manter a unidade entre: Campo - PolíticaPública – Educação. Separarestestrêstermos: • Tira a especificidade dos povos do campo; • Tira o caráter de políticapúblicapara o desenvolvimento do campo; • Restringeaoaspectopedagógico.
A Educação do Campo nasceutomandoposição contra a lógicaeconômicaqueexpropria as famílias dos trabalhadores de suasterras • Afirmaçãodalógicadaproduçãopara a sustentaçãodavidaemsuasdiferentesdimensões, necessidades e formas. A diversidade dos interessesdaclassetrabalhadora do campo não é consideradanaspolíticaspara o setoragrícola. • Um projeto de naçãodeveincluirospovos do campo comosujeitosconcretosemseusprocessosprodutivos, de trabalho, de cultura, de educação.
Expansão do Agronegócio Resistência dos camponeses
Para delimitar o campo daEducação do Campo. O debate sobre o trabalho no campo precede o daeducaçãooudapedagogiaeducarpara um trabalhonãoalienado; • paraintervirnascircunstânciasobjetivasqueproduzem o humano; • pensar a produçãonadimensão das necessidadeshumanas, prioritáriasàsnecessidades do mercado.
Escolavinculadaaomundo do trabalho, dacultura, aomodo de produção, à lutapela terra, aoprojeto de desenvolvimento do campo. Os processoseducativosacontecemfundamentalmente no movimento social, naslutas, no trabalho, naprodução, nafamília, navivenciacotidiana.
“A materialidadeeducativa de origemdaEducação do Campo estánosprocessosformadores dos sujeitoscoletivosdaprodução e das lutassociais do campo. Porissoeladesafia o pensamentopedagógico a entenderestesprocessos, econômicos, políticos, culturais, comoformadores do ser humano e, portanto, constituintes de um projeto de educaçãoemancipatória, ondequerqueelaaconteça, inclusive naescola”. Londrina, 12 e 13 de julho de 2012.