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Assistência Neonatal Humanizada

Assistência Neonatal Humanizada. Denise Amorim Albuquerque Coordenadora da Unidade Neonatal ISEA Campina Grande, PB (10/7/2014) www.paulomargotto.com.br. Início do século XX - hospitais-maternidades passaram a ter enfermarias próprias para RN, os berçários.

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Assistência Neonatal Humanizada

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  1. Assistência Neonatal Humanizada Denise Amorim Albuquerque Coordenadora da Unidade Neonatal ISEA Campina Grande, PB (10/7/2014) www.paulomargotto.com.br

  2. Início do século XX - hospitais-maternidades passaram a ter enfermarias próprias para RN, os berçários. No final dos anos 40, início dos 50 - primeiras propostas de modificação deste esquema de assistência do RN normal. Década de 70, e principalmente início dos 80 – publicação de experiências sobre o comportamento materno da separação mãe-filho. - descrições e resultados de programas de Alojamento Conjunto implantados em outros países como no Brasil.

  3. ALOJAMENTO CONJUNTO • “Rooming in" • Consiste na assistência hospitalar prestada à puérpera e ao RN juntos e simultaneamente. • Segundo o Ministério da Saúde, é o sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece com a mãe, 24h por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. • Possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde de binômio mãe e filho. • A mulher deve ser estimulada ao autocuidado, à amamentação e cuidados com o RN, assim que possível. • Objetivo principal – proporcionar e fortalecer o vínculo mãe-filho e estimular o aleitamento materno.

  4. Publicada em 1983, a resolução n0 18/INAMPS dirigida aos hospitais públicos e conveniados estabeleceu normas e tornou obrigatória a permanência do filho ao lado da mãe, 24h por dia, através do sistema de alojamento conjunto. Em 1985 -publicado o programa de reorientação da assistência obstétrica e pediátrica com as normas básicas de sistema de alojamento conjunto, nas unidades médicas assistenciais próprias, contratadas e conveniadas do INAMPS.

  5. Alojamento Conjunto * 1982 - Portaria 18 do Inamps/Ministério da Saúde, que estabeleceu a obrigatoriedade do alojamento conjunto. * 1986 - Portaria do Ministério da Educação - MEC, tornando obrigatório o alojamento conjunto nos hospitais universitários. * 1993 - Portaria GM/MS nº 1016, com a atualização das normas.

  6. PORTARIA N° 1.016, DE 26 DE AGOSTO DE 1993 • ALOJAMENTO CONJUNTO • Vantagens • Estimular e motivar o aleitamento materno; • Favorecer a precocidade, intensidade e assiduidade do aleitamento materno; • Fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho, através do relacionamento precoce; • Permitir a observação constante do recém-nascido pela mãe;

  7. ALOJAMENTO CONJUNTO • Vantagens • Oferecer condições à enfermagem de promover o treinamento materno; • Manter intercâmbio biopsicossocial entre a mãe, a criança e os demais membros da família; • Diminuir o risco de infecção hospitalar; • Facilitar o encontro da mãe com o pediatra; • Desativar o berçário para RN normais

  8. ALOJAMENTO CONJUNTO Estatuto da Criança e do Adolescente Capítulo I, Art. 10°, inciso V “ Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe”.

  9. Portaria nº 693/GM Em 5 de julho de 2000. DEFINIÇÃO 1- O "Método Canguru" é um tipo de assistência neonatal que implica contato precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma, uma maior participação dos pais no cuidado ao seu recém-nascido.

  10. 2- A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso, ligeiramente vestido, em decúbito prono, na posição vertical, contra o peito do adulto. 3- Só serão considerados como "Método Canguru" aquelas unidades que permitam o contato precoce, realizado de maneira orientada, por livre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhado de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada.

  11. E o bebê? Estou seguro de tudo o que é feito por mim ? (antes e após o nascimento?)

  12. Assistência Neonatal Humanizada RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO NORMAL • American Family Physician, 2001 • Passos para o atendimento ao bebê saudável • ENTREGAR O BEBÊ À MÃE!!! • Colocar imediatamente após o nascimento sobre o peito ou o abdome materno • Enxugar e cobrir o bebê • Permitir que o bebê busque o seio e mame A

  13. Assistência Neonatal Humanizada • Contato precoce • (American Family Physician, 2001) • Efeitos do contato precoce: • Facilita a integração mãe/filho • Facilita a amamentação • Efeitos em longo prazo?

  14. Assistência Neonatal Humanizada ASSISTÊNCIA NEONATAL PORTARIA MS N° 1.067, 4 DE JULHO DE 2005 “ Todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura”

  15. Assistência Neonatal Humanizada • III – ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO • Ações e procedimentos • Avaliar as condições do nascimento: • Se RN em boas condições (bom padrão respiratório, FC>100bpm, e sem cianose central) =>Inicia-se o momento de interação mãe-filho, estimulando a aproximação e contato pele a pele, além de permitir e estimular a amamentação na primeira meia hora após o parto;

  16. Assistência Neonatal Humanizada • Clampear o cordão após esse parar de pulsar, observar suas características e avaliar o APGAR; • Secar o RN cuidadosamente com compressa e remover campos úmidos;

  17. Assistência Neonatal Humanizada • Se necessário, aspirar boca e nariz do bebê, levá-lo sob fonte de calor irradiante mantendo a cabeça em leve extensão; • Realizar credeização: antes da credeização, é importante o contato olho a olho com os pais. Usa-se solução de nitrato de prata a 1% em ambos os olhos, removendo-se o excesso.

  18. Assistência Neonatal Humanizada • Limpando a via aérea • A aspiração rotineira de boca e nariz NÃO é necessária em um neonato a termo, que respira espontaneamente ou chora, que tem tônus muscular adequado e líquido amniótico claro.

  19. Assistência Neonatal Humanizada ASSISTÊNCIA NEONATAL • Em mais de 90% dos nascimentos a adaptação do RN do ambiente intra para o extrauterino ocorre em um período rápido, de maneira fisiológica, atingindo a estabilização • Em torno de 10% podem necessitar de cuidados especiais • Esse percentual é bem menor em RN a termo de parturientes de baixo risco • A necessidade de manobras de reanimação em partos de baixo risco fica em torno de 1-3% (HERMANSEN & HERMANSEN, 2005)

  20. PRESENÇA DO NEONATOLOGISTA / PROFISSIONAL SAÚDE • 1 em cada 10 RN necessita de assistência para iniciar a RESPIRAÇÃO ao nascimento. • 1 em cada 100 RN necessita de INTUBAÇÃO TRAQUEAL e/ou MASSAGEM CARDÍACA. • 1 em cada 1000 RN necessita de IOT , MC e MEDICAÇÕES , desde que a ventilação com BALÃO e MÁSCARA seja realizada corretamente

  21. Assistência Neonatal Humanizada ASSISTÊNCIA NEONATAL • “Com os RN normais, nada mais deve ser realizado além de enxugá-los, aquecê-los, avaliar as suas condições e entregá-los às suas mães para estabelecer um contato precoce e íntimo. As manobras de reanimação devem ser realizadas apenas em situações necessárias, sendo desaconselhável empregar estes procedimentos de forma rotineira. ” • Ministério da Saúde, 2005

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  26. Assistência Neonatal Humanizada • CUIDADOS • Recepcionar em campo aquecido • Posicionar RN no tórax ou no abdome materno e cobrir com um segundo campo aquecido • Desprezar o primeiro campo • Clampeamento tardio do cordão • Gestação a termo • Sem mecônio • Respirando ou chorando • Tônus bom

  27. Assistência Neonatal Humanizada ASSISTÊNCIA NEONATAL • CUIDADOS IMEDIATOS COM O RECÉM-NASCIDO • CONTATO PELE A PELE • AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA MEIA HORA DE VIDA • CLAMPEAMENTO TARDIO DO CORDÃO

  28. Assistência Neonatal Humanizada RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO NORMAL

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  30. Assistência Neonatal Humanizada CONTATO PELE A PELE • Moore ER, Anderson GC, Bergman N. Early skin-to-skin • contact for mothers and their healthy newborn infants. • (Cochrane Review, 2012) • 24 ECR, 2177 participantes • Melhores resultados neonatais: menor choro, maior estabilidade cardiorrespiratória • Glicemia mais elevada: 10,56ml (8,42 – 12,72) • Aumento da amamentação (1-4 meses): 1,27 (1,06 – 1,53) • Maior duração da amamentação: 42,55 dias (1,69 – 86,79) • Sem efeitos negativos em curto ou longo prazo A

  31. Assistência Neonatal Humanizada CONTATO PELE A PELE

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  37. Assistência Neonatal Humanizada CLAMPEAMENTO TARDIO DO CORDÃO • Hutton e Hassan. Late vs early clamping of the umbilical cord • in full-term neonates: systematic review and metanalysis of • controlled trials. JAMA, 2007 • Retardar o corte do cordão umbilical está associado com benefícios para o RN que se estendem durante a infância: • Melhora do hematócrito • Melhora da concentração de ferritina • Redução do risco de anemia A

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