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2. Atuao do Cirurgio Dentista. Reduzir a freqncia e a severidade das complicaes orais do tratamento oncolgico. 3. Atuao do Cirurgio Dentista. Diagnstico e tratamento das complicaes orais associadas terapia antineoplsicaAssistncia s necessidades odontolgicas Pr tratamento
E N D
2. Atuação do Cirurgião Dentista
Reduzir a freqüência e a severidade das complicações orais do tratamento oncológico
3. Atuação do Cirurgião Dentista Diagnóstico e tratamento das complicações orais associadas à terapia antineoplásica
Assistência às necessidades odontológicas
Pré tratamento
Durante o Tratamento
Após o tratamento
4. Classificação da toxicidade Agudas
Durante o tratamento
Envolvem tecidos de maior taxa de renovação celular como a mucosa oral
Transitoriedade
Tardias
Meses a anos após a terapia antineoplásica
Envolvem tecidos de maior especificidade celular como músculos e ossos
Segunda neoplasia primária
Danos permanentes
5. Princípios para o diagnóstico e tratamento das complicações orais Identificação de pacientes de alto risco
Educação do paciente e acompanhantes
Abordagem odontológica prévia ao tratamento oncológico
Intervenção imediata sobre efeitos agudos
Controle de quadros que possam comprometer o paciente sistemicamente
6. Quimioterapia Consiste na administração de drogas para o tratamento sistêmico do câncer, destruindo células neoplásicas ou controlando seu desenvolvimento
Monoquimioterapia
Poliquimioterapia
Isolada ou em associação terapêutica
7. Quimioterapia
As complicações dependerão das drogas usadas, dosagem, doença dentária preexistente e associação com RT
8. Complicações orais da terapia antineoplásica A susceptibilidade dos tecidos orais à morbidade tratamento induzida
Devido à elevada taxa de renovação celular
Estomatotoxicidade direta e indireta / QT, RT
Microflora diversificada
Riscos de trauma durante as funções normais
Possibilidade de morbidade no trato gastrintestinal
9. Antes da Quimioterapia
Avaliação odontológica prévia
Dados sobre o tratamento oncológico proposto
Permitir 7 a 10 dias de cicatrização de qualquer intervenção cirúrgica oral
Verificação de taxas hematológicas
Hemograma / coagulograma / glicemia
10. Tratamento pré-oncológico: exame bucal Objetivos
Programar o tratamento odontológico
14 dias antes do tratamento oncológico
Adiar procedimentos cirúrgicos orais eletivos
Identificar e tratar sítios de infecções orais agudas ou crônicas
Cárie, doença periodontal, doença endodôntica, lesões de mucosa
Identificar e eliminar fontes de irritação e trauma
Próteses mal adaptadas
Bandas ortodônticas
15. Durante a Quimioterapia
Programar a assistência odontológica
Realizar exame hematológico 24 hs antes de qualquer intervenção
Adiar o procedimento quando:
Plaquetas < 50.000/mm3
Neutrófilos < 1000/mm3
Em casos de febre considerar sítio de infecção bucal
Orientar higiene oral
16. Complicações orais da terapia antineoplásica
Mucosite / úlceras
Dor
Infecções fúngicas, bacterianas, virais
Xerostomia / Secura da boca
Disgeusia / Alteração do paladar
Trismo / limitação de abertura da boca
Cárie de radiação
Osteorradionecrose e Osteonecrose por Bifosfonados
Alterações do desenvolvimento*
17. Mucosite oral Conceito
Processo inflamatório inespecífico da mucosa oral resultante da atuação da QT e/ou RT. Tipicamente manifesta-se como eritema ou ulcerações, aumentando o risco para dor, infecção local e sistêmica e comprometimento da nutrição
18. Mucosite oral Evolução
Apresenta-se geralmente em torno de 7 a 10 dias após o início da quimioterapia e em torno da segunda semana de radioterapia. Quadros severos podem tornar-se evidentes num período mais breve de evolução. Dose-limitante e auto-limitada.
23. Mucosite oral Intervenções preventivas e de controle
Higiene oral com soluções neutras
Anestésicos tópicos
Citoprotetores da mucosa
Analgésicos
Antimicrobianos
Antioxidantes
Modificadores da resposta imunológica*
Intervenções não farmacológicas
Crioterapia
Laserterapia
Acupuntura
24. Cárie de radiação Cárie rampante que pode começar logo após a Radioterapia
Risco aumentado devido má higiene oral, alterações de microbiota oral, xerostomia, disgeusia e modificações na dieta (cariogênica)
Prevenção através de controle da xerostomia, higiene oral específica, uso de soluções fluoretadas, acompanhamento odontológico periódico imediata restauração de elementos dentais comprometidos
25. Xerostomia Causada por marcante redução do fluxo salivar
Sintomas de boca seca, ardência na língua, fissuras no lábio e comissuras, atrofia da mucosa do dorso da língua, dificuldade de usar dentadura
Pode ser ocasionada por QT ou RT
26. Xerostomia Na QT não está bem documentada quanto a especificidade de drogas, mas aproximadamente 40% do pacientes reportam este efeito, neste caso transitório, a recuperação se dá em torno de 2 a 8 semanas após o término do tratamento
27. Xerostomia Quadros parciais ou totais
Fluxo não estimulado inferior a 0,1 mL/minuto é indicativo de xerostomia (normal de 0,3-0,5 mL/minuto
Aumento na viscosidade salivar, dificultando a lubrificação da boca
Aumento do risco de cáries e doença periodontal progressiva
Agravamento da disgeusia (alteração do paladar) e disfagia (dificuldade para deglutição)
28. Xerostomia Prevenção e controle
Utilização de citoprotetores sistêmicos profilaticamente
Administração de sialagogos durante a radioterapia
Substitutos de saliva
Sialagogos com o diagnóstico estabelecido
Medidas de higiene oral específicas
Orientações nutricionais
Acupuntura
Laserterapia
29. Infecções orais
Conceito
A quebra da integridade da mucosa oral denota alto risco para infecção aguda, que pode ser de origem viral, bacteriana, e fúngica; influenciadas pela mielossupressão, alteração salivar
30. Infecções orais Infecções bacterianas
Microorganismos gram-positivos
Streptococcus, Enterococcus
Microorganismos gram-negativos
Pseudomonas, E coli
Pacientes com doença dental e periodontal preexistente
Próteses mal adaptadas que traumatizam a mucosa podem representar sítios de colonização de vários patógenos
31. Infecções orais
Infecções virais: Herpes (HSV)
Prevenção e tratamento
Administração de regime profilático
Uso de medicamento tópico para lesões labiais
Intervenção sistêmica e suporte
Laserterapia de baixa intensidade*
32. Após a Quimioterapia
O paciente deve ser atendido regularmente quando a quimioterapia for concluída e todos os efeitos adversos controlados, inclusive a mielossupressão
33. Antes da Radioterapia
Avaliação odontológica prévia
Coletar informação sobre o tratamento oncológico proposto
Prevenir desmineralização dental e cárie de radiação com aplicações de flúor
Permitir um mínimo de 14 dias pós intervenção cirúrgica
34. Durante a Radioterapia Acompanhamento sobre a realização das recomendações ao paciente
Monitoramento sobre o trismo: observação de dor, ou fraqueza muscular nos campos irradiados
Orientação de exercícios
Abrir e fechar a boca em 20 repetições, 3 vezes ao dia
35. Após a Radioterapia Após o desenvolvimento de mucosite observar presença de traumas e ocorrência de xerostomia
Observar se o paciente segue as orientações de cuidados orais específicos
Evitar qualquer procedimento cirúrgico nos campos irradiados
Monitorar pacientes pediátricos quanto à possibilidade de alterações dentais e craniofaciais de desenvolvimento
37. Osteorradionecrose (ORN) A prevenção ideal da ORN consiste em abordagem odontológica prévia à RT
Alterações e lesões dentais, periodontais ou mucosas que tiverem indicação de terapêutica cirúrgica devem ser preferencialmente procedidas antes do início da RT
A técnica cirúrgica aplicada deve ser o mais atraumática quanto possível
38. Osteorradionecrose (ORN) O tratamento da ORN inclui as seguintes medidas:
Eliminação de traumas locais
Restrição de uso de prótese sobre a região dentro do campo de irradiação
Descontinuidade de hábitos como tabaco e álcool
Administração tópica de antibióticos ou antissépticos
Ressecção local de seqüestros ósseos
Administração de analgésicos
Administração de antibióticos sistêmicos
39. Osteorradionecrose (ORN) Presença de manifestações clínicas incluem dor, parestesia, fístula, infecção e fratura patológica
Etiologia traumática ou evolução de quadro infeccioso preexistente e ocorrência de casos idiopáticos
Aproximadamente 15% dos pacientes que receberam RT em alta taxa de dose podem evoluir com ORN
40. Trismo Relacionado a perda da elasticidade dos músculos mastigatórios limitando a abertura de boca
Alteração decorrente de fibrose de tecidos moles, descontinuidade mandibular cirurgicamente induzida, hábitos parafuncionais associados a estresse emocional causado pelo tratamento oncológico.
Prevenção e controle com exercícios especificamente indicados durante e após a RT, estabilização da oclusão, relaxantes musculares e suporte psicoterápico
41. Cárie de radiação Cárie rampante que pode começar logo após a Radioterapia
Risco aumentado devido má higiene oral, alterações de microbiota oral, xerostomia, disgeusia e modificações na dieta (cariogênica)
Prevenção através de controle da xerostomia, higiene oral específica, uso de soluções fluoretadas, acompanhamento odontológico periódico imediata restauração de elementos dentais comprometidos
43. Disgeusia
Pode ser ocasionada pela QT ou RT
Etiologicamente associada a vários fatores incluindo neurotoxicidade das papilas gustativas, xerostomia, infecção e condição psicológica.
Pacientes recebendo QT podem ter a sensação da difusão da droga na cavidade oral
44. Disgeusia Quadros sintomatológicos relacionados à QT costumam a ser reversíveis
Pacientes RT podem também apresentar quadros reversíveis, sendo o mecanismo de desenvolvimento associado aos danos celulares localizados
Na RT muitos pacientes desenvolvem hipogeusia permanente
45. Dicas
Acupuntura
Aromaterapia (hortelã-pimenta OE)
46. Hemorragia oral Pode ocorrer durante trombocitopenia tratamento relacionada e/ou coagulopatia concernente a altas doses de QT
Sangramento gengival espontâneo pode ocorrer quando a contagem de plaquetas estiver abaixo de 30.000/mm3
Elevado risco em casos de periodontopatias preexistentes e pólipos pulpares
Sangramento leve - petéquias e pontos localizados em lábios, palato ou assoalho
Sangramento severo - por sangramento gengival persistente ou por lesões ulceradas de mucosite ou HSV
47. Hemorragia oral Cuidados orais específicos
Avaliar constantemente as taxas hematológicas juntamente com evidências clínicas de plaquetopenia
A partir da contagem de plaquetas de 40.000/mm3, rever a necessidade de intervir com técnicas atraumáticas de higiene oral
Intervenções locais para controle do sangramento podem ser úteis, porém a reposição de sangue total ou concentrados de plaquetas tem indicação a critério médico
A remoção de debris superficiais de sangramento deve ser realizada cuidadosamente para o controle que infecção oral e sistêmica
49. Consenso Conclusões e recomendações
Reconhecer na população pediátrica morbidade tardia, incluindo alterações dentais e de desenvolvimento e segunda neoplasia;
Inserir o tema de complicações orais para estudo entre grupos cooperativos;
50. Consenso Conclusões e recomendações
A prevenção, o diagnóstico preciso e o tratamento específico de infecções fúngicas, virais e bacterianas é fundamental
Ulcerações mucosas alertam para o risco de infecção sistêmica
51. Consenso Conclusões e recomendações
O melhor tratamento para alteração salivar inclui uso regular de soluções fluoretadas, higiene oral efetiva e sialagogos;
A Osteorradionecrose pode ser prevenida e, se presente oxigenação hiperbárica e/ou cirurgia estão indicadas ao seu controle;
52. Consenso Conclusões e recomendações
Todos os pacientes devem ter avaliação odontológica antes do início do tratamento oncológico
O tratamento de lesões orais/dentais preexistentes é essencial para minimizar as complicações orais
53. Consenso Conclusões e recomendações
Envolver a família do paciente para sua melhor assistência e o encorajamento máximo para a aderência ao tratamento.
55.