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DIABETES E A ODONTOLOGIA. 4ª Semana Odontológica Profª Jerusa Soares Campina Grande – Paraíba Aline da Mota Rocha. Declaração de Potencial Conflito de Interesses. Aline da Mota Rocha
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DIABETES E A ODONTOLOGIA 4ª Semana OdontológicaProfª Jerusa Soares Campina Grande – Paraíba Aline da Mota Rocha
Declaração de Potencial Conflito de Interesses Aline da Mota Rocha De acordo com a Norma do Conselho Federal de Medicina e a Resolução RDC 102/2000 da Agência de Vigilância Sanitária, declaro que não tenho nenhum conflito de interesses. As opiniões e/ou conclusões são de minha inteira responsabilidade.
AGENDA Diabetes uma epidemia mundial Papel do odontólogo na atenção à saúde do diabético: • Diagnóstico do Diabetes Mellitus • Hipoglicemia • Hiperglicemia • Conduta perioperatória Doença Periodontal e Diabetes. Profilaxia da endocardite bacteriana
DIABETES MELLITUS : EPIDEMIA MUNDIAL • No mundo, 2025: 5,4% ou 300 milhões de pessoas. • No Brasil, 2011: 5,6% ou doze milhões de pessoas.
Prevalência estimada do diabetes no mundo inteiro em 2025 Número de pessoas: <5,000 5,000 – 74,000 75,000 – 349,000 350,000 – 1,500,000 >1,500,000 Nenhum dado disponível OMS. Relatório Mundial de Saúde1998; 91.
RECOMENDAÇÕES: A. Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência. B. Estudos experimentais e observacionais de menor consistência. C. Relatos de casos- Estudos não controlados. D. Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consenso, estudos fisiológicos ou modelos animais.
DIABETES MELLITUS (DM) • Grupo de desordens metabólicas associadas à intolerância a glicose, caracterizado pela deficiência na secreção de insulina e/ou sua incapacidade de exercer adequadamente seus efeitos.
DIABETES: DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Poliúria • Polidpsia • Polifagia • Perda de peso de causa desconhecida • Fraqueza em membros inferiores • Turvação visual • Vulvovaginite e balamopostite • Dificuldade de cicatrização das feridas
QUANDO SUSPEITAR DE DM AO EXAME DA BOCA: • Queilose • Fissuras • Ressecamento de mucosas • Diminuição do fluxo salivar • Dificuldade de cicatrização • Alterações na microbiota
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO DIABETES: jejum 2hs após 75 g casual • Glicemia normal < 100 <140 - • Tolerância à glicose >100 a 125 140 a 199 - diminuída • Diabetes mellitus = ou > 126 = ou >200 = ou > 200 (A) • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2012-2013
METAS CONTROLE GLICÊMCO Desejáveis Toleráveis HBa1C < 7,0% adultos 7,5 a 8,5% 0 a 5 anos <8,0 % 6 a 12 anos <7,5% 13 a 19 anos 8,0% idosos Glicemia préprandial até 110 até 130 Glicemia pósprandial até 140 até 180 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2012-2013
HIPERGLICEMIA • Polis • Nícturia • Alterações visuais • Perda de peso • Fraqueza membros inferiores • Cetoacidose diabética: alteração do sensório desidratação respiração rápida e profunda hálito cetônico coma
CAUSAS DE HIPOGLICEMIA: • Doses excessivas de insulina e hipoglicemiantesorais • Omissãoouatraso de refeições • Exercíciosprolongados • Ingestão de bebidasalcoolicas • Insuficiência renal • Hipotireoidismo • Vômitosoudiarréia • Uso de antinflamatórios
HIPOGLICEMIA: Sintomasadrenérgicos: Neuroglicopênicos: Cefaléia Tonturas Confusão mental Convulsão Turvação visual Coma • Palpitações • Tremores de extremidades • Ansiedade • Sudorese • Palidezcutânea
TRATAMENTO HIPOGLICEMIA: Leve a moderada: • 15 a 20 gramas de glicose 1 sachê de mel 1 comprimido de glicose 1 copo de suco de frutas com umacolher de sopa de açucarou de refrigerante regular Após 15 minutos se nãohouverrecuperaçãorepetir. Antecipar a refeição. Grave Massagearaçucarna mucosa oral Solução de glicose à 50%-20 a 50 ml EV Glucagon 1 mg adulto e 0,5 mg crianças via subcutânea
CONDUTA PERIOPERATÓRIA • Avaliação do risco, presença das complicações crônicas do diabetes. • Manter glicemia entre 120 a 180 mg/Dl. • Monitorização da glicemia. • Cautela no uso de antinflamatórios e glicocorticoides. • Uso de antimicrobianos quando necessário. • Cirurgias de pequeno porte com duração de 1 a 3 horas impactam pouco no controle posoperatório. • Cirurgia de médio e grande porte necessitam de ajustes nas doses de insulina e hipoglicemiantes orais.
CONDUTA PERIOPERATÓRIA • Procedimento Manhã agente oral suspender dose única de insulina 2/3 dose 2 a 3 doses de insulina 1/2 dose Tarde agente oral suspender dose única de insulina 1/2 dose 2 a 3 doses de insulina 1/3 Procedimentos complexos, pacientes descompensados-infusão de insulina
Diabetes e Odontologia • A hiperglicemia facilita o aparecimento e a progressão de alguns problemas bucais como: • a hiposalivação, • as infecções e • a doença periodontal
XEROSTOMIA/ HIPOSALIVAÇÃO • Síndrome de ardência bucal • Aumento parotídeo • Inflamações e infecções na língua e no lábio, ferimentos por trauma na mucosa bucal, comprometer a fixação das próteses removívies. • Uso de substitutos salivares auxiliam ao controle da placa e da gengivite ( A). • Neuropatias e uso de antipsicóticos e antihistamínicos podem colaborar nas alterações da secreção salivar (C).
DIABETES E CARIES • Estudos encontraram nos diabéticos índice de caries aumentado, similares e outros menores comparados aos não diabéticos, talvez pela redução dos carboidratos da dieta (B). • Em diabéticos hiperglicêmicos a saliva e o fluido gengival podem conter quantidade aumentada de açucares alterando a microbiota do biofilme dental influenciando o desenvolvimento de caries e doença periodontal (A)
DIABETES E CANDIDÍASE ORAL • Estudo de análise multivariada demonstrou relação de candidíase oral eao grau de controle glicêmico em diabéticos (C).
INFECÇÕES • A hiperglicemia, a diminuição do fluxo salivar e alterações na composição da saliva favorecem o surgimento de abscessos e infecções orais.
DM: COMPLICAÇÕES CRÔNICAS • Nefropatia • Neuropatia • Doença cardiovascular • Retinopatia • Doença vascular periférica • Doenças Periodontais Complicações podem preceder ao diagnóstico do diabetes (D).
DOENÇAS PERIODONTAIS (DP) • Grupo de condições crônicas induzidas por microrganismos que levam à inflamação gengival, destruição tecidual periodontal e perda óssea alveolar (B) • Anaeróbios gram-negativos específicos no biofilme dental. • Dano tecidual maior pela resposta do hospedeiro frente a infecção. (B)
FISIOPATOLOGIA • Deficiência na adesão, quimiotaxia e fagocitose neutrofílica • Persistência e crescimento de periodontos patógenos • Destruição tecidual local • Monócitos/macrófagos hiperresponsivos • Aumento de mediadores pró-inflamatórios(IL6, TNFalfa, IL8) • Degradação periodontal
DP X CONTROLE GLICÊMICO DM • Risco 2,9 x maior de periodontites em DM com mau controle glicêmico e não significativo com bom controle. (A) • Diabéticos com DP possuem pior controle glicêmico que os sem a doença. (A) • Tendência maior a hiperplasia gengival, pólipos, perda dentária e periodontites
DOENÇA PERIODONTAL X MORTALIDADE • Risco aumentado para infarto agudo do miocárdio (A) • Mortalidade aumentada em diabéticos com periodontite severa e • doença cardiovascular 2,3 x • nefropatia diabética 8,5 x (A)
CONCLUSÕES: • A epidemia mundial do Diabetes constitui-se num dos graves problemas de saúde pública atualmente. • O odontólogo deve integrar a equipe multiprofissional de atenção as pessoas com diabetes visando a promoção à saúde de forma integral. • Diabetes Mellitus aumenta a suscetibilidade e a severidade da Doença Periodontal, por comprometer a função imunocelular, diminuir a síntese do colágeno e induzir à reabsorção óssea alveolar.
CONCLUSÕES: • DM pode ser considerado fator de risco para gengivites e periodontites.(B) • DM mau controlado associado a severidade da DP e maior risco de perda óssea alveolar. (B) • DP piora o controle glicêmico. (A)
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