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OFICINA DE MUSEOLOGIA. MATO-GROSSO / CUIABÁ maio/2005 Professor: Marcio Rangel. Definições de museu.
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OFICINA DE MUSEOLOGIA MATO-GROSSO / CUIABÁ maio/2005 Professor: Marcio Rangel
Definições de museu Museu é um estabelecimento de caráter permanente, administrado para interesse geral, com a finalidade de conservar, estudar, valorizar de diversas maneiras e, conjunto de elementos de valor cultural: coleções de objetos artísticos, históricos, científicos e técnicos, jardins botânicos e zoológicos, aquários. (internacional Council of Museuns (ICOM) – 1956)
2. Instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade.Além das instituições designadas como “Museus”, se considerarão incluídas nesta definição:
Os sítios e monumentos naturais, arqueológicos e etnográficos • Os sítios e monumentos históricos de caráter museológico, que adquirem, conservam e difundem a prova material dos povos e de seu entorno • As instituições que conservam coleções e exibem exemplares vivos de vegetais e animais – como os jardins zoológicos, botânicos, aquários e vivários • Os centros de ciência e planetários • As galerias de exposição não comerciais • Os institutos de conservação e galerias de exposição, que dependam de bibliotecas e centros arquivísticos
Os parques naturais • As organizações internacionais, nacionais, regionais e locais de museus • Os ministérios ou as administrações sem fins lucrativos, que realizem atividades de pesquisa, educação, formação, documentação e de outro tipo, relacionadas aos museus e à museologia • Os centros culturais e demais entidades que facilitem a conservação e a continuação e gestão de bens patrimoniais, materiais ou imateriais • Qualquer outra instituição que (...) reúna algumas ou todas as características do museu, ou que ofereça aos museus e aos profissionais de museus os meios para realizar pesquisas nos campos da Museologia, da Educação ou da Formação. Versão aprovada pela 20ª Assembléia Geral. Barcelona, Espanha, 6 de julho de 2001.
3. As instituições museológicas são compreendidas como práticas sociais colocadas ao serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e comprometidas com a gestão democrática e participativa. (DEMU/IPHAN/Minc – 2004)
Durante o período colonial podemos citar a experiência da Casa de Xavier dos Pássaros. Taxidermizava aves para museus portugueses.
A chegada da família real em 1808 estabelece um novo ritmo no surgimento de instituições culturais: Em 1816 é criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios. Célula-mãe do atual Museu Nacional de Belas Artes Em 1818 é criado o primeiro museu brasileiro: o Museu Real, atualmente conhecido como Museu Nacional da Quinta da Boa vista.
Durante o império este processo foi mais intenso: Em 1838 é criado o Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Em 1864 é criado o Museu do Exército Em 1868 é criado o Museu da Marinha Em 1871 é criado o Museu Paraense Emílio Goeldi
Prédio da Rocinha, na entrada do Parque Zoobotânico, 1902. Museu Paraense Emílio Goeldi
Funcionários do Museu Paraense de História Natural e Ethnografia, em. 1907. Sentado, no centro, Emílio Goeldi.
Estação Científica Ferreira Penna, na Floresta Nacional de Caxiuanã
Sala de exposição do acervo de Zoologia Sala de exposição do acervo de Botânica
Antes das Universidades, dos Institutos científicos os museus já exerciam as funções de pesquisa, preservação, comunicação patrimonial e mesmo de formação e capacitação profissional.
Décadas de 20 e 30 Neste período coloca-se em prática a idéia da construção de um Estado em que caiba as elites papel de destaque no encaminhamento da questão política e cultural São temas fundamentais: A criação da nacionalidade O estudo científico da realidade brasileira
Neste contexto são criadas as seguintes instituições: Em 1922 o Museu Histórico Nacional Em 1932 o Curso de Museus Em 1934 a Inspetoria de Monumentos Nacionais.
Tanto o Curso de Museus com a Inspetoria de Monumentos Nacionais, são considerados marcos, o primeiro na institucionalização da museologia e dos estudos de museus no Brasil. O segundo foi um dos principais antecedentes do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual IPHAN, criado em 1936.
Em 1937 cria-se o Museu Nacional de Belas Artes Em 1938 o Museu da Inconfidência Em 1940 o Museu Imperial
Década de 60 Em 1960 criam-se os Museus Villa-Lobos e da República Criam-se inúmeros museus militares Surgem também um grande número de museus municipais Em 1967 é criado o Museu Lasar Segall
Década de 70 Com a Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972, tem início o Movimento da Nova Museologia (MINOM) que se consolida nos anos 80. México, França, Suíça, Portugal e Canadá serão inicialmente os formuladores desta nova concepção
É neste momento que o conceito de museu passa por uma grande transformação: casas, fazendas, escolas, fábricas, estradas de ferro, músicas, minas de carvão, planetários, jardins botânicos, tudo isto poderia, a partir de agora, receber um olhar museológico.
A batalha contra os museus foi um fato persistente da cultura modernista • Através de seus arquivos e coleções, o museu definiu a identidade da cultura ocidental • Nos fins do século XX e início do XXI, o museu passa de bode expiatório a menina dos olhos das instituições culturais. • O papel do museu como um local conservador elitista ou como bastião da tradição da alta cultura dá lugar ao museu como cultura de massa, como um lugar de uma mise-en-scène espetacular e de exuberância operística.
O museu neste mundo torna-se mais amplo e amorfo e transforma-se no paradigma-chave das atividades culturais contemporâneas • O novo museu e as novas práticas de exposição correspondem à mudança do perfil dos freqüentadores • Mas a questão é: como explicar o sucesso do passado museológico numa época em que se apontou constantemente a perda do sentido da história, a deficiência da memória e uma amnésia generalizada?
A popularidade do museu, seria o sintoma cultural principal da crise da fé ocidental na modernização enquanto uma certeza. Para julgar as atividades do museu precisaríamos determinar até que ponto ele ajuda a superar a ideologia insidiosa da superioridade de uma cultura sobre todas as outras, no espaço e no tempo. Até que ponto e de que maneira ele se abre para outras representações e como ele será capaz de lidar com os problemas de representação, narrativas e memória nas suas exposições e no seu projeto.
Atualmente o critério da qualidade (raro, precioso, único) vem perdendo terreno numa época em que não se oferece qualquer consenso nítido sobre o que pertence a um museu. O argumento de qualidade desabou a partir do momento em que a documentação do cotidiano e da cultura regional, as coleções de artefatos tecnológicos e industriais, de móveis, de brinquedos, de roupas e assim por diante se tornaram mais do que nunca um projeto museológico legítimo, com vem acontecendo nos últimos anos
O museu e o mundo real do presente permanecem separados. O museu é recomendado como um local de lazer, de tranqüilidade e de meditação necessária para se confrontarem os estragos causados pela aceleração do lado de fora de suas muralhas.
1. Museu Tradicional1.1 Museu Tradicional Ortodoxo (acadêmico)
Estética do ambiente é fundamental • Núcleos de exposição integrados • Espaços bem delimitados para cada núcleo • A exposição segue um ROTEIRO DEFINIDO (circuito) • Há uma ênfase no OBJETO COMO PRODUTO CULTURAL (o museu tradicional valoriza o objeto) • Objeto em si (técnica conceitual) • Conjuntos de objetos ( técnicas de ambientação e de reconstituição)