1 / 21

AGENDA CNS/2010: Modelo de Gestão do SUS Maria Helena Machado helena.machado@saúde.br

AGENDA CNS/2010: Modelo de Gestão do SUS Maria Helena Machado helena.machado@saúde.gov.br. O QUE É GESTÃO DO TRABALHO EM SAÚDE? É a política que trata das relações de trabalho a partir de uma concepção na qual a participação do trabalhador é fundamental para a efetividade e eficiência do SUS.

vic
Download Presentation

AGENDA CNS/2010: Modelo de Gestão do SUS Maria Helena Machado helena.machado@saúde.br

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. AGENDA CNS/2010: Modelo de Gestão do SUS Maria Helena Machado helena.machado@saúde.gov.br

  2. O QUE É GESTÃO DO TRABALHO EM SAÚDE? É a política que trata das relações de trabalho a partir de uma concepção na qual a participação do trabalhador é fundamental para a efetividade e eficiência do SUS. O trabalhador é percebido como sujeito e agente transformador de seu ambiente e não um mero ´recurso humano´ realizador de tarefas. Nessa abordagem, o trabalho é visto como um processo de trocas, de criatividade, co-participação e co-responsabilização, de enriquecimento e comprometimento mútuos.

  3. A Gestão do Trabalho pressupõe a garantia de requisitos básicos para a valorização do trabalhador e do seu trabalho, tais como: Plano de Carreira, Cargos e Salários; vínculos de trabalho com proteção social; espaços de discussão e negociação das relações de trabalho, capacitação e educação permanente dos trabalhadores; humanização da qualidade do trabalho, dentre outros. A implementação desta política vem sendo difundida a partir de 2003, com a criação da Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde no Ministério da Saúde.

  4. Na década de 1980 estava nascendo o SUS. Na década de 1990 estava sendo consolidado o SUS.

  5. HOJE ANTES do SUS • 77.004 estabelecimentos de saúde; • 2.566.694 empregos de saúde. (IBGE,1980) • Em 2005 o setor público municipal contava com 997.137 empregos de saúde; o estadual com 345.926 e o federal com 105.686 empregos. • 18.489 estabelecimentos de saúde; • 573.629 empregos de saúde. (IBGE,1980) • Em 1980 o setor público • municipal contava com 47.038 empregos de saúde; o estadual com 96.443 e o federal com 122.475 empregos.

  6. HOJE ANTES do SUS • Em 2005: 870.361 empregos de nível superior; • 751.730 de nível técnico auxiliar e; • 294.551 de nível elementar. • Hoje:equipe multiprofissional: enfermeiros, odontólogos, médicos, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, etc., além de técnicos e auxiliares. • 197.352 empregos de nível superior; • 111.501 de nível técnico auxiliar e; • 264.776 de nível elementar.(IBGE, 1980) • Na década de 1980 a equipe de saúde: médicos e atendentes de enfermagem. Os atendentes eram maioria.

  7. HOJE Na década de 1990 Inúmeros municípios e estados têm realizado concursos públicos. Na esfera federal o MPOG autorizou 194 mil novos postos de trabalho para recompor esta FT. Na saúde este número já chega a 18 mil novos postos de trabalho para recompor a FT dos seus hospitais, do próprio MS e de suas instituições como a FIOCRUZ. Poucas noticias de concursos públicos nas três esferas de governo. As Instituições federais, por exemplo, se valia da contratações temporárias para recompor sua FT. O déficit da FT na esfera federal era incalculável girando em torno de 200 mil postos de trabalho.

  8. HOJE Na década de 1990 O CNS/CIRH, com apoio do MS e MEC, volta a emitir pareceres para abertura de novos cursos, reconhecimento e renovação para odontologia, medicina e psicologia. Já aprovado no CNS a inclusão das demais 11 profissões da saúde. A CIRH já avaliou mais de 750 processos à luz da Res.CNS 350. Incentivo ao laissez-faire na formação de profissionais de saúde gerando uma corrida à privatização do ensino na saúde. Multiplicam-se escolas de enfermagem,medicina, odontologia, farmácia, fisioterapia, psicologia, etc.

  9. HOJE ANTES A Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde hoje é o fórum de discussão e decisões entre gestores do SUS e os profissionais, com vistas à construção coletiva de respostas à questões relativas a regulação do trabalho em saúde, respondendo de forma propositiva ao Congresso Nacional. Até então não haviam políticas públicas regulatórias para criação e inclusão de novas profissões na saúde. O Congresso Nacional decidia sem ouvir as necessidades do SUS. O que o SUS precisava ou não.

  10. HOJE ANTES O Congresso Nacional passa a solicitar do MS (CRTS) o parecer PL de novas profissões e ocupações, tais como: acupunturista, tecnólogos em saúde, perfusionista cardiocirculatória e respiratória, masoterapista, gastrólogo, cuidador de pessoa, parteira tradicional, técnico em imobilização, optometrista entre outros. A CIRH/CNS tem papel importante neste processo com vistas às necessidades sociais do SUS. A infinidade de ocupações e profissões que o mundo tecnológico processa leva a ter uma constante e desenfreada busca por profissionalizar cada ato da saúde. Tal movimento não seria negativo se este fosse de acordo com os interesses e necessidades do Sistema de Saúde.

  11. HOJE ANTES Em 2004, é instituída por portaria ministerial Comissão para elaborar as Diretrizes do Plano de Carreiras, Cargos e Salários do SUS. Em 2007, o PCCS-SUS é aprovado na MNNP-SUS, CIT e CNS. A década de 1990 foi a década perdida para a gestão do trabalho pela anti-politica que se instalou no próprio SUS contra a carreira dos trabalhadores. As exceções eram esparsas e raras em todo o SUS, em todas as esferas.

  12. HOJE ANTES O PCSS-SUS tem como objetivo: orientar a reorganização dos trabalhadores do SUS em estruturas de carreiras que atendam à valorização profissional, buscando a melhoria do atendimento à população. Destina-se a todos os trabalhadores do SUS, ativos e aposentados, nas três esferas de governo. A ausência de diretrizes e de políticas nacionais eram os argumentos usados pelos gestores estaduais e municipais para a não adoção de PCCS para seus trabalhadores.

  13. CONCEITO PCCS-SUS Trabalhadores do SUS: São todos aqueles que inserem direta e indiretamente na Atenção à Saúde nas instituições que compõem o SUS podendo deter ou não formação específica para o desempenho de funções atinentes ao setor. O mais importante para esta definição é a inserção do trabalhador no SUS. • Princípios: • Universalidade planos • Equivalência dos cargos • Concurso público; • Mobilidade; • Flexibilidade • Gestão partilhada; • Carreira como instrumento de gestão; • Educação permanente; • Avaliação desempenho; • Compromisso solidário.

  14. HOJE ANTES Em 2003 é reinstalada a MNNP-SUS. Estrutura-se o Sistema Nacional de Negociação do Trabalho no SUS. Implementam-se mesas de negociação estaduais e municipais. Hoje em quase todos os estados e capitais já existem Mesas de Negociação. Passamos toda década de 1990, década da estruturação e consolidação do SUS, com as negociações interrompidas entre trabalhadores e gestores. A Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS- MNNP-SUS (criada pelo CNS) foi instalada formalmente nos anos 1990 e jamais fez valer sua função em toda a década.

  15. HOJE ANTES Mesmo que ainda tardio, no final de 2009 é criado por portaria ministerial o Comitê Nacional de Promoção e Saúde do Trabalhador da Saúde, que tem como objetivo principal formular as Diretrizes Nacionais de Políticas de Promoção e Saúde do Trabalhador da Saúde. Este documento está em fase final para ir para consulta pública. A saúde dos trabalhadores da saúde nunca foi de fato preocupação no âmbito da gestão do SUS. Contudo, os problemas, o próprio processo de trabalho mostraram as debilidades que este sistema se encontra quando não tem assegurado a promoção da boa saúde para aqueles que cuidam da gente.

  16. O que precisamos avançar?

  17. Antes de mais nada, assegurar a manutenção e o aperfeiçoamento das políticas de gestão do trabalho elaboradas e aprovadas em todas as instâncias do SUS nos últimos 8 anos: Desprecarização do Trabalho; consolidação do Sistema Nacional de Negociação no âmbito do SUS; institucionalização da Mesa Nacional de Negociação com dotação de estruturas formais e permanentes no âmbito do MS; implantação das Diretrizes do PCSS-SUS; consolidação da Política Nacional de Promoção e Saúde do Trabalhador da Saúde; aperfeiçoamento do sistema regulatório da CRTS; ampliação das atividades da CIRH na elaboração dos pareceres para os cursos de saúde, entre outras.

  18. Além disso, devemos urgentemente: • Por iniciativa do executivo em comum acordo com gestores das três esferas de governo e com os trabalhadores a criação no Congresso Nacional de uma carreira nacional no âmbito do SUS com foco municipal tomando como base as Diretrizes do PCSS-SUS. • Discussão com os trabalhadores e gestores das três esferas de gestão do SUS para instituição do piso salarial regional/ nacional dos trabalhadores, reduzindo com a deletéria disputa por quem paga mais, bem como as iniciativas coorporativas presentes hoje no Congresso Nacional;

  19. Necessidade de enfrentar o custo financeiro e político da recuperação salarial dos trabalhadores da saúde, com a pactuação de um Programa Nacional de Recuperação Salarial dos Trabalhadores da Saúde em todo âmbito do SUS; • Necessidade de discutir e aprovar no Congresso Nacional a proposta de Serviço Civil Optativo ou Obrigatório para as profissões da saúde em consonância com as necessidades sociais do SUS;

  20. Necessidade de enfrentar o grande desafio de resolver a desassistência que hoje ainda persiste nos lugares de difícil acesso e provimento (especialmente na Amazônia Legal e áreas indígenas), criando, para esta situação, uma carreira especial que atenda especifica e definitivamente essa necessidade e demanda social e estrutural; • É preciso formular políticas específicas e consistentes para a qualificação e reprofissionalização de um expressivo contingente de trabalhadores de nível auxiliar e técnico que se encontram à margem desse processo. Estamos aqui falando de aproximadamente 25% de toda a FTS que dedicam a gestão e gerência do SUS.

  21. No inicio desta década se iniciou um processo de reprofissionalização da enfermagem com a elevação da escolaridade e mudança de suas funções técnicas através do PROFAE. Contudo, é preciso ir além, dando condições também à este enorme contingente de trabalhadores para a possibilidade de, também, fazer a mudança funcional através de medidas legais de ascensão profissional. • É imperioso ter um diagnóstico da real situação do contingente de nível médio no que tange a formação e qualificação e a partir deste diagnóstico, elaborar políticas específicas estruturantes que objetivem a adequação da FT à missão do SUS e em comum acordo com gestores e trabalhadores construir políticas de inclusão social destes trabalhadores, dando-lhes possibilidade real e legal de ascensão funcional/profissional no âmbito de sua carreira.

More Related