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POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO. Conforme a OMS, para cada R$ 1,00 investido em saneamento, economiza-se aproximadamente R$ 4,00 no sistema de saúde;
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Conforme a OMS, para cada R$ 1,00 investido em saneamento, economiza-se aproximadamente R$ 4,00 no sistema de saúde; Dados da ONU, indicam que um terço de toda a população urbana mundial vive em assentamentos precários. Em todo o mundo, cerca de 900 milhões de pessoas passam por problemas semelhantes aos enfrentados por brasileiros que não têm acesso à moradia digna; Segundo dados do Censo Demográfico de 2000, 81,25% da população brasileira concentravam-se em áreas urbanas, bem acima da média mundial, da ordem de 50%, conforme a ONU. 2008 – ANO INTERNACIONAL DO SANEAMENTO
SAÚDE E SANEAMENTO BÁSICO Em média, 65% dos atendimentos ambulatoriais de crianças até 5 anos de idade, são provenientes da ausência de saneamento; A má qualidade da água para consumo humano é responsável por parcela significativa dos índices de mortalidade infantil; Em 1993, 3.010.000 crianças menores de 05 anos morreram de doenças diarréicas no mundo(fonte: OMS - www.opas.org.br); No período de 1995 a 1999, as doenças relacionadas com deficiência de saneamento ambiental levaram 3,4 milhões de internações hospitalares no Brasil(fonte: SIH-SUS - www.datasus.gov.br); Doenças relacionadas a saneamento ambiental inadequado causaram 1,4% dos óbitos em 1999 e 4,5% das internações em 2000(fonte: Fiocruz/CPqAM - Centro de Pesquisa Ageu Magalhães da Fundação Osvaldo Cruz - www.cpqam.fiocruz.br, 2000).
LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO • Constituição Federal - Artigos: • Dispositivos sobre Gestão Associada (Art. 241), Prestação de Serviço (Art. 175) e Competências Municipal (Art. 30) e Estadual (Art 25) para os serviços públicos de natureza local. • Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01) • Regulamenta a Política Urbana e Orienta o Planejamento Urbano • Lei 11.107/2005: • Normas gerais para União, Estados, Municípios e DF constituírem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. • Decreto 6.017/2007: regulamentação da Lei Nº 11.107/2005. • Lei 11.445/2007: • Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico.
INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO • Lei do Saneamento (11.445/07); • Conferência Nacional das Cidades; • Conselho das Cidades e o Comitê Técnico de Saneamento; • Plano Nacional de Saneamento Básico; • Sistema Nacional de Informações em Saneamento Ambiental – SINISA.
LEI 11.445/07 – DIRETRIZES PARA O SANEAMENTO BÁSICO • Princípios Fundamentais • Universalização do acesso; • Integralidade; • Componentes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais urbanas; • Articulação com outras políticas públicas; • Eficiência e sustentabilidade econômica; • Transparência das ações (sistema de informações); • Controle social; • Segurança, qualidade e regularidade; • Integração das infra-estruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Anos 60 e 70: intensa urbanização Regulamentação do setor: suporte ao modelo de desenvolvimento Criação do PLANASA, BNH e CESBs BNH como agência formuladora da política, banco de fomento e gestora dos recursos do FGTS Obrigatoriedade de concessão dos serviços locais às Companhias criadas como requisito para que os Municípios pudessem acessar os recursos da União – quase três quartos dos municípios delegaram a concessão às CESBs Legados: - ampliação da oferta dos serviços e aumento da cobertura em um contexto de forte expansão demográfica; - inadequação e ineficiência dos serviços; - pouca preocupação com as condições de gestão, operação e manutenção dos sistemas; - atendimento excludente: beneficiou os estratos mais ricos da sociedade, excluiu a população rural; priorizou investimentos em sistemas de abastecimento de água e investimentos localizados nas Regiões economicamente desenvolvidas AS ESTRUTURAS DO PLANASA NOS ANOS 1970
Diagnóstico: demanda por sistemas de esgotamento sanitário (as CESBs, mesmo com o financiamento do PLANASA, não conseguiram atender aos crescentes déficits em saneamento Baixo desempenho gerencial e econômico-financeiro das CESBs falta de transparência das CESBs em relação aos usuários e ao poder concedente Extinção do BNH em 1986: parte das competências transferidas para a CAIXA Crise econômica: diminuição dos recursos do FGTS Vazio Institucional A REDEMOCRATIZAÇÃO E O SETOR NOS ANOS 80
Ausência de uma política nacional de saneamento ambiental e de um marco regulatório; Má aplicação dos recursos; Dificuldades financeiras e problemas de gestão nos prestadores públicos e privados; Financiamentos externos: Programas Pronurb e Prosanear para periferias das cidades e favelas (recursos do FGTS e Banco Mundial); Tentativa de regulamentação: Projeto de Lei da Câmara 199 (PLC 199/93) dispunha sobre a política nacional de saneamento e seus instrumentos; Veto ao projeto de lei; Resoluções CMN a partir de 1998 dificultam acesso dos agentes públicos aos recursos de empréstimos Incentivos à privatização; VAZIO INSTITUCIONAL NOS ANOS 1990
2001 – PL 4147/01: 1ª tentativa de regulamentação do setor 2003 – criação do Ministério das Cidades, fortalecimento da gestão pública 2005 – PL 5296/05: institui as diretrizes nacionais para o saneamento básico 2007 - aprovada a Lei do Saneamento Básico (11.445/07) 2007/2010 – Programa de Aceleração do Crescimento A REESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL EM 2000
O DESAFIO DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 11.445/07 • Elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico; • Incentivo a Estados e Municípios para a elaboração de seus respectivos Planos; • Incentivo à criação de consórcios (Lei 11.107/05) e ao estabelecimento de parcerias com o setor privado; • Programa de Aceleração do Crescimento (PAC - Saneamento) - R$ 40 bilhões para investimentos de 2007 a 2010 - R$ 20 bilhões - recursos onerosos (financiamentos) - R$ 8 bilhões – OGU - R$ 4 bilhões – Funasa - R$ 8 bilhões – contrapartida
MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL • Órgão coordenador da execução da Política Federal de Saneamento Básico e gestor dos recursos no âmbito do Ministério das Cidades: • Ênfase na articulação intersetorial no plano federal e demais níveis de governo. • Atua nos quatro componentes do Saneamento Básico • Abastecimento de água; • Esgotamento sanitário; • Manejo de resíduos sólidos urbanos; • Manejo de águas pluviais urbanas.
SANEAMENTO NO BRASIL: SITUAÇÃO GERAL (URBANO E RURAL) Censo 2000 - FIBGE • Cobertura – rede de distribuição de água (77,8%) • Abaixo de 30.000 habitantes - 55,6% • Acima de 30.000 habitantes - 83,7% • Cobertura – Esgotamento Sanitário 62,2% (Rede 47,2% + Fossa Séptica 15%) • Abaixo de 30.000 habitantes - (20,9+10,7) - 31,6% • Acima de 30.000 habitantes - (53,5+16,4) - 69,8% • Cobertura – Coleta de Lixo • Abaixo de 30.000 habitantes - 50,3% • Acima de 30.000 habitantes - 86,5%
*Fonte: Censo Demográfico – IBGE/2000 **Fonte: Sistema Nacional de Informações de Saneamento ***Fonte: Atendimento população rural e urbana, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – IBGE/2000
SANEAMENTO NO BRASIL em Áreas Urbanas Censo 2000 - FIBGE • Cobertura por rede geral de água: 89,8%; • Coleta por rede geral de esgotos: 52%; • Coleta de resíduos sólidos urbanos: 82%;
Localização das Carências no Território Carências estão concentradas em : • Áreas Rurais (população dispersa e de vilas e povoados com menos de 2.500 hab.) • Áreas Urbanas de: a) Pequenos Municípios (população menor que 30 mil hab.) b) Regiões Metropolitanas (periferias). • Municípios com IDH < 0,8 concentram: • 71% do déficit de abastecimento de água; • 65% de coleta de esgoto; • 51% de tratamento de esgoto.
DÉFICIT DE COBERTURA URBANA DE ÁGUA Censo 2000 - FIBGE
DÉFICIT COBERTURA URBANA ESGOTO Censo 2000 - FIBGE
DÉFICIT COBERTURA URBANA LIXO Censo 2000 - FIBGE
RESUMO DO DIAGNÓSTICO • Os déficits estão concentrados em três segmentos do território (áreas rurais, zonas urbanas de municípios pequenos e cidades integrantes de regiões metropolitanas); • Os déficits atingem de maneira mais intensa os estratos populacionais de menor renda; • A prestação dos serviços está concentrada no setor público; • A prestação dos serviços apresenta graves problemas de qualidade.
DIAGNÓSTICO PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO – BRASIL (2004 – 2024)
UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS • Segundo estudos do MCidades/SNSA, para universalizar o acesso aos serviços públicos de saneamento básico são necessários investimentos de 185 bilhões de reais - Água e Esgoto – R$ 178 bi e RSU – 7 bi - ao longo de 20 anos; • Para atingir essa meta será necessário investir 0,45% do PIB a cada ano. Considerando-se que o PIB cresça, em média, 4% a.a., tem-se que os investimentos devem variar de 6 bilhões no início a 12 bilhões de reais no final do período; • Como o PPA 2004 – 2007 previu investimentos Federais da ordem de R$ 4,5 bilhões/ano, restaram R$ 1,5 bilhão/ano para serem financiados pelos operadores, Governos Estaduais e Municipais.
UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Distribuição Temporal dos Recursos 6 bilhões R$ 12 bilhões R$ 2004 2024
AGENDA GOVERNAMENTAL: OBJETIVOS Alcançar a universalização Perspectiva de ampliação Políticas estratégicas Aumentar a eficiência
Agenda de Qualificação do Gasto Público (Melhoria na gestão dos serviços) Aplicação suficiente e contínua de recursos Implementação da Política Nacional de Saneamento Básico e do Marco Regulatório do setor – Lei 11.445/2007 DESAFIOS
PAC é um programa de incentivo ao desenvolvimento, instituído para promover o crescimento econômico, a geração de empregos e a melhoria das condições de vida da população brasileira; Inserido no contexto de um Plano Nacional de Desenvolvimento dirigido a recuperação da infra-estrutura e aumento do ritmo de expansão da economia; O PAC Saneamento foi concebido como instrumento governamental para enfrentamento dos desafios setoriais; Objetivo: melhorar e ampliar o acesso da população brasileira aos serviços de saneamento básico, por meio de mudanças de caráter institucional, aprimoramento dos mecanismos de gestão e incremento expressivo dos investimentos públicos em infra-estrutura. PAC SANEAMENTO X DESAFIOS
PAC-FONTES DE RECURSOS PARA SANEAMENTO BÁSICO 2007-2010 R$ bilhões
PAC- FONTES DE RECURSOS PARA SANEAMENTO BÁSICO 2007-2010 R$ bilhões
PAC SANEAMENTO METAS PARA SANEAMENTO BÁSICO 2007-2010
PAC – Qualificação dos Gastos Focalização dos gastos em Regiões Metropolitanas R$ bilhões
Eficiência Alocativa fundamentada em critérios técnicos mínimos articulados em torno da construção de um pacto federativo (três níveis de Governo) para execução ágil e qualificada dos empreendimentos. Aposta em mecanismos de cooperação federativa. Método de Seleção Demanda livre Pre-seleção técnica Pactuação Federativa em mesa de negociação PAC – Qualificação dos Gastos Alocação dos Recursos
Critérios Territoriais Municípios das Regiões Metropolitanas de Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP, Campinas/SP, Baixada Santista /SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS; Municípios da Região Integrada do Entorno do Distrito Federal – RIDE/DF; Capitais de estados; Municípios cuja população total seja superior a 50 mil habitantes (MCIDADES) e inferior (FUNASA); Municípios da Bacia do Rio São Francisco ou das Bacias do Nordeste Setentrional. Critérios Gerais - Requisitos Institucionalização dos serviços e Política de recuperação de custos (Tarifas) Avançado estágio de planejamento e preparação técnica - projeto básico ou executivo desenvolvido e disponível para entrega em curto prazo, licença ambiental prévia ou de instalação concedida ou em processo de concessão Definição da área de intervenção - titularidade e regularização fundiária em curso. PAC – Qualificação dos Gastos Critérios de Seleção de Empreendimentos
obras de grande porte; obras articuladas e integradas no território; obras de recuperação ambiental; obras que eliminam gargalos da infra-estrutura logística; obras mitigadoras de impacto de grandes instalações de infra-estrutura nacional; intervenções em patrimônio da União; complementação de obras já iniciadas; Projetos de Engenharia elaborados com o apoio do MCidades; atendimento de população de baixa renda, majoritariamente composta por famílias com renda mensal inferior a 3 salários mínimos; localização em bacia hidrográfica crítica - Bacias dos Rios dos Sinos e Gravataí, Paraíba do Sul, Piracicaba, Capivari e Jundiaí, São Francisco, Bacias do Nordeste Setentrional, Pantanal, Baia de Vitória e Baia de Todos os Santos. PAC – Qualificação dos Gastos Critérios de Hierarquização
Critérios Técnicos Específicos Para drenagem urbana: - obras com impacto regional em áreas críticas que possuem ocorrências freqüentes de enchentes e inundações (SDC;MI); Para abastecimento de água e esgotamento sanitário: - capacidade de endividamento ou pagamento; - Taxas de Mortalidade Infantil acima da Média Nacional; - Elevado déficit absoluto urbano de abastecimento de água e esgotamento sanitário. PAC – Qualificação dos Gastos Critérios de Hierarquização
Programa de Recuperação dos Prestadores Públicos de Serviços de Saneamento: - Diagnostico da prestação dos serviços; - Pactuação de Plano de Ação conjunta; - Aporte de Recursos da União vinculado ao alcance de metas e a adoção de medidas saneadoras; - Execução de ações de desenvolvimento institucional e operacional do prestador (técnicas, administrativas e Comerciais). PAC – Qualificação dos Gastos Melhoria da Prestação dos Serviços
GASTO PÚBLICO EM SANEAMENTO Valores comprometidos e desembolsados em 2007 (% em relação ao total)
GASTO PÚBLICO EM SANEAMENTO Percentuais comprometidos com recursos de financiamentos em 2007
GASTO PÚBLICO EM SANEAMENTOPercentuais comprometidos com recursos do OGU em 2007
DISTRIBUIÇÃO DE INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO PARA SANTA CATARINA