1 / 25

CSO 089 – “ Sociologia das Artes ”

CSO 089 – “ Sociologia das Artes ”. Aula 6 – 09/04/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br auladesociologia.wordpress.com. Theodor W. Adorno (1903-1969). 1924 – Instituto de Pesquisa Social - Escola de Frankfurt (Félix Weil).

von
Download Presentation

CSO 089 – “ Sociologia das Artes ”

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. CSO 089 – “Sociologia das Artes” Aula 6 – 09/04/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br auladesociologia.wordpress.com

  2. Theodor W. Adorno (1903-1969) • 1924 – Instituto de Pesquisa Social - Escola de Frankfurt (Félix Weil). • Estudossobre a sociedademesclandoempiria e filosofiaemmarxismoinovador (1931). • Max Hokheimer (diretor), Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Theodor Adorno. • Em 1934 IPS se mudapara a Suiça, depoisparaos EUA. • Adorno: Trabalhossobremúsica, artesemgeral e filosofia.

  3. Dialética do Esclarecimento (1947) • Textocolaborativo entre Adorno e Horkheimer. • Tese central: procuracompreender o modopeloqual a razãoburguesa, ao combater o mito de modoirrefletido, converte-se emmitosemdeixar de se apresentarcomorazão. • Origensmitológicas do domínio da natureza (pavor dos fenômenosnaturais, consciência da diferenciação do homemparaoutrasespécies, auto-preservação).

  4. Mito e Racionalidade • Possuemorigemcomum e continuidade: “No lugar dos espíritoslocais e demôniosentrou o céu e suahierarquia; no lugar das práticas de conjuração do feiticeiro e da tribo, o sacrifíciobemqualificado e o trabalho dos não-livresmediadospelocomando”. • Teoriasviram “crenças”, necessitandoserderrubadas. • Intervençãoirrefletidasobre a natureza (o progressoinexorável é a regressãoinexorável). • Repetibilidade da ciência (explicaçãomitólógica).

  5. Iluminismo • Preocupação é com criticainternaaoIluminismo, à cobrança de suaspromessas, de seusprincípios, não de antirracionalismo. • “Se o Iluminismonãoincorporar a reflexãosobreesseseumomentoregressivo, entãoeleestaráselandoseudestino”. • Iluminismo se propôs a combater o medo; no entanto, ele é presa de seumedo, o de suaverdade (a de queelecontém o mito). Daí o progressodesenfreado da Razão, irrefletido, autodestrutivo da humanidade.

  6. Odisséia: símbolo da Razãoatada • Ulisses, o mastro, a cera, as sereias e a auto-conservação. • Demostração de pânicorelacionadoàsforças da natureza, quepodemdestruir o ego ocidentalemseuinício (nãodevemosnosentregar à vida, sob risco de recairmosnapré-história, napré-civilização). • Ouvidosabertosparaouvir, membrosimpedidosparaagir: situação dos senhores, dos escravos e das massas.

  7. Alto grau de civilização, alto grau de barbárie • “A regressão das massashoje é a incapacidade de ouvir o inaudito com seusprópiosouvidos, de podertocar com suasprópriasmãos o intocado, a nova forma de cegueira, quesubstituitodaaqueladerrotada, mítica”. • Questão é decifrar a manutençãoideológica da dominação da imensamaioriaporunspoucos no capitalismomonopolista, isto é, de como o sistema se mantém. • Aquientra a análise da indústria cultural e de suafunçãoemtalsociedade.

  8. Indústria Cultural • Termo “Indústria cultural” unedoiselementosaparentementedíspares: um relacionado à serialidade, outro à unicidade. • Ideía de Adorno e Horkheimer era justamente a de se contraporaotermo “cultura de massa”, “arte de massa” ou “arte popular”, usuais no período e amiúdeelogiadores de talestado de coisas.

  9. SistemaIdeológicoUnificado • Pretenso “caos cultural” não se verifica com o declínio da religião. • Surge emseulugar um sistema de cooptaçãoideológicocompostopelo cinema, rádio e revistasilustradas, queformavam um todo. Nãohápossibilidade individual queretroajasobre a totalidade social. • “Atémesmo as manifestaçõesestéticas de tendênciaspolíticasopostasentoam o mesmolouvor do ritmo de aço. As decorativassedes de administração e representação da indústriasãomuitopoucodiferentesnospaísesautoritários e nos outros”.

  10. Só se dá o que o povoquer? • Projetamosalgoparaalém de nossasfunçõesmetabólicas e reprodutivas: fato. • Padronização e baixonível dos produtosculturaisseriamapenasreflexo do que o públicodeseja? • Círculo de manipulação se calasobre o fato de quemeiostecnológicos, de propriedade e a concentração de capital forjaram o “baixonivel” das massas e o mantêm.

  11. Capitalismo Liberal – CapitalismoMonopolista • Telefone era liberal (pessoasdesempenhavampapéis de sujeitos); rádio “democrático” (merosouvintes; nãoháréplica). E a televisão (obra de arte total àsavessas)? • Indústria cultural é criação do capitalismoemsua era monopolista, quando lei de “oferta e procura” tornou-se meraideologia. • IC é dependente de ramoseconômicosmais fortes, quelidam com a infra-estrutura. Todosestesramos, no entanto, imbricam-se entre si.

  12. Classes A, B, C… • Produtos da IC sãoguiadospeloconsumo: a qualcamada social elepodecorresponder e serconsumido? • Hierarquia de qualidades dos objetos (Filmes A, B, Revistas A, B) serve apenaspara a quantificaçãomaiscompleta, nãopara a qualificaçãoartística. • Autonomiaartisticavê-se abolidapela IC (a culturadeveriaservir de contraponto à condiçãoesclerosada; agora, elatorna-se integrada a essacondição).

  13. Esquematismo de Kant? • Instância exterior aosujeito, industrialmenteorganizada no sentido de proporcionarrentabilidadeao capital investidousurpa do homem a capacidade de interpretar dados fornecidospelossentidosporpadrõesquelheseram antes internos. • “Para osconsumidores nada hámaisparaclassificar, quenãotenhasidoantecipado no esquematismo da produção”.

  14. Arte autônoma, arte autômata • “O ouvidotreinado é capaz, desdeosprimeiroscompassos, de adivinhar o desenvolvimentodo tema e sente-se felizquandoele tem lugarcomoprevisto”. • “Emancipando-se, o detalhetornara-se rebelde, e do romantismoaoexpressionismo, afirmara-se comoexpressãoindômita, comoveículo do protesto contra a organização. (…) A indústria cultural ataca o todo e as partesemigualmedida. O todo se apresentaaosdetalhesinexoravelmente e semrelação”.

  15. Cinema • Tornou-se prolongamento da vidacotidiana, a ponto de estamercadoria cultural nãomais se distinguir da “realidade”. • Necessidademencionada de transcendência é, portanto, preenchidasemqualquercrescimentoespiritual dos indivíduos, queregridem(criança de onzeanos). • Nãoháreconciliação com a corretaidéia de universalidade, mas sim com a falsatotalidadeforjadapela IC, isto é, um redobramento do existente.

  16. Duplanecessidade da IC • Por um lado, devemofertarcertapossibilidade de escolha; • Por outro, devemgarantir a lucratividade e a adesãoaosistema do qual o IC faz parte (capitalismomonopolista). • Resultado: devehaverencrustadonosprodutos o estímulo de um conformismo, base para a não-ocorrência de inovaçãona IC. • “O amorfunesto do povopelo mal que a ele se fazchega a se anteciparàsinstâncias de controle” (masoquismo social). O novo deveserafastadopeloriscoquerepresenta.

  17. Técnica da IC • IC vive de impor a técnica extra-artística (remuneração do capital, produção de bens materiais) sem se importar com o resultadona forma intra-artísticaou a autonomia do domínioartístico. • Daí a mistura de elementos de reprodução da realidadefotográfica e de certoromantismoputrefato, de uma aura emdecomposição.

  18. Popular X Erudito? • IC tambémmesclaelementos de arte erudita, ouséria, com a “leve”, ou popular, estragando a autenticidade das duasformas. • Sendoqueelaspossuemelementosreais das sociedades das quaisforamengendradas, arte leve e sériafundidasaumentam o espectro do sucesso de vendas, poisguardam a seriedade de uma e a popularidade de outra, com um toque de distração e conformidadeaostatus quo.

  19. Repetiçãoad nauseam • Características das mercadorias da IC, infinitamenterepetitivas, assemelham-se a um prolongamento, durante o ócio, dos procedimentos da fábricaou do escritório. • “Toda ligaçãológicaquepressuponha um esforçointelectual é escrupulosamenteevitada. Osdesenvolvimentosdevemresultartantopossível da situaçãoimediatamente anterior, e não da idéia do todo”.

  20. Princípio de castração e masoquismo • A IC também é disciplinapara o trabalhonosmomentos de “folga”. A tendênciamasoquista é estimulada: “Assimcomo o Pato Donald nos cartoons, tambémosdesgraçadosnavida real recebem a suasovaparaqueosespectadorespossam se acostumar com a queelesprópriosrecebem”. • Princípio de Castração (mostrar o quejamais se terá e estimular o desejoporaquilo) é o princípio fundamental do capitalismo, que é incutidopela IC.

  21. Divindade do Real • Formasideológicastradicionaiseramveiculadasmedianteinterpretações da realidade (religiosas etc.). • Hoje, “parademontrar a divindade do real, a indústria cultural limita-se a repeti-lo cinicamente”. • Háumareconstrução do mundoquedispensainterpretações, ele é dado como é, confundido e escamoteado com o quedeveser (novelas, produtosanunciados).

  22. Liquidação do Trágico • Trágica era a situaçãoemque o indivíduo se defrontava com forçasmuitomaispoderosas do queele. • Na era da IC essesentidofoiinvertido: o trágico é aquelequeserádestruídopornãocooperar, não o quedeixousuaprópriamarca de indivíduo e serviu de inspiraçãoparaosquevieramdepois. • Liberdade formal é garantida, porém, quemnão se adequa e ama o sistema é eliminado dele. • Tal movimento de resignaçãoincrusta-se nasobras da IC (jazz, p. e., filmes com finaisfelizes etc.).

  23. Liquidação do Indivíduo • “Todospodemsercomo a sociedadetodo-poderosa, todospodem se tornarfelizes, desdeque se entreguem de corpo e alma , desdequerenunciem à pretensão de felicidade”. • Indivíduosnãotêmmais o menorpoder de decisão, mesmosobre o maisíntimo de suasvidasparticulares. • Público, jáatordoado de tantosofrimento no trabalho e navida social bárbara, “agradece” à IC pornãoterque se esforçar, pornãoterquesofrer o doloroso processo de individualização (seguirpersonalidades).

  24. Falta de utilidadeda arte? • Aparentefalta de utilidade dos produtosartísticos da IC, proveniente da lógica do mundoestético, sãoconvertidosem glamour, emconsumosupérfluo, logo, nobre, ostentatório. • Foraisso, hátodo um sistema de imposição de taisnecessidadesinterligado no rádio, natelevisão, nasrevistas etc.

  25. CaráterPublicitário • Publicidadeencetaeternofluxo de promessas e frustraçõesquemantémeconomiacapitalistaemfuncionamento. • Linguagemsuperobjetiva da publicidadedesembocaemespécie de sortilégiomágico, representaçãoexata do mitohabitando a razão. • “A palavra, quenãodevesignificarmais nada e agora sópodedesignar, ficatãofixadanacoisaqueela se tornaumafórmulapetrificada”. (mágica)

More Related