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a prática do professor de Geografia no PROEJA. AUTOR DO TCC: MARIA DAS DORES ZANARDO COAITO [1] ORIENTADOR DO TCC: MARIA AUXILIADORA VILELA PAIVA [2]. [1] Professora de Geografia, Especialista em Educação Especial/Inclusiva. E-mail : mdasdoreszanardo@hotmail.com
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a prática do professor de Geografia no PROEJA AUTOR DO TCC: MARIA DAS DORES ZANARDO COAITO [1] ORIENTADOR DO TCC: MARIA AUXILIADORA VILELA PAIVA [2] [1] Professora de Geografia, Especialista em Educação Especial/Inclusiva. E-mail: mdasdoreszanardo@hotmail.com [2] Doutora em Matemática, Professora aposentada da UFES, Coordenadora e professora da Especialização Proeja/Ifes. E-mail: dpaivaead@gmail.com 3.2. Análise dos Resultados B 1. INTRODUÇÃO As observações em lócus foram realizadas no mês de Junho de 2011 e favoreceram a compreensão das representações do professor, permitiram uma clara observação da metodologia adotada pelo professor. Nas aulas observadas, o assunto envolvia o Capitalismo Financeiro, onde educador e educando interagiam juntos na construção do conhecimento; foi o interesse dos alunos durante as aulas, os quais citavam exemplos e relatos de vivencias e observações, relacionando o entendimento dos assuntos de Geografia abordados ao seus cotidiano, possibilitando uma participação ativa e despertando o interesse dos alunos; a troca de conhecimento contribuiu para a construção da aprendizagem através de um diálogo estabelecido de igual para igual entre professor e aluno. FREITAS (2011), traduzindo a citação de SKOVSNOSE descreve que: “A facilitação da aprendizagem depende da qualidade do contato interpessoal que emerge a partir da comunicação entre os participantes”. Na integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Jovens e Adultos, o papel do professor torna-se fundamental para a construção do conhecimento dos alunos. Minha experiência como professora de Geografia no ensino regular e na EJA, levou-me a refletir sobre que mudanças sofreu a prática do professor de Geografia que atua no PROEJA-Ifes. Para compreender qual o papel do professor na modalidade Jovens e Adultos, busquei em autores e pesquisadores uma referencia teórica para dar embasamento a pesquisa. Visando atingir os objetivos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de levantamento no PROEJA-Ifes do Campus de Venda Nova do Imigrante, onde o foco da investigação esteve voltado para o professor de Geografia, na identificação de sua formação acadêmica; nas mudanças necessárias à sua prática pedagógica, e na valorização do diálogo como mecanismo de aprendizagem. A valorização dos saberes dos educandos não é a única responsável pela aprendizagem dos mesmos, é preciso levar o aluno a utilizar suas experiências para a crítica e reflexão de sua realidade e futuro. Esse é o papel do professor, incentivar aprendizes a refletirem sobre as versões de sua realidade. (FREITAS, 2011, p. 44) 4. CONCLUSÃO Com a pesquisa pude observar que torna-se cada vez mais urgente e necessário valorizar os saberes dos estudantes do PROEJA, sua diversidade e multiplicidade de experiências, dentro e fora da escola. No decorrer das aulas houve um crescimento na aprendizagem dos alunos no ensino de Geografia, visto que, através de falas, revelaram mudanças de pensamento após a construção do conhecimento desse conteúdo.A diferenciação no estudo de Geografia no PROEJA-Ifes não está apenas no conteúdo, mas na clareza dos objetivos e na importância de seu estudo, na dialogicidade que deve existir nas aulas, visto que os educando possuem uma bagagem cultural valiosíssima a qual enriquece muito às aulas, proporcionando a construção, e não o repasse de conhecimento, onde o professor permite aos alunos trazerem os conteúdos para suas vivências, transmitindo assim, um conhecimento riquíssimo, e ao mesmo tempo valorizando e motivando seus alunos a transformarem seus conhecimentos em saberes escolares.A Educação de Jovens e Adultos pode e deve ir além de uma educação formal, uma vez que, a mesma trabalha a partir da realidade do indivíduo, propondo uma nova forma de se pensar no mundo, tornando-se uma educação formadora, pautada em um diálogo constante, realizada através da interação da cultura, saberes, e valores dos sujeitos nela inseridos. Uma educação que venha ao encontro das necessidades e interesses dos alunos, dos quais implicam a superação das condições em que vivem. 2. metodologia Este estudo deu-se através de uma pesquisa qualitativa de levantamento, envolvendo entrevista semi estruturada e observações em sala de aula. O lócus da pesquisa foi o PROEJA-Ifes do Campus de Venda Nova do Imigrante, e o professor de Geografia do PROEJA desse Campus. Para a realização da pesquisa, busquei elaborar um roteiro prévio partindo de algumas situações que envolviam a temática em questão para direcionar a conversa. As questões abordadas foram: a formação acadêmica do professor; quais foram as mudanças necessárias à sua prática educativa para atuar como professor do PROEJA-Ifes; e como o professor valoriza o diálogo para a construção da aprendizagem dos alunos. Após a entrevista com o professor, foram realizadas observações das aulas com objetivo de vivenciar a prática pedagógica do professor, focalizando como utiliza os saberes já construídos pelos alunos para introduzir os conteúdos da disciplina de Geografia e também como o professor valoriza o diálogo como mecanismo de aprendizado. aGRADECIMENTOS À aqueles que contribuíram para meu êxito. À minha querida mãe, ao amor de meu esposo, ao incentivo de meus filhos e minha adorada filha, à amizade dos colegas e amigos. À todos, abraço ao final da jornada, com profundo sentimento de gratidão, dedicando-lhes meu eventual mérito. REFERÊNCIAS CAVALCANTE, Lana de Souza. Ensino de Geografia e Diversidade: Construção de conhecimentos geográficos escolares e atribuição de significados pelos diversos sujeitos do processo de ensino, In.CASTELAR, Sonia. Educação geográfica: teorias e práticas docentes. 2º ed., São Paulo: Contexto 2007. (Novas abordagens. GEUSP; v. 5)SUZUKI,Júlio César. Geografia: integração e transversalidade entre os saberes parcelares. In. KUENZER, Acácia. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 6º ed. São Paulo: Cortez, 2009VASCONCELOS, Celso dos Santos. Para onde vai o Professor? Resgate do professor como sujeito de transformação. São Paulo: Liberdad, 2003 FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 MACHADO, Maria Margarida. Especificidade da formação e professores para ensinar Jovens e Adultos in: LISITA, Verbena Moreira (org) Formação de Professores: políticas concepções e perspectivas. Goiânia: Editora alternativa 2001 SKOVSMOSE, Ole. Diálogo e Aprendizagem em Educação Matemàtica, Belo Horizonte: Editora Autentica 2006 FREITAS, Rony C. O. Educação Matemática na Formação de Jovens e Adultos. Curitiba: Appris, 2011. 1° Ed FIGURA 1. Instituto Federal do Espírito Santo, Campus de Venda Nova do Imigrante 3. Resultados e discussão 3.1. Análise dos Resultados A No que diz respeito ao professor entrevistado, destaca que atua na modalidade regular de ensino e na modalidade Jovens e Adultos; possui graduação em representações Geografia, mestrado e doutorado; atua como regente de classe há três anos, porém foi monitor no curso de mestrado. Para atuar no PROEJA-Ifes, participou de seminários e encontros com professores de outros Campus, além de reunir-se todas as semanas com os demais professores e outros profissionais envolvidos com a modalidade de ensino para traçar metas a serem alcançadas no PROEJA. Seu trabalho é desenvolvido dentro de teorias construtivistas, as quais estão em concordância com FREITAS quando descreve que: “O processo de construção do conhecimento do adulto, principalmente, é permeado por suas experiências de vida, cuja lembrança é mobilizada em determinado momento na interação de ensino aprendizado” (FONSECA,apud FREITAS,2011 p. 35). As dificuldades encontradas pelo professor estão relacionadas ao tempo e aos sujeitos que estiveram fora da sala de aula, sendo que alguns conteúdos foram esquecidos ou não foram estudados por eles. O professor considera o diálogo essencial para a efetivação da aprendizagem: “ O que o aluno pergunta, ele não esquece” (PROFESSOR JONAS 2011).