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Intertextualidade. Quando os textos se cruzam, por qualquer motivo, ou mais especificamente, reproduzem, integralmente, ou fazem referência, de passagem, a textos escritos por outras pessoas, estão estabelecendo um diálogo com o original, chamamos de intertextualidade.
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Quando os textos se cruzam, por qualquer motivo, ou mais especificamente, reproduzem, integralmente, ou fazem referência, de passagem, a textos escritos por outras pessoas, estão estabelecendo um diálogo com o original, chamamos de intertextualidade. Graça Paulino – Intertextualidade: Teoria e Prática
Canção do exílio facilitada (José Paulo Paes) lá?ah!sabiá ...papá ...maná ...sinhá ... cá?Bah!
“Minha tem palmeiras, Onde canta o sabiá.” (G. Dias) “Eu nasci além dos mares:Os meus lares, Meus amores ficam lá!(Casimiro de Abreu) Um sabiá na palmeira, longe.” (Drummond) "Minha terra tem Cruzeiro, onde canta a raposa.... (Roginei) “Minha terra não tem palmeiras...” (M. Quintana)
Por ocasião dos escândalos de corrupção envolvendo o então presidente Fernando Collor de Mello, Jô Soares escreveu a Canção do Exílio às avessas: Minha Dinda tem cascatas Onde canta o curió Não permita Deus que eu tenha De voltar pra Maceió. Minha Dinda tem coqueiros Da Ilha de Marajó As aves, aqui, gorjeiam Não fazem cocoricó. O meu céu tem mais estrelas Minha várzea tem mais cores Este bosque reduzido Deve ter custado horrores(...)
PARÓDIA – utilização ou modificação intencional do texto de outrem. Texto irônico e às cômico.Negar o texto que serviu de suporte à paródia. PARÁFRASE - quando a recuperação de um texto por outro se faz de maneira dócil, isto é, retomando seu processo de construção em seus efeitos de sentido. Também resumir ou recontar uma história é parafraseá-la.
[...] Do que a terra mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, “Nossos bosques têm mais vida,” “Nossa vida”, no teu seio, “mais amores” [...] (Joaquim Osório Duque Estrada) Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (Gonçalves Dias)
PARÓDIAO político Vi ontem um políticoNa luxuria do plenárioCantando votos entre os deputados.Quando persuadia algum comparsaSeu partido não perguntava,Unia-se com falsidade.O político era um cão,Era um gato,Era um rato.O político, meu Deus, já foi um homem.(autor desconhecido) O BICHO (Manoel Bandeira) Vi ontem um bichoNa imundície do pátioCatando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:Engolia com voracidade. O bicho não era um cão,Não era um gato,Não era um rato. O bicho, meu Deus, era umhomem.