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Formação social da sociedade brasileira. “ Desterrados em sua própria terra”. Sérgio Buarque de Holanda Realidade americana e a vontade dos brasileiros de se fazerem europeus. Dois “brasis”: moderno e atrasado;. Elementos da constituição social brasileira.
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“Desterrados em sua própria terra”. Sérgio Buarque de Holanda • Realidade americana e a vontade dos brasileiros de se fazerem europeus. • Dois “brasis”: moderno e atrasado; Elementos da constituição social brasileira
Localização geográfica de Portugal na Península Ibérica, tornou-o uma nação plástica, pois estava entre a Europa e a África. • Portugal apresentou-se como um local com grande capacidade adaptação. • Se formou como um indivíduo menos preconceituoso em relação aos outros povos e culturas. • Detinham a cultura da personalidade: espírito aventureiro. O COLONIZADOR
A ideia de organização, de sociedade, de comunidade e instituição não era uma marca do pensamento ibérico. • ESTRUTURA SOCIAL: falta de coesão, fluidez e displicência. • Prevalecia a ética do mérito pessoal, baseado no carisma. • O Estado se formou baseado em pessoas, não em regras ou instituições impessoais.
Sérgio Buarque de Holanda analisa pares tipológicos sobre o caráter dos colonizadores, tais como: • AVENTUREIRO / SEMEADOR : ideal de aventura e conquistas fáceis. • TRABALHADOR /LADRILHADOR: trabalha sistematicamente para construir algo. • A colonização portuguesa na América se processou a partir de valores de aventura, desleixo e abandono. • Não houve, conforme o crítico, um planejamento metódico e global.
Representaram a mentalidade lusitana a respeito do Brasil. • Chamados “soldados da fortuna”, ou seja, a busca pela riqueza era muito mais bem-vindas ao colono do que o trabalho rotineiro e organizado. • O bandeirantismo era uma resposta do colono às dificuldades naturais da colonização. Os bandeirantes
A própria agricultura colonial era um exemplo disso, pois não houve tentativa sistemática de dominar a terra. • O colonizador se apoiou em trabalho escravo, conhecimento indígena e terra vasta. • “o português vinha buscar riqueza que custa ousadia e não riqueza que custa trabalho.” • Retirar o que fosse lucrativo [...] • “ânsia de prosperidade sem custo, de título honoríficos, de posições e riquezas fáceis [...] não é bem mais uma das manifestações mais cruas do espírito de aventura?”
No livro “Raízes do Brasil”, algumas consequências da colonização e do tipo social do português. P.03 • As cidades espanholas apresentaram um metódico empreendimento de dominação do espaço. Arquitetura racional, com praças e ruas bem dispostas. • As cidades portuguesas revelam o contrário, pois os monarcas lusitanos não queriam realizar na América uma extensão de seu reino. • Permaneceram no litoral;
Os traços marcantes da formação social brasileira tem perpetuado seu traço por meio da família patriarcal. • “A família é desde o século XVI o grande fator colonizador no Brasil.” FREYRE, Gilberto. • É da grande família patriarcal, latifundiária e escravista que vamos herdar algo do mandonismo que persiste em nossas relações. • A família patriarcal representava o mundo do poder na época colonial. FAMÍLIA PATRIARCAL
De acordo com Gilberto Freyre, foi lá que o sadismo, a passionalidade e mesmo certa irracionalidade no trato se formou , forjou e fincou raízes em nossa sociedade. • Se formou o hábito de “enxergar o mundo da porteira para fora”, isto é, com olhares de dono do poder e da situação. • Se erigiu uma nação de conquistadores, que perdiam de vista o poder do Estado, tomando em suas mãos o fazer a sua própria justiça e moral. FAMÍLIA PATRIARCAL
A ideia atual de poder muito se deve a família patriarcal. • A cultura brasileira foi caracterizada pelo mandonismo, personalismo e particularismo. FAMÍLIA PATRIARCAL
Jornalista e historiador brasileiro nascido em São Paulo, um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. • Tentou interpretar o Brasil, sua estrutura social e política, a partir das raízes históricas nacionais. • Foi jornalista e tornou-se amigo dos principais representantes do Modernismo, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, e passou a escrever em revistas ligadas ao movimento. • Trabalhou em agências de notícias internacionais e diversos órgãos da imprensa brasileira, como o “Jornal do Brasil” e a “Folha de S. Paulo”, durante muitos anos da sua vida. • Catedrático de história e aposentou-se em 1969. foi casado e teve sete filhos. Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982)
Não se trata de pessoas polidas e educadas. • A cordialidade, como marca do brasileiro, seria uma defesa contra a impessoalidade. • O homem cordial teria sempre a mania de tornar tudo informal e aconchegante. • O português brasileiro seria cheio de “inhos”, diminutivos para tornar até os objetos em coisa íntima. • A ética do convívio social seria a emoção, os sentimentos. • A ideia de administração pública é baseada na familiaridade, nas amizades, nos acordos pessoais.
Não existe solidez de pensamento, estando o indivíduo sempre pronto a abandonar suas convicções, ideias e gestos por quaisquer novas correntes de pensamento que aparecem. • Essa “cordialidade” minaria a força da democracia. • Seria a mais responsável pela falta de solidez com uma essência de patrimonialismo. O homem cordial
O conceito abarca, ao contrário do que parece, aspectos negativos à vida civilizada e para uma sociedade que busca ampliar a democracia. • Dentre os aspectos da cordialidade à moda brasileira estaria a tendência de evitar o conflito aberto. • No facebook, o aspecto da cordialidade ligada a busca do não conflito. • Adjetivos como “lindo”, “maravilhoso” e “perfeito” são usados “à torto e à direito” na busca de uma relação menos conflituosa. • A racionalidade parece ser deixada de lado e as discussões praticamente inexistem. • No facebook, o coração passa a ser o guia das conversas... Ao entrar no face, não esqueça de se despir da razão... seja cordial à lá Holanda.
Responder questões da apostila página 6-7; • Sendo que a parte “ponto de vista” é pra explanar em forma de produção textual no caderno. p.06 AGENDASociologia