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Ítalo Marcus da Mota Frazão Luzia Pedroso de Oliveira

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Ciências Exatas. Ítalo Marcus da Mota Frazão Luzia Pedroso de Oliveira. Seminário da disciplina de Inferência Bayesiana Professora: Dra. Roseli Aparecida Leandro. SUMÁRIO. Introdução

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Ítalo Marcus da Mota Frazão Luzia Pedroso de Oliveira

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  1. Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Ciências Exatas Ítalo Marcus da Mota Frazão Luzia Pedroso de Oliveira Seminário da disciplina de Inferência Bayesiana Professora: Dra. Roseli Aparecida Leandro

  2. SUMÁRIO • Introdução • Proposta do Artigo • Metropolis Adjusted Langevin Algorithm – MALA • Hamiltonian Monte Carlo – HMC • Conceitos Geométricos em MCMC • Riemann Manifold Metropolis Adjusted Langevin Algorithm – mMALA • Riemann Manifold Hamiltoniano Monte Carlo, RM – HMC • Exemplos

  3. INTRODUÇÃO • Seja uma função densidade de probabilidade não-normalizada, com , então a densidade normalizada é dada por: • Acontece que, em muitos problemas estatísticos a integral em não pode ser resolvida analiticamente. • Métodos de Monte Carlo para estimativas de integrais são, portanto, necessários.

  4. Metodologia predominante para amostragem de uma densidade de probabilidade é o método de Monte Carlo via Cadeia de Markov (MCMC). • Metropolis-Hastings: Indiscutivelmente um dos mais influentes e bem sucedidos algoritmos de Monte Carlo. Este algoritmo propõe transições com densidade que são então aceitas com probabilidade: que garante que a cadeia de Markov é reversível com relação à densidade alvo

  5. Em dimensões altas, quando D é grande, o passeio aleatório se torna ineficiente, resultando em uma baixa taxa de aceitação e amostras altamente correlacionadas. • Conseqüência: pequeno tamanho da amostra efetiva da cadeia. • Uma série de sugestões foram propostas para superar tal ineficiência, garantindo o equilíbrio e a ergodicidade da cadeia, porém colocam restrições sobre o que pode ser alcançado em aliviar este problema. • Grande avanços foram feitos neste sentido com as propostas: • Metropolis Adjusted Langevian Algorithm (MALA) • Hamiltonian Monte Carlo method (HMC)

  6. Apesar dos potenciais ganhos de eficiência obtidos com os mecanismos MALA e HMC, a afinação desses métodos MCMC continuam a ser uma grande questão, especialmente desafiadora, para os problemas de inferência. • O artigo em questão pretende abordar estas questões de uma forma sistemática por meio quadro geométrico global para o desenvolvimento de métodos gerais MCMC.

  7. PROPOSTA DO ARTIGO • Métodos de amostragem Metropolis Langevin Ajustadas e Monte Carlo Hamiltoniano definidos no espaço de Riemann para resolver as deficiências existentes em algoritmos Monte Carlo quando amostrado a partir de uma densidade alvo que pode ser de alta dimensão e apresentar fortes correlações • A metodologia proposta explora a geometria Riemanniana do espaço paramétrico de modelos estatísticos e assim automaticamente se adapta à estrutura local quando simulando caminho através deste espaço, proporcionando a convergência altamente eficiente e exploração da densidade alvo.

  8. METROPOLIS ADJUSTED LANGEVIN ALGORITHM - MALA • Processo derivado de uma difusão Langevin discretizada, com um termo final baseado no gradiente de informação da densidade alvo. • Considere um vetor aleatório com densidade . Seja então, o logaritmo da densidade. • O algoritmo Metropolis Langevin Ajustada é baseado em uma difusão Langevin, com distribuição estacionária definido por uma equação diferencial estocástica (EDE), em que a discretização de primeira ordem de Euler desta EDE dá o seguinte mecanismo proposto:

  9. Em que: e é a dimensão do passo de integração. • Problema: A convergência para a distribuição invariante, , não é garantida para finito, devido ao erro de integração de primeira ordem introduzido. • Esta discrepância pode ser corrigida empregando uma probabilidade de aceitação Metropolis após cada passo de integração, garantindo assim a convergência.

  10. HAMILTONIAN MONTE CARLO - HMC • Foi proposto, da mesma forma que no caso MALA, na literatura física estatística como um meio eficiente de simular estados de um sistema físico que foi então aplicado a problemas de inferência estatística. • Consideremos novamente a variável aleatória com densidade • Neste método, uma variável auxiliar independente é introduzida, com densidade • A densidade conjunta segue uma forma fatorada como:

  11. Denotando o logaritmo da densidade desejada como • O negativo do logaritmo da verossimilhança conjunta é : • A analogia física de é um Hamiltoniano, que descreve a soma de uma função energia potencial definido na posição e um termo de energia cinética em que a variável auxiliar p é interpretada como uma variável cinética e a matriz de covariância M denota uma matriz de massa.

  12. O mecanismo de atualização é baseado no integrador Stormer-Verlet ou Integrador Leapfrog (Duane et al. 1987) e é dado por: que nada mais é que uma difusão Langevin discreta pré-condicionada, como empregado em MALA. • A escolha da matriz de massa M, vai ser crítico para o desempenho do HMC, porém não existe um princípio orientador de como ela deve ser escolhida.

  13. CONCEITOS GEOMÉTRICOS EM MCMC • A relação entre geometria diferencial e estatística tem sido recentemente empregada no desenvolvimento, principalmente assintótico, da teoria estatística. • Conceitos geométricos, como por exemplo, distância e curvatura, são de interesse natural na metodologia estatística. • Rao (1945) define, formalmente, a distância entre duas funções densidade. • Mostrou-se ainda que a matriz de informação de Fisher, , é positiva definida e uma métrica do espaço Riemanniano. • Portanto, o espaço das funções densidade de probabilidade é dotado de uma geometria natural de Riemann.

  14. Ainda em 1945 Rao mostrou que expressões para a curvatura do espaço entre duas densidades poderia, em principio, ser encontradas. • Estas idéias foram formalizadas no estudo Information Geometry (Amari and Nagaoka, 2000) • Numa perspectiva Bayesiana, a verossimilhança conjunta dos dados e parâmetros define um tensor métrico, que é a informação de Fischer mais o Hessiano negativo do logaritmo da distribuição a priori. • Em suma, o espaço paramétrico de um modelo estatístico é um espaço Riemanniano. Portanto, uma estrutura geométrica natural da densidade é definida pelo espaço de Riemann e um tensor métrico associado. • Então, dada a estrutura geométrica do espaço paramétrico de modelos estatísticos, a adoção adequada de uma métrica de posição especifica dentro de um esquema MCMC deve render transições mais eficazes no algoritmo geral.

  15. RIEMANN MANIFOLD METROPOLIS ADJUSTED LANGEVIN ALGORITHM • Dada a estrutura geométrica para modelos de probabilidade, uma difusão Langevin com medida invariante , , pode ser definida diretamente sobre o espaço Riemanniano com tensor métrico • A equação diferencial estocástica definindo a difusão Langevin é dada por: em que, o gradiente natural é e o movimento Browniano no espaço Riemanniano é dado por:

  16. O primeiro termo da equação acima refere-se à curvatura local do espaço e se reduz a zero se esta curvatura for constante em todos os lugares. • Algoritmo de atualização:

  17. RM HAMILTONIAN MONTE CARLO • Aqui o Hamiltoniano que forma a base do HMC será definido de uma forma geral sobre o espaço de Riemann. • A definição de um Hamiltoniano em um espaço de Riemann é simples e é uma técnica empregada em mecanismos geométricos para resolver equações diferenciais parciais. • Um Hamiltoniano definido no espaço de Riemann segue como: e é a base para o método RM HAMILTONIAN MONTE CARLO.

  18. EXEMPLO • Para N observações retiradas de uma distribuição o tensor métrico baseado na informação de Fisher é : • Isto define um espaço de Riemann com curvatura constante que é um espaço hiperbólico na metade superior direita do plano definido por coordenadas horizontal e vertical

  19. Figura 1: Os contornos acima representam a amostra estimada de em que a amostra de tamanho N=30 foi retirada de uma .

  20. Ambas difusões MALA e mMALA foram simuladas a partir de pontos iniciais com tamanho do passo para 200 passos . • A Figura da esquerda, mostra o “caminho” da amostra de um processo MALA. Como o espaço é hiperbólico e uma métrica Euclidiana é empregada, a proposta leva à passos ineficientes, de comprimentos quase que iguais. • A Figura da direita mostra a proposta mMALA, que é baseada na métrica do espaço hiperbólico com constante de curvatura negativa e, como tal, as distâncias percorridas por cada etapa refletem as distâncias naturais neste espaço, resultando em muito mais eficiência na “travessia” do espaço.

  21. Figura 2: Os mesmos dados amostrais são usados e os valores iniciais são . O tamanho do passo é reduzido para

  22. A Figuras 3 e 4 fornece uma demonstração intuitiva visual das diferenças em HMC e RM-HMC quando convergindo para uma amostra de uma densidade alvo. Figura 3: Contornos plotados de um modelo de volatilidade estocástica.

  23. Figura 4: Aqui temos uma vista dos “caminhos” da cadeia de Markov. É claro que RM-HMC efetivamente normaliza os gradientes em cada direção. Entretanto, HMC apresenta fortes gradientes na direção horizontal comparado com a direção vertical, logo leva mais tempo para explorar o espaço inteiro.

  24. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística i=1,2,.., n Função de ligação logística

  25. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística Função de Verossimilhança

  26. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística Distribuição Conjunta a Priori Distribuição Conjunta a Posteriori Que corresponde a expressão do artigo = expressão do artigo

  27. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística (log joint likelihood?) • X matriz do delineamento de dimensão ( )? • linha da matriz X • N tamanho da amostra • D no de covariáveis • t variável resposta binária com distribuição Bernoulli • função de ligação: logística com priori apropriada (no ex N(0,) ) com  conhecido

  28. Termos necessários para a aplicação dos métodos RM-HMC e mMala • derivada de : • 2a. derivada de : • tensor métrico: matriz de informação de Fisher + negativo da Hessiana do logaritmo da priori • derivadas do tensor métrico em que a matriz tem elementos em que a matriz diagonal tem elementos

  29. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística • São analisados 6 conjuntos de dados (Michie et al, 1994; Ripley, 1996), com características bem abrangentes Desvios padrões das distribuições marginais a posteriori variando de 0,0004 a 9,9

  30. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística • Objetivo: obter para cada conjunto de dados uma amostra da distribuição conjunta a posteriori (o, 1, 2,… k| dados), em que o é o intercepto e i , i=1,…k são os coeficientes das variáveis regressoras no modelo logístico com variável resposta Bernoulli. • Para os conjuntos de dados, exceto Ripley, um modelo de regressão linear logístico com intercepto foi ajustado. No caso do Ripley foram considerados também os termos quadrático e cúbico. • Utilizou-se as prioris i ~ N(0,100)

  31. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística • Para os 6 conjuntos de dados são comparados os métodos RM-HMC e mMALA propostos no artigo, juntamente com alguns já existentes.

  32. Exemplo: Modelo Bayesiano de Regressão Logística • Em cada conjunto de dados os métodos foram rodados 10 vezes e os resultados médios foram gravados. • Os autores reproduziram os resultados de Holmes and Held(2005), considerando um burning de 5000. As próximas 500o iterações foram utilizadas. • O tempo de CPU necessário para obter as amostras foi também registrado para cada caso. • Os métodos foram implementados no MATLAB.

  33. Os autores comparam a eficiência desses métodos através dos tamanhos efetivos das amostras (ESS) das posterioris marginais. soma das autocorrelações amostrais. Ex: cadeia gerada pelo método M_H

  34. para um dos parâmetros com média ao redor de -7 Dados Heart, “Trace plot” n=1000 e gráficos autocorrelacões Métodos Metropolis IWLS Aux. Var. HMC mMALA Simplified mMala RM-HMC

  35. REFERÊNCIAS • Duane. S. Kennedy. A. D. Pendleton. B. J. and Roweth. D. (1987) Hybrid Monte Carlo, Physics Letters. B., 55, pp. 2774–2777. • Rao. C. R. Information and Accuracy Attainable in the Estimation of Statistical Parameters. Bulletin of the Calcutta Mathematical Society. 37. pp 81 – 91. • Amari. S. and Nagaoka. H. (2000) Methods of Information Geometry, Oxford University Press • Michie, D., Spiegelhalter, D. J., and Taylor, C. C. (1994). Machine Learning, Neural and Statistical Classification. Prentice Hall, Englewood Cliffs, N.J. • Ripley. B. D. (1996) Pattern Recognition and Neural Networks. Cambridge University press. • Seefeld, K. Linder, E. Statistics Using R with Biological Examples. 2007

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