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Análise da Mortalidade e dos Internamentos Hospitalares por Concelhos de Portugal Continental (2000-2004). Departamento de Epidemiologia. Rita Nicolau Ausenda Machado José Marinho Falcão Baltazar Nunes. Enquadramento.
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Análise da Mortalidade e dos Internamentos Hospitalares por Concelhos de Portugal Continental (2000-2004) Departamento de Epidemiologia Rita Nicolau Ausenda Machado José Marinho Falcão Baltazar Nunes
Enquadramento O projecto GeoFASES (Análise Geográfica de Factores Ambientais e Socio-Económicos em Saúde) teve início em Julho de 2006, sendo co-financiado pela Fundação Merck Sharp & Dohme e desenvolvido pelo actual Departamento de Epidemiologia (ex-ONSA) do INSA. • No 1º ano de execução, este projecto centrou-se na descrição da distribuição geográfica da mortalidade e dos internamentos hospitalares por concelhos de Portugal Continental (2000-2004). • No 2º ano de execução (em curso), procede-se à identificação de determinantes (ambientais, socio-económicas e de estilos de vida) que permitam explicar, ainda que parcialmente, a variação da mortalidade e dos internamentos hospitalares entre os concelhos estudados.
Enquadramento • No 3º ano de execução, pretende-se estimar o impacto da poluição atmosférica na mortalidade e nos internamentos hospitalares diários, ocorridos em localizações específicas do Continente. A selecção de tais localizações decorrerá das fases antecedentes do projecto. A publicação agora apresentada nasceu no âmbito do 1º ano de execução do projecto GeoFASES. • Nesta publicação procede-se à análise da distribuição concelhia da mortalidade e dos internamentos hospitalares verificados entre os residentes do Continente, no período de 2000 a 2004. • Os resultados apresentados consistem em indicadores anuais médios para o conjunto dos dois sexos, por concelhos de residência dos indivíduos.
Enquadramento • A selecção dos 9 grupos de doença estudados, fundamentou-se nos objectivos globais do projecto, pressupondo que: • os factores ambientais contemplados são susceptíveis de influenciar de forma directa o aparelho respiratório e de forma indirecta o aparelho cardiovascular; • a exposição prolongada a tais factores poderá estar associada ao incremento de algumas neoplasias malignas, designadamente as do aparelho respiratório. • Deste modo, abordaram-se: • a totalidade das causas (com exclusão das externas); • as doenças do aparelho respiratório; • as doenças do aparelho circulatório; • as neoplasias malignas; • algumas sub-causas incluídas em cada um dos 3 últimos grupos.
Objectivos Realização de um estudo descritivo que permitisse conhecer e comparar a distribuição espacial da mortalidade e dos internamentos hospitalares ocorridos no Continente, recorrendo a uma desagregação geográfica pormenorizada: o concelho. • Identificar as regiões e concelhos do Continente que (isoladamente ou em conjunto) apresentaram as maiores e as menores taxas de mortalidade e de internamentos para os 9 grupos de doença abordados. • Disponibilizar os indicadores produzidos à comunidade científica, de modo a potenciar o desenvolvimento de outros estudos.
Metodologia Os indicadores produzidos para estudar os óbitos e internamentos hospitalares relativos aos 9 grupos de doença tratados, consistem em: • taxas de mortalidade e de internamentos padronizadas pela idade (padronização pelo método directo, utilizando a população do Continente em 2001 como padrão) • índices comparativos de mortalidade e de internamentos • taxas específicas de mortalidade e de internamentos, para os indivíduos com 65 e mais anos. Para uma correcta apreciação dos indicadores, disponibilizam-se medidas adicionais, que permitem avaliar sobre a precisão e significância estatística dos mesmos. A representação cartográfica adoptada facilita a interpretação dos resultados.
Resultados • Identificação de localizações onde o risco de morte e/ou de internamento por determinada causa se diferenciou por excesso ou por defeito no território continental. Localizações onde o risco de morte e/ou de internamento por “Todas as causas excepto causas externas”se tenha diferenciado por excesso * valores estatisticamente significativos (p <0,05)
“Todas as causas excepto causas externas” Taxas de mortalidade e de internamentos padronizadas pela idade Departamento de Epidemiologia Óbitos/105 hab. Internamentos/105 hab.
Resultados Localizações onde o risco de morte e/ou de internamento por Neoplasias Malignasse tenha diferenciado por excesso * valores estatisticamente significativos (p <0,05)
Neoplasias Malignas - total Taxas de mortalidade e de internamentos padronizadas pela idade Departamento de Epidemiologia Internamentos/105 hab. Óbitos/105 hab.
Resultados Localizações onde o risco de morte e/ou de internamento por Doenças do Aparelho Circulatóriose tenha diferenciado por excesso * valores estatisticamente significativos (p <0,05)
Doenças do Aparelho Circulatório - total Taxas de mortalidade e de internamentos padronizadas pela idade Departamento de Epidemiologia Internamentos/105 hab. Óbitos/105 hab.
Localizações onde o risco de morte e/ou de internamento por Doenças do Aparelho Respiratóriose tenha diferenciado por excesso Resultados * valores estatisticamente significativos (p <0,05)
Doenças do Aparelho Respiratório - total Taxas de mortalidade e de internamentos padronizadas pela idade Departamento de Epidemiologia Internamentos/105 hab. Óbitos/105 hab.
Discussão de Resultados • Na comparação da distribuição espacial da mortalidade e dos internamentos hospitalares relativos à maioria das doenças estudadas, verificou-se não existir concordância entre a localização das maiores taxas de internamento e de mortalidade. • Observou-se no entanto maior concordância na distribuição espacial das taxas de mortalidade e de internamentos mais altas, relativas a doenças agudas ou a agudizações de doenças crónicas (gripe e pneumonia, doença isquémica).
Conclusões e Futuros Desenvolvimentos Apesar das conhecidas limitações da informação base, os autores deste estudo acreditam que os resultados obtidos poderão: • Servir de base à pesquisa de determinantes locais ou regionais para algumas das doenças abordadas; • Potenciar novos estudos por emprego dos indicadores disponibilizados ou por delineamento de estudos ao nível do indivíduo, que visem aprofundar o conhecimento sobre os factores que influenciam cada doença; • Apoiar o planeamento na área da saúde, nomeadamente os agrupamentos de Centros de Saúde e Unidades Locais de Saúde no âmbito da prevenção primária, prevenção secundária e na prestação de cuidados.
Conclusões FIM