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Resumo N. 117 EFEITO DO MANEJO FLORESTAL NA CONCENTRAÇÃO DE MAGNÉSIO DO SOLO EM JURUENA, NOROESTE DO MATO GROSSO. Daniela Pauletto 1 , Flávio J. Luizao 2. 1 Mestranda em Ciências de Florestas Tropicais – CFT/ INPA. E-mail: pauletto@inpa.gov.br

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  1. Resumo N. 117 • EFEITO DO MANEJO FLORESTAL NA CONCENTRAÇÃO DE MAGNÉSIO DO SOLO EM JURUENA, NOROESTE DO MATO GROSSO Daniela Pauletto1, Flávio J. Luizao2 • 1 Mestranda em Ciências de Florestas Tropicais – CFT/ INPA. E-mail: pauletto@inpa.gov.br • 2 Coordenação de Pesquisas em Ecologia – CPEC/INPA A B Mg (mg.kg-1) c) a) b) a B B ab b b Figura 1 – Resíduos vegetais da exploração florestal madeireira: a ) extração de toras; b) decomposição da liteira fina; e c) decomposição da liteira grossa Figura 3 – Médias dos teores Mg em 3 idades de exploração e uma área não explorada em uma floresta amazônica aberta no noroeste de noroeste de Mato Grosso. Nota: Letras iguais indicam que os tratamentos não diferiram entre si pelo teste de Tukey (α=0,05). Letras maiúsculas correspondem a profundidade de 0-10 cm e letras minúsculas a profundidade de 10-20 cm. MT Figura 2 – Localização e imagem da área da Rhoden Lígnea Ltda, em Juruena - MT. • RESULTADOS • A camada mais superficial (0-10 cm) apresentou as maiores concentrações, sendo que, a camada de 10-20 cm apresentou valores proporcionalmente menores a primeira camada indicando que o atividade florestal afetou igualmente os teores de Mg nestas duas camadas. • As concentrações variaram de 24,7 a 111,34 mg/kg (0-10 cm) e de 12,9 a 56,9 mg/kg (10-20 cm). Nas duas profundidades houve diferença significativa entre os tratamentos (0-10 cm: F= 8,85; P= 0,001; n= 79; e 10-20 cm: F= 5,63; P= 0,002; n= 79), sendo a idade de 2 anos a que apresentou as maiores concentrações (Fig. 3). Nas duas profundidades (0-10 cm e 10-20 cm) as concentrações de Mg aumentaram aos 2 anos de idade do corte, mas voltaram a ser similares aos valores da área testemunha a partir dos 6-7 anos do corte. • Os dados demonstram que a maior liberação de Mg ocorre nos primeiros anos após o corte (Fig. 3), isto concorda com Dielh et al. (1996) e Silva et al. (1997) que observaram que três anos após a exploração florestal ocorreu uma maior disponibilidade de bases trocáveis no solo devido a decomposição da copa. • Estes resultados podem ser atribuídos a dinâmica de liberação de nutrientes da liteira grossa onde a maior parte dos nutrientes é liberada nos primeiros quatro anos após a exploração, sendo que, cerca de 50% do estoque de magnésio é liberado neste período (Summers, 1998). Considerando-se os dados da área não explorada pode-se perceber que aos 11-12 anos após a exploração praticamente já houve liberação de todo o Mg estocado na liteira grossa. • INTRODUÇÃO • Os impactos da exploração florestal influenciam a regeneração natural (Lima et al., 1997; Lima, 2002) e as propriedades químicas do solo (Silva et al., 1997), podendo inclusive favorecer o crescimento de espécies comercias, principalmente intolerantes à sombra (Carvalho et al, 2004). • A compreensão do ciclo de nutrientes é fundamental para a definição de tecnologias de manejo florestal (Gonçalves et al., 2000), pois, a floresta residual só começa a reagir positivamente às mudanças provocadas pela exploração florestal, a partir do terceiro ano após a intervenção (Higuchi et al., 1997). • Durante a exploração florestal, grande quantidade de biomassa é convertida a necromassa, devido aos galhos e copas deixados das árvores selecionadas e pela queda ou quebra de árvores circundantes. A decomposição destes resíduos apresenta uma variabilidade na liberação de nutrientes ao nível espacial e temporal que enfatiza o papel dinâmico da madeira morta na floresta (Summers, 1998) e sobre os estoques de nutrientes do solo. • OBJETIVO Avaliar o impacto da exploração florestal na concentração de magnésio no solo em áreas com diferentes idades de corte seletivo de madeira em Juruena – MT. Idade de exploração madeireira (anos) METODOLOGIA A área de estudo está localizada em uma Floresta Ombrófila Aberta Submontana, com palmeira, localizada na Fazenda da Rohden Lígnea S.A., município de Juruena-MT. A temperatura média local é de 27ºC e a precipitação anual média é de 2100 mm com estações seca (novembro a abril) e chuvosa bem definidas. O tipo de solo predominante no município é o Podzólico Vermelho-Amarelo, com textura argilosa, ocorrendo também solo Litólico e Latossolo-Vermelho Amarelo. Na área de estudo a exploração seletiva de madeira foi iniciada em 1992 e para o presente trabalho, foram escolhidas três idades de corte seletivo (2, 6-7 e 11-12 anos) e uma área não-perturbada como testemunha. A coleta de solo foi realizada no final da estação chuvosa (abril-maio/2004), em duas profundidades (0-10 e 10-20 cm). Para a determinação das concentrações de magnésio utilizou-se o método de extração com KCl 1M e determinação por espectrofotometria de absorção atômica. • CONCLUSÕES • A exploração florestal causou um acréscimo nos teores de Mg no solo na camada de 0-20 cm do solo. • A maiores teores foram encontrados na área com 2 anos após o corte florestal; • Aos 11-12 anos após os teores se igualaram novamente a área não explorada; • A interferência da exploração florestal na concentração de magnésio no solo está condicionada ao tempo posterior ao exploração. Agradecimentos: A Rohden Lígnea Ltda pelo apoio logístico e autorização do desenvolvimento da pesquisa em sua propriedade. Ao projeto LBA/ECO – ND11 pelo financiamento do projeto de pesquisa.

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