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Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica II - 1º Ano. Seminário Orientado nº 23 . Frederico Rodrigues Gonçalo Alves Gonçalo Godinho Gonçalo Fernandes Gonçalo Nogueira Helena Ribeiro Henrique Arruda Hugo Cordeiro Hugo Seixas Inês Conde. Desidratação. Objectivos.
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Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica II - 1º Ano Seminário Orientado nº 23 Frederico Rodrigues Gonçalo Alves Gonçalo Godinho Gonçalo Fernandes Gonçalo Nogueira Helena Ribeiro Henrique Arruda Hugo Cordeiro Hugo Seixas Inês Conde Desidratação
Objectivos • Importância da água em sistemas biológicos • Modificações electrolíticas e compromisso funcional • Principais órgãos envolvidos no controlo hidroelectrolíticoe principais alvos de disfunções hidroelectrolíticas
Água • Constituinte Fundamental dos Seres Vivos • Organismo humano 70 a 80% H2O • Distribuição Variável entre os tecidos • Compartimentos celulares • Intracelular (28 L) • Extracelular (14 L) • Fluídos • Fluído intersticial (11 L) • Plasma sanguíneo (3 L)
Importância • Meio onde se processam as reacções biológicas • Veículo de transporte de substâncias a excretar e de nutrientes • Meio onde se encontram os componentes celulares • Solvente universal
Electrólitos Substâncias que em solução aquosa têm carga. Funções Principais - Manutenção da pressão osmótica do sangue - Criar potencial de membrana essencial à passagem do impulso eléctrico
Distúrbio electrolítico • Níveis anormais de electrólitos no corpo, podendo conduzir a problemas cardíacos, mal funcionamento neuronal, mal funcionamento orgânico e em última instância a morte
Órgãos envolvidos no controlo hidroelectrolítico • Rins Mantema concentração de electrólitos no sangue constantes Regula volume de líquido corporal • Complexo hipotálamo-hipófise Controla o funcionamento do organismo
Órgãos envolvidos no controlo hidroelectrolítico • Glândulas Supra-renais Produz hormonas necessárias ao controlo do equilíbrio hidroelectrolítico • Intestino Absorção de água, nutrientes e sais
Desidratação • Desidratação é a contracção do volume extracelular causada por perdas hidroelectrolíticas. • A gravidade está intimamente relacionada com a amplitude do défice em relação às reservas corporais e da relação entre o défice de água e de electrólitos
Desidratação Movimento de água Movimento de água
Perda de água corporal • Urina – é excretada pelos rins e maioritariamente constituída por água. O principal mecanismo pelo qual o corpo mantém um equilíbrio entre a ingestão e a excreção de água. • Fezes – é também uma das formas de perder água, embora seja num volume muito reduzido. Esta perda torna-se grave em caso de diarreia intensa. • Perdas insensíveis – respiração, libertação de vapor de água, e através da pele, por difusão. • Sudorese – esta perda também é variável, porque depende muito do nível de actividade física e da temperatura ambiente. Quanto mais intensa for a actividade física e mais elevada for a temperatura do ar, maior é a necessidade de hidratação.
Tratamento • Para uma desidratação hipotónica, o tratamento consiste em repor, rapidamente, a perda excessiva de eletrólitos no organismo. • Administra-se soro fisiológico à base de citrato de sódio, cloreto de potássio e cloreto de sódio. • O tratamento indicado para restabelecer a hiponatrémia, passa pela administração de 100 ml de NaCl a 3%. • Para restabelecer a hipocaliémia deve-se administrar potássio entre 0,2 a 0,4 mEq/kg/h durante 4 a 6 horas.
Caso clínico Identificação Indivíduo caucasiano do sexo masculino com 41 anos de idade Constituição robusta Sintomas Fraqueza muscular, confusão mental, sudação abundante, cãimbras, hematoma na coxa direita e respiração acelerada Exame Objectivo Diminuição da pressão arterial (58/45 mmHg N:120/70mmHg), Bradicardia (43 bat/min; N:60-90), Hipotermia(35,7 ⁰C), ECG: arritmia, redução do intervalo T/U, aumento da amplitude da onda U e depressão S-T Foi imediatamente colocado sob perfusão com soro fisiológico
Caso clínico Sentiu-se mal depois de correr o seu jogging matinal num dia quente de Julho sem tomar pequeno-almoço. Ficou apavorado ao ver o carro da amante em casa. Decidiu fugir e deu uma pancada forte com a coxa num carro. Pouco depois, ainda aflito, anormalmente cansado e com muitas dores na perna, começou a sentir-se tonto. Não se lembra como foi para o hospital. Teve diarreia na noite anterior.
Exame Complementar • Hematócrito aumentado(69% ; N:45-52%) • Hemoglobina(22g/dL; N:14-18g/dL) • Presença de corpos cetónicos (1,4mg/L, N:0) • Hiperuricémia (7,6 μmol/L; N: 1,6-6,7 μmol/L) • Hiperlactémia (2,1mEq/L; N:0,5-1,5mEq/L) • Hiponatrémia(127mEq/L; N:135-145mEq/L) • Hipocalémia (2,8mEq/L; N:035-4,8mEq/L) • pO2 ↓(63 mmHg; N: 90-110mmHg) • ALT e AST: 4,3 g/dL (N:3,5-5,0g/dL) • Creatininémia: 80 μmol/L (N:35-105μmol/L )
Diagnóstico e tratamento Desidratação hipotónica e consequente choque hipovolémico Perfusão de soro fisiológico durante 6h Recomendação de consultar um nefrologista
Pergunta 1 Na história de ART, oquepoderátercontribuídoparaoseuestado de marcadadesidratação?
Diarreia Falta pequeno-almoço Sudação Hematoma Perda hidro-electrolítica Não reposição de electrólitos Perda H2O Alteração da pressão oncótica
Pergunta 2 Explique a razãoparacada um dos sintomas de ART (fraqueza muscular, confusão mental, diminuiçãodapressão arterial, hipotermia, respiraçãoacelerada, modificaçõeselectrocardiograma)
Fraqueza muscular Gastode ATP e acumulação de ácido láctico esforçofísico Alteraçãodo potencial de repouso das membranas Distúrbioelectrolítico Alteraçãode propagação do estimulo nervoso através da membrana celular diminuição da velocidade de repolarização- respostasaoestímulonervosomaislentas
Confusão Mental Desidratação Hipotónica CélulasTúrgidas Edema cerebral Confusãomental Alteraçãodo potencial de repouso das membranas Distúrbioelectrolítico Alteraçãode propagação do estimulo nervoso através da membrana celular diminuição da velocidade de repolarização- Confusãomental
Pressão Arterial Diminiçãodo volume sanguíneo e do débitocardíaco Diminuição do volume de H2O circulante Desidratação Diminuiçãoda pressão arterial
Hipotermia Diminuiçãodo volume sanguíneo Menorfluxosanguíneo Desidratação Tentativade preservação dos órgãosinternos Menordistribuição de calorpelocorpo O ar condicionado da ambulância, conjuntamente com a menor capacidade de distribuição corporal e sudorese justificam o estado hipotérmico do ART.
Respiração Acelerada Perda de Bicarbonato + Jejumassociadoaoexercício Formação de corposcetónicos e lactato Diarreia Hiperventilação (paradiminuir a pCO2) Acidosemetabólica
Modificações no Electrocardiograma Aumentoonda U, depressão do segmentoS-T Indicadoresde hipopotassémia ( hipocalémia)
Pergunta 3 • Explique a razãosubjacenteaoaparecimento de valoresbioquímicosanormais.
Hematócrito aumentado (69%) H2O no plasma Volume sanguíneo Glóbulos vermelhos mantêm-se Aumento do Hematócrito
Hemoglobina aumentada (22g/l) pO2 Necessidades energéticas Rim Eritropoietina Glóbulos vermelhos e hemoglobina
Presença de corpos cetónicos (1,4mg/L) Jejum; exercício físico Uso de reservas energéticas (triglicerídeos) β-oxidação ácidos gordos 2 AcetilCoA Acetoacetil-CoAsintetase AcetoacetilCoA HMG-CoAsintetase β-Hidroxi- β-metilglutaril-CoA (HMG-CoA)
Hiperuricémia(7.6 μmol/L) Excreção renal Lactato compete com ácido úrico Lactato Ácido úrico no plasma
Hiperlactémia (2,1 mEq/L) Exercício físico/diminuição aporte de oxigénio às células Lactato
Hiponatrémia (127 mEq/L)Hipocaliémia(2,8 mEq/L) Diarreia Falta de pequeno-almoço Perda de electrólitos Sudação Possível desregulação supra-renal
pO2 diminuída (63 mmHg) Choque hipovolémico Fluídez do sangue Capacidade de circulação O2 nas trocas pulmonares O2 sanguíneo
Pergunta 4 • Qual a importância de mencionar a creatininae as actividades de ALT e AST plasmáticas?
Qual a importância de mencionar a creatinina e as actividades de ALT e AST plasmáticas? ALT e a AST são transaminases, indicadores de lesão celular. A creatinina é um indicador da função renal Desidratação grave Insuficiência pré-renal • ↑Creatininémia Como os valores de ALT, AST ecreatininémia estão normais, pode-se concluir que a desidratação não se deve a problemas renais.
Pergunta 5 • Se tivessetomadoopequenoalmoço, ART evitariaestadesidratação?
Se tivesse tomado o pequeno almoço, ART evitaria esta desidratação? Situação de desidratação hipotónica > Quantidade de electrolitos no sangue relativamente a uma situaçao normalperda -> diarreia Diminuição osmolaridadeplasmática Aumento da pressão osmótica Movimento de água devido a distúrbio electrolítico
Se ART tivesse tomado o pequeno almoço Reposição de electrólitosao tomar o pequeno almoço Aumento osmolaridadeplasmática pressão osmótica menos elevada Menor movimento de água
Pergunta 6 • Esperariaque ART apresentassealgumasmodificaçõeshormonais? Quaiseporquê?
Esperariaque ART apresentassealgumasmodificaçõeshormonais? Quais e porquê?
Esperariaque ART apresentassealgumasmodificaçõeshormonais? Quais e porquê? ADH e Aldoesterona
Esperariaque ART apresentassealgumasmodificaçõeshormonais? Quais e porquê?
Esperariaque ART apresentassealgumasmodificaçõeshormonais? Quais e porquê?
Pergunta 7 Porquedeixaram ART durante 6 horas sob perfusão? Nãochegariam 2 horas?
Porquedeixaram ART durante 6 horas sob perfusão? Nãochegariam 2 horas? O cérebro é o orgão mais sensivel a variações electroliticas A hiponatrémia desencadeia uma resposta no cérebro que, lentamente, tenta atingir um equilíbrio com o líquido extracelular através da secreção de osmolesidiogénicas para o liquido extra-celular Osmolesidiogénicas – substânciasosmoticamenteactivasformadasparacontrolar a extra osmolaridade do plasma (por exemplo glicina, glutamina, sorbitol, inositol) • Normalmente demora alguns dias para que as células do cérebro fiquem em equilíbrio osmótico com o fluido extra-celular.
Pergunta 8 Porquefoirecomendado a ART quefizesseumavisita a um nefrologista?