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5. Conhecimentos Gerais. História. Contextos históricos, geográficos, políticos, econômicos e culturais do Brasil e do Rio Grande do Sul. Prof. Omar Martins. http://profomar.wordpress.com. Prof. Omar Martins. Conhecimentos Gerais. História. Aula V • História do Rio Grande do Sul.
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5 Conhecimentos Gerais História Contextos históricos, geográficos, políticos, econômicos e culturais do Brasil e do Rio Grande do Sul Prof. Omar Martins http://profomar.wordpress.com
Prof. Omar Martins Conhecimentos Gerais História Aula V • História do Rio Grande do Sul
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Introdução A história da ocupação e do povoamento do Rio Grande do Sul, o mais meridional do Brasil, está demarcada pela questão fronteiriça. Região limite entre dois Impérios - o Espanhol, com sede em Buenos Aires, no Rio da Prata, e o Português, com o Rio de Janeiro - , o chamado Continente de São Pedro do Rio Grande do Sul, desde o século XVII, foi permanentemente disputada pelas duas coroas ibéricas. Ter-se tornado zona de guerra, de combate intermitente por quase dois séculos, marcou a vida política da mais conturbada das províncias do Império do Brasil, criando-se uma cultura muito própria, assinalada por guerras civis violentas - tal como a Revolução Farroupilha, de 1835, a mais longa da nossa história.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A questão do limites Pelo Tratado de Tordesilhas de 1494 - que dividira o mundo de então, recém aclarado pelas viagens de Colombo -, a linha que separava os dois reinos católicos da Península Ibérica passava, aqui no Brasil, na sua extensão meridional, ao largo do litoral do atual estado de Santa Catarina. Teoricamente, portanto, a área que viria fazer parte do Rio Grande do Sul, pertencia pois aos espanhóis. Portugal, por sua vez, sempre procurou estabelecer como sua real fronteira, como limite extremo do seu império na América do Sul, não uma linha abstrata, mas sim a margem esquerda do Rio da Prata.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Todos os conflitos entre o Estado do Brasil e seus vizinhos do Prata foram decorrentes desse antagonismo sobre quais eram os verdadeiros marcos de cada um: o traço determinado pelo Tratado de Tordesilhas ou a curva do Rio da Prata. O Rio Grande do Sul foi, desde o seu principio, ao contrário dos demais estados brasileiros, uma “fronteira quente”, isto é, local de disputa militar e diplomática , foco de tensão armada que se estendeu dos finais do século XVII até o século XIX. Gaúcho (tela de Juan M. Blanes, 1875) Planta do Forte Jesus-Maria-José, local do nascimento do Rio Grande do Sul | Rio Grande
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Rio Grande do Sul Ameríndio | até século XV Existem vestígios arqueológicos que atestam a existência de grupos indígenas na região desde 12 mil anos a.C., entre os principais grupos destacamos os minuanos e os guaranis. Rio Grande do Sul | século XVI No século XVI, com a descoberta do Novo Mundo, o Rio Grande do Sul passou a fazer parte do reino espanhol pelo Tratado de Tordesilhas.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Rio Grande do Sul | século XVI: rota de passagem Inicialmente, o Rio Grande de São Pedro como era chamada a área do atual Rio Grande do Sul, só era visitado por exploradores de pau-brasil, ouro e prata, mas não encontrando estes produtos o destino era a região do Prata, sendo o rio Grande do Sul uma simples passagem, quando não retornavam ao lugar de saída. Em 1627, jesuítas espanhóis criaram missões, próximas ao rio Uruguai, mas foram expulsos pelos portugueses, em 1680, quando a coroa portuguesa resolveu assumir seu domínio, fundando a Colônia do Sacramento. Os jesuítas espanhóis estabeleceram, em 1687, os Sete Povos das Missões.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Rio Grande do Sul | séc. XVII: Colônia do Sacramento No começo do século XVII, em 1605, jesuítas portugueses começam a ocupação do Rio Grande do Sul instalando reduções na região do Gravataí, mas sem apoio dos próprios jesuítas de Salvador e pelos maus tratos dos bandeirantes (paulistas) que buscavam os índios já domesticados para serem escravos, estas povoações não lograram êxito. Nesta época, barcos portugueses já chegavam no lago Rio Guaíba para negociar produtos europeus com os indígenas. Geralmente, os indígenas davam em troca índios prisioneiros de outras tribos para serem escravos.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Em 1626 chegam os padres jesuítas espanhóis, liderados pelo padre Roque Gonzalez de Santa Cruz, vindos da região do Paraná e Paraguai, fugindo da ação dos paulistas (bandeirantes) que aprisionavam os índios já catequizados pelos missionários da Companhia de Jesus para vendê-los como escravos nas regiões açucareiras já que os negros escravos trazidos da África estavam sob o poder dos holandeses.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História RS | 1685
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Montam 18 reduções. Na zona do “Tape”, na bacia do rio Jacuí, Ijuí, Piratini, Taquari, Ibicuí, Rio Pardo e Guaíba. Os jesuítas erguiam igrejas, catequizavam índios e desenvolviam a agricultura com a criação de gado trazido da Argentina. Até 1640, os bandeirantes invadem estas as povoações, atacando-as e destruindo-as. Aprisionam os índios. Os jesuítas abandonam as áreas e os rebanhos de gado fugindo com os demais índios para a Argentina, na outra margem do rio Uruguai.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Os rebanhos de gado por mais de 40 anos se reproduziram, formando uma gigantesca reserva de gado xucro (vacum). Essa concentração de gado era chamado de “Vacaria del Mar”. Assim, com o intuito de aumentar sua área, os portugueses fundam em 1680 a colônia do Sacramento na região do Rio da Prata (Argentina e Uruguai). E começam a abater o gado xucro do Rio Grande do Sul para extração do couro e exportá-lo à Europa. De maneira desordenada, portugueses, jesuítas, índios e ingleses invadiam os campos para o abate. Só parte da carne era usada para consumo local. O restante apodrecia.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A partir de 1682 os jesuítas retornam para o Rio Grande do Sul, fundando os conhecidos Sete Povos das Missões • São Francisco do Borja (1682); • São Nicolau (1687); • São Miguel Arcanjo (1687); • São Luís Gonzaga (1687); • São Lourenço Mártir (1690); • São João Batista (1697) e • Santo Ângelo Custódio (1706). Uma outra redução, Jesus-Maria de Los Guenoas não se desenvolveu.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Além dos novos rebanhos de gado que iam surgindo nas povoações, a produção de erva-mate era uma grande alternativa econômica para os Sete Povos. Os Sete Povos ganham força econômica e cultural tornando-se uma ameaça às monarquias de Portugal e Espanha. A chamada “época de ouro” das missões foi possível porque os descendentes dos bandeirantes, mudando de afazer, tornaram-se garimpeiros nas Minas Gerais ou tropeiros e criadores de gado bovino e muar.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Por volta de 1703 tropeiros paulistas, abrem estradas para a passagem do gado levado para Minas Gerais. Em 1725, 31 moradores de Laguna - SC são orientados e descem ao Rio Grande do Sul para controlar o rebanho bovino para a coroa portuguesa. Em 1732 o governo português começa oficialmente a ocupação do Rio Grande do Sul. A primeira sesmaria (13.000 ha) foi concedida ao lagunense Manuel Gonçalves Ribeiro, em Tramandaí.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Por causa dos conflitos na região do Rio Grande do Sul e Sacramento, a coroa portuguesa manda em 1737 que o Brigadeiro José da Silva Pais fundasse a fortaleza Jesus-Maria-José na cidade portuária de Rio Grande, estabelecendo oficialmente a posse portuguesa da área. Surge em 1738 a Comandância Militar do Rio Grande de São Pedro. A sede era em Santa Catarina e estava subordinada ao Rio de Janeiro. Em 1740 começa a povoação de Porto Alegre através da sesmaria concedida pelo governo português a Jerônimo de Ornelas.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Rio Grande do Sul | Cronologia | Sécs. XVII - XVIII 1626 - primeiras reduções jesuítas no Rio Uruguai;1637 - destruição das reduções indígenas pelo bandeirante Raposo Tavares;1680 - Fundação por Manoel Lobo da Colônia do Sacramento, na margem esquerda do Prata, em frente a B. Aires;1737 - fundação de Rio Grande pelo brigadeiro José da Silva Paes;1750 - Tratado de Madri, Colônia do Sacramento é trocada pelas Missões;1752 - chegada dos açoritas em Porto Alegre (Porto dos Casais), fundada em 1756, torna-se com a invasão castelhana de Rio grande a capital definitiva do Rio Grande do Sul;1753 - início das Guerras Guaraníticas, destruição das missões. Fim da “época de ouro” das Missões (1720-56);1776/7 - recuperação de Rio Grande. Colônia do Sacramento fica em posse definitiva dos espanhóis.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Os Sete Povos conheceram o desastre nas Guerras Guaraníticas (1754 - 1756) entrando em decadência definitiva após a expulsão dos jesuíticas ordenada por Pombal em 1759. Com os “problemas” resolvidos, em 1761, o Tratado de El Pardo, anula Madri e Espanha retomar os territórios antes perdidos. Durante esses anos, o Rio Grande foi sucessivamente invadido pelos “castelhanos”. O Tratado de Santo Ildefonso, de 1777, concluído em conjuntura de fraquezas dos portugueses, devolveu a região dos Sete Povos à Espanha. Finalmente, em 1801, pelo Tratado de Badajós, as coroas ibéricas concordaram em retomar a divisória negociada em 1750.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Durante esses anos, o Rio Grande foi sucessivamente invadido pelos “castelhanos”. O Tratado de Santo Ildefonso, de 1777, concluído em conjuntura de fraquezas dos portugueses, devolveu a região dos Sete Povos à Espanha. Finalmente, em 1801, pelo Tratado de Badajós, as coroas ibéricas concordaram em retomar a divisória negociada em 1750. O segmento de fronteira meridional, que separa o Rio Grande do Sul do Uruguai, foi delimitado pelo Estado Imperial, depois de diversos conflitos em torno da questão da soberania uruguaia.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A fronteira meridional foi resolvida apenas em 1851, num jogo de cena envolvendo o Estado Imperial brasileiro e um débil governo uruguaio, isolado e dependente da ajudar militar do Rio de Janeiro. O acordo incorporou áreas e levou as fronteiras até o Rio Quaraí. No trecho oriental do segmento, o Império brasileiro aceitou a linha divisória reivindicada pelo governo uruguaio aliado, que toma como suporte o Rio Jaguarão. Contudo, manteve o controle sobre a navegação nesse rio e na Lagoa Mirim.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História De Capitania à Província de São Pedro Em 1742, os colonizadores portugueses iniciaram uma vila que viria a ser Porto Alegre. As lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, tiveram fim em 1801, quando os próprios sul-riograndenses dominaram os Sete Povos das Missões, incorporando-os ao seu território. Em 1807, a área foi elevada à categoria de capitania. O município de Viamão antecedeu Porto Alegre como sede do governo. Durante o período colonial a região foi palco de inúmeros conflitos entre hispano-americanos e luso-brasileiros. No século XIX, com a formação do Império do Brasil, a região seria elevada ao status de província.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Apogeu do Rio Grande do Sul | Século XIX Em 1801 a pecuária gaúcha começa um grande momento econômico. O “charque” é o grande produto de exportação do Rio Grande do Sul. Com o enriquecimento dos estancieiros, surgem os grandes latifundiários gaúchos. As missões orientais são conquistadas por Manuel do Santos Pedroso (estancieiro) e José Borges do Canto (contrabandista e desertor dos Dragões). Começam os desentendimentos entre os produtores gaúchos e a coroa portuguesa. Com o crescimento econômico, o Rio Grande foi promovido em 1807 a Capitania Geral (Capitania de São Pedro) com subordinação direta ao Vice-Rei do Brasil. Em 1808 o povoado de Porto Alegre se torna vila, elevando-se à condição de cidade em 14 de novembro de 1822 pela Carta Lei assinada por Dom Pedro I.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Em 1820 se dá, com a desorganização das charqueadas uruguaias, o grande desenvolvimento da pecuária gaúcha. No ano de 1822 se dá a Independência do Brasil. Em 1824 começam a chegar ao Rio Grande do Sul os imigrantes alemães instalando-se em São Leopoldo, Três Coroas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Ijuí e outras regiões do Estado. Espalharam o esporte por todo o estado. Ajudaram a fundar o primeiro time de futebol do estado e do Brasil, o Sport Clube Rio Grande. Ainda em 1824, foi nomeado o 1º presidente da Província do Rio Grande do Sul, José Feliciano Fernandes Pinheiro.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História No ano seguinte, o Brasil declara guerra à Argentina. E as tropas rio-grandenses se preparam para lutar a favor da posse da Província Cisplatina. Mas com a intervenção dos Ingleses a paz foi selada em 1828 e o Uruguai se torna uma nação independente. Em 1831, D. Pedro I abdica do trono e assume a Regência Trina Permanente. Começa a concorrência do charque platino ao gaúcho. Em 1835 começa no estado a Guerra dos Farrapos.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História As charqueadas no RS: surgimento e importância econômica O gado foi a base da economia gaúcha durante um longo período da história do Rio Grande. Introduzido pelos jesuítas, atraiu os tropeiros que vinham de São Paulo e Minas para buscar gado e levá-lo para aquelas províncias. Serviu, também, de esteio para a fixação de habitantes, na medida em que permitiu uma atividade econômica para os estancieiros que aqui se fixaram. Essa base seria ainda mais consolidada com o surgimento das charqueadas. Elas iriam produzir o charque, um produto que era a base da alimentação de escravos em todo o Brasil. E, com essa produção, trariam riqueza à região de Pelotas, que se tornou uma espécie de “capital cultural” do Estado.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História As charqueadas começaram a surgir na região de Pelotas em torno de 1780. Anteriormente, o charque já era produzido no sul do continente, mas de maneira artesanal e em pequena escala. No entanto, uma série de secas sucessivas no Nordeste, onde estava concentrada a maior produção de charque do país, criou uma oportunidade para o produto gaúcho. E o charque começou a ser produzido em maior escala. Opulência e miséria A partir desse momento, a produção de charque se tornou o centro da vida econômica da região de Pelotas. As charqueadas estavam situadas ao longo de rios que facilitavam o transporte para o porto de Rio Grande - de onde o charque seguia para o Rio e outros portos brasileiros. Com o dinheiro gerado por elas, Pelotas se transformou. Essa renda permitiu que surgisse um grupo de famílias ricas e que cultivavam hábitos sofisticados.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A contraparte dessa opulência eram as próprias charqueadas, onde os enormes grupos de escravos eram submetidos a um trabalho exaustivo. E, como estavam reunidos em grupos muito grandes, os senhores adotavam a política de extrema intimidação para mantê-los obedientes. As charqueadas eram verdadeiros "estabelecimentos penitenciários.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A Revolução Farroupilha (1835 - 1845) O levante dos Farrapos participou do cenário mais amplo da política platina do século XIX. As circunstâncias que a produziram estão ligadas à sucessão de lutas entre as facções que configuraram a Grande Guerra uruguaia e aos intermináveis conflitos entre Buenos Aires e as províncias interioranas na Argentina.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A origem do conflito originou-se do envolvimento das lideranças liberais do Rio Grande nas guerras uruguaias. Bento Gonçalves e Bento Manuel, comandantes militares nas faixas de fronteira, aproximaram-se do chefe blanco Oribe e do argentino Rosas, oferecendo-lhes auxílio no conflito contra o colorado Rivera. Desobedecendo Rio de Janeiro - que negociou neutralidade no conflito - os comandantes confirmaram seu apoio a Oribe. A reação foi violenta: o governo regencial declarou guerra aos rebeldes.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A eclosão do conflito A oligarquia rio-grandense, distantes do centro de poder imperial, sentia-se marginalizada e prejudicada nos seus interesses econômicos. As charqueadas escravistas gaúchas vergavam sob a concorrência dos saladeros argentinos e uruguaios, já organizados em padrões capitalistas. Os produtores sulistas queixavam-se da baixa tributação imposta ao charque importado. Entretanto, a causa principal do descontentamento era que a elite gaúcha ressentia-se da falta de apoio do Império para as sua pretensões no cenário da política platina.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Início da Revolta No ano de 1835 os ânimos políticos estavam exaltados. O descontentamento de estancieiros, liberais, industriais do charque, e militares locais promoviam reuniões em casas de particulares, destacando-se a figura de Bento Gonçalves.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Em 20.09.1835, com a tomada de Porto Alegre, a conflito tornava real. A proclamação da República Rio-Grandense só terá lugar pelas mãos do Coronel Antonio Neto, em 11 de setembro de 1836. Secessão, repressão e pacificação No momento da proclamação da República de Piratini pareciam estar reunidas as condições para a formação de um Estado platino reunindo os farroupilhas, os blancos uruguaios e a Argentina de Rosas. Entretanto, Bento Gonçalves hesitou em dar o passo adiante. O começo do fim foi a nomeação por parte do Império do Duque de Caxias para presidente e comandante militar da Província em levante.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Paz de Ponche Verde (1845) Por fim, a 1º de março de 1845, assinou-se a paz: o Tratado de Poncho Verde. Entre suas principais condições estavam a anistia plena aos revoltosos, a libertação dos escravos que combateram no Exército piratinense e a escolha de um novo presidente provincial pelos farroupilhas. O cumprimento parcial ou integral do tratado até hoje suscita discussões.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História A revolta alcanço extenso apoio popular no Rio Grande do Sul, mas jamais deixou de ser uma revolução dirigida pela oligarquia estancieira e exportadora e exportadora. A pacificação de Caxias ampliou a autonomia da província meridional e consolidou a hegemonia da sua elite política liberal, que representava os interesses da estância. A elite da província adquiriu influência decisiva sobre a política platina do Império, em especial nas relações com o Uruguai. Desde aquela época, o Exército tornou-se um veículo da influência da elite meridional na estrutura política do estado.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História História da Brigada Militar A Brigada Militar foi criada em 18 de novembro de 1837 com a denominação inicial de Corpo Policial da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Em 1873 passou a denominar-se Força Policial e a partir da Proclamação da República do Brasil em 1889, recebeu as seguintes denominações: Guarda Cívica (1889), Corpo Policial (1889) e finalmente Brigada Militar (1892).
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Desde a sua criação, a Corporação participou de inúmeras guerras e revoluções históricas na região, como a: • Guerra do Paraguai (1864 a 1870); • Revolta dos Muckers (1874); • Revolução Federalista (1893 a 1895); • Revolução Assisista (1823); • 1924 (Revolução Paulista), 1926 (em Santa Catarina e Paraná), 1930 e 1932 (Revolução Constitucionalista no Rio Grande do Sul e em São Paulo); • Estado Novo (1937); • Legalidade (1961); • Golpe Militar (1964).
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Gaúcho é “peleador”? Ser uma fronteira “quente”, permanentemente disputada, deu uma feição belicosa aos confrontos políticos e ideológicos do Rio Grande do Sul. Precisamente pelos limites do estado serem imprecisos, embaraçados pela vastidão das planícies, permitia as facções em luta procurar abrigo ou recursos em regiões muito além da fronteira.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História Era difícil para um força poder policiar um território tão amplo, permitindo com isso que as guerra tivessem larga duração, como deu-se com a Revolução Farroupilha, liderada por Bento Gonçalves, que, arrastando-se por dez anos , de 1835 a 1845, foi a mais longa das guerras civis brasileiras. A constância dos embates fez com que a exigência da politização da população fosse sempre muito intensa, acirrando ainda mais os enfrentamentos partidários, criando uma cultura belicosa, de hostilidade entre os partidos, quase sempre polarizados em duas correntes poucas dispostas à conciliação, gerando cum clima propício à guerra civil.
Conhecimentos Gerais| Prof. Omar Martins | História • Farroupilha: denominação de radicais na época do Império, termo pejorativo por que indicava representarem setores plebeus (farrapos); • Chimango (ou ximango): denominação vinda do Império, mas que na Republica foi dada pejorativamente (é um pássaro magro e rapinesco do sul do Brasil) aos republicanos de Borges de Medeiros, assim apelidado num célebre poema “Antônio Chimango”. Trata-se algo desprezível, feio e predador. Anteriormente, os seguidores de Castilhos, foram chamados de pica-paus, pássaro comum, vulgar. • Maragatos: o nome origina-se de uma região da Espanha (Maragatia) de onde vieram imigrantes para o interior do Uruguai. Muitos deles tornaram-se peões nas estancias uruguaias e saiam para combater a mando dos seus patrões. O apelido era pejorativo, indicava eles serem estrangeiros, não-brasileiros. • Trabalhista: origina-se do Labour Party da Inglaterra cujo programa foi adaptado por Alberto Pasquallini, o ideólogo do PTB gaúcho.
Rio Grande do Sul Questão 11 – página 147 – Apostila Conhecimentos Gerais | BM/RS 2011 [Soldado – BM/RS 2002 (Faurgs)] • A maior parte da província rio-grandense não tinha sofrido diretamente as consequências da guerra farroupilha, mesmo assim os estragos foram grandes onde a luta foi mais sentida, como no caso da atividade charqueadora, base da economia gaúcha daqueles tempos. Sobre esse aspecto, pode-se dizer que • as charqueadas estavam concentradas na zona sul da província, principalmente na região de Pelotas, reduto principal da indústria saladeira da época. • a produção das charqueadas, no final da guerra, estava em franco declínio, em consequência da séria escassez da matéria-prima: o gado, importante fator na logística da luta. Os farroupilhas, com ele, haviam sustentado seus exércitos, mandando rebanhos para que fossem vendidos em Montevidéu, em troca recebendo armas, munições, roupas e até comida.
III. o gado encontrado no campo pelos farroupilhas, quando não podia ser apresado, era inutilizado por mutilações cruéis ou pelo morticínio para que não pudesse ser aproveitado pelos imperiais. IV. os abates nas charqueadas, no último ano da luta, mal beiravam as 100 mil cabeças, um terço do que era abatido em anos normais. Quais afirmações estão corretas? (A) Apenas I e II (B) Apenas I e III (C) Apenas II e III (D) Apenas III e IV (E) I, II, III e IV
Questão 34 – página 151 – Apostila Conhecimentos Gerais | BM/RS 2011 [Inspetor – PC/RS 2010 (FDRH)] Os Sete Povos das Missões, fundados pelos jesuítas a partir de 1682, tinham como atividades econômicas básicas (A) o ensino religioso e a fiação e tecelagem. (B) a agricultura de subsistência e a arte da escultura. (C) a extração mineral e a prática da música. (D) a criação de gado e a produção de erva-mate. (E) a extração da madeira e a metalurgia
Questão 33 – página 151 – Apostila Conhecimentos Gerais | BM/RS 2011 [Inspetor – PC/RS 2010 (FDRH)] • Sobre a distribuição de sesmarias no Rio Grande do Sul, na terceira década do século XVIII, analise as afirmações abaixo. • A Coroa portuguesa distribuiu terras aos tropeiros, que se sedentarizaram, e aos militares, que se afazendaram. • As sesmarias distribuídas entre os militares foram concedidas como retribuição aos serviços prestados. • As sesmarias constituíram-se em estâncias com criação extensiva do rebanho e utilizaram peões como mão de obra assalariada. • A mão de obra escrava não foi utilizada no desenvolvimento da atividade econômica nas propriedades que se formaram nas sesmarias.
Quais estão corretas? (A) Apenas a I e a II. (B) Apenas a II e a III. (C) Apenas a III e a IV. (D) Apenas a I, a III e a IV. (E) Apenas a I, a II e a IV.