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2. A geologia, como ci
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GEOLOGIA APLICADA AO PLANEJAMENTO URBANO
“O destino da humanidade será o que prepararmos” (Einstein)
JAIME PAULINO
GEOLOGO E GEOFÍSICO.
MAIO /2007
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A geologia, como ciência, além de descobrir recursos minerais e hídricos, apresenta também soluções para problemas de engenharia, principalmente, em áreas urbanizadas, buscando melhores condições de vida, e prevenindo contra eventos geológicos que possam colocar em risco a vida humana ou causar danos a uma comunidade. O professor Edézio Teixeira de Carvalho, em seu livro, Geologia Urbana Para Todos, identifica a Cidade como uma unidade resultante do empilhamento de três camadas estruturais distintas, cada uma com funções próprias, inconfundíveis, mas dependentes do desempenho das demais.
3. 3 A primeira que chamamos de superestrutura, que é o conjunto das estruturas antrópicas finalísticas, compreendendo, moradia, industria, serviços, educação, cultura, lazer e desporto.
A segunda, que denomina mesoestrutura, inclui os sistemas viários de água, esgoto, drenagem pluvial e similares, com a função de proporcionar condições de suporte dadas pela infra estrutura.
A terceira que constitui a plataforma geológica onde se assenta a cidade, que constitui por esta razão a infra-estrutura urbana. A geologia urbana simplificando, estuda a base geológica sobre a qual se constrói a Cidade.
A plataforma geológica na qual se projeta uma cidade é imutável independe da nossa vontade, é função da natureza, logo é mister que o planejamento urbano dependa fundamentalmente do conhecimento que se tem da plataforma geológica sobre a qual vai se assentar.
4. 4 Necessidade do conhecimento geológico na elaboração do Plano Diretor de uma cidade.
Evidente, a necessidade do conhecimento, principalmente em determinadas cidades, construídas em áreas de instabilidade onde ocorrem terremotos, subsidências provocadas por desabamentos ou colapsos de cavernas. Não foi sem razão que a CPRM - Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, hoje transformada no Serviço Geológico do Brasil, desenvolveu na região o PROJETO VIDA –Viabilização Industrial e Desenvolvimento Ambiental.
5. 5 PROJETO VIDA
6. 6 O Projeto Vida abordou :
Estudou a geologia da área urbana a fim de permitir o gerenciamento dos os recursos hídricos, a grande preocupação da maioria das cidades, que se refere à questão do abastecimento e da qualidade da água para consumo doméstico.
definiu as áreas de risco geológico;
determinou parâmetros geofísicos para dimensionar os vazios do subsolo onde poderão ocorrer os desabamentos.
A solução para este problema está justamente em aproveitar as características geológicas da nossa região, vista até então, como um problema.
7. 7 Gerenciamento dos Recursos Hídricos. É o conjunto de técnicas, normas operacionais e administrativas utilizadas no uso dos recursos hídricos de uma região. Do ponto de vista da auto-sustentabilidade, o melhor gerenciamento é obtido a partir de uma visão integrada e complementar de todos os recurso hídricos disponíveis na área em estudo: chuvas, águas superficiais e principalmente águas subterrâneas que constituem 97% de toda água doce disponível do planeta.
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9. 9 ZONEAMENTO DO SUBSTRATO ROCHOSO
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11. 11 UNIDADES GEOTÉCNICAS DO MUNICIPIO DE SETE LAGOAS
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13. 13 CLASSIFICAÇÃO DOS AQUIFEROS Os aqüíferos podem ser classificados de acordo com as características da camada geológica onde a água está armazenada, como um aqüífero poroso, fissural ou cárstico.
Em um sistema geológico, a natureza e a distribuição dos aqüíferos e aquitards são controlados pela litologia, estratigrafia e estrutura das formações geológicas.
O sistema geológico principal do município e constituído, principalmente de rochas carbonáticas sob a forma de calcário, que constitui o principal aqüífero da região onde a capacidade de produção de água é abundante mas muito difícil de prever.
Os aqüíferos em rochas carbonáticas são confinados drenantes no qual pelo menos uma das camadas é semipermeável permitindo a entrada ou saída de fluxos de água.
14. 14 Observações em pedreiras e outras escavações efetuadas em rochas carbonáticas aberturas de dissoluções subhorizontais se revelaram bastante espaçadas ao longo de juntas verticais. Isso levou os geólogos a concluírem que, do ponto de vista da capacidade de produção as aberturas ao longo dos planos de acamamento seriam as mais importantes, conforme é ilustrado na figura 1. A probabilidade dos poços encontrarem aberturas horizontais é maior do que aberturas verticais.
15. 15 CLASSIFICAÇÃO DOS AQUÌFEROS
16. 16 Em rochas carbonáticas fraturadas, poços produtores de grande capacidade e poços praticamente secos podem existir a pequena distancia um do outro dependendo da magnitude das gretas e zonas fraturadas interceptadas pela perfuração.
17. 17 ESQUEMA DO CICLO HIDROLÓGICO
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20. 20 Cone de rebaixamento
21. 21 GRUTA REI DO MATO
22. 22 Parque da Cascata
23. 23 CENTRO DA ÁREA URBANA
24. 24 COSIDERAÇÕES FINAIS
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Nossa proposta para discussão, neste momento de tomada de decisão é sobre a necessidade urgente do estudo geológico do município, principalmente, o Estudo Hidrogeológico, visando a caracterização do aqüífero Cárstico, local.
O conhecimento das peculiaridades hidrogeológicas dos carstes, recentemente, vem tendo uma crescente importância, não só pelo interesse como reservatório de água subterrânea, mas também pela sua influência em uma série de problemas geotécnicos.
Considerando ainda que de toda a água existente no planeta Terra, somente 2,7% é água doce e que de toda a água disponível para uso da humanidade, cerca de 97% estão na forma de água subterrânea até a profundidade de 800 metros (isto porque a extração da água abaixo desta profundidade poderia ser muito caro), torna-se mais difícil decidir sobre a captação superficial ou subterrânea, sem conhecer o potencial hídrico do cárstico.
Nossa sugestão é de elaboração de um projeto visando o Estudo Hidrogeológico do Aqüífero Cárstico e do Aqüífero Fraturado de Sete Lagoas. Devemos salientar que sistema cárstico possui características próprias e que modelos geológicos preconcebidos e inspirados em outros carstes, normalmente, não são adaptáveis a todos os sistemas.
25. 25 Para orientar o planejamento dos trabalhos de investigação de um aqüífero cárstico, precisa-se respostas a algumas questões básicas determinantes, a fim de termos condições de planejar e tomar decisões sobre o abastecimento de água de Sete Lagoas.
Estas perguntas não podem continuar sem resposta:
Qual é o esquema básico de comportamento da água no sistema aqüífero e sua relação com as águas superficiais? (Zonas de carga e recarga).
Quais são os tempos de residência da água no aqüífero? (se confinada ou em movimento).
São coerentes os dados disponíveis e qual é seu erro e dispersão prováveis?
Qual a maior profundidade útil de circulação de água subterrânea?
Quais são os métodos melhores e mais simples para localizar a profundidade do nível freático?
Quais os métodos mais adequados para averiguar a qualidade da água subterrânea?
Que relações existem entre fraturamentos, lineações visíveis em fotos aéreas, estruturas geológicas, etc, e a presença de zonas preferenciais de formas cársticas ou de circulação de água subterrânea?
Onde os poços são mais produtivos e onde se permite uma utilização ótima de reserva de água do subsolo?
Que relação existe entre a litologia e qualidade de água?
Como evoluiu o processo cárstico?
Qual é ou será o movimento de contaminantes atuais e futuros? (Composição mineralógica da água e rocha armazenadora).