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OUTROS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO. ESCOLA DE MEDICINA UCPEL Prof. Antonio J. V. Pinho . Tremores. Distonias. Doença de Wilson. Coréias. Hemibalismo. Síndromes de tique Mioclonias. Espasmo hemifacial. Síndrome das pernas inquietas. Síndrome neuroléptica maligna.
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OUTROSDISTÚRBIOS DO MOVIMENTO ESCOLA DE MEDICINA UCPEL Prof. Antonio J. V. Pinho
Tremores. Distonias. Doença de Wilson. Coréias. Hemibalismo. Síndromes de tique Mioclonias Espasmo hemifacial. Síndrome das pernas inquietas. Síndrome neuroléptica maligna. Distúrbios do movimento induzido por drogas. São:
Tremores • Essencial. • Fisiológico. • Cerebelar. • De repouso. • Ortostático.
Tremor Essencial • De 5 a 8 c/s. Postural, progressivo e piora com a ação. Assimétrico, afeta a escrita e os movimentos finos. Pode ser em movimentos de “sim-sim”. Aparece cedo, mas é notado em idade mais avançada. 50% tem história familiar. Trata-se com: beta-bloqueadores, anticonvulsivantes (Primidona) e talamotomia estereotáxica.
Tremor Fisiológico • De 8 a 12 c/s. Sempre presente e estimulado pela ansiedade, hipertireoidismo, certos medicamentos (beta-agonistas e simpaticomiméticos) e abstinência ao álcool. • Tratamento: Retirar a causa e dar ansiolíticos.
Tremor Cerebelar • De 3 c/s. Aumenta com o movimento (tremor de intenção). Pode haver titubeação da cabeça.
Tremor De Repouso • 4 a 6 c/s. Sinal de contar dinheiro. Presente no Parkinson. • Tratamento: anticolinérgicos.
Tremor Ortostático • Aparece nas pernas, após longo tempo em posição ereta. • Trata-se com: Clonazepan e L-Dopa.
Distonias • Distonia é a contração involuntárias dos músculos agonistas e antagonistas. Podem ser: Focais Generalizadas
Distonias Focais • Distonia cervical. • Cãibra do escritor e outras distonias específicas. • Blefaroespasmo. • Distonia espasmódica. • Distonia oromandibular.
Distonia Cervical • Mostra movimentos cranianos anormais, posição anormal da cabeça, dor no pescoço. • Causa desconhecida ou por neurolépticos ou por lesões dos núcleos da base. • Trata-se com toxina botulínica injetada no músculo.
Cãibra do escritor e outras distonias específicas • Tensão e postura anormal de uma parte do membro. Aparece ao digitar, tocar violão ou jogar dardos. • Tratamento: Ruim. Trocar de atividade, toxina botulínica.
Blefaroespasmo • Os olhos do paciente se fecham de forma involuntária. • Tratamento: Toxina botulínica.
Distonia Espasmódica • Fala variável com timbre agudo e abafado, podendo ser trêmula. • Tratamento: Toxina botulínica.
Distonia Oromandibular • Boca e língua afetados e a mandíbula pode fechar sobre a língua protrusa. • Tratamento: Toxina botulínica.
Distonias Generalizadas • Distonia muscular deformante. • Distonia responsiva a Levodopa.
Distonia Muscular Deformante • Doença rara, genética, com distonia generalizada e progressiva.
Distonia Responsiva a Levodopa • Com distonia flutuante, que aparece em criança e pode simular a Paralisia Cerebral. • Tratamento: Responde a baixas doses de Levodopa.
Doença de Wilson • Herança autossômica recessiva. Defeito no metabolismo do cobre que se acumula no fígado e núcleos da base. • Quadro variável: problemas hepáticos, manifestações psiquiátricas, distúrbios do movimento (tremor, parkinsonismo, disartria, incoordenação). Cobre e ceruloplasmina sanguíneos baixos e cobre elevado na urina de 24 horas.
Coréia • Movimentos anormais irriquietos e espasmódicos dos membros. • Tem-se: Coréia de Huntington. Coréia de Sydenhan. Outras formas de Coréia.
Coréia de Huntington • Hereditária, dominante, com distúrbio do movimento e deêmcia. Aparece dos 30 aos 60 anos. Com distúrbios psiquiátricos (alterações da personalidade), protrusão da língua e marcha bizarra. • Diagnóstico: Detecção de uma expansão na repetição do trinucleotídeo CAG no braço curto do cromossoma 4. • Tratamento: tetrabenazina e haloperidol.
Coréia de Sydenhan • Coréia que ocorre vários meses após uma doença estreptocócica. Pode afetar só um lado. • Tratamento: Haloperidol.
Outras Formas De Coréia • Pode ocorrer no Lupus Eritematoso, na gestação, no uso de anticoncepcionais e com os neurolépticos.
Hemibalismo • Aqui há um movimento abrupto de um lado do corpo, o qual é vilentamente rodado, lesando, às vezes, o paciente. • Geralmente por lesão vascular do núcleo subtalâmico. • Pode curar espontâneo.
Síndrome De Tique • Movimentos estereotipados involuntários. Ocorrem na ausência de lesões neurológicas (tiques motores simples), na síndrome de Gilles de la Tourette, no TCE, no AVC e no uso de drogas neurolépticas.
Mioclonia • Ocorre na Epilepsia, nas encefalopatias pós-anóxicas e em algumas doenças degenerativas (ELA), e de forma essencial (sem causa). • Tratamento: Responde ao Clonazepan, a L-Dopa e ao Valproato de Sódio.
Espasmo Hemifacial • Situação em que a metade da face permanece em espasmo por períodos breves, às vezes de forma ritmica. Pode ser devido a compressão do nervo facial por vaso aberrante na fossa posterior. • Tratamento: Remissão espontânea, toxina botulínica e descompressão microvascular do nervo.
Síndrome das pernas inquietas • É uma sensação desagradévl que ocorre nas perns, principalmente à noite, que é aliviada pela movimentação das mesmas. Geralmente é idiopática, mas parece na espondilose lombar, na uremia e na neuropatia periférica. • Trata-se com: Clonazepan, L-Dopa ou agonistas da dopamina.
Síndrome neuroléptica maligna • Rigidez, febre, distúrbios autonômicos e consciência comprometida, associada a uma creatinoquinase elevada. • Pode ocorrer em qualquer momento da terapêutica com neurolépticos. • Tratamento: Suspensão dos neurolépticos, dar antiparkinsonianos e dantroleno e apoio. • Mortaldade até 25%.
Distúrbios do movimento induzido por drogas • Parkinsonismo. • Acatisia. • Discinesia tardia. • Crises oculógiras agudas. • Crises discinéticas agudas.
Parkinsonismo • Síndrome semelhante a Doença de Parkinson, que aparece com o uso de neurolépticos por muito tempo e em doses elevadas. • Tratamento: Anticolinérgicos e Amantadina.
Acatisia • Inquietação motora, manifestada por passos no mesmo lugar ou oscilaçès das pernas. • Tratamento: ?
Discinesia tardia • Aparece depois de muito tempo de uso dos neurolépticos. Uma forma característica é a discinesia orolingual que consiste em mastigar e estalar os lábios de forma repetida.
Crises oculógiras agudas • Ocorrem em 2% dos pacientes com uso de neurolépticos e antieméticos (procloperazina e metoclopamida). • Tratamento: Antocolinérgicos EV e depois VO. Resultado imediato.
Crises discinéticas agudas • A mandíbula cerra, a face se contrai em caretas, existe torcicolo e retrocolo acentuados, podendo haver opistótono. • Tratamento: Anticolinérgicos EV e depois VO. Resultado imediato.