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1. Tipos Regionais do Sudeste Aluno: Leonardo Monteiro Bustamante
2. Os tipos regionais do sudeste são:
-Garimpeiro
-Boiadeiro
-Caipira
-Caiçara do litoral Paulista
-Retireiro de leite
3. Garimpeiro A denominação - garimpeiro - veio de um vocábulo pejorativo - Grimpeiro. Os grimpeiros subiam as grimpas no passado, fugindo ao fisco.
Eram os grimpeiros, mais tarde garimpeiros. O nome hoje não tem mais o sentido pejorativo. É o nome de homens arrojados que lutam na extração de pedras preciosas, ou de ouro, nos terrenos de aluvião ou quebrando cascalhos para a busca de metais preciosos. O garimpeiro muda a fisionomia da paisagem em que trabalha, por causa dos desmontes. A técnica extrativa ainda é muito primária.
4. Faiscação: é o termo usado na procura de ouro nos cursos d'água ou nas areias que faiscam à luz do sol, nos bicames (calhas) de madeira, que trazem na água as areias auríferas para os decantadores. Os instrumentos usados são: batéias, pás, bicames, peneiras, canoas pequenas, agitadores, etc.
5. Os boiadeiros Embora São Paulo seja o Estado mais industrializado do país, ainda existem pacatas cidades do interior, com os seus boiadeiros e tropeiros. Com as suas festas juninas, onde o povo, voltando ao passado, se veste num arremedo de singelos caipiras.
Vaqueiro de Minas Gerais
O gado vinha do norte para abastecer Minas durante o período da mineração. Com a decadência da mineração a população acabou adotando novas atividades, como a agricultura e a criação de gado.
6. Caipira O caipira paulista é também o mameluco, que nasceu no planalto e depois fixou-se nos grotões da serra. É o paulista legítimo que tem dentro de si a valentia lusitana e a calma do índio. É o branco amorenado pelos trópicos e pelo sangue tupi.
Nome com que se designa o habitante do campo. Equivale a labrego, aldeão e camponês em Portugal; roceiro no Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará; tapiocano, babaquara e muxuango, em Campos dos Goitacases; matuto em Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas; casaca e bahiano no Piauí; guasca no Rio Grande do Sul; curau em Sergipe; e finalmente, tabaréu na Bahia, Maranhão e Pará.
7. Têm-se atribuído diversas origens ao vocábulo caipira; duas há, porém, que têm merecido particular atenção da parte daqueles que se dão a esses estudos, e são caapora e curupira, ambos vocábulos da língua tupi: caapora, cuja tradução literal é habitante do mato.
Curupira designa um ente fantástico, espécie de demônio, que vagueia pelo mato, e só como alcunha injuriosa poderia ser aplicado aos camponeses.
Também conhecido como caboclo: Mestiço de branco com índio; sertanejo, homem do sertão; do tupi Kari'boka, que procede do branco.
8. Caiçaras Os próprios índios começaram a chamar os seus irmãos de caiçara, porque moravam com os povoadores portugueses em vilas cercadas por caiçaras (cercas de varas). Os moradores das praias, mamelucos (mestiços de branco e índio), passaram a ser também conhecidos por caiçaras. Como a terra do litoral não era fértil como no planalto, dedicaram-se à pesca. Não abandonaram completamente a lavoura, pois o plantio de mandioca continua presente. Caiçara passou a ser sinônimo de pescador litorâneo.
9. O caiçara, para a pesca usa espinhel (corda extensa onde prende anzóis) e redes: tarrafa, picaré, jereré, puçá e faz nos rios as cercas ou chiqueiros de peixes.
A pesca com rede requer o uso de canoa - a ubá. A rede mede cerca de 140 braças de comprimento por 6 de largura. Para facilitar a flutuação na parte superior da rede colocam bóias de cortiça. E na parte inferior colocam as chumbadas ou peso de barro cozido.
Nas extremidades da rede, colocam cordas para puxar o arrastão. Colocam a rede no mar, levada pela ubá, e depois vêm arrastando até a praia - é o famoso “arrastão”.
10. Retireiros de leite Os grandes vazios entre as cidades mineiras foram conquistados pela pecuária. Surgiram as imensas fazendas onde fazem o aproveitamento imediato do leite, na produção de queijos e manteiga.
Os mineiros se especializaram na industrialização do leite, produzindo os mais saborosos queijos (queijo de Minas), manteiga e doce de leite.
11. Na política, no fim do Império e começo da República, os mineiros, senhores de fazendas, tomaram uma parte importante na administração pública. Quando os fazendeiros paulistas do café dominaram a política, aliados aos mineiros, surgiu a chamada política do “café-com-leite”.
Nas fazendas, hoje, a ordenha (recolhimento do leite) é feita por meios mecânicos. Entretanto, nos sítios, nos retiros de leite, ainda se pode ver o tradicional retireiro de leite, com o banquinho ajustado para ordenhar a vaca, manualmente.
12. Dicionário A acabrunhado: triste, envergonhado acoitá: esconder, proteger agorá: desjar mal, desejar que algo bom não ocorra agrado: o mesmo que gorjeta, presente ara: ...ora!... avuado: distraído
13. B bacurim, bacuri: criança recém-nascida barriga d'água: efeito colateral de esquistosomose beiço: lábios bestagem: bobagem birrento: que faz birra; desaforado boca-de-pito: gole de café frio
14. C caboclo: pessoa muito simples cacunda: costas cafundó: fim do mundo, lugar ermo cambada: bando (de malfeitores) cambito: perna fina campiá: procurar cósca (fazer cosquinha): cócegas
15. D dá o pira: ir embora dá trela: alimentar conversa fiada dá um pito: dar uma bronca dasveis: às vezes de banda: de lado de jeito e manêra: de modo algum desgueio: atravessado destá: deixe estar
16. E Emborná: espécie de alforge dotado de alça que se leva no pescoço e/ou ombro enfezado: nervoso enrriba: em cima escangaiado: destruído estórva: atrapalha
17. F fasto: ré, andar para trás fiá: vender fiado fincá: enfiar, cravar fôrgo: fôlego fuá: encrenca, escarcéu fúça: cara, rosto
18. G gaitada: risada estridente ganhá os tufo: ganhar muito dinheiro gastura: nervoso gorá: agourar, também se diz dos ovos que não fertilizam gróta: trecho de mata de difícil acesso entre dois ou mais morros guspe: cuspe
19. H home quá: deixa para lá humirde: humilde
20. I inté: até intojado: enjoado; metido
21. J jacá: balaio janota: homem vestido com muito apuro
22. L ladino: esperto lavá a égua: se dar bem; ganhar bom dinheiro loróta: conversa fiada
23. M marrudo: mal-encarado meia-pataca: insignificante mió ou milhor: melhor mistura: guarnicão do prato principal módequê?: qual a razão? munheca: pão duro; sovina muntá: montar
24. N Nhô: tratamento respeitoso= senhor nódia: nódoa
25. O ocê: você orná: combinar
26. P pageá: adular panca: jeito pedante papudo: convencido; cehio de si; pessoa com bócio pata-choca: mulher desmazelada pé de boi: pessoa decidida, muito trabalhadoura pelejá: lutar picá a mula: ir embora; esporear a montaria para sair mais rápido picuinha: intriga pinchá fora: jogar fora pinguço: bêbado
27. Q quá!: qual o quê! quebra peito: cigarro de fumo ordinário ou muito forte quebranto: feitiço que qualquer um passa a outrem, por invejar demais algo que o outro possui quentura: calor questã: briga jurídica; pergunta quiprocó: briga generalizada
28. R rabêra: o mesmo que rabeira rádia: emissora de rádio réiva: raiva relá: tocar (com as mãos ou outra parte do corpo) relampo: relâmpago rinchá: relinchar; rinchar
29. S sororóca: mandinga para estourar pipóca; estertor de doente terminal sortá os cachorro: xingar; reclamar aos gritos suzim: sozinho
30. T tá loco, sô: mesmo que "duvido de você" tacá: jogar, atirar com a mão (pedra) táio: talho; corte tôco; pessoa muito rude; pedaço pequeno de um tronco de árvore trelê: resmungo trem: objetos em geral= louças, móveis, mals, etc. trincá: rachar tropicão: tropeço muito forte
31. U unhero: unha inflamada
32. V Vam'bora: vamos embora viche: valha-me Deus!; Virgem Maria!
33. X xicra: xícara xixilenta: fedida; mal cheirosa xôxa: sem graça xurumela: história mal contada
34. Z zambeta: que tem a perna torta zarôio: caolho zóio: olho zorêia: orelha zunhada: unhada, arranhar com as unhas
35. Conclusão Eu nem fazia idéa quais eram os tipos regionais.Mas depois deste trabalho eu passeia saber sobre o garimpeiro, o boiadeiro, o caipira, o caiçara e o retireiro de leite.
36. Bibliografia http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/sudeste/tiposude.html