10 likes | 125 Views
IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÃFICA EM MAIORES DE 55 ANOS. RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA. Baptistella E¹ ; Silva TP¹; Maniglia S¹; Malucelli DA¹; Rispoli D¹; Bernardi G²; Becker RV²; Dranka D²; Tsuru FM²; Ferraz B².
E N D
IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM MAIORES DE 55 ANOS. RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA Baptistella E¹ ; Silva TP¹; Maniglia S¹; Malucelli DA¹; Rispoli D¹; Bernardi G²; Becker RV²; Dranka D²; Tsuru FM²; Ferraz B². 1 Médico Otorrinolaringologista. 2 Acadêmico de Medicina - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Resultados Introdução • O sistema imunológico sofre várias alterações morfológicas e funcionais que resultam em um declínio gradual no envelhecimento (imunossenescência) [1]. • Rinite alérgica: afecção relacionada ao sistema imune com prevalência de 25% na população geral. O diagnóstico é basicamente clínico e o tratamento inclui o afastamento dos fatores de risco, associação de corticóides e anti-histamínicos ou a instituição da imunoterapia alérgeno-específica [1-3]. • Imunoterapia: eficaz em processos sazonais e em pacientes não responsivos ao tratamento tradicional [4]. • Objetivo: análise da resposta aos alérgenos nos pacientes maiores de 55 anos com queixas associadas à rinopatia alérgica submetidos à imunoterapia. Discussão A imunoterapia, uma técnica de dessensibilização, está indicada em casos especiais em que o paciente não consegue evitar exposição aos alérgenos e quando não há resposta adequada ao tratamento farmacológico. A Academia Européia de Alergia e Imunologia Clínica traz a imunoterapia como uma contra-indicação relativa para pacientes idosos portadores de rinite alérgica. O II Consenso Brasileiro sobre Rinites, de 2006, e a Sociedade Canadense de Alergia e Imunologia Clínica afirmam que em casos raros a imunoterapia pode sim ser utilizada em idosos [6-8]. Durante a avaliação dos 104 pacientes submetidos a essa modalidade terapêutica, uma importante melhora terapêutica pode ser observada através do controle com o teste cutâneo. Além disso, não houve nenhum efeito colateral apresentado. Material e Método • Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Médico Especializado Baptistella (CMEB), sob protocolo de número 0015/2009. • Amostra: 104 pacientes maiores de 55 anos. Idade média de 64,5 anos, 70,2% homens e 29,8% mulheres. • Etapa 1: Teste alérgico cutâneo – previo à Imunoterapia, com uma mistura de 2 alérgenos regionais (Dermatophagoides pteronyssinus e Blomia tropicalis) [5] administrados sob a forma de gota única aplicada na face medial do antebraço. Após 15 minutos, foi feita a leitura: • negativa (pápula ausente) • leve (pápula < 4mm) • moderada (pápula de 4-6mm) • severa (pápula > 6mm). • Etapa 2: Imunoterapia alérgeno-específica – esquema à base de gotas sublinguais dadas 3x/semana de forma crescente. • Etapa 3: Teste alérgico cutâneo – 1 ano após a Imunoterapia Conclusão As divergências encontradas na literatura e o resultado alcançado neste estudo direcionam a necessidade da realização de mais pesquisas nessa área a fim de comprovar que a Imunoterapia alérgeno-específica é uma alternativa de tratamento para a rinopatia alérgica em pacientes com idade superior a 55 anos, cujo tratamento medicamentoso convencional e o controle ambiental não foram suficientes para o controle terapêutico da doença crônica em questão. Referências • Machado PP. O baú dos sonhos adormecidos: a dimensão simbólica da rinite alérgica em um estudo de caso. Bol. psicol v.57 n.126 São Paulo jun. 2007. • Ibiapina CC, Sarinho ESC, Camargos PAM, Andrade CR, Filho ASC. Rinite Alérgica: aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. J. bras. pneumol. vol.34 no.4 São Paulo Apr. 2008 doi: 10.1590/S180637132008000400008. • Megid CBC, Cury PM, Cordeiro JA, Jorge RBB, Saidah R, Silva JBG. Tratamento da Rinite Alérgica: comparação da acunpuntura e corticóide nasal. ACTA ORL/TécnicasemOtorrinolaringologia Vol.24 (3: 152-157,2006). • Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. ProjetoDiretrizes. Imunoterapiaalérgeno-específica. ProjetoDiretrizes. Julho 2011. • Rosário Filho NA, Baggio D, Suzuki MM. Ácaros na poeira domiciliar em Curitiba. Rev. bras. alerg. imunopatol. 1992;25:15-25. • Mailing H, Weeke B. Immunotherapy. Position Paper of the European Academy of Allergy and Clinical Immunol. Allergy 1993; 48:9-35. • Soléet al. II Consenso Brasileiro sobre Rinites. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. Vol. 29, Nº 1, 2006. • Guidelines For The Use Of Allergen Immunotherapy. Canadian Society of Allergy and Clinical Immunology. <http://www.csaci.ca/index.php?page=361>. Acesso em 22/05/11. Endereço eletrônico: cmeb.cmeb@yahoo.com.br