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Claudia Barleta 2010

EPIDEMIOLOGIA Aula 2 – Conceitos de Saúde (OMS e Perkins) – Processo Saúde-Doença, Causalidade, História Natural da Doença e Prevenção. Claudia Barleta 2010. Epidemiologia – outros conceitos.

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  1. EPIDEMIOLOGIAAula 2 – Conceitos de Saúde (OMS e Perkins) – Processo Saúde-Doença, Causalidade, História Natural da Doença e Prevenção Claudia Barleta 2010

  2. Epidemiologia – outros conceitos • Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. • Relações existentes entre os fatores do ambiente (físicos, químicos e biológicos), do agente e do hospedeiro suscetível – incluídos aí os fatores culturais e sócio-econômicos.

  3. OBS: A Epidemiologia é considerada o Eixo da Saúde Pública, por: • fornecer bases para avaliação das medidas de profilaxia; • fornecer pistas para diagnose de Doenças Transmissíveis e não-Transmissíveis; • estimular a verificação da consistência de hipóteses de causalidade; • estudar a distribuição da morbidade e da mortalidade, a fim de traçar o perfil de saúde-doença nas coletividades humanas; • realizar testes de eficácia de vacinas; • desenvolver a Vigilância Epidemiológica; • analisar os fatores ambientais e sócio-econômicos que possam influenciar na eclosão de doenças e nas condições de saúde; • constituir um dos elos entre comunidades/governo, estimulando a prática da cidadania através do controle, pela sociedade, dos serviços de saúde.

  4. Saúde: • - (OMS) – Completo bem-estar físico, mental e social do indivíduo e não meramente ausência de doença. Processo saúde-doença: modo específico pelo qual ocorre, nos grupos, o processo biológico de desgaste e reprodução, destacando como momentos particulares a presença de um funcionamento biológico diferente, com conseqüências para o desenvolvimento regular das atividades cotidianas, isto é, o surgimento da doença. Este processo não deixa de ser um processo social, como modo específico de passar de um estado de saúde para um estado de doença e vice-versa. Completo bem estar físico, mental e social ------------------Doença---------------Morte Gradiente de saúde/doença

  5. 2 - (Perkins) – Estado de relativo equilíbrio da forma e da função do organismo, resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças que tendem a perturbá-lo. Ou seja, é uma batalha contínua em que se empenha o homem para manter um balanço positivo contra as forças biológicas, físico-químicas, mentais e sociais que tendem a romper o equilíbrio que corresponde ao seu grau de saúde. Estímulos produtores de Doenças: Agentes Vivos – (agentes etiológicos) – Doenças Transmissíveis Agentes Não-Vivos – Doenças Não-Transmissíveis e Agravos

  6. Períodos: • Da pré-patogênese ou pré-patogênico: própria evolução das inter-relações dinâmicas envolvendo os condicionantes sociais e ambientais e os fatores próprios do suscetível (Tríade Ecológica) • Da patogênese ou patogênico: manifestações clínicas – • Perturbações bioquímicas em nível celular – perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura.

  7. Prevenção: Aplicação de um conjunto de ações para evitar as doenças e/ou suas conseqüências. Prevenção Primária: Medidas aplicadas na fase anterior ao surgimento da doença/agravo, objetivando a manutenção da saúde. 2 níveis: Promoção da Saúde e Proteção Específica. Prevenção Secundária: Medidas aplicadas após a instalação da doença/agravo para prevenção de recaídas, complicações, seqüelas e óbito. 2 níveis: Diagnóstico e Tratamento Precoces e Limitação da Incapacidade. Prevenção Terciária: Medidas aplicadas na fase mais avançada da doença/agravo, objetivando evitar uma deterioração maior, desenvolvendo a capacidade residual do indivíduo. 1 nível: Reabilitação. “Antes que haja uma prevenção primária, há de haver uma prevenção de caráter estrutural.”

  8. Causalidade – 2 teorias: Da Unicausalidade – bastavam o encontro e a identificação do agente etiológico. Era bacteriológica. Da Multicausalidade – conjunto de fatores determinantes/causais na instalação da doença/agravo.

  9. História Natural da Doença: conjunto das inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente, desde o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do hospedeiro suscetível ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. HND: 2 períodos seqüenciados – Epidemiológico – relações entre o suscetível e o ambiente Patológico – modificações no organismo vivo Quadro pág.27 – Leavell e Clark, 1976

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