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O que é filosofia? Professor José Roque Pereira de Melo Filósofo e Sociólogo . O Método Filosófico :
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O que é filosofia? Professor José Roque Pereira de Melo Filósofo e Sociólogo
O Método Filosófico: Para Platão, o método da Filosofia é a dialética, cujo ponto de partida seria “nada sabemos, mas queremos saber”. Porém, esse saber deve ser apreendido e ao mesmo tempo negado, para se tornar uma verdade filtrada em discussão. É um método de diálogo consigo mesmo e com o outro. Visa à busca de um conhecimento mais resistente às críticas, para formar o chamado saber filosófico. Esse saber é essencialmente racional, mas não exclui aspectos intuitivos, pois a filosofia busca entender até mesmo o que parecer ser irracional, incompreensível ou inquestionável. Além do método dialético, a Filosofia conta também com a disposição de ânimo do filósofo, seu rigor e a intuição tanto sensível quanto intelectual e espititual.
Seria a filosofia inútil? • Muitos desprezam a filosofia e julgam-na uma ferramenta complicada e totalmente inútil. Alguns enxergam os filósofos como meros guardiões de falácias inúteis. Para compreender esse desdém é preciso considerar o que as pessoas atualmente julgam como útil ou inútil. • Analisando os eventos históricos, especialmente dos últimos séculos, percebe-se que a filosofia teve um papel fundamental para a transformação não apenas do mundo, mas das pessoas, individualmente. • Os filósofos já afirmavam isso: para Descartes, a filosofia é o conhecimento perfeito de todas as coisas, para Kant a felicidade humana pode ser obtida pelo conhecimento da razão adquirida de si mesma.
Para Marx: a filosofia deve ultrapassar a mera contemplação, a fim de poder transformar o mundo. • Segundo Espinosa, a filosofia é o caminho árduo e difícil, por isso, uma mente desacostumada a refletir pode rotulá-la como inútil. • Falácia:qualidade do que é falaz, falsidade, no aristotelismo, qualquer enunciado ou raciocínio falso que , contudo, simula a veracidade, sofisma. • Podemos afirmar que inútil é a negação do útil. E o que é o útil, nessa perspectiva? Dinheiro, coisas, carreira, corrida contra o tempo, prestígio, fama e poder? Tudo isso tende para o individualismo e resulta na avaliação do homem pelo que ele conquista e não pelo que ele é. É o que podemos chamar de reverência ao útil.
Nesse critério de excelência para vida, onde o meio se torna um fim, a Filosofia não é útil, pois sua esfera de atuação inclui o questionamento, o comprometimento e a dádiva. Isso, naturalmente da mais trabalho e cansa a mente habituada com o tudo pronto ou deixa que eu penso por você. * Encerrar toda a vida num paradigma de indiferença, e de utilidade é o mesmo que reduzir o homem, a uma existência alienada, e sem sentido. É provável que por essas razões, Aristóteles, afirmava que o valor intrínseco da filosofia, estava no fato de ela ser uma ciência inútil.
O Mundo é movido por ideias filosóficas: • O mundo é visto hoje como um campo de batalha das ideias, e os filósofos dão a direção de marcha dos seres humanos. Vidas preciosas estão sob o cunho das ideologias. Basta lembrar os feitos de Adolf Hitler, com sua concepção sobre o poder e elitismo étnico, e Mahatma Gandhi, em sua luta pela paz e liberdade na ìndia. • A filosofia de Karl Marx, por exemplo, representava concepções contrárias às que predominavam no seu tempo. Isso resultou em sua expulsão da Alemanha, sua terra natal. Porém, com o tempo, suas reflexões inspiraram revoluções em diversos países. Sua princiapal obra, O Capital, é estudada até hoje. É impossível falar de relações empregado e empregador, por exemplo, sem considerar seu nome e suas ideias.
Contra os filósofos que possuem Deus sem Jesus Cristo Filósofos- eles acreditam que Deus é o único digno de ser amado e admirado, e desejaram ser amados e admirados pelos homens; e não conhecem sua corrupção. Sentem-se cheios de sentimentos para amá-lo, e acham nisso a sua alegria principal, estimem-se bons enquanto é tempo. Mas, se se acham repugnantes, se a sua única tendência é estabelecer-se na estima dos homens e se, por toda perfeição, conseguem apenas que, sem forçar os homens, os façam achar a felicidade em amá-los, direi que essa perfeição é horrível. Conheceram Deus e não desejaram unicamente que os homens se detivessem neles! Quiseram somente ser o objeto da felicidade voluntária dos homens! Pascal.
É possível aprender a Filosofar? • Na filosofia, as perguntas são mais importantes que as respostas, e o ouvir tem maior relevância que o falar. • As perguntas nos inquietam e nos fazem caminhar como se a estrada não tivesse um fim. O ouvir sinaliza nosso interesse, busca e empatia. O filósofo é muito mais um garimpeiro do saber do que dono da verdade. • Quando meditamos ou discorremos sobre as questões e problemas filosóficos; quando raciocinamos e discutimos metodicamente sobre temas e pensamentos morais; quando produzimos textos que enfatizam nossa preocupação com o ser “tu” e com ser “eu”, quando construímos e reconstruímos por meio de abstrações ; quando nos entregamos a lingas reflexões para compreender o mundo e agir sobre ele, estamos filosofando.
A filosofia é um instrumento inovador na vida daquele que busca a sabedoria. Mas é necessário também que esse instrumento funcione como uma chave para abrir os significados de si mesmo e do mundo. Os primeiros passos de um filósofos são dados quando ele se permite conviver com ideias diferentes das suas. • Assim, ele passa a amar o exercício reflexivo e torna-se um cultivador e semeador de sabedoria. • Após estudar conceitos de filosofia neste módulo, percebemos que o nome da mais antiga área do saber não expressa toda a sua dimensão. As próprias definições conferidas pelos filósofos ao longo da história foram tão divergentes, que nos dão uma ideia da exaustiva tarefa de encontrar uma conceituação exata do que é filosofia.
Isso significa que tais definições estejam erradas, mas evidenciam as inúmeras tentativas de criar uma definição capaz de abranger os diversos sistemas filosóficos dos últimos 25 séculos. • Basicamente, a filosofia pode ser vista como o homem refletindo sobre si mesmo, bem como a busca por compreender as relações primeiras e últimas das coisas. Trata-se da construção de uma visão de mundo puramente racional.