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MBE – Análise e Gestão de Negócios

MBE – Análise e Gestão de Negócios. DISCIPLINA: Ambiente Macroeconômico PROFESSOR: José Ricardo de Santana. Sistema Financeiro. Aracaju, Setembro de 2005. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA. Surgimento da intermediação Condição: superação do estágio de escambo

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  1. MBE – Análise e Gestão de Negócios DISCIPLINA: Ambiente Macroeconômico PROFESSOR: José Ricardo de Santana Sistema Financeiro Aracaju, Setembro de 2005

  2. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA • Surgimento da intermediação • Condição: superação do estágio de escambo • Agentes superavitários (poupadores) x deficitários • Função da intermediação: Atender aos deficitários, aplicando com risco minimizado os recursos dos superavitários • Financiamento direto x indireto • Direto: negociação entre os agentes, sem intermediação • Indireto: - instituições gabaritadas para avaliar riscos (especialização) - socialização dos riscos e economias de escala - agilidade nas transações entre os agentes - possibilita a participação de pequenos agentes

  3. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Obrigações Primárias Obrigações Primárias Agentes Deficitários Agentes Superavitários Intermediários Financeiros $ $

  4. Atividades nos Mercados Financeiros • Transformação de ativos fixos em ativos líquidos • Transformação dos prazos das operações • Transformação das magnitudes de capital • Transformação de risco

  5. Mercados Financeiros

  6. MERCADOS • MONETÁRIO • Atende necessidades imediatas de caixa • Faz o controle da liquidez da economia • Ex: LTNs, NTNs, CDBs e CDIs, BBCs • CRÉDITO • Atende necessidades de crédito (financiamento de consumo e capital de giro) • Negociados títulos de curto prazo • Ex: CDBs, contratos derivativos, etc. • CAPITAIS (intermediários não bancários) • Atende necessidades de médio e longo prazos (financiamento capital fixo, capital de giro e especiais, como habitação) • EX: ações, debêntures • CAMBIAL • Atende necessidades de transações com moeda estrangeira, em compra e venda

  7. MERCADO DE CAPITAIS $ Investidor Tomador $ + rendimento Instituição Financeira

  8. MERCADO FINANCEIRO $ $ Investidor Tomador Instituição Financeira $ + i % $ + (i +x) % Operações Passivas: o banco recebe recursos e tem obrigação de devolver, acrescido de juros. Operações ativas: o banco empresta recursos, gerando um direito a receber, acrescido de taxa de juros. Operações Passivas Operações Ativas

  9. Spread bancário • Spread: diferença entre custo de captação e receita de aplicação (mercadoria negociada => $$$$) • Receitas bancárias • float : • dinheiro de clientes à disposição dos bancos • restringido pela regulamentação do governo (BACEN) • afetado diretamente pelos depósitos compulsórios • importante em ambientes inflacionários • tarifas por serviços prestados • spread de operações realizadas

  10. Spread bancário • Fatores de influência: • prazos : reaplicação, novas captações • risco de variação da taxa de juros • adimplência futura : risco de crédito • Inflação • tributos

  11. Spread • Cliente $ Banco $ Cliente • Poupador Tomador • $ + J1 $ + J2 • onde : • $ = Valor Principal • J1 = Custo Financeiro da Captação • J2 = Receita Financeira da Aplicação • J2 - J1 = Spread • J2 > J1 = Lucro • J2 < J1 = Prejuízo

  12. Spread • $ (-) C1$ + C2 • Cliente Banco Cliente Poupador Tomador • $ + J1 $ + J2 • onde : • $ = Valor Principal • J1 = Custo Financeiro da Captação • J2 = Receita Financeira da Aplicação • C1 = Custo Operacional de Captação • C2 = Custo Operacional da Aplicação • J1’ = J1 + C1 = Custo Total da Captação • J2’ = J2 - C2 = Receita total da Aplicação • J2 - J1 = Spread Bruto • J2’ - J1’ = Spread Líquido • J2 = J1 = Ponto de Equilíbrio Financeiro • J2’ = J1’ = Ponto de Equilíbrio Real

  13. Formação do Spread • Área de Atuação dos Bancos de Atacado e Varejo : • Bancos Valor da Quantidade Custo Operacional Ponto Equilíbrio • Operação Operações (por operação ) (por valor negociado) • Atacado Alto Pequena Alto Alto • Varejo Baixo Grande Baixo Baixo • Custo por Área do • Operação Área 1 Banco de • Atacado • Área do • Banco de Área 2 • Varejo • Valor Monetário • por Operação

  14. Mercado de câmbio : • Definição: segmento financeiro onde ocorrem operações de compra e venda de moedas internacionais conversíveis • Agentes: • operadores de comércio internacional, • instituições financeiras, • investidores e • bancos centrais • Arbitragem (moeda francesa) • Londres : FF 1,00 = $0,8696 Paris : FF 1,00 = $ 0,9091 Compra !!! Venda !!!

  15. Títulos Financeiros

  16. Haveres Financeiros • Monetários : • Papel Moeda - Banco Central • Depósito à Vista - Bancos Comerciais e Múltiplos • Não Monetários : • Caderneta de Poupança - BM, CEF,SCI,APE • CDB / RDB - Bancos Comerciais, BM,BI,BD • Letras de Câmbio - Investidor ( aceite da Financeira) • Letras Hipotecárias - CEF,SCI • Debêntures - Sociedades Anônimas • BBC, NBC - Banco Central • NTN - Tesouro Nacional

  17. Mercado monetário e política monetária. • Mercado monetário : visa ao controle da liquidez monetária da economia • papéis são negociados tendo como parâmetro de referência a taxa de juros => mais importante moeda de transação • papéis : prazos reduzidos de resgate e alta liquidez • BBC, NTN, LTN, CDI e CDBs • Governo controla através de mecanismos como o compulsório, taxas de redesconto, leilões de títulos, etc. • O multiplicador bancário - moeda escritural

  18. Classificação dos Títulos • Órgão emissor : Públicos x Privados • Lucratividade : Renda Fixa x Renda Variável • Prazo : Fixo x Indeterminado • Correção : Pré-fixado x Pós-fixado

  19. Principais títulos e formas de negociação • Públicos • Tesouro Nacional : LFT, NTN • Bacen : BBC, NBC, LFT/LBC • Privados • CDB, RDB, CDI

  20. Títulos Públicos : Tesouro Nacional • LFT : Letra Financeira do Tesouro • Título de crédito público emitido para cobertura de déficit orçamentário, realização de operações de crédito por antecipação da receita, observados os limites fixados pelo Poder Legislativo. • Rendimentos pós-fixados : determinados pela média da taxa SELIC • Prazo : definido pelo Governo Federal

  21. Títulos Públicos : Tesouro Nacional • NTN : Nota do Tesouro Nacional • Antecipação de Receita Fiscal • Financiamento de Investimentos Públicos • Financiamento do Déficit Orçamentário • Pós-fixado (IGPM ou Cambial) • Prazo superior a um ano • LTN : Letras do Tesouro Nacional • negociados com deságio • pré-fixados • prazo mínimo: 28 dias

  22. Títulos Públicos : Banco Central • BBC : Bônus do Banco Central • Captação dos Recursos Como Instrumento de Política Monetária (Regular Liquidez) • Indicador da Tendência de Juros no Mercado e Inflação Futura • Prefixado • Curto Prazo • Prazo: 28 dias e múltiplos de 7 dias • NBC : Notas do Banco Central • Forma de colocação similar ao BBC • Pós-fixados (TR) • Prazo máximo de 1 ano • Maior freqüência : 90 e 180 dias

  23. Títulos Privados : Mercado Interbancário • CDI - Certificado de Depósito Interbancário • Transferem Recursos de uma Instituição Financeira para Outra. • Prazo: 1 dia (CDI Over) ou opcionalmente 30 dias (CDI Longo) • Representam o custo da troca de reservas interbancárias • Parâmetro de taxas de empréstimos • Taxa CDI-CETIP : média das transações entre os 20 maiores bancos

  24. Títulos Privados : Mercado Bancário • CDB - Certificado de Depósito Bancário • Captação de recursos para posterior repasse a clientes na forma de empréstimos para financiar capital de giro • Tributação - Imposto de Renda : 20 % 1. Prefixados : Prazo mínimo era de 30 dias até 08/99. Deixou de ter prazo mínimo mas passou a ter incidência de tabela regressiva de IOF 2. Pós-fixados :Indexados em TR e TJLP tem prazo mínimo de 30 dias, e indexados em TBF, 60 dias 3. Taxa flutuante :Não tem prazo mínimo, mas tem incidência da tabela regressiva de IOF • RDB - Recibo de Depósito Bancário

  25. Caderneta de Poupança • Características • Produto inicialmente exclusivo das Sociedades de Crédito Imobiliário, Caixas Econômicas • Recursos devem ser aplicados de acordo com o BACEN ( 40 %-Faixa Não-Habitacional, 60 % - Faixa Habitacional) • TR • Novas facilidades : depósito/saque com cartão e por telefone, aplicação e resgate programados, depósitos e saques pela C/C

  26. Títulos Privados : Sociedades Anônimas • Debêntures : títulos emitidos por empresas sociedades anônimas, com o objetivo de obtenção de recursos de longo prazo. • Finalidade : financiar investimentos • Simples ou conversíveis em ações • Garantias • Rendimentos • Juros mais correção, repactuação, prêmio. • Negociação : Sistema Nacional de Debêntures SND • Agente Fiduciário

  27. Títulos Privados : Fundos • Aplicação que se caracteriza pela aquisição de cotas de aplicações abertas e solidárias, que possuem valorização diária • Modalidades • Fundos de Curto Prazo • Fundos de Renda Fixa • Fundos de Renda Variável • Fundos de Ações • Fundos de Investimentos Imobiliários • Fundos de Capital Estrangeiro • Fundos de Investimentos em Empresas Emergentes

  28. Operações com títulos públicos • Títulos públicos : • formam a taxa básica da economia • livre de risco • deles são derivadas as outras taxas da economia • Negociação • Sistema SELIC • negociação de títulos públicos, livres de risco • taxas mais baixas da economia • Operação de carregamento de títulos públicos • bancos com excesso (falta) de caixa compram (vendem) títulos públicos para controlar suas reservas

  29. Sistemas CETIP e SELIC • CETIP : Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos • Sistema controlado pelo BACEN • Administra a liquidação financeira e custódia de títulos privados • CDB pós/pré • LC • CDI • etc. • SELIC : Sistema Especial de Liquidação e Custódia • Igualmente controlado pelo BACEN • Títulos públicos negociados no mercado aberto

  30. Sistema Financeiro Nacional

  31. Histórico do SFN • Até meados de 1960 - estrutura simples • “lei da usura” ( juros de 12 % a ª ) • não correção dos débitos pela variação cambial • escassez de recursos a longo prazo • Em 1952 - Criação do BNDES • Em 1964 – REFORMA do SFN • Lei 4357 - instituição da Correção Monetária • Lei 4380 - criou o BNH e o SFH • Lei 4595 - criou o CMN, BC e a Reforma Bancária • Lei 4728 - disciplinou o Mercado de Capitais (correção monetária, regulamentação instituições)

  32. Histórico do SFN: reformas década 60 Criação de SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO e carteiras imobiliárias nas FINANCEIRAS Reformulação do sistema de operação das FINANCEIRAS, voltando-a para crédito ao consumidor Regulamentação dos CONSÓRCIOS e outras formas de captação de poupança popular

  33. Histórico do SFN: reformas década 60 Regulamentação do funcionamento dos BANCOS DE INVESTIMENTO e formas de captação de recursos (subscrição de ações e debêntures, licenças p/ obtenção de empréstimos no exterior, colocação de títulos cambiais, vndas de cotas de fundos de inversão, depósitos a prazo fixo) Regulamentação e modernização das operações em BOLSAS DE VALORES Resolução sobre captação de recursos externos, permitindo entrada de capitais de curto prazo para repasse às empresas por bancos comerciais e bancos de investimento Possibilidade de deduções fiscais no IRPF e IRPJ para aplicação em áreas ou setores prioritários

  34. Histórico do SFN: efeitos Estímulo à expansão habitacional Estímulo à expansão do consumo da classe média Estímulo ao investimento Estímulo à entrada de capitais estrangeiros. Fusões e incorporações entre bancos comerciais; Adoção de política monetária de combate à inflação; Criação da CVM, do FGTS, do PIS e do PASEP;

  35. SFN: os anos 70 1971 – O “boom” da bolsa ( a alta e a baixa ) 1974 – “Crise do petróleo” ( processo infla- cionário ) 1974 / 1976 – Soluções paliativas ( incentivos fiscais, empréstimos do BNDES ) 1976 – Lei 6.404 – Lei das S /A Lei 6.385 - Criação da CVM

  36. Estrutura do SFN SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL-SFN SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO SUBSISTEMA NORMATIVO

  37. Normativo x Intermediação • Sistema Normativo • Regula e controla o subsistema operativo • Órgãos principais: CMN, BACEN, CVM • Sistema de Intermediação • Agentes Especiais: BNDES e BB • Instituições bancárias : apresentam capacidade de circular moeda ou meios de pagamento • Bancos comerciais e múltiplos, caixas econômicas • Instituições financeiras não bancárias : não apresentam capacidade de circular moeda ou meios de pagamento • Companhia de crédito, companhias de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, bolsa de valores, corretoras e distribuidoras, cias de seguro, leasing, factoring e consórcios • Bancos de investimento e bancos de desenvolvimento

  38. Estrutura do SFN: normativo SUBSISTEMA NORMATIVO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS BANCO CENTRAL

  39. Conselho Monetário Nacional (CMN) • Adaptar o volume de meios de pagamentos a economia; • Coordenar as políticas monetária, de crédito, cambial, orçamentária, fiscal e de dívida pública; • Determinar taxas de compulsório; • Regular operações de redesconto; • Autorizar emissão de moeda. • Aperfeiçoar as instituições e instrumentos financeiros; • Zelar pela liquidez e solvência das Instituições Financeiras;

  40. Banco Central (BACEN) • Atuação: • Agente da Autoridade Monetária; • Banco dos Bancos; • Gestor do Sistema Financeiro; • Agente Financeiro do Governo; • Depositário das Reservas Internacionais. • Atribuições privativas: • emitir dinheiro; • controlar e fiscalizar o crédito; • executar os recolhimentos compulsórios, encaixe obrigatórios das instituições financeiras; • realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras; • fiscalizar as instituições financeiras; • operacionalizar transações de open market • controlar e fiscalizar o capital estrangeiro;

  41. Comissão de Valores Mobiliários • tratar dos valores Mobiliários não emitidos pelo Sistema Financeiro e pelo Tesouro Nacional • disciplinar e fiscalizar a organização, o funcionamento e as operações de bolsas de valores • disciplinar e fiscalizar a auditoria de companhias abertas • registro para negociação em bolsa e em mercado de balcão

  42. SUSEP • Controle das operações atuariais • Fiscalização das atividades de empresas seguradoras e corretoras, regulamentando as operações de seguros e fixando as condições das apólices, dos planos de operação e dos valores das tarifas Mercado de Seguros no Brasil Co-Seguro Resseguro Instituições • Conselho Nacionalde Seguros Privados • SUSEP • Institutos de Resseguros • Instituições / variedade de seguros

  43. Secretaria de Previdência Complementar Atribuições: Controlar e fiscalizar os planos, benefícios e atividades das entidades de previdência privada Processar pedidos de autorização para constituição e funcionamento das entidades privadas Proceder à liquidação das entidades fechadas, com licença de funcionamento cassada

  44. Estrutura do SFN: intermediação SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO AGENTES ESPECIAIS DEMAIS INSTITUIÇÕES

  45. BNDES – agente especial • Principal órgão executor da política de investimentos do Governo Federal • Exerce atividade de apoio aos investimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social do País • Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços • Promover o crescimento e a diversificação das exportações • Gerir todo o processo de privatização das empresas estatais

  46. Banco do Brasil – agente especial • Atuar com função de agente financeiro do Governo e como banco comercial • Executar, por conta do Bacen, a compensação de cheques e outros papéis • Dar execução a política de comércio exterior • Execução do serviço da dívida pública e dos serviços ligados ao Orçamento Geral da União • Executar a política de preços mínimos da atividade agrícola.

  47. Sistema Operativo do SFN • 1. Banco Comerciais • 2. Bancos de Investimento • 3. Bancos de Desenvolvimento • 4. Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo • Caixas Econômicas • Sociedades de Crédito Imobiliário (juros) • Associações de Poupança e Empréstimo (dividendos) • Financeiras • 5. Bancos Múltiplos • 6. Sistema Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários

  48. 1. Bancos Comerciais • instituições monetárias com poder de criação de moeda escritural • recebem depósitos a vista/a prazo e efetuam empréstimos. • efetuam transferência de fundos, cobranças

  49. 2. Bancos de Investimentos • especializadas em operações de financiamento a médio e a longo prazos • utilizam recursos próprios e captação, intermediação e aplicação de poupança de terceiros • captam fundos no mercado de capitais internacional • oferecem consultoria financeira (M&A) • administram fundos de renda fixa e de ações

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