180 likes | 607 Views
A Teoria da Vinculação. John Bowlby. Baseou-se na Psicanálise e na Etologia na formulação da Teoria da Vinculação.
E N D
John Bowlby • Baseou-se na Psicanálise e na Etologia na formulação da Teoria da Vinculação. • Tem o mérito de propor um novo paradigma que compreende os aspectos afectivos e comportamentais da vinculação, sublinhando as origens evolutivas e os objectivos biológicos do comportamento.
O comportamento de vinculação: natureza e função • A ligação da criança a um indivíduo é o resultado da activação de um sistema comportamental que tem como objectivo a manutenção da proximidade. • Comportamentos vinculativos • Sinalizadores: chorar, sorrir, palrar e chamar • De aproximação: aproximar, seguir, trepar e chuchar
Função e activação dos comportamentos de vinculação • Bowlby sugere que a principal função dos comportamentos de vinculação é uma função biológica de sobrevivência e protecção e deve ser compreendida à luz de uma perspectiva evolutiva. • A sua activação depende de condições como o estado da criança, a localização e comportamento da mãe e as condições ambientais
Desenvolvimento da vinculação • 1ª fase: respostas indiscriminadas, do nascimento aos dois meses. • 2ª fase: comportamentos orientados para o seu prestador de cuidados habitual, dos dois aos seis meses. • 3ª fase: manutenção da proximidade à figura de vinculação pela locomoção e sinalização, protesto pela separação e preocupação com estranhos, dos seis aos vinte e quatro meses. • 4ª fase: parceria de objectivos corrigidos para a meta a par da existência de modelos internos do self, do comportamento e da figura de vinculação, dos vinte e quatro aos trinta meses.
Mary Ainsworth • Segurança: estado de se sentir seguro e despreocupado acerca da disponibilidade da figura de vinculação. • Comportamento de base segura: equilíbrio entre os comportamentos de vinculação e os comportamentos exploratórios da criança.
A Situação Estranha • Observação e codificação, em situação laboratorial, de comportamentos de vinculação e de exploração em crianças entre os doze e os vinte meses de idade, numa situação de stress crescente.
A Situação Estranha (cont.) • 1 (1 min.) – mãe e criança entram numa sala com brinquedos • 2 (3 min.) – mãe e criança • 3 (3 min.) – estranha entra e a mãe sai • 4 (3 min.) – estranha e criança • 5 (3 min.) – a estranha sai e a mãe regressa • 6 (3 min.) – a mãe sai • 7 (3 min.) – a estranha entra • 8 (3 min.) – a mãe entra
Tipos de vinculação • Vinculações seguras (B) • Vinculações inseguras evitantes (A) • Vinculações inseguras ambivalentes (C) • Vinculações desorganizadas / desorientadas (D)
Vinculações Seguras (B): • As crianças utilizam a mãe como base segura a partir da qual exploram o meio. Nos momentos de separação demonstram sinais da falta da mãe, especialmente durante a segunda separação. Nos momentos de reunião, saúdam activamente a mãe com um sorriso, vocalização ou gestos. Se perturbadas, sinalizam ou procuram contacto com a mãe. Uma vez reconfortadas, regressam à exploração.
Vinculações inseguras evitantes (A) • As crianças exploram imediatamente o meio, demonstram pouco afecto ou comportamentos de base segura. Nos momentos de separação, as suas respostas são mínimas, e não parecem muito perturbadas quando deixadas sozinhas. Nos momentos de reunião, desviam o olhar da mãe e evitam o contacto com ela. Se pegadas ao colo podem querer ser colocadas no chão.
Vinculações inseguras ambivalentes (C) • As crianças ficam perturbadas com a entrada na sala e não iniciam a exploração. Nos momentos de separação demonstram perturbação. Nos momentos de reunião podem alternar tentativas e contacto com sinais de rejeição, zanga ou fúrias ou podem demonstrar passividade ou demasiada perturbação para sinalizar ou procurar contacto com a mãe. Não conseguem confortar-se com a mãe.
Vinculações desorganizadas / desorientadas (D) • O comportamento das crianças parece não ter um objectivo claro, intenção ou explicação: são observadas sequências contraditórias de comportamentos; movimentos incompletos ou interrompidos; estereotipias; paragens; indicações directas de medo dos pais; confusão ou desorientação.
Sensibilidade materna • As mães de crianças seguras detectam os seus sinais e reagem-lhes pronta e adequadamente. Estão permanentemente disponíveis e são carinhosas e cooperantes. • As mães de crianças inseguras evitantes não estão sintonizadas com os sinais vitais das crianças e por isso não mostram disponibilidade, sendo negligentes. O seu estilo interactivo pauta-se pela insensibilidade e pela rejeição. • As mães de crianças inseguras ambivalentes são, sobretudo, inconsistentes nas suas respostas.