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Espiritualidade Missionária. Espiritualidade – o que nós somos Missão – o que nós fazemos Formação – o que nós devemos ser - Espiritualidade é aquilo que nós herdamos em diferentes fontes – família, escola, Igreja. A partir do processo de socialização.
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Espiritualidade Missionária Espiritualidade – o que nós somos Missão – o que nós fazemos Formação – o que nós devemos ser - Espiritualidade é aquilo que nós herdamos em diferentes fontes – família, escola, Igreja. A partir do processo de socialização. - Missão é um processo de construir os projetos e significados: de curto e longo prazo. - Formação é um processo de conhecer a si próprio e outros a partir das relações.
Espiritualidade – estar em movimento Missão é sair de si e o missionário é aquele que está sempre em movimento. Inspirado por Jesus, seu modelo e impulsionado pelo carisma pessoal, o missionário sempre caminha em direção aos lugares onde ele se sente chamado fazer o bem. Nos últimos anos devido aos contextos atuais do mundo, o mover-se do missionário está se enfrentando sérios obstáculos. Dentro desse cenário apresentaremos algumas pistas concretas que poderiam auxiliar o missionário em seu sair de si ao outro com firmeza e clareza.
OUVIR O primeiro subsídio para mover-se se encontra no verbo OUVIR. O ouvir muitas vezes entendido como escutar. A espiritualidade bíblica é enraizada no ouvir, pois nós chamamos a bíblia como Palavra de Deus, onde Ele fala e nós o escutamos. O ouvir acontece somente na oração silenciosa. Jesus sempre teve seus momentos de oração e neles confirma-se seu movimento missionário. Como dizem os nossos antepassados a água que flui sempre se mantém limpa, assim o missionário que ouve Deus em silêncio mantém seu fluir constante.
VER O segundo subsídio que poderia ajudar o missionário é o verbo VER. O investimento no verbo ver no movimento missionário se encontra principalmente nas tradições orientais. As imagens esculpidas das divindades normalmente são instaladas nos templos. O devoto ia ao templo ver o divino nas imagens e ser visto pelo divino, possibilitava na construção da espiritualidade. Esse espírito mantinha o missionário mover-se. Impulsionado neste espírito o missionário é chamado ver as pessoas, realidades e situações e mover-se.
Fidelidade O ouvir e o ver diário do missionário o leva ao terceiro e mais importante subsídio que é FIDELIDADE. De todas as questões que os missionários enfrentam hoje, talvez a mais importante e a mais problemática é a própria fidelidade. Percebemos que hoje as coisas mudam rapidamente, tudo parece impermanente. A mudança depende da noção de que algumas coisas imutáveis. Podemos todas as coisas externas da vida: o lugar onde nós vivemos, o trabalho que fazemos e como fazemos, ainda assim podemos ficar fieis desde que a definição interior de quem somos absolutamente não mude. A fidelidade não está em recusar a mudança ela está em fazer todas as mudanças necessárias para trazer de volta os ideais a partir dos quais operamos. Fidelidade não é a estabilidade do lugar, mas do coração.
Sete traços de uma espiritualidade missionária • Lucidez crítica – clareza das propostas. • Desvenda a realidade à luz da fé • Contemplação sobre a caminhada, viver aberto ao mistério de Deus. • Liberdade do Deus dos pobres. É pobre para ser livre e livre para ser pobre – acolher, partilhar e servir. • A cruz da conflitividade, assumir causas com conflitos. • Rebeldia evangélica, contra mecanismo do lucro. • Espera contra toda a esperança – avançar na terra prometida
Atitudes reino-cêntricas 1. Deus não é propriedade de ninguém, chega antes de nós e estará depois de nós. 2. A palavra de Deus maior que é a Bíblia, reino é maior do que a Igreja. 3. Pés no chão, cabeça no pescoço, coração na mão. A sintonia entre esses três trará a razão de ser de nossa missão. 4. Salvação sempre é coletiva. 5. Libertar-se para gerar a libertação. Resgata-se vidas quem se dispõe a perder a sua. 6. Saiba que a pessoa sempre disposta a aprender. 7. Vigilância permanente que olha muito para fora pode estar vazio por dentro. 8. Viver a alegria de ter descoberto que o bem é sempre mais forte que o mal. Pior do que uma Igreja vazia, do que uma Igreja cheia de pessoas vazias.
Conversão como espiritualidade • Na mudança do paradigma da missão: a conversão pessoal do missionário e o modo de evangelizar a palavra de Deus se destacam. • Quatro conversões fundamentais que refletem a vida do missionário.
Do ativismo à contemplação Dentro desse quadro a missão é percebida como o mistério e a graça de Deus. Somos chamados a sentir a presença de Deus na missão buscando o discernimento e ação do Espírito Santo. A missão assume o duplo sentido: ver Deus e ver o mundo nos olhos de Deus. A contemplação se torna um chamado a colaborar com a ação do Espírito.
Do individualismo à colaboração Esse quadro apresenta a compreensão da missão como uma atividade comunitária. O missionário é convidado a colaborar e integrar seus pequenos projetos pessoais com os grandes projetos da Igreja.
Da conquista ao diálogo Esse elemento contempla a passagem do tempo antigo ao tempo atual. O mundo atual é multi polarizado onde o missionário não tem outra opção do que dialogar e conviver com o diferente. As comunidades missionárias se tornam cada vez mais globais onde os membros pertencem as diversas nacionalidades, continentes e culturas. O missionário é convidado primeiramente elaborar um diálogo vivencial com os membros de sua comunidade e depois com os outros.
Evangelizar e ser evangelizado A concepção da missão passou por uma mudança onde o missionário não é mais convidado somente a dar aos outros, mas também a receber. A experiência dos alguns missionários apresentou um fato de que ninguém gosta de receber eternamente. É humilhante ao individuo que está no lado de receber perpetuamente onde ele é considerado como inferior e incapaz de dar algo. Por outro lado ninguém possui tudo para dar eternamente aos outros. Evangelizar e ser evangelizado apresenta um quadro de que o missionário deve ir a missão com “meia mala” para que possa preencher o restante da mala com os elementos de outra cultura. Ir a missão com a “mala cheia” pode trazer riscos para a atividade missionária.
Três níveis do cuidados Cuidar de si. A vida pessoal, as relações, oração pessoal, leitura e momentos de silêncio. Como missionário devo-me manter vinculado à minha cultura de origem. A importância de não perder as raízes. Estar conscientes de que somos peregrinos, estamos em movimento constante.
Cuidar da Congregação/diocese O nosso ser missionário é vivenciado na Congregação/diocese Minha identificação para com a congregação/diocese é algo fundamental. Hoje a Igreja se encontra no terceiro mundo. O terceiro mundo está trazendo a ordem e esperança.
Cuidar da Igreja Igreja local e Igreja global. O povo tem muita esperança e carinho por nós. Missão é dar o máximo tempo possível para o povo em formas diversificadas.