1 / 39

ESPIRITUALIDADE DE BAIXO

ESPIRITUALIDADE DE BAIXO. Grün, Anselm. Espiritualidade a partir de si mesmo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004 Síntese e Criação – Ir. M. Crisóstoma Stoffel, CSC (Ir. Cris) . As bases da espiritualidade de baixo. 1. Os exemplos da Bíblia

amiel
Download Presentation

ESPIRITUALIDADE DE BAIXO

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. ESPIRITUALIDADE DE BAIXO Grün, Anselm. Espiritualidade a partir de si mesmo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004 Síntese e Criação – Ir. M. Crisóstoma Stoffel, CSC (Ir. Cris)

  2. As bases da espiritualidade de baixo 1. Os exemplos da Bíblia A Bíblia não nos apresenta como modelos de fé pessoas perfeitas, mas, sim, pessoas que carregam uma grave culpa e que invocaram a Deus no fundo do abismo.

  3. Abraão – no Egito renega sua mulher e a apresenta como sua irmã, a fim de conseguir vantagem. • Deus intervém para livrar o pai da fé da mentira (Gn 12,10-20).

  4. Moisés – libertou Israel do Egito. • Num momento de ira, matou um egípcio. • Precisou primeiro se confrontar com sua inutilidade, que vê refletida na imagem da sarça ardente, para, como um fracassado, entrar a serviço de Deus.

  5. Davi – modelo perfeito do rei em Israel. • Modelo para todos os demais reis. • Carrega uma culpa grave quando dorme com Betsabé, a mulher de Urias. • Depois de a ter engravidado, ele ordena que Urias seja deixado sozinho na batalha, para ser morto.

  6. Os grandes homens e mulheres do AT tiveram que passar pelo fundo do vale para colocar sua esperança unicamente em Deus e deixarem-se transformar por Deus em modelos de fé e de obediência.

  7. No Novo Testamento: • Jesus escolhe Simão Pedro como rochedo e alicerce para sua comunidade. • Pedro não compreende Jesus. Pretende tirá-lo do seu caminho para Jerusalém, que o leva à morte. • Jesus o chama de satanás e o manda afastar-se. • Pedro nega Jesus depois que ele foi preso.

  8. Ainda no caminho para o Monte das Oliverias, Pedro havia afirmado solenemente: “Ainda que tenha de morrer contigo, não te negarei”. • Pedro primeiro precisa sentir que, por si só, não pode oferecer nenhuma garantia, mesmo depois de promessa tão solene.

  9. Quando negou a Jesus, Pedro “saiu para fora e chorou amargamente”. • Os evangelistas não quiseram enfeitar a negação de Pedro. • Tudo indica que, para eles, era importante confessarem que Jesus não havia escolhido apóstolos piedosos e confiáveis, mas justamente pessoas pecadoras e fracas.

  10. Foi sobre estas pessoas que Jesus edificou Sua Igreja. • Foram eles e elas as testemunhas certas para a misericórdia de Deus, como Jesus havia anunciado e testemunhado com Sua morte. • Precisamente por sua culpa.

  11. Pedro transformou-se em rochedo. • Pedro compreendeu que não é ele que é o rochedo, mas somente a fé, a que precisa agarrar-se para, na tentação, permanecer fiel a Cristo.

  12. Paulo, como fariseu, era um típico representante da espiritualidade de cima. • Cultivou os ideais dos fariseus, observou rigorosamente todos os mandamentos e prescrições, para assim cumprir a vontade de Deus. • Mas, no caminho de Damasco, ele é derrubado e todo o edifício de sua vida desmorona.

  13. Paulo, caído por terra, confronta-se com a espiritualidade de baixo. • Torna-se desamparado, impotente. • E fica sabendo que o próprio Jesus age sobre ele e o transforma. • Mesmo após a conversão, Paulo não é uma pessoa plenamente curada e transformada. • Ele sofre de uma doença que o humilha.

  14. Paulo confessa: “Para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás, que me esbofeteia e me livra do perigo da vaidade” (2Cor 12,7). • A doença não impede que Paulo mesmo assim anuncie a Boa-Nova. • Deus não o livrou da doença. “Basta a minha graça, porque é na fraqueza que a força chega à perfeição” (2Cor 12,9).

  15. A força de Deus atua tanto mais intensamente quanto mais fraca a nossa própria força. • Nós desejamos que Deus nos torne mais fortes, desejamos ocupar uma posição melhor diante das pessoas, tornar-nos moralmente melhores pela vida espiritual. • É na nossa fraqueza, libertamo-nos da tentação de chegar a Deus por nossas próprias forças.

  16. A Pregação de Jesus: • Jesus se volta para os publicamos e pecadores, porque percebe que eles estão abertos para o amor de Deus. • Os “justos”, pelo contrário, muitas vezes, giram apenas ao redor de si mesmos (umbiguite). • Para os pecadores e os fracos, Jesus apresenta-se manso e misericordioso, mas condena asperamente os fariseus.

  17. O FARISEU E O PUBLICANO Os fariseus: • Acreditam que podem cumprir os mandamentos de Deus por suas próprias forças. • Pouco interessados no encontro com Deus. • Interessados na justiça e no cumprimento da lei. • Desejam fazer tudo por Deus, mas…. não têm necessidade de Deus.

  18. O publicano: • Reconhece seu próprio pecado. • Consciente da impossibilidade de reparar a injustiça praticada. • Arrependido pede a misericórdia divina. • O coração contrito, ferido e humilhado abre-se para Deus. • É por Deus justificado.

  19. PARÁBOLAS DE JESUS • A espiritualidade de baixo manifesta-se com clareza, sobretudo, nas parábolas de Jesus. • “Quero misericórdia, e não sacrifícios” (Mt 9,13)

  20. TESOURO NO CAMPO • Tesouro – o nosso próprio eu, a imagem que Deus faz de nós. • Pode ser encontrado no campo, na terra, na lama. • Para encontrar o tesouro que existe em nós necessitamos sujar as mãos, cavar a terra.

  21. A PÉROLA PRECIOSA • Pérola = símbolo de Cristo em nós. • Ela cresce nos ferimentos na parte interna da concha da ostra. • Só encontramos o tesouro em nós, quando entramos em contacto com as nossas feridas. • Quando chegamos ao fim, quando nada mais resta, a não ser desistir de nós e estender os braços em busca daquele que toca nossas feridas e as cura.

  22. A Ostra e a Pérola "As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. “Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"...

  23. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

  24. Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada... Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?

  25. Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas? Você já sofreu os duros golpes do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?

  26. ENTÃO, PRODUZA UMA PÉROLA!!!

  27. Cubra suas mágoas com várias camadas de amor. Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.

  28. Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido feridas, mas, porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. Um sorriso fala mais que mil palavras.. Autor Desconhecido

  29. DRACMA PERDIDA • Jesus, o verdadeiro eu, é a dracma que nós perdemos na confusão de nossa morada interior. • Só poderemos encontrá-la se tirarmos os móveis do lugar. • De nada adianta estarmos firmemente estabelecidos.

  30. O joio e o trigo O trigo representa: • Espiritualidade de cima; • Realização dos ideais; • Distância do joio na alma humana; • Sem qualquer falha ou fraqueza; • Igreja pura; • Exclusão dos fracos e pecadores; • Leva ao rigorismo.

  31. Nas raízes, o joio está intimamente misturado com o trigo. • Se arrancarmos o jóio, o trigo também será arrancado. • “Deixai que ambos cresçam até a ceifa”. • Quem deseja ser correto, em seu campo irá crescer um trigo raquítico. • De tão corretos, eles ficam sem força, sem paixão, sem coração.

  32. O RICO AVARENTO E O POBRE LÁZARO • O rico avarento – o ego que tem tudo quanto deseja, e que é vítima do orgulho, de uma idéia exagerada da própria importância, este termina no inferno. • O pobre Lázaro – o que em nós é pobre, o que nós rejeitamos, o que é chaga e doença, a fome e a sede. Este vai para o céu.

  33. Jesus considera bem-aventurados os pobres, os que têm fome e sede de justiça, os que choram, os que não têm como construir consigo mesmos nem com suas próprias forças, mas que dependem inteiramente da graça de Deus.

  34. Jung, repetidas vezes, enfatiza que nós somos apenas o estábulo onde Deus nasce. • Em nosso íntimo se encontra tanta sujeira como em um estábulo. • Nada temos para apresentar a Deus. • Ali onde somos pobres e fracos, Deus quer morar em nós.

  35. BATISMO DE JESUS • O céu se abre sobre Jesus quando ele está nas ondas do Jordão. • As águas do Jordão estão cheias da culpa das pessoas que se fizeram batizar por João. • Em meio à culpa do ser humano, o céu se abre e Deus fala a Jesus: “Tu és o meu Filho amado, em ti está todo o meu agrado”.

  36. Só quando com Jesus estivermos prontos para descer às águas do Jordão, • Para assumir nossas culpas, • Só então é que o céu pode se abrir sobre nós, • E Deus pode dizer-nos a palavra de aceitação absoluta: “Tu és meu filho amado, tu és minha filha amada, é de ti que eu me agrado”.

  37. Morte de Jesus na cruz • Jesus desce ao reino dos mortos. • No inferno, lá onde o ser humano chegou ao fim, • Onde ele se encontra excluído de toda a comunicação, • Onde não pode fazer mais nada, • Aí Jesus toma o ser humano pela mão e ressurge com ele para a vida.

  38. Se com Jesus quisermos subir ao Pai, • Necessitamos primeiro descer com ele à terra, ao que é terreno, • À nossa própria condição humana. • Por isso, antes de aprender a rezar sem distrações e unir-se a Deus na contemplação, precisamos primeiro descer à nossa realidade.

  39. “Se vires um jovem monge procurando alcançar o céu com sua própria vontade, segura seus pés e puxa-o para baixo, pois isto de nada lhe serve” (Smolitsh, 1936)

More Related