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Novas terapias para distrofias musculares Francis de Morais Franco Nunes Seminário Avançados: Fisioterapia e Terapia Ocupacional Abril de 2005. Distrofias musculares: 1 – Doenças clínica e molecularmente heterogêneas, que compromete um a cada 3.500 recém-nascidos do sexo masculino;
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Novas terapias para distrofias musculares Francis de Morais Franco Nunes Seminário Avançados: Fisioterapia e Terapia Ocupacional Abril de 2005
Distrofias musculares: 1 – Doenças clínica e molecularmente heterogêneas, que compromete um a cada 3.500 recém-nascidos do sexo masculino; 2 – Caracteriza-se pela perda de músculo esquelético e mobilidade comprometida dos pacientes; 3 – Afeta funções cardíacas e respiratórias, e leva a dependência de cadeiras de roda e morte prematura (~20 anos); 4 – Geralmente são resultado de mutações que afetam proteínas de ligação entre citoesqueleto celular e lâmina basal, levando a fragilidade dos sarcolemas durante a atividade contrátil; 5 – Essa fragilidade é resultado da entrada excessiva de cálcio nas células musculares, causando danos nas fibras; 6 – Mesmo com os avanços da biologia molecular e identificação de defeitos gênicos associados à distrofias, essas ainda estão entre as doenças mais difíceis de se tratar; 7 – Isso se deve ao fato do tecido muscular ser muito abundante no organismo (40%) e sua composição de longas fibras multinucleadas;
Lâmina basal Lâminina Distrofina = importante para estrutura e suporte muscular Actina Núcleos
PESQUISAS FARMACOLÓGICAS Alvos: inibidores de proteases, bloqueadores de cálcio e proteínas que agem no metabolismo de proteínas e lipídeos *** pouco sucesso*** ... pois os efeitos dessas terapias reduzem suprimento de oxigênio, aumentando a probabilidade de degeneração de fibras sobreviventes e regeneradas. Outra estratégia é o uso de corticoesteróides (anti-inflamatórios): representa uma das mais usadas terapias farmacológicas, com resultados modestos, mas benéficos. Reduz risco de defeitos esqueléticos e retarda falhas cardíacas e respiratórias... ... no entanto, seu uso está associado a ganho de peso e osteoporose
PESQUISAS FARMACOLÓGICAS Outros avanços em pesquisas com camundongos: Miostatina: regulador negativo de crescimento muscular IGF-1: fator de crescimento muscular Utrofina (crom. 6) e Distrofina [~3Mb (1% do genoma) com 79 exons (427KDa, 3685 aa), 7 regiões promotores (crom. X): proteínas relacionadas a distrofia (grandes) Camundongos mdx: modelo para distrofia muscular de Duchenne 1 - Camundongos IGF-1 normais x Camundongos mdx = distrofia atenuada 2 - Anticorpos contra miostatina em Camundongos mdx = retarda perda muscular Novos alvos: desenvolver drogas, baseadas em pequenas proteínas, que alterem a expressão de distrofina e utrofina
TERAPIA CELULAR CÉLULAS SATÉLITES = precursores da célula muscular Obtenção de células de doadores normais = induz rejeição Correção de mutações in vitro 1980 – Capacidade celular migratória limitada a áreas de injeção Pode ser administrados imunissupressores = 11% de regeneração de fibras
TERAPIA GÊNICA É possível substituir gene defeituoso??? Resultados do uso de vetores adenovirais com gene da distrofina em camundongos com distrofia (mdx): 1 – 1ª geração: resgate de uma grande fração de fibras musculares em recém-nascidos inoculados; 2 – Forte reação imunológica contra os vetores; 3 – 2ª geração: vetores gutted (“derretido”) sem proteínas virais, induz baxa rejeição, mas a estrutura molecular tem dificuldade de atravessar a lâmina basal 4 – 3ª geração: acomoda uma micro-distrofina (truncada) que oferece um “bom resgate funcional” das fibras musculares esquelética (membros), cardíacas e musculatura ligada a respiração.
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