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INDISCIPLINA

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Presentation Transcript


  1. INDISCIPLINA “Intervenção conseqüente quer dizer ação responsável, consciente do que é capaz de produzir, e não ação cega, firmada apenas no senso comum e na intuição. A intuição e o senso comum não devem ser desprezados se bem entendidos e tampouco devem ser utilizados na ação educativa de forma exclusiva ou em detrimento daquilo que o estudo sistemático sobre o aquilo que o comportamento infantil pode proporcionar.” Tânia Ramos Fortuna

  2. INDISCIPLINA Disciplina # obediência # submissão Obediência e submissão: subordinação da vontade à uma autoridade Comportamentos inadequados ligados à indisciplina: “algo que não pode ser feito” Meio ambiente Professor – aluno ALUNO Est. Escolar Família Disciplina: MORAL, DESENVOLVIMENTO E REGRAS

  3. EDUCAÇÃO MORAL • Yves de La Taille: Três tipos : • autoritária, • por ameaça de retirada do amor e • elucidativa (explicações)

  4. MORAL • Moralidade diz respeito ao agir humano • “Como devo X Como Ajo” • A ação humana é orientada por valores e princípios • Motivação para valorização interna MORAL x VALORES Sociedade X Crença

  5. MORAL • Regras de conduta consideradas por determinadas sociedades como obrigatórias, deveres; • Valores morais pertencem à dimensão afetiva e intelectual • AFETIVA: Sentimento que motivam as crianas a agirem de forma moral • INTELECTUAL: - regras e princípios; • depende do sistema moral adotada pelo meio

  6. DESENVOLVIMENTO MORAL • Piaget – 1896 – 1980 • Para haver o desenvolvimento moral deve existir o desenvolvimento cognitivo (pode haver pessoas extremamente intelectualizadas, contudo com baixo nível de juízo moral. Ex. empresários que desviam dinheiro) • A moralidade está repleta de racionalidade, pois exige reflexão contínua • Mecanismos Biológicos Imperativos: S – O – R • Assimilação – Acomodação - Equilibração • Equilíbrio – Perturbações – Desequilíbrio – Regulações – Compensações – Reequilíbrio

  7. DESENVOLVIMENTO MORAL • Períodos de Desenvolvimento • Sensório – Motor (0 a 2 anos) - ANOMIA Egocentrismo total e inconsciente de si mesmo Só há o que sente (não há diferenciação “eu – objeto” É natural que briguem pois são egocêntricas e não coordenam os diferentes pontos de vista. Tudo é realizado pelas ações, pois não há o desenvolvimento verbal necessário

  8. DESENVOLVIMENTO MORAL 2 - Período Pré – Operatório: 2 a 7 anos HETERONOMIA 1º momento: Egocêntrica 2º momento: Realismo Moral – a lei dos mais velhos são imutáveis. A criança não vê causalidade nas regras. Obedece e reproduz o que vivencia. Aprendizagem por imitação.

  9. DESENVOLVIMENTO MORAL Em uma sala de pré escola as crianças e a professora planejavam ir ao parque, as havia chovido logo cedo. A professora questionou se daria para ir pois achou que os brinquedos estariam molhados. A: Até na hora do parque o sol seca! P: Como assim o sol seca? Ele pega um pano e vai secando tudo? A: Uma vez eu derrubei a água de um vaso no quintal e minha mãe disse que não precisava secar porque o “sol seca” P: Mas como? A: Não sei...mas que seca, seca. Minha mãe falou que o sol seca e seca mesmo. Ela sabe das coisas

  10. DESENVOLVIMENTO MORAL 3- Período Operatório Concreto (7 aos 12 anos) – AUTONOMIA Universo Interindividual – troca entre objetos e sujeitos, atuando ou operando sobre os outros. DESCENTRALIZAÇÃO – olhar sobre outras perspectivas

  11. REGRAS AUTORIDADE X AUTORITARISMO Para que servem as regras? Medidas extremamente autoritárias: só se justificam pela autoridade que a impõe. Professores e educadores também devem seguir regras (estrutura escolar) Autoridade: Determina regras que considera válida Pode favorecer a AUTONOMIA como também a Heteronomia. Cumprimento de regra pela legitimação e não pelo medo!

  12. REGRAS • Devemos • Envolver as crianças em tomadas de decisões e estabelecimento de regras • Promover sentimentos de necessidade de regras e equidade • Promover sentimentos de propriedade e comprometimento com as decisões • Promover sentimentos de responsabilidade partilhada ao que acontece no ambiente.

  13. REGRAS HÁ DETERMINADAS NORMAS QUE NÃO SÃO NEGOCIÁVEIS: por exemplo: “NÃO SE DISCUTE SE PODE OU NÃO BATER NOS OUTROS” DEVEMOS TER PRINCÍPIOS GERAIS QUE SERVIRÃO DE PARÂMETRO PARA A FORMULAÇÃO DE REGRAS. Ex: mãe e filtro solar

  14. CONFLITOS ENTRE CRIANÇAS E SANÇÕES • Conflito : Positivo para desequilibração e reequilibração (responsável pela construção do conhecimento e que coordena outros fatores do desenvolvimento, como a maturação) do sujeito e adquirir novas aprendizagens “Quando se evita um conflito não acontece a troca de pontos de vista e sugerem respeito unilateral, em que apenas uma das partes detém o poder”

  15. CONFLITOS ENTRE AS CRIANÇAS Quando se auxilia as crianças refletirem sobre os seus sentimentos ele proporciona : • o desenvolvimento do autoconhecimento, estimulando-as a descreverem por si mesmas seus pontos de vistas, favorecendo a coordenação dos mesmos. • Reconhece a importância de se desenvolver habilidades que as auxiliem na resolução de conflitos interpessoais

  16. RECOMPENSAS E PUNIÇÕES Quando o adulto se utiliza de recompensas e punições ele está se utilizando de seu poder para manipular para conseguir que a criança faça aquilo que ela quer, que o adulto julga ser certo ou errado para impedi-la de ter determinado comportamento.

  17. PUNIÇAO E RECOMPENSAS • A: Por que é importante cumprir regras? • T: Porque senão a gente apanha... • A: E que iria bater em vocês? A professora? • T: Não, a professora não... Porque se a professora descobrir (que as crianças não cumpriram a regra) ela vai contar para nossos pais e o pai vai bater na gente... Se falar a verdade pra professora (que elas não cumpriram a regra) a professora vai mandar um bilhetinho falando assim: Seu filho se comportou muito bem!, enganando nossos pais.

  18. PUNIÇÃO E RECOMPENSAS • As recompensas também dificultam o desenvolvimento da autonomia; com o tempo as recompensas têm que ser cada vez maiores para eliciar o comportamento desejado pelo adulto • É mais uma forma “açucarada de controle” (presente) • As crianças que tem uma atitude visando receber algo são tão governada pelos outros como aquelas que são “obedientes” por medo de uma punição

  19. RECOMPENSAS E PUNIÇÕES • A: o que você pediu de Natal? • G.: Eu pedi uma boneca com vestido de noiva para minha avó! Mas ela não quer dar porque custa muito dinheiro. As eu já sei o que fazer... • A: O que? • G: Eu vou ficar com uma cara bem triste e sem fome porque daí minha avó fica com dó e compra a boneca pra mim!!!

  20. SANÇÕES • Sansões expiatórias x sanções por reciprocidade • Sanções Expiatórias: caracteriza-se pela coerção e arbitrariedade (vai ficar sem recreio porque estragou o brinquedo) • Sanções por reciprocidade: Há um mínimo de coerção, mas havendo uma relação natural ou lógica como ato a ser sancionado. • Colocar a criança a par, de maneira mais direta, da natureza e das conseqüências da sua violação com as coisas ou as outras pessoas.

  21. SANÇÕES • Uma mãe diz: “ - Por que quando eu mandei o meu filho de 3 anos dar um abraço no primo com que ele havia brigado, ele se recusou, e quando eu mandei ele limpar a parede que ele havia rabiscado ele pegou o pano e começou a limpar sem reclamar?”

  22. SANÇÕES • As sanções por reciprocidade não precisam ser precedidas de ameaças, explicações ou discussões, mas devem ser tomadas sempre que preciso para que o adulto não caia em descrédito, valendo-se da autoridade, revalidando-se as regras, e não do autoritarismo. • Olha o comportamento e não a criança

  23. SUGESTÕES • Usar métodos não verbais para acalmar as crianças; • Reconhecer e aceitar os sentimentos de TODAS as crianças e suas percepções e conflitos; • Ajudar as crianças a verbalizarem os seus sentimentos e desejos umas às outras e escutarem o que outras têm a dizer; • Dar oportunidade para que as crianças sugiram soluções • Abandonar o problema quando perceber que as crianças já o resolveram; • Ajudar as crianças a reconhecer a sua responsabilidade numa situação de conflito; • Dar oportunidade para compensar ou reparar o dano;

  24. SUGESTÕES • Encorajar a criança a reparar o dano; • Permitir vivenciar conseqüência lógica; • Não reforçar o mau comportamento (conversar mais com que agrediu); • Medida mais extrema: Censurar a criança com uma linguagem descritiva ou até mesmo afastá-las da atividade ou do grupo social (eles também fazem isso entre eles)

  25. REFERÊNCIAS • VINHA, T. P. O educador e a moralidade infantil. Editora Mercado das Letras. Campinas, 2000. • DE VRIES, R. e ZAN, B. A ética na educação infantil. Editora Artmed. Porto Alegre, 1998. • SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Editora Livro Pleno, Campinas, 2001.

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