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VANGUARDAS EUROPEIAS. As vanguardas europeias s?o os movimentos culturais que come?aram na Europa no in?cio do s?culo XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as est?ticas precedentes, como o Simbolismo. Nesse per?odo, a Europa estava em clima de contentamento diante dos progressos industria
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1. VANGUARDAS EUROPEIAS
2. VANGUARDAS EUROPEIAS As vanguardas europeias são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo.
Nesse período, a Europa estava em clima de contentamento diante dos progressos industriais, dos avanços tecnológicos, das descobertas científicas e médicas, como: eletricidade, telefone, rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, os tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo. Ao mesmo tempo, a disputa pelos mercados financeiros (fornecedores e compradores) ocasionou a I Guerra Mundial.
3. VANGUARDAS EUROPEIAS O clima estava propício para o surgimento das novas concepções artísticas sobre a realidade. Surgiram inúmeras tendências na arte, principalmente manifestos advindos do contraste social: de um lado a burguesia eufórica pela emergente economia industrial e, de outro lado, a marginalização e descontentamento da classe proletária e a intensificação do desemprego (especialmente após a queda da bolsa de Nova York em 1929).
As vanguardas europeias que iremos estudar são: FUTURISMO, CUBISMO, EXPRESSIONISMO, DADAÍSMO e SURREALISMO.
4. FUTURISMO
5. FUTURISMO Lançado por Marinetti, em Paris, no manifesto “Le Futurisme”, em 1909;
Surge entre o Simbolismo e a 1ª Guerra Mundial;
Exalta a vida moderna;
Culto da máquina e da velocidade;
Destruição do passado e do academicismo;
Liberdade de expressão;
Propôs uma arte dinâmica, com uma imagem veloz do progresso moderno;
6. FUTURISMO Ode triunfal
Álvaro de Campos
À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu [sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos [modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
7. FUTURISMO
8. CUBISMO
9. CUBISMO Surgiu em 1907, na França, com o quadro Les demoiselles d`Avignon, do pintor espanhol Pablo Picasso;
Decomposição da realidade em figuras geométricas, tais como cubos, cones e cilindros;
Seus divulgadores foram Pablo Picasso, Appolinaire e Georges Braque, que representavam os objetos “cubificados”, para apontar ângulos da vida moderna;
Decomposição da imagem em diferentes planos;
Manifesta-se a partir de 1917, na literatura;
Desintegração da realidade gerando uma poesia ausente de lógica;
Linguagem caótica.
10. CUBISMO Poema de Sete Faces
Carlos Drummond de Andrade
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
11. CUBISMO
12. EXPRESSIONISMO
13. EXPRESSIONISMO Paralelo ao Futurismo e Cubismo;
Surge em 1910, na Alemanha, pela revista “Der Sturn”;
A arte brota da vida interior; do íntimo do ser, do sofrimento humano;
A obscuridade do ser é transportada para a expressão;
As telas retratam o patético, os vícios, os horrores, a guerra;
Protesta contra a violência e usa cores explosivas;
Reflete a crise de consciência gerada pela guerra;
Não se importa com a noção de belo ou de feio, o essencial era o registro da expressão do mundo;
Admite a imagem distorcida, semelhante à caricatura.
14. EXPRESSIONISMO A noite
Augusto dos AnjosA nebulosidade ameaçadora Tolda o éter, mancha a gleba, agride os rios E urde amplas teias de carvões sombrios No ar que álacre e radiante, há instantes, fora. A água transubstancia-se. A onda estoura Na negridão do oceano e entre os navios Troa bárbara zoada de ais bravios, Extraordinariamente atordoadora.
A custódia do anímico registro A planetária escuridão se anexa... Somente, iguais a espiões que acordam cedo,
Ficam brilhando com fulgor sinistro Dentro da treva omnímoda e complexa Os olhos fundos dos que estão com medo!
15. EXPRESSIONISMO
16. DADAÍSMO
17. DADAÍSMO Surge em 1916, em Zurique, na Suíça;
Seu principal divulgador foi Tristan Tzara e (de acordo com ele, “Dadá não significa nada” (ele teria encontrado essa denominaçã numa página aberta, ao acaso, no dicionário Petit Larousse;
É o mais radical dos movimentos e promove um certo terrorismo cultural;
Contraria todos os valores vigentes até então, tem caráter de destruição anárquica;
Valoriza o niilismo (descrença absoluta);
Mundo ilógico;
Descrença de tudo, contrariando todos os valores;
A arte dadaísta pretendia provocar o escândalo e a surpresa, destruir o bom senso, romper com qualquer tipo de equilíbrio.
18. DADAÍSMO Pegue um jornal
Tristan Tzara
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
19. DADAÍSMO A batalha
Ludwig Kassak
Berr... bum, bumbum, bum...
Ssi...bum, papapa bum, bumm
Zazzau...Dum, bum, bumbumbum
Prã, prã, prã...ra, hã-hã, aa...
Hahol...
20. DADAÍSMO
21. SURREALISMO
22. SURREALISMO Surge em 1924 com o Manifesto Surrealista de André Breton;
Não aceita a pura destruição e a ação demolidora dos dadaístas;
Propõe que o homem se liberte da razão, da crítica, da lógica, abrindo caminho para a expressão do psiquismo humano;
Adere a filosofia de Sigmund Freud;
Expressa o interior humano investigando o inconsciente, a imaginação;
Busca de imagens incongruentes, provocantes;
Na literatura, promovem o automatismo psíquico (escrever espontaneamente, ao fluxo do inconsciente).
23. SURREALISMO Pré-história
Murilo Mendes
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cair no álbum de retratos.
24. SURREALISMO