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TEORIAS DA RESTAURAÇÃO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – CEAP CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: TÉCNICAS RETROSPECTIVAS Il PROFESSOR: ANA MARIA PANTOJA. TEORIAS DA RESTAURAÇÃO. AGOSTO/2012. TEÓRICO – JOHN RUSKIN (1819 – 1900).

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TEORIAS DA RESTAURAÇÃO

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Presentation Transcript


  1. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – CEAPCURSO: ARQUITETURA E URBANISMODISCIPLINA: TÉCNICAS RETROSPECTIVAS IlPROFESSOR: ANA MARIA PANTOJA TEORIAS DA RESTAURAÇÃO AGOSTO/2012

  2. TEÓRICO – JOHN RUSKIN (1819 – 1900) • Nascido em Londres, 8 de fevereiro de 1819 e falecido em 20 de janeiro de 1900, foi um escritor mais lembrado por seu trabalho como crítico de arte e crítico social británico. Foi também poeta e desenhista. Os ensaios de Ruskin sobre arte e arquitetura foram extremamente influentes na era Vitoriana, repercutindo até hoje. • O pensamento de Ruskin vincula-se ao Romantismo, movimento literário e ideológico (final do século XVIII até meado do século XIX), e que dá ênfase a sensibilidade subjetiva e emotiva em contraponto com a razão. • Esteticamente, Ruskin apresenta-se como reação ao Classicismo e com admiração ao medievalismo. Na sua definição de restauração dos patrimônios históricos, considerava a real destruição daquilo que não se pode salvar, nem a mínima parte, uma destruição acompanhada de uma falsa descrição.

  3. TEÓRICO – JOHN RUNKIN (1819 – 1900) DOUTRINA ANTI-INTERVENCIONISTA (INGLATERRA) A) Defende um anti-intervencionismo radical onde “não se tinha o direito de tocar nos monumentos antigos, que pertenciam em parte, àqueles que os edificaram e, também, às gerações futuras”. B) Principal teórico da preservação do século XX na Inglaterra – coloca-se radicalmente contra a restauração, apontando a importância que se deve ter com a manutenção constante aos monumentos. • Aforismo – “devemos fazer o que é certo sem nos preocuparmos com os meios para isso”. • Aforismo – todas as leis representam leis morais. C) Defende a autenticidade de edificação. D) A restauração equivaleria a “ressuscitar os mortos”. E) Contrário a industrialização e valorizava o trabalho manual realizado nos edifícios antigos.

  4. TEÓRICO – EUGÈNE VIOLLET – LE – DUC (1814 – 1879) • Nascido em 1814 e falecido em 1879, foi um restaurador de monumentos francês nascido em Paris, arquiteto ligado ao revivalismo arquitetônico do século XIX e um dos primeiros teóricos da preservação do patrimônio histórico, foi um dos responsáveis pelo reconhecimento do gótico como uma das mais importantes etapas da história da arte ocidental. • Viajou pela França e Normandia (1831/1833), desenvolvendo grande interesse pela arquitetura medieval, e pela Itália (1836) onde aprofundou seus conhecimentos sobre arquitetura clássica. Influenciado pela obra do arquiteto Henri Labrouste, voltou à Paris, onde passou a trabalhar (1837) na comissão encarregada da preservação dos monumentos históricos. • Foi indicado pelo Ministro do Interior (1840), por recomendação de Mérimée, secretário do Conselho de Construção Civil da Comissão de Monumentos, para restaurar a Igreja de Vézelay. Viveu na França em uma época em que a restauração se firmava como ciência, principalmente por causa dos eventos econômicos, políticos e sociais que vinham ocorrendo por toda Europa influenciados pelo Iluminismo, pela Revolução Industrial e Revolução Francesa. • Ganhou fama com a restauração de monumentos como a Sainte-Chapelle e a catedral de Notre-Dame, em Paris. Supervisionou ainda a recuperação de inúmeros prédios medievais, como a catedral de Amiens, as muralhas de Carcassonne e a igreja de Saint-Sernin, em Toulouse. Vivendo seus últimos anos em Lausanne, Suíça, sua tentativa de inovação, não se limitando à restauração das formas originais dos monumentos, não foi bem recebida por arquitetos e arqueólogos do século XX.

  5. TEÓRICO – EUGÈNE VIOLLET– LE – DUC (1814 – 1879) DOUTRINA INTERVENCIONISTA (PAÍSES EUROPEUS) A) Defende a reconstituição com base em hipóteses. B) Propôs a utilização de elementos idénticos aos originais e, na inexistência de informações que precisassem quais eram estes a utilização de elementos mais coerentes com a construção. C) Restaurar consistia em reconstituir a forma original, ou supostamente original do edifício “restituí-lo a um estado completo, que pode nunca ter existido”.

  6. TEÓRICO – CAMILLO BOITO (1834 – 1914) • Nasceu em Roma no seio de uma família que gozou de grande prestígio intelectual e artístico. Foi o filho primogênito do pintor SilvestroBoito (1802-1856). • Desenvolveu seu trabalho em várias áreas do conhecimento se destacando como arquiteto, restaurador, historiador, professor e teórico. Suas contribuições na área da Arquitetura e da restauração classificaram sua obra como detentora de uma posição moderada entre Ruskin e Viollet-le-Duc. • Ingressou na Academia de Belas Artes de Veneza no ano de 1849, onde começou sua formação como arquiteto

  7. TEÓRICO – CAMILLO BOITO (1834 – 1914) A) A restauração deveria ser adotada como forma extrema de intervenção, depois de atitudes como manutenção e consolidação. B) Considera a necessidade de respeito a intervenção de outrasépocas e criticava a reconstituição de partesdesaparecidas. C) As interveçõesdeveriam ser minímas , notoriamentedistintas do original. D) Os processosutilizadosestariamembasados em documentosdetalhadamenteregistrados e divulgados. E) Os ideais de Boito são incorporados pela Conferência de Atenas (1931).

  8. TEÓRICO – CÉSARE BRANDI (1906 – 1988) • Nasce em Siena, aí licencia-se em direito e no ano seguinte em letras em Florença.Trabalha na Administração das Antiguidades e Belas Artes de Siena, logo em 1930, depois em Bolonha, Ferrara, Verona, Udine e Rodes • De 1948 até 1960 ocupa a cátedra de “Teoria e História do Restauro das Obras de Arte”, na Universidade de Roma e depois em 1961 a cátedra de História da Arte Medieval e Moderna na Universidade de Palermo. • Em 1938 é designado para fundar o Instituto Central de Restauro (ICR), cargo que ocupa até 1960.  Fundamentando-se nestes postulados Césare Brandi formulou, na década de 60, a sua teoria do restauro que é o resultado da experiência prática que adquire enquanto esteve à frente do IstitutoCentrale per il restauro. • A sua teoria tinha como fundamento a prática. Testemunhando uma atividade que segue desde 1939 Brandi reúne um corpus de regras e princípios que constitui um marco fundamental na reflexão moderna sobre a Conservação e Restauro. Dá-se assim uma renovação do estatuto da conservação e Restauro na medida em que procura conciliar três factores: Experiência, Teoria Escrita e Formação através do Instituto.

  9. TEÓRICO – CÉSARE BRANDI (1906 – 1988) A) O reconhecimento da obra de arte deriva da conscientização do valor que se tem impregnado nela, seja pelo aspecto material, pela notoriedade do autor ou, ainda, pela técnica empregada utilizada. B) A restauração será considerada pela obra de arte, tendo em vista seu valor estético e histórico fortemente presente, além do aspecto físico. C) Deve se restaurar apenas a matéria da obra de arte, o veículo que contém a imagem. D) O restauro deve ter como alvo o restabelecimento de uma unidade potencial da obra, desde que isto seja possível, sem que se cometa um falso artístico e sem cancelar os sinais da passagem do tempo. E) O lugar assim como a matéria, contribui para a manifestação da imagem.

  10. TEÓRICO – CÉSARE BRANDI (1906 – 1988) F) A mais grave heresia da restauração é aquele que abole o laço do tempo entre o período em que a obra foi concluída e o presente. G) Cadacaso de restauro será um caso a parte, seja peloconceito de obra de arte como unicum, seja porsuasingularidadeirrepetível no contexto histórico – a consideração histórica se coloca acima da estética. H) No caso das ruínas ainda que mantenha seu caráter histórico, os vestígiosestéticos, porseremresultados de uma destruição, excluem a possibilidade de intervençãodireta, desta forma, se faznecessário uma vigíliaconservativa da matéria. I) Historicamente é legítima a conservação dos acréscimos, enquanto a remoção, quandojustificada, deve ser feita de modo a deixartraços de simesmasobre a obra.

  11. TEÓRICO – CÉSARE BRANDI (1906 – 1988) J) A reconstituição é diferente do acréscimo. K) A falsificação se funda no juízo cópia – produção ou reprodução semelhante de um objeto segundo o estilo de um determinado período histórico ou personalidade artística, com o objetivo de documentação. L) Imitação – se assemelha a cópia, exceto na intenção que tem como objetivo geral um engano acerca da época, material ou autor (falso histórico). M) Falsificação – difusão do objeto no comércio, ainda que não tenha a intenção de trazer um engano em relação aos materiais, à época ou ao autor da obra ( falso artístico.)

  12. TEÓRICO – ALOΪS RIEGL (1858 – 1905) • Austríaco, Historiador de Arte, publica em 1903 um ensaio intitulado “O Culto Moderno dos Monumentos ”, sua essência e sua génese. • Riegl é membro destacado da “Escola Vienense” de história da arte. Entre outros cargos, é designado em 1902 presidente da Comissão de monumentos históricos da Áustria e é encarregado de levar a cabo a reorganização da legislação da conservação dos monumentos austríacos, sendo assim “O culto Moderno dos monumentos” a base teórica sobre a qual se vai alicerçar tal reorganização. • Riegl estrutura a sua teoria de classificação de monumentos em duas categorias de valores: 1) . Valores rememorativos, subdivididos em: valores de antiguidade, valor histórico e valor rememorativo intencionado. 2. Valores de contemporaneidade : valor instrumental e valor artístico.

  13. TEÓRICO – ALOΪS RIEGL (1858 – 1905) A) Publica o culto moderno dos monumentos. B) Trata o monumento como objeto social e filosófico. C) Somente a investigação do sentido ou dos sentidos atribuídos pela sociedade ao monumento permite fundar uma prática – Daí uma dupla abordagem: histórica e interpretativa. D) Analisa o monumento pela oposição de duas categorias: Rememoração – são ligadas ao passado e se valem da memória. Contemporaneidade - pertencem ao presente. Ancianidade - diz respeito a idade do monumento e as marcas que o tempo não parou de lhe imprimir. E) Aborda o monumento histórico sob uma perspectiva histórica e interpretativa. F) Valoriza todos os estilos e períodos da história na arquitetura.

  14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • CHOAY, Francoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: EstaçãoLiberdade: UNESP, 2006. • RUSKIN, John. A lâmpada da memória. Cotia – SP: Ateliê editorial, 2008. • BOITO, Camillo. Os restauradores. Cotia – SP: Ateliê editorial, 2008. • VIOLLET – LE – DU, Eugène Emmanuel. Restauração. Cotia – SP: Ateliê editorial, 2006. • BRANDI, Cesare. Teoria das restauração. Cotia – SP: Ateliê editorial, 2004. • CUNHA, Claudia dos Reis. ALOIS Riegl e. O “cultomoderno dos monumentos”. In. Revista CPC, São Paulo, V.1, n.2, P.6-16, maio/out. 2006.

  15. FIM!

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