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A filosofia no helenismo

A filosofia no helenismo. A felicidade como resultado da busca interior. Vida pública X Vida privada. A tradição grega que se caracterizava pela importância dada a política sofreu influência do contato com a cultura dos povos orientais.

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A filosofia no helenismo

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Presentation Transcript


  1. A filosofia no helenismo A felicidade como resultado da busca interior

  2. Vida pública X Vida privada • A tradição grega que se caracterizava pela importância dada a política sofreu influência do contato com a cultura dos povos orientais. • A antiga liberdade do cidadão grego, exercida na autonomia de suas cidades foi desfigurada pelo domínio macedônico. • Substituiu-se a vida pública pela vida privada como centro das reflexões filosóficas. As preocupações coletivas cedem lugar às preocupações individuais. • As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da intimidade, da vida interior do homem.

  3. Epicurismo“Viva oculto” • Fundado por Epicuro (324-271 a.C). • O ser humano deve buscar o prazer  o prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz. • Há dois grandes grupos de prazeres: • 1º os prazeres mais duradouros  aqueles que encantam o espírito  a contemplação das artes, a audição da música, a boa conversação etc.  prazeres do intelecto. • 2º os prazeres mais imediatos  aqueles movidos pela explosão das paixões  podem resultar em dor e sofrimento  precisamos aprender a dominar os prazeres exagerados da paixão  os medos , os apegos, a cobiça, a inveja  administração racional e equilibrada do prazer, evitando ceder aos desejos insaciáveis que, inevitavelmente, terminam em sofrimento. • Os epicuristas buscavam a ataraxia  o estado de ausência da dor, quietude, serenidade e imperturbabilidade da alma. • O medo da morte é identificado como uma das principais fontes de todos os medos.

  4. Carta sobre a felicidade  Epicuro • “Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. • Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que nos perturba quando presente não deveria afligir-nos enquanto está sendo esperado. • Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos.”

  5. Estoicismo • Fundado por Zenão de Cício (336-263 a.C.) • Toda a realidade é uma realidade racional  todos os seres, os homens e a natureza, fazem parte desta realidade. • O que chamamos de Deus nada mais é do que a fonte dos princípios que regem toda a realidade. • Não dispomos de poderes para alterar, substancialmente, a ordem universal do mundo  pela filosofia podemos compreender esta ordem universal e viver segundo ela. • Zenão propõe o dever da compreensão como o melhor caminho para a felicidade. • Ser livre é viver segundo nossa própria natureza  que integra a natureza do mundo. • Defesa de uma austeridade física e moral  baseadas em virtudes  resistência ante o sofrimento, a coragem ante o perigo, a indiferença ante as riquezas materiais  ideal a ser perseguido  estado de plena serenidade.

  6. PirronismoTudo é incerto • Fundado por Pirro de Élida (365-275 a.C.). • Para Pirro, nenhum conhecimento é seguro  tudo é incerto. • Devemos nos contentar com a aparência das coisas  devemos desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz e em paz, em vez de se lançar à busca de uma verdade plena. • O pirronismo é considerado uma forma de ceticismo  professa a impossibilidade do conhecimento, da obtenção da verdade absoluta. • Carpe diem

  7. Cinismoconhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais • Cinismo vem do grego kynos cão  cínico = kynicos como um cão. • O cinismo era uma corrente filosófica que propunha viver a vida como os cães da cidade, sem qualquer propriedade ou conforto. • Levou ao extremo a filosofia de Sócrates o homem deve procurar conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. • Diógenes foi o pensador mais destacado dessa escola  conhecido como o “Sócrates demente”, ou o “Sócrates louco”  questionava os valores e as convenções sociais e procurava viver estritamente conforme os princípios que considerava moralmente corretos. • Diógenes não tinha apreço pela diferença entre grego e estrangeiro  considerava-se cosmopolita.

  8. André Luiz Batista • Cotrim, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. Saraiva. 2006

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