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REINADO

REINADO. RAZÕES HISTÓRICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA MONARQUIA. I – O COMPORTAMENTO DOS FILHOS DE SAMUEL 1) Samuel na sua velhice procedeu arbitrariamente, constituindo seus filhos como juízes sobre Israel, ato de exclusividade divina, visto que o reino era teocrático.

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Presentation Transcript


  1. REINADO

  2. RAZÕES HISTÓRICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA MONARQUIA I – O COMPORTAMENTO DOS FILHOS DE SAMUEL 1) Samuel na sua velhice procedeu arbitrariamente, constituindo seus filhos como juízes sobre Israel, ato de exclusividade divina, visto que o reino era teocrático. 2) Seus filhos se corromperam no poder, inclinaram-se à avareza, aceitaram subornos, perverteram o direito (ISm 8:1-3). Essa situação suscitou no povo o desejo de ter um rei como as demais nações.

  3. RAZÕES HISTÓRICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA MONARQUIA II - A PRÉ-DISPOSIÇÃO DO POVO PARA OPOR-SE AO GOVERNO ESTABELECIDO POR DEUS (ISm 8:4-8,19,20; 10:19; 12:12,19). • Rejeitaram a teocracia preferindo a monarquia das nações pagãs. • O pecado do povo não consiste apenas no ato de desejar um rei, mas sim, em abandonar a Deus e rejeitar seu governo

  4. RAZÕES HISTÓRICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA MONARQUIA III – INVESTIDAS DOS FILISTEUS CONTRA A NAÇÃO ISRAELITA. • Embora pouco numerosos, os filisteus eram militarmente fortes, graças a uma grande disciplina e à posse de armas de ferro e carros de combate, frente aos quais as tropas tribais tinham pouca chance. • Em 1050 a.C. os filisteus deram um golpe fatal apoderando-se inclusive da arca da aliança (ISm 4) e de pontos geográficos estratégicos. Sem possibilidade de resistência, a Confederação Tribal necessitava urgentemente tomar providências para que não fosse dominada (ISm 8:20).

  5. NORMAS PARA O ESTABELECIMENTO DA MONARQUIA (ISM 8:9-18) a) Os filhos seriam escravos do rei (8:11-12); b) As filhas seriam perfumistas, cozinheiras e padeiras do rei (8:13); c) O melhor das lavouras, das vinhas e dos olivais seria dos servos do rei (8:14);

  6. d) O dízimo do rebanho e da agricultura seria do rei, para seus oficiais e servidores (8:15-17); e) Os empregados, os jumentos e os mais jovens de Israel seriam empregados do rei (8:16).

  7. REINO UNIDO I – O RELATO DO REINO UNIDO ENCONTRA-SE NOS SEGUINTES LIVROS: • I e II Samuel e I Reis até o capítulo 11. • A maioria dos estudiosos acredita que Samuel escreveu o livro de 1 Samuel até o capítulo 24 e Natã e Gadeescreveram os capítulos restantes até o final de 2 Samuel (ICr 29:29-30).

  8. REINO UNIDO c) Em relação ao livro de Reis, sabe-se que o autor tinha acesso a documentos, tais como: • O Livro dos Sucessos de Salomão (IRs 11:41) • Os Livros das Crônicas dos Reis de Israel e Judá (IRs 14:19,29)

  9. REINO UNIDO • Talvez tivesse acesso a outras fontes anteriores, possivelmente compiladas por alguns dos profetas. • Pelo interesse demonstrado à aliança, pode tratar-se de um profeta contemporâneo a Jeremias, que escreveu antes do fim do cativeiro, pois não relata a volta deste.

  10. REINO UNIDO • A tradição judaica atribui o livro a Jeremias que, provavelmente, fez uso dos registros escritos por Natã e Gade (ICr 29:29). • O principal argumento contrário a autoria de Jeremias é que o relato da prisão e do cativeiro de Joaquim foi escrito por alguém na Babilônia e Jeremias não esteve lá.

  11. REINO UNIDO II -CONTEXTO HISTÓRICO • 1 Samuel: desde o nascimento de Samuel até a morte de Saul, abrangendo um período de 115 anos. • 2 Samuel: desde a morte de Saul até a compra do lugar do templo, abrangendo um período de 37 anos. • IReis1—11: o reinado de Salomão

  12. REINO UNIDO III - MENSAGEM CENTRAL • 1 e 2 Samuel: relatam um período de transição, onde a nação deixou de ser dirigida por juízes e passou a ser comandada por um monarca. • A nação que desde a morte de Josué estava sem uma liderança centralizada, passou a ter uma liderança comum a todas as tribos.

  13. REINO UNIDO IV – DURAÇÃO DO REINO UNIDO • Reinado de Saul: 40 anos (At 13:21) • Reinado de Davi: 40 anos (II Sm 5:4-5) • Reinado de Salomão: 40 anos (IRs 11:42)

  14. REINO UNIDO • Depois da morte do rei Salomão, houve a divisão do reino, na administração de seu filho Roboão. • Após a divisão, vários fatores colaboram para o declínio de ambos os reinos, porém a razão principal está no fato de os reis (com raríssimas exceções) abandonarem a Lei do Senhor.

  15. REINO DIVIDIDO I – O RELATO DO REINO DIVIDIDO ENCONTRA-SE NOS SEGUINTES LIVROS: • I Reis a partir do cap 12 • II Reis, • I e II Crônicas.

  16. REINO DIVIDIDO 1) A maior parte dos escritores judeus, bem como os pais da Igreja Cristã, atribuem os livros de Crônicas a Esdras, isto porque o estilo literário e o ponto de vista sacerdotal coadunam-se com o livro que leva o nome de Esdras. 2) A outra razão é a semelhança existente entre os últimos versos de II Crônicas e os primeiros versos do livro de Esdras, dando a ideia de continuação de um assunto que vinha sendo abordado. É como se Esdras fosse continuação das Crônicas

  17. REINODIVIDIDO • Muitos comentaristas fixam a data destes livros entre os anos 430 e 400 a.C. • Teriam sido escritos logo após a volta do exílio, e seu teor sacerdotal ou teocrático favorecia a unidade da nação com base na lei mosaica, colaborando assim com as exortações de Esdras e Neemias as quais tinham como finalidade conduzir o povo a um compromisso sério com Deus.

  18. REINO DIVIDIDO • O registo das Crônicas vai desde a morte de Saul até o decreto de Ciro, abrangendo um período de 520 anos — de 1056 a 536 a.C.

  19. II - PARALELO ENTRE REIS E CRÔNICAS • Os livros dos Reis foram escritos durante o cativeiro babilônico; Crônicas foram escritas pouco depois do regresso dos cativos para Jerusalém. • Reis é um livro político e régio (preocupa-se com guerras e reinados); Crônicas é um livro eclesiástico e sacerdotal (fala, particularmente, do Templo e dos serviços religiosos).

  20. O autor das Crônicas está mais interessado nas reformas do que em campanhas militares. O objetivo é encorajar mais do que castigar, estimular lealdade mais do que indicar culpa; impressionar os hebreus que ainda restavam com a soberania de Deus e o fato de que Ele ainda restauraria a grandeza da nação, se eles correspondessem.

  21. Reis foram compilados por um profeta — Jeremias; Crônicas por um sacerdote — Esdras. • Os Livros dos Reis põem em relevo o trono dos reis terrestres; Crônicas enfatiza o trono terrestre (o Templo) do Rei celeste. • Reis tratam da história de Judá e de Israel; em Crônicas, o enfoque nacional é mais em Judá, sendo Israel mencionado apenas incidentalmente.

  22. III - Embora Reis e Crônicas demonstrem grande semelhança em seu conteúdo, foram escritos sob diferentes pontos de vista: Reis — humano; Crônicas — divino. 1) I Reis 7:8 diz, simplesmente, que Salomão construiu uma casa para sua mulher, a filha de Faraó; 2) II Crônicas 8:11 informa que tal casa não foi construída em Jerusalém porque Salomão ajuizara que sua esposa sendo idólatra não deveria residir na cidade santa.

  23. 3) I Reis 12:26-33 mostra que a apostasia de Jeroboão consistia, apenas, na adoração dos bezerros de ouro; 4) II Crônicas 11:15 revela que, além dos bezerros, Jeroboão consentia na adoração de sátiros — ídolos em forma de bode semi-humano, também chamados “demônios” (Lv 17:7) e “bodes” (Lv 4:24; 9:15).

  24. 5) II Reis 21 diz sobre a grande maldade de Manassés; 6) II Crônicas 33:11-13 descreve seu cativeiro em Babilônia, sua humilhação perante Deus e sua restauração ao trono.

  25. 7) Em Crônicas não foi enfatizada a idolatria, mas sim a indiferença espiritual. a) Quando Crônicas foi compilado por Esdras, os hebreus remanescentes estavam praticamente curados da idolatria, mas eram indiferentes aos objetivos da aliança.

  26. 8) Somente Crônicas relata que o bom rei Asa não buscou ao Senhor na sua última doença (II Cr 16:12), 9) E que o rei Jeosafá apesar do poderio que o Senhor lhe proporcionara, formou uma tríplice e pecaminosa aliança: a) matrimonial (II Cr 21:7), b) militar (II Cr 18:3) c) e comercial (IICr 20:30); que Atalia cometeu sacrilégio* (II Cr 24:7); que Deus

  27. 10) Que Atalia cometeu sacrilégio (II Cr 24:7); 11) Que Deus julgou Uzias, acometendo-o de lepra, por ter usurpado prerrogativas que cabiam aos sacerdotes (II Cr 26:16-21); entre outros registros.

  28. IV -O REINO DEPOIS DO CISMA 1) Conseqüências religiosas A) Em contraposição ao templo de Jerusalém, Jeroboão instituiu em seu reino dois santuários, o de Dã e o de Betel, e adotou o culto ao bezerro, provavelmente pela influência religiosa que adquirira no Egito (IRs 11:26,40; 12:2; Êx 32:1-6). Jeroboão incutiu tão profundamente o culto ao bezerro no Reino do Norte que esta prática idólatra perdurou até a queda deste reino, na ocasião do cativeiro assírio.

  29. b)A inclusão da adoração ao bezerro no culto do Reino do Norte teve como causa o temor de Jeroboão em perder a adesão do povo que o havia consagrado rei, porque pensou ele: “Se esse povo começar a ir às festas religiosas em Jerusalém, acabará se arrependendo e voltará a ser fiel à casa de Davi.”

  30. c) Este tipo de pensamento denota a incredulidade de Jeroboão, já que recebera promessa da parte de Deus de que seria rei sobre as dez tribos de Israel (IRs 12:29-38).

  31. d) O culto a Baal também atingiu fortemente o Reino do Norte. Sua introdutora foi Jezabel, filha de Etbaal, rei-sacerdote de Tiro e Sidom.

  32. e) A religião do Reino do Sul (Judá): a idolatria também permeou no Sul; a maioria dos seus reis foram idólatras. Porém, houve reis que serviram a Deus em sinceridade, e no período de seus reinados promoveram reformas religiosas que alcançaram toda a nação. Ezequias, Josias e Asa são exemplos, apesar de que, no final de seus reinados, alguns deles desagradaram ao Senhor.

  33. 2) Consequências políticas • O Reino do Norte sofreu muito pela instabilidade política; em toda a sua existência teve nove dinastias com o governo de dezenove reis. • Esse fato já não ocorreu em Judá, que teve apenas uma dinastia — a Davídica.

  34. A divisão acarretou enfraquecimento em ambos os reinos, pois os vassalos recuperaram a liberdade um após o outro. • Além disso, desde 926 a.C., o faraó Sisaquevinha devastando o país e obrigou Judá a pagar tributo (IRs 14:2,27).

  35. O cisma arruinou o frágil poder de Israel. Nesse quadro histórico é que se propaga um dos fenômenos mais notáveis do Antigo Testamento: o movimento profético.

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