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Mostrei a minha obra-prima às pessoas e perguntei-lhes se o meu desenho lhes metia medo. Responderam-me: “Porque é que um chapéu havia de meter medo?”.
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Mostrei a minha obra-prima às pessoas e perguntei-lhes se o meu desenho lhes metia medo. Responderam-me: “Porque é que um chapéu havia de meter medo?” O meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia a digerir um elefante. Desenhei então o interior da jibóia a fim de que as pessoas crescidas pudessem compreender. Têm sempre necessidade de explicações. As crianças são seres espirituais
Anda brincar comigo, propôs-lhe o principezinho. Estou tão triste… Não posso brincar contigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou. Que significa “cativar”? É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa “criar laços”. Criar laços? Isso mesmo. Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho igual a cem mil rapazinhos. Eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti… Experiência espiritual é experiência de Amor
Experiência espiritual é experiência de Vida O principezinho, que assistia ao despontar de um botão enorme, estava a ver que ia sair dali uma aparição miraculosa; mas a flor nunca mais acabava de se preparar para ser bela, abrigada no seu quarto verde. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, assentava as pétalas uma a uma. Não queria sair amarrotada como as papoilas. Depois, certa manhã, precisamente à hora do nascer do sol, eis que a flor aparecera. O principezinho não pode conter a sua admiração: - Como é bela!
Só se conhecem as coisas que se cativam. Se queres um amigo, cativa-me. Como é que hei-de fazer? - disse o principezinho. Tens de ter muita paciência, respondeu a raposa. Primeiro sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto… Experiência espiritual é experiência de relação com um Amigo especial
No dia seguinte, o principezinho voltou. - Era melhor teres vindo à mesma hora, disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas da tarde, às três já eu começo a ser feliz. À medida que o tempo avançar, mais feliz me sentirei. Às quatro horas já começarei a agitar-me e a inquietar-me; descobrirei o preço da felicidade. Mas se vieres a uma hora qualquer, nunca posso saber a que horas hei-de vestir o meu coração…São precisos ritos. Experiência espiritual é experiência de relação com um Amigo especial
Adeus, disse ele. Adeus, disse a raposa. Vou dizer-te o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. O essencial é invisível aos olhos, repetiu o principezinho, a fim de se recordar. Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante. Foi o tempo que perdi com a minha rosa…repetiu o principezinho, a fim de se recordar. -Os homens esqueceram esta verdade. Mas tu não deves esquecê-la. Ficas para sempre responsável por aquele que cativaste.És responsável pela tua rosa. O meu filho é capaz de Deus