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CORPO E ALMA Corpo!Pedaço de carne!Perambulas,Seguindo trilhos traçados...Reages ao toque,Aceleras o teu compassoTens em ti uma bomba que te faz andarA mesma que um dia te fará parar...Alma!És o tudo que é nada E o nada que é tudoVagueias,Livre, solta por todos os lugaresTambém chorasTambém risAtua nobreza enobrece o corpo que vestesE quando te perdes nas redas das tuas emoçõesSinto-me também eu perdia no vazio que deixasAlma e CorpoDois pedaços de mim...Conjugam-se,Complementam-se...Reflectem-se...
Corpo e alma na modernidade • Perspectiva ocidental (a partir da tradição filosófico-religiosa) impôs uma separação do conhecimento produzido entre corpo e alma. A dimensão corpórea/material foi desassociada da dimensão “transcendental”, (alma, psique). • A análise do corpo assume a esfera da objetividade das ciências físicas e naturais, da mensuração, do cálculo, e delimitação material de análise. • Por outro lado a mente é considerada na esfera da abstração, da subjetividade, do oculto a ser desvendado, e analisado na área da religião, psicologia e psicanálise.
Corpo e alma na modernidade • Tudo aquilo que não pode ser materializado, quantificado, isolado e universalizado da mesma forma é tido como subjetivo, isto é, como tendo uma existência circunscrita ao domínio do pensamento e, portanto, não se constituindo numa realidade de fato • Perspectivas alternativas • O corpo é indissociado da mente. Os atributos sociais e espirituais do indivíduo são inseparáveis do seu corpo físico. • O corpo visto em perspectiva social e não individual , integrado à coletividade.
Dissociação entre corpo e alma na modernide • Essa concepção dicotômica entre CORPO/MENTE ou CORPO/ALMA ou físico moral direciona a análise da realidade material – O CORPO como independente das representações sociais – domínio da subjetividade. A universalidade do corpo é a premissa básica dessa análise. A diversidade é percebida sob o prisma do PATOLÓGICO, DA IGNORÂNCIA, DO ATRASO CULTUAL, DO DESVIO, etc.
Corpo e alma na modernidade • HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA: • CADA SOCIEDADE OU GRUPO SOCIAL APRESENTA FORMAS BASTANTE ESPECÍFICAS DE CONCEBER E RELACIONAR-SE COM O CORPO. • O SABER MÉDICO CONTRIBUI PARA NATURALIZAÇÃO E UNIVERSALIZAÇÃO DA DEFINIÇÃO DE CORPO OCIDENTAL.
CORPO, SAÚDE E DOENÇA • Nas sociedades ditas “primitivas” a separação entre corpo e alma é inexistente: o corpo é tido como um dos elementos constitutivos da pessoa. • Essa perspectiva difere radicalmente das concepções vigentes na sociedade ocidental moderna para as quais o corpo se configura numa realidade individual e autônoma.
o conceito de cultura e de representação social • Pensar o corpo por meio da Antropologia é analisá-lo sob a perspectiva simbólica, cultural. • Sendo a cultura a lente através da qual vemos e damos sentido ao mundo social, a análise da relação corpo/mente, não pode ser desassociada da forma como cada sociedade a representa e a entende. • As representações sociais se expressam dessa forma como o alvo de análise antropológica, porque expressa as formas de conhecimento socialmente elaboradas e partilhas pelos grupos sociais e/ou comunidades, que se pretendem à construção de uma realidade comum
Reprodução biológica e reprodução social. • Cada sociedade estabelece as regras, parâmetros e significados da transmissão de suas heranças genéticas e culturais. • Ex. cada sociedade estabelece um conjunto de regas pra tratamento da gestante, tanto em termos do que essa deve ou não comer, como os termos dos cuidados que as pessoas que a cercam deve observar.