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Filosofia. Prof. Everton da Silva Correa. Teoria do Conhecimento. http://www.facebook.com/Prof. EvertonCorrea. Você acredita em seus olhos?. http://www.youtube.com/watch?v=xVyYcAI90jw& feature = related. Conhecer? Saber?. O que conhecemos? Como conhecemos? Por que conhecemos?
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Filosofia Prof. Everton da Silva Correa
Teoria do Conhecimento http://www.facebook.com/Prof.EvertonCorrea
Você acredita em seus olhos? http://www.youtube.com/watch?v=xVyYcAI90jw&feature=related
Conhecer? Saber? • O que conhecemos? • Como conhecemos? • Por que conhecemos? • Sabemos que conhecemos?
O conhecimento e os primeiros filósofos Alguns exemplos indicam a existência da preocupação dos primeiros filósofos com o conhecimento e, aqui, tomaremos três: • Heráclito de Éfeso; • Parmênides de Eleia; • Demócrito de Abdera.
Heráclito considerava a natureza (o mundo, a realidade) um “fluxo perpétuo”, o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua. “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. Se tudo não cessa de se transformar perenemente, como explicar que nossa percepção nos ofereça as coisas como se fossem estáveis, duradouras e permanentes?
Segundo Heráclito, há dois tipos de conhecimento: • O conhecimento que nossos sentidos nos oferecem (que é a imagem da estabilidade); • E o conhecimento que nosso pensamento alcança (que é a verdade como mudança contínua). Então, qual o conhecimento verdadeiro?
Segundo Parmênides, só podemos pensar sobre aquilo que permanece idêntico a si mesmo. Conhecer é alcançar o idêntico, o imutável. Então, como pensar o que é e não é ao mesmo tempo? Para Parmênides, pensar é apreender um ser em sua identidade profunda e permanente. Desta forma, o pensamento não pode pensar sobre coisas que são e não são, que são contrárias e contraditórias.
Demócrito desenvolveu uma teoria sobre o Ser ou sobre a natureza conhecida com o nome de atomismo: a realidade é constituída por átomos. Os átomos, para Demócrito, possuem formas e consistências diferentes. São justamente essas variedades que produzem a multiplicidade de seres, suas mudanças e desaparições. No atomismo, somente o pensamento pode conhecer os átomos, que são invisíveis para nossa percepção sensorial.
Afinal... • Pensamos com base no que percebemos ou pensamos negando o que percebemos? • O pensamento continua, nega ou corrige a percepção? • O modo como os seres nos aparecem é o modo como os seres realmente são?
Sócrates e o sofistas Preocupações como essas levaram, na Grécia clássica, a duas atitudes filosóficas: • A dos sofistas; • A de Sócrates. Com eles, os problemas do conhecimento tornaram-se centrais.
Diante da pluralidade de respostas, os sofistas concluíram que não podemos conhecer a Verdade (o Ser). Para eles a Verdade não existe. O que existe são nossas opiniões subjetivas sobre a realidade. Assim, se a verdade é uma questão de opinião e de persuasão, a linguagem se torna mais importante do que a percepção e o pensamento.
Opondo-se aos sofistas, Sócrates afirmava que a verdade pode ser conhecida desde que compreendamos que precisamos começar afastando as ilusões dos sentidos e a multiplicidade de opiniões. Para Sócrates, possuímos uma alma racional e que nos assegura que podemos alcançar a verdade e que a alcançamos apenas pelo pensamento, isto é, pela atividade de nossa razão. Desta forma, conhecer é começar a examinar as contradições das aparências e das opiniões para poder abandoná-las e passar da aparência à essência, da opinião ao conceito. Esse procedimento é conhecido como ironia e maiêutica.
Platão e Aristóteles Ambos herdaram de Sócrates o procedimento filosófico de abordar uma questão começando pela discussão e pelo debate das opiniões contrárias sobre ela. Além disso, passaram a definir as formas de conhecer e as diferenças entre o conhecimento verdadeiro e a ilusão, introduzindo na filosofia a ideia de que existem diferentes maneiras de conhecer ou graus de conhecimento.
Platão distingue quatro formas ou graus de conhecimento, que vão do grau inferior ao superior: • Crença; • Opinião; • Raciocínio; • Intuição intelectual. Os dois primeiros graus formam o que ele chama de conhecimento sensível, enquanto os dois últimos formam o conhecimento inteligível.
Explicando... • Crença: é nossa confiança no conhecimento sensorial. • Opinião: é nossa aceitação do que nos ensinaram sobre coisas ou o que delas pensamos conforme nossas sensações e lembranças. • Raciocínio: treina e exercita nosso pensamento, purifica-o das sensações e opiniões e o prepara ao grau seguinte. • Intuição intelectual: que conhece as essências das coisas ou o que Platão denomina com a palavra ideia.
Mas como chegar a intuição intelectual? O caminho proposto por Platão para superar a crença e chegar à intuição intelectual deve ser feito por meio da dialética, que consiste em trabalhar expondo e examinado teses contrárias sobre um mesmo assunto ou sobre uma mesma coisa . Somente esse percurso dialético é que proporcionará, ao seu término, a intuição intelectual de uma essência (ideia).
Aristóteles distingue sete formas ou graus de conhecimento: • Sensação; • Percepção; • Imaginação; • Memória; • Linguagem; • Raciocínio; • Intuição.
Para Aristóteles (diferente de Platão), nosso conhecimento vai sendo formado e enriquecido por acumulação das informações trazidas por todos os graus, de modo que, há continuidade entre eles. Porém, há uma separação entre os seis primeiros graus e o último. Pois, enquanto os seis primeiros dependem dos sentidos, o último é um ato do pensamento puro. Assim, em cada um desses graus temos acesso a um aspecto do Ser ou da realidade e, na intuição intelectual, temos o conhecimento dos princípios universais e necessários do pensamento.
Com os filósofos gregos, estabeleceram-se alguns princípios gerais do conhecimento verdadeiro • A determinação das fontes e formas do conhecimento; • A distinção entre conhecimento sensível e intelectual; • O papel da linguagem no conhecimento; • A diferença entre opinião e conhecimento verdadeiro; • A diferença entre aparência e essência; • O estabelecimento de procedimentos corretos que orientam a razão na busca do conhecimento verdadeiro;
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